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UNIDADE_I_-_FONTES_DO_DIREITO_CÓPIA_aula_03.03.2009

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FONTES DO DIREITO
Não há uniformidade na doutrina quanto à análise das fontes do Direito. O referido vocábulo provém do latim, fons, fontis e quer dizer “nascente de água”. Tal realidade nos demonstra que as fontes evidenciam o local de onde derivam seus elementos essenciais. Para o Direito, tal metáfora significa identificar o lugar da sociedade no qual surge uma regra jurídica para se fazer presente no meio jurídico.
FONTES DO DIREITO
 
 “Processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa. O direito resulta de um complexo de fatores que a Filosofia e a Sociologia estudam, mas se manifesta, como ordenação vigente e eficaz, através de certas formas, diríamos mesmo de certas fôrmas, ou estruturas normativas, que são o processo legislativo, os usos e costumes jurídicos, a atividade jurisdicional e o ato negocial”. 
FONTES DO DIREITO
Necessário estabelecer reflexões a propósito das chamadas fontes históricas, fontes materiais e fontes formais, ainda que, repita-se, não haja um consenso a esse respeito, do ponto de vista doutrinário.
Tal tarefa visa identificar os elementos que colaboram decisivamente para o processo de formação do Direito em nosso País.
FONTES HISTÓRICAS
 Apesar de não se manterem de forma permanente, até porque o Direito é dinâmico e exige constantes reflexões e modificações de seus conteúdos, alguns elementos tornaram-se relevantes dada sua influência como verdadeiros “divisores de água” para novas significações jurídicas, ou mesmo dada a sua exponencial condição como documento dotado de elevada técnica na arrumação dos assuntos e temas, ou pelo fato de ter modificado institutos jurídicos ou reconhecido novos direitos, tornando-se, assim, importantes do ponto de vista histórico.  
FONTES HISTÓRICAS
Documentos jurídicos do passado: 
Mundo: 	Lei das Doze Tábuas(Roma); 
 			Código de Hamurabi(Babilônia); 				Corpus Iuris Civile(Justiniano). 
Brasil:	Direito Romano;
 			Direito Canônico(Corpus Iuris Canonici); 			Ordenações do Reino: afonsinas, 				manuelinas e filipinas;
			Código de Napoleão.
FONTES MATERIAIS OU PRIMÁRIAS
 
	Inspiram o legislador na produção criativa do Direito. Fatos sociais. Forças sociais criadoras do Direito (econômicos, políticos, religiosos, morais, naturais). Não se constituem em Direito pronto, mas colaboram para a sua formação. 
FONTES MATERIAIS OU PRIMÁRIAS
Fatos sócio-politicos:
Revolução Francesa;	 Diretas Já;
Fatos sócio-religiosos: 
Lei talião; Crime: ilícito/pecado; Aborto; Divórcio; feto anencefálico. 
Fatos sócio-morais:
Respeito (regras de vizinhança). Decoro parlamentar, fidelidade (adultério). 
FONTES FORMAIS OU SECUNDÁRIAS
Expressão do Direito. Lei, costumes, jurisprudência e doutrina. Fontes formais revelam uma origem própria, conforme ensinamentos de Miguel Reale, segundo o qual toda fonte impõe a existência de uma estrutura de poder. 
FONTES FORMAIS OU SECUNDÁRIAS
LEI – emana do Poder Legislativo; 
COSTUME – é a expressão do poder social;
SENTENÇA – ato do Poder Judiciário;
ATOS REGRAS – manifestações do poder negocial ou da autonomia da vontade
FONTES FORMAIS
ESTATAIS: tratados internacionais, leis (sentido lato), jurisprudência. 
NÃO-ESTATAIS: costume, doutrina.
Miguel Reale rejeita a concepção de fonte material do Direito, pois segundo ele nada mais é do que “o estudo filosófico ou sociológico dos motivos éticos o dos fatos econômicos que condicionam o aparecimento e as transformações das regras de direito”
DIREITO ROMANÍSTICO & COMMON LAW
 Direito Romanístico (latino e germânico): primazia do processo legislativo = Leis / normas escritas: principais formas de expressão do Direito escrito são as leis e os códigos. 
 Common law (anglo-americano): usos e costumes + jurisdição = Precedentes Judiciais / Jurisprudência
LEI - CARACTERES
Substanciais: generalidade, abstratividade, bilateralidade, imperatividade, coercibilidade. Seu conteúdo também deve expressar o bem comum (Nader, p. 141).
Formais: a lei deve ser escrita, emanada do Poder Legislativo em processo de formação regular, promulgada e publicada.
 		
ESTRUTURA HIERÁRQUICA DAS FONTES LEGISLATIVAS
Estrutura hierarquizada e em formato piramidal.
Condição superior da Constituição da República, com suas normas e seus princípios, contra os quais nenhuma norma infra-constitucional pode ser opor – é a chamada SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO.
Toda norma que não esteja de acordo com os mandamentos deve ser considerada inconstitucional.
É necessário, ainda, que as normas infra-constitucionais guardem coerência entre si, a fim de que as inferiores respeitem às superiores, sob pena de ilegalidade.
NORMAS JURÍDICAS NACIONAIS
Constituição Federal (normas e princípios constitucionais)
Leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; decretos legislativos e resoluções; medidas provisórias
Decretos regulamentares
Normas de hierarquia inferior – portarias, circulares, etc.
LEIS COMPLEMENTARES
Leis complementares: as matérias (artigos 7º, I, 43, § 1º, I, 93, 131, etc.) que devem ser objeto de lei complementar derivam da escolha do Legislador Constitucional, que escolhe determinadas questões que devem ser reguladas por normas mais rígidas, com quorum mais qualificado (art. 69 – maioria absoluta) para sua aprovação do que as demais normas de hierarquia inferior.
LEIS ORDINÁRIAS
Leis ordinárias: correspondem ao tipo legal mais regular produzido pelo Poder Legislativo. Como exemplos podemos citar nossos Códigos, a Lei de Falências, a Lei das Sociedades Anônimas.
LEIS DELEGADAS, DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES
Leis delegadas (art. 68), Decretos legislativos e Resoluções: elaborados pelo Presidente da República, que tem de requerer a delegação ao Congresso Nacional, conforme estabelecem os artigos 59, IV, VI, VII e 68, da CRFB.
MEDIDAS PROVISÓRIAS
Competência exclusiva do Presidente da República (art. 84, XXVI);
Previsão: art. 62, da CRFB;
Requisitos: urgência e relevância.
EC n. 32/2001: impôs limitação à edição de MP’s apenas a algumas matérias; fixou que as MP’S perderão a eficácia se não convertidas em lei no prazo e limitou sua prorrogação a apenas uma vez.
DECRETO REGULAMENTAR
Ato do Poder Executivo;
Serve tão somente para detalhar situações já previstas em lei de hierarquia superior, como é o caso de uma lei ordinária.
Não pode, assim, extrapolar sua função.
Sua finalidade não abrange, pois, a ampliação ou a restrição do conteúdo normativo da lei.
PORTARIAS, CIRCULARES
	Portarias, circulares: são exemplos de atos da Administração Pública, e também devem se sujeitar aos comandos legais, e da CRFB.

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