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Apostila 2015 miolo (15 09 2015 14e54)

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APRESENTAÇÃO 
 
A Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior-Redeagentes é um 
programa desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior-MDIC por intermédio da Secretaria de Comércio Exterior-SECEX, em 
parceria com diversas instituições públicas e privadas, com o objetivo de difundir a 
cultura exportadora e estimular a inserção de empresas de pequeno e médio porte 
no mercado externo, mediante a realização de treinamentos, cursos e oficinas 
voltados para a exportação. 
 
Esta apostila integra o material didático que é utilizado no ―Treinamentos 
para Agentes de Comércio Exterior‖ e no ―Treinamento em Exportação para 
Empresas de Pequeno Porte‖- Treinamento EPP. 
 
Recomendamos que as referências de sítios e endereços eletrônicos citados 
sejam consultados no decorrer da leitura, com o propósito do leitor obter sempre 
informações atualizadas sobre o tema. 
 
Página em branco 
 
 
 
ÍNDICE 
 
 
 
 
1 Módulo 1- Panorama do Comércio Exterior Brasileiro 11 
 
1.1 O Comportamento das Exportações Brasileiras e Mundial 11 
1.2 A Corrente de Comércio e a Balança Comercial Brasileira 13 
1.3 O Saldo da Balança Comercial Brasileira 14 
1.4 Concentração das Exportações Brasileiras 15 
1.5 O Porte das Empresas e as Exportações Brasileiras 20 
1.5.1 Metodologias para Classificação do Porte das Empresas 21 
1.5.2 As Exportações Brasileiras por Porte de Empresas 22 
1.6 Estatísticas de Comércio Exterior Elaboradas pelo MDIC 26 
1.6.1 Histórico do Sistema de Apuração e Disseminação 26 
1.6.2 A Relevância das Estatísticas de Comércio Exterior 27 
1.6.3 Estatísticas de Comércio Exterior Disponíveis no Site do MDIC 27 
1.6.4 Sistemas de Estatísticas online do MDIC 28 
1.7 Ações Governamentais para Fomentar as Exportações 29 
1.7.1 Cultura Exportadora 29 
1.7.2 Plano Nacional da Cultura Exportadora-PNCE 30 
1.7.3 Programa Redeagentes 33 
1.7.3.1 
Características Básicas dos Cursos e Treinamentos do 
Redeagentes 
34 
1.7.4 Aprendendo a Exportar 36 
1.7.4.1 Simulador de Preço de Exportação 37 
1.7.4.2 Fluxograma de Exportação 38 
1.7.4.3 Modalidades de Pagamento 38 
1.7.4.4 INCOTERMS – Termos Internacionais de Comércio 38 
1.7.4.5 Multimídia 200 Anos de Comércio Exterior 38 
1.7.5 Encontros de Comércio Exterior- ENCOMEX 39 
1.8 COMEX RESPONDE – Serviço de Solução de Dúvidas 40 
1.9 
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
(MDIC) 
43 
1.9.1 
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e seus 
Departamentos 
45 
1.9.2 Ouvidoria do MDIC 47 
 
 
2 Módulo 2 – A Decisão de Exportar 48 
 
2.1 A Elaboração do Projeto de Internacionalização da Empresa 48 
2.2 Engenharia da Exportação 48 
2.3 Por que Exportar? 49 
2.4 Quem pode Exportar? 51 
2.5 Para onde Exportar? 52 
2.6 Quando Exportar? 53 
2.7 Como Exportar? 53 
 
2.8 O que Exportar? 54 
2.9 Como não Exportar? 55 
2.10 Para quem Exportar? 57 
2.11 O Universo do Exportador 58 
2.12 Adaptação do Produto 58 
2.13 Avaliação da Engenharia da Exportação 59 
 
 
3 Módulo 3 – Conhecendo o Comércio Internacional 63 
 
3.1 Classificação de Mercadorias 63 
3.1.1 Nomenclatura de Mercadorias 63 
3.1.2 Sistema Harmonizado (SH) 64 
3.1.3 Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM 65 
3.1.4 Dúvidas sobre Classificação de Mercadorias 65 
3.2 Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 66 
3.3 Barreiras à Exportação 70 
3.4 Acordos Comerciais e Preferências Tarifárias 72 
3.4.1 Acordos Multilaterais 73 
3.4.2 Integração Regional 80 
3.4.3 Acordos Internacionais de Comércio 81 
3.4.4 Preferências Tarifárias 82 
3.4.5 Preferência Contingenciada 82 
3.4.6 
Acordos Preferenciais do Brasil no Âmbito da Associação 
Latino-Americana de Integração 
82 
3.4.6.1 A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) 82 
3.4.6.2 Tipos de Acordo no Âmbito da ALADI 83 
3.4.6.3 Acordos de Alcance Parcial (AAPs) 83 
3.4.6.4 Acordos de Alcance Regional (AAR) 86 
3.4.6.5 Pesquisando Preferência Tarifária 88 
3.4.7 Regime de Origem 89 
3.4.7.1 Regime Geral de Origem da ALADI – Resolução nº 252 90 
3.4.7.2 Regime de Origem Próprio 90 
3.4.7.3 Regime Misto 91 
3.4.7.4 Entidades Credenciadas a Emitir Certificados de Origem 91 
3.4.7.5 
Resumo dos Acordos de Preferências Tarifárias dos Quais o 
Brasil Participa 
91 
3.4.8 Acordos de Complementação Econômica 91 
3.4.8.1 Acordo de Complementação Econômica nº 02 92 
3.4.8.2 Acordo de Complementação Econômica nº 14 92 
3.4.8.3 
Acordo de Complementação Econômica N.º 35 – MERCOSUL-
Chile 
92 
3.4.8.4 
Acordo de Complementação Econômica Nº 36 – MERCOSUL-
Bolívia 
93 
3.4.8.5 Acordo de Complementação Econômica nº 53 – Brasil-México 93 
3.4.8.6 
Acordo de Complementação Econômica n° 54 – MERCOSUL-
México 
93 
3.4.8.7 
Acordo de Complementação Econômica n° 55 – MERCOSUL-
México (setor automotivo) 
94 
3.4.8.8 Acordo de Complementação Econômica n° 58 – MERCOSUL- 94 
 
Peru 
3.4.8.9 
Acordo de Complementação Econômica n° 59 – MERCOSUL-
Comunidade Andina (Colômbia, Equador e Venezuela). 
94 
3.4.8.10 
Acordo de Complementação Econômica n° 62 – MERCOSUL-
Cuba 
95 
3.4.8.11 
Acordo de Complementação Econômica n° 69 – Brasil-
Venezuela 
95 
3.4.8.12 
Acordo de Alcance Parcial – Artigo 25 do Tratado de 
Montevidéu/80 nº 38 – Brasil-Guiana 
95 
3.4.8.13 
Acordo de Alcance Parcial – Artigo 25 do Tratado de 
Montevidéu/80 nº 41 – Brasil-Suriname 
96 
3.4.8.14 Acordo MERCOSUL-Índia 96 
3.4.8.15 Acordo MERCOSUL-SACU 96 
3.4.8.16 Acordo MERCOSUL-Israel 97 
3.4.8.17 Acordo MERCOSUL- Egito 97 
3.4.8.18 Acordo MERCOSUL- Palestina 98 
3.4.9 Normas de Origem Não-Preferenciais 98 
3.4.10 Investigações de Origem 98 
3.4.11 Sistema Geral de Preferências (SGP) 99 
3.4.11.1 Países Outorgantes de Preferências 99 
3.4.11.2 Identificação dos Produtos Beneficiados 100 
3.4.11.3 Obtenção do Benefício 100 
3.4.11.4 Resumo dos Esquemas do SGP dos Principais Outorgantes 101 
3.4.11.5 Canadá 102 
3.4.11.6 Estados Unidos 102 
3.4.11.7 Japão 103 
3.4.11.8 Suíça 103 
3.4.11.9 Noruega 104 
3.4.11.10 Turquia 104 
3.4.11.11 Nova Zelândia 104 
3.4.11.12 Comunidade Econômica da Eurásia 104 
3.4.12 Regras de Origem 105 
3.4.13 Administração do Sistema Geral de Preferências no Brasil 105 
3.4.14 Sistema Global de Preferências Comerciais 106 
3.4.14.1 Objetivos 106 
3.4.14.2 Países Membros 106 
3.4.14.3 Listas de Concessões 107 
3.4.14.4 Regime de Origem 107 
3.4.15 
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia-
INMETRO 
107 
3.4.15.1 Metrologia e Comércio 107 
3.4.15.2 Avaliação da Conformidade e Comércio 108 
3.4.15.3 Certificação 108 
3.4.15.4 Declaração da Conformidade do Fornecedor 109 
3.4.15.5 Inspeção 109 
3.4.15.6 Ensaio 109 
3.4.15.7 Etiquetagem 109 
3.4.15.8 Ponto Focal do Acordo sobre Barreiras Técnicas 110 
3.4.15.9 Inovação 111 
3.4.16 SIBRATEC - Sistema Brasileiro de Tecnologia 112 
 
3.5 Modalidades de Pagamento 114 
3.5.1 Remessa Direta de Documentos (Remessa sem Saque) 115 
3.5.2 Cobrança Documentária 116 
3.5.3 Carta de Crédito (Crédito Documentário) 117 
3.5.4 Pagamento Antecipado 118 
3.5.5 Outras Modalidades de Pagamento 119 
3.6 Defesa Comercial 119 
3.6.1 Medidas Antidumping 120 
3.6.2 Medidas Compensatórias 121 
3.6.3 Salvaguardas 122 
3.6.4 Apoio ao Exportador 122 
3.7 Financiamento às Exportações 123 
3.7.1 Exportações Financiadas 123 
3.7.2 
Financiamento à Produção Destinada à Exportação (Fase Pré-
Embarque) 
125 
3.7.3 Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) 125 
3.7.4 ACC Indireto 126 
3.7.5 BNDES Exim127 
3.7.6 BNDES Exim Pré-Embarque 128 
3.7.7 BNDES Exim Pré-Embarque Empresa Âncora 128 
3.7.8 
Financiamento à Comercialização de Bens e Serviços (Pós-
embarque) 
129 
3.7.9 Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) 130 
3.7.10 BNDES Exim Pós-Embarque 131 
3.7.11 BNDES Exim Automático 132 
3.7.12 Programa de Financiamento às Exportações-PROEX 132 
3.7.13 PROGER Exportação 133 
3.7.14 
Financiamento com Recursos do Próprio Exportador ou de 
Terceiros 
134 
3.8 Garantias 134 
3.8.1 Carta de Crédito (Pós-Embarque) 135 
3.8.2 Fundo Garantidor para Investimentos 135 
3.8.3 
Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR) (Pós-
Embarque) 
136 
3.8.4 Seguro de Crédito (Pré e Pós–Embarques) 137 
3.8.5 Seguradoras de Crédito à Exportação 140 
3.8.6 Fundo de Garantia à Exportação (FGE) 142 
3.8.7 
Comitê de Financiamento e de Garantias das Exportações - 
(COFIG) 
142 
3.8.8 
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a 
propriedade Intelectual e o Comércio Exterior 
143 
3.8.8.1 O que Significa a Propriedade Intelectual (PI) 143 
3.8.8.2 Como o INPI Atua junto à Sociedade Brasileira 144 
3.8.8.3 Outras informações sobre o INPI 144 
 
 
4 Módulo 4 - Preparando-se para exportar 146 
 
4.1 Avaliação da Capacidade Exportadora 146 
4.2 Pesquisa de Mercado 149 
 
4.2.1 ALICEWEB 150 
4.2.1.1 Acesso ao Sistema AliceWeb 151 
4.2.1.2 Módulos de Pesquisa 151 
4.2.1.3 Variáveis de Consulta – Conceitos e Definições 152 
4.2.1.4 Tipos de Consulta 156 
4.2.1.5 Períodos Disponíveis 157 
4.2.1.6 Como Consultar 157 
4.2.1.7 Balança Comercial 164 
4.2.1.8 Tabelas Auxiliares 166 
4.2.1.9 Geração de Arquivos 166 
4.2.1.10 Módulos de Municípios 167 
4.2.2 ALICEWEB-MERCOSUL 168 
4.2.2.1 Apresentação 168 
4.2.2.2 Cadastro 169 
4.2.2.3 Módulos de Consulta 170 
4.2.2.4 Consultas 171 
4.2.3 Sistema Radar Comercial 172 
4.2.3.1 Como Acessar o Sistema 173 
4.2.3.2 Operação (Funcionamento) do Sistema 174 
4.2.3.3 Passo-a-passo para Pesquisar Produtos e Setores 176 
4.2.3.4 
Pesquisar um ou mais Produtos (ou Setor) em um 
Determinado País ou no Mundo 
176 
4.2.3.5 Pesquisar um Produto em mais de um País ou no Mundo 183 
4.2.3.6 Pesquisar um Setor em mais de um País ou no Mundo 184 
4.2.3.7 
Pesquisar os Países Fornecedores (Países de Origem) de um 
Produto/Setor para Determinado País ou para o Mundo 
185 
4.2.3.8 
Pesquisar os Países Compradores (Países de Destino) de um 
Produto de Determinado País ou para o Mundo 
185 
4.2.3.9 
Pesquisar as Medidas Tarifárias Vigentes em um País para 
Determinado Produto 
186 
4.2.3.10 
Pesquisar as Medidas Não-Tarifárias Vigentes em um País 
para Determinado Produto 
187 
4.2.3.11 Observações sobre os Relatórios 188 
4.2.3.12 Procedimentos para Consultar Exportações por País 189 
4.2.3.13 Procedimentos para Consultar Importações por País 189 
4.2.3.14 Principais Termos e Conceitos Utilizados 189 
4.2.3.15 Interpretação dos Dados Gerados pelo Sistema 191 
4.2.3.16 
Identificação de Oportunidades de Negócios para Exportadores 
Brasileiros 
191 
4.2.3.17 
Formulação de Estratégias de Promoção Comercial (Governo 
e Iniciativa Privada) 
192 
4.2.3.18 Orientação para o Planejamento do Desenvolvimento Regional 192 
4.2.3.19 
Direcionamento dos Fluxos de Investimentos Voltados para 
Exportação 
193 
4.2.3.20 
Balizamento dos Interesses do Brasil em Negociações 
Internacionais 
193 
4.2.4 Apex Brasil 193 
4.2.5 Projetos Setoriais com Entidades Parceiras 194 
4.2.6 Programa de Internacionalização de Empresas 195 
4.2.7 Unidades de Atendimento 197 
4.3 CAPTA (Consulta aos Acordos de Preferências Tarifárias) 198 
 
4.4 
BRASIL EXPORT – Guia de Comércio Exterior e Investimentos 
(BE) 
200 
4.4.1 Conteúdo da Área Exportar 203 
4.5 Entidades Privadas de Apoio ao Exportador 203 
4.5.1 Câmaras de Comércio 203 
4.5.2 Entidades de Classe 204 
4.5.3 International Trade Centre 205 
4.6 Princípios de Marketing 205 
4.6.1 Introdução 206 
4.6.2 O Conceito de Marketing 206 
4.6.3 Marketing Internacional 208 
4.6.4 A Administração de Marketing 209 
4.6.5 O Plano de Marketing 210 
4.6.6 Análise Situacional 213 
4.6.7 Estabelecendo Objetivos e Metas 216 
4.6.8 Escolhendo a Estratégia de Marketing 216 
4.6.9 Pesquisa de Mercado 216 
4.6.10 Definição do Mercado-Alvo 221 
4.6.11 Ambiente de Marketing 223 
4.6.12 Segmentação de Mercado 228 
4.6.13 Posicionamento de Marca 230 
4.6.14 Mix de marketing: os 4 Ps 232 
4.6.15 Produto 234 
4.6.16 Praça 236 
4.6.17 Promoção 238 
4.6.18 Preço 244 
4.6.18.1 Formação do Preço de Exportação 245 
4.6.18.2 Simulador de Preço de Exportação 246 
4.6.19 Implementação do Plano de Marketing 248 
4.6.20 Controle de Marketing 248 
4.7 SISPROM - Sistema de Registro de Informações de Promoção 250 
4.8 Vitrine do Exportador (VE) 251 
4.9 Formas e Modalidades de Comercialização Exportadora 257 
4.9.1 Exportação Direta 257 
4.9.2 Exportação Indireta 259 
4.10 Regimes Aduaneiros 262 
4.10.1 Sobre os Regimes Aduaneiros 262 
4.10.2 Território Aduaneiro 264 
4.10.3 Direitos Aduaneiros 265 
4.10.4 Portos Secos 265 
4.10.5 Admissão Temporária 266 
4.10.5.1 Admissão Temporária para Utilização Econômica 268 
4.10.5.2 Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo 268 
4.10.6 Trânsito Aduaneiro 269 
4.10.7 Entreposto Aduaneiro 271 
4.10.8 Entreposto Aduaneiro na Importação 274 
4.10.9 Entreposto Aduaneiro na Exportação 274 
4.11 Exportação Temporária 276 
4.11.1 Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo 278 
 
4.12 Drawback 279 
4.12.1 Drawback Integrado Suspensão 281 
4.12.2 Drawback Integrado Isenção 281 
4.12.3 Drawback Restituição 281 
4.12.4 Aspectos Gerais sobre Regime de Drawback 281 
4.12.5 Drawback Web 282 
4.12.6 Passo a Passo – Drawback 283 
4.12.7 Cartilha do Drawback Integrado 283 
4.13 Câmara de Comércio Exterior -CAMEX 284 
4.13.1 Competências da CAMEX 285 
4.13.2 Áreas de Atuação 287 
4.13.3 
Como Encaminhar Propostas de Comércio Exterior para a 
CAMEX? 
287 
4.14 
Programa Brasileiro de Zonas de Processamento de 
Exportação 
287 
4.15 Plano de Internacionalização 290 
4.15.1 Por Que o Plano 290 
4.15.2 Plano de Exportação 290 
4.15.2.1 Ações Preliminares 290 
4.15.2.2. Estrutura de um Plano Estratégico de Exportação 290 
4.15.2.3 Passos para o Plano de Exportação (Tarefas) 291 
 
 
5 Módulo 5- Como Exportar 293 
 
5.1 Registros da Exportação (Siscomex) – RE 293 
5.1.1 Dispensa de RE 293 
5.1.2 Como Efetuar o RE 294 
5.1.3 Preenchimento do RE 294 
5.1.4 Prazo de Validade do RE 294 
5.1.5 Sobre o RE não Utilizado 295 
5.2 Despacho Aduaneiro de Exportação 295 
5.2.1 Etapas do Despacho Aduaneiro de Exportação 295 
5.2.1.1 
Primeira Etapa – Registro da Declaração para Despacho de 
Exportação – DDE no Siscomex 
295 
5.2.1.2 Segunda Etapa – Confirmação da Presença da Carga 296 
5.2.1.3 Terceira Etapa - Entrega dos Documentos 296 
5.2.1.4 Quarta Etapa – Fiscalização Aduaneira Parametrizada 297 
5.2.1.5 Quinta Etapa – Desembaraço Aduaneiro 297 
5.2.1.6 Sexta Etapa – Registros dos Dados de Embarque 297 
5.2.1.7 Sétima Etapa - Averbação do Embarque 297 
5.2.1.8 Oitava Etapa – Emissão de Comprovante de Exportação 298 
5.3 Exportação Simplificada 298 
5.3.1 Declaração Simplificada da Exportação – DSE 298 
5.3.2 Registro de Exportador das Pessoas Físicas 300 
5.3.3 Despacho Aduaneiro Simplificado 301 
5.3.3.1 Despacho Simplificado com Registro no Siscomex 301 
5.3.3.2 Despacho Simplificado sem Registro no Siscomex 302 
5.3.4 Exporta Fácil 302 
 
5.4 Exportação em Consignação 3055.4.1 
Reimportação- Retorno da Mercadoria Exportada em 
Consignação 
306 
5.5 Documentos de Exportação 306 
5.5.1 Para Negociação com o Potencial Importador 307 
5.5.2 Para Controle Governamental 309 
5.5.3 Para Fins Fiscais e Contábeis 310 
5.5.4 Para Embarque para o Exterior 316 
5.5.5 Para Negociação com o Banco 318 
5.5.6 Certificado de Origem 321 
5.5.7 Legalização Consular 323 
5.6 Liquidação da Operação (Câmbio) 323 
5.6.1 Aspectos Cambiais 323 
5.6.2 Alteração no Contrato de Câmbio 323 
5.6.3 O Cancelamento do Contrato de Câmbio 324 
5.6.4 Fechamento do Contrato de Câmbio 325 
5.6.5 Liquidação do Contrato de Câmbio 326 
5.7 Fluxograma da Exportação 327 
 
 
6 Informações adicionais e exercícios 329 
 
6.1 Sobre a Portaria SECEX nº 23 329 
6.2 Sobre Exportação de Serviços 332 
6.3 Serviços Oferecidos pelo INMETRO 333 
6.3.1 Alerta Exportador 333 
6.3.2 Denuncie Barreiras Técnicas 333 
6.3.3 Solicite Textos Completos 334 
6.3.4 Comente as Notificações 334 
6.3.5 Consulta às Notificações 335 
6.3.6 Solicitação de Informações 335 
6.3.7 Exigências Técnicas – Países x Produtos 336 
6.4 Programa Portal Único de Comércio Exterior 336 
6.5 Exercícios 338 
6.5.1 Exercício de Modalidades de Pagamento 338 
6.5.2 Exercícios de Pesquisa de Mercados 339 
 
 
7 Créditos 347 
 
11 
 
 
Módulo 1 
 
Panorama do Comércio Exterior Brasileiro 
 
 
1.1. O Comportamento das Exportações Brasileiras e Mundial 
 
As exportações estão entre as principais forças propulsoras do crescimento 
de um país, pois são instrumento de geração de divisas, emprego e renda. Assim, 
são de fundamental importância a implantação, manutenção e aperfeiçoamento de 
políticas públicas que incentivem seu crescimento. 
 
No período compreendido entre os anos de 2004 e 2011, as exportações 
brasileiras mantiveram-se em expansão, com exceção de 2009, ano marcado pela 
crise financeira iniciada nos Estados Unidos, cujos efeitos foram irradiados para 
todo o comércio mundial. 
 
Em 2011, o Brasil registrou exportação recorde de US$ 256 bilhões, 
superando em 26,8% o resultado do ano anterior. Este valor é um indicativo que o 
país prosseguiu com a sua política de abertura econômica e maior inserção no 
comércio mundial. 
 
De 2001 a 2008, as exportações brasileiras cresceram a uma taxa média 
anual de 19,4%, passando de US$ 58 bilhões para US$ 198 bilhões. Já de 2009 a 
2011, o incremento médio anual foi de 29,4%, mostrando a retomada do ritmo das 
exportações brasileiras após a crise de 2009. É importante assinalar que esse 
impulso recente foi sustentado, em grande medida, pela ascensão dos preços 
internacionais de commodities agrícolas e minerais, proporcionada pela forte 
demanda chinesa. 
 
De 2011 a 2014 observa-se queda no valor total exportado, afetado 
principalmente pela redução dos preços das commodities minerais, em especial o 
minério de ferro. Observa-se que, apesar do aumento significativo do volume de 
bens exportados, em especial entre 2005 e 2011, apesar da crise econômica 
internacional de 2009, a partir de 2011 as exportações perderam dinamismo e 
apresentaram crescimento negativo, sendo que na comparação entre 2014 – 2013, 
a redução dos bens exportados apresentou uma redução de 7% em valor. 
12 
 
Exportações Brasileiras (em US$ bilhões) 
 
 Fonte: MDIC/SECEX. 
 
As exportações mundiais também seguiram em ritmo crescente até 2008, 
passando de US$ 9,0 trilhões em 2004 para US$ 15,7 trilhões em 2008. Em 2009, 
ano da crise, esse número caiu para US$ 12,2 trilhões, retomando o crescimento 
em 2011, quando atingiu US$ 17,9 trilhões. Entre 2011 a 2012 observou-se a 
manutenção dos valores comerciados em virtude da redução dos preços das 
commodities minerais, inclusive o petróleo. 
 
Entre 2012 e 2013, as exportações mundiais tiveram um ligeiro aumento na 
ordem de 2,23%. Essa elevação das exportações mundiais efetivou-se pelo 
desempenho dos países ditos em desenvolvimento, haja vista que as nações 
industrializadas tiveram suas economias mais fortemente afetadas pela crise, 
inclusive perdendo market share no comércio mundial. 
 
Exportações Mundiais (em US$ trilhões) 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
13 
 
Tomando por base o período 2004 a 2013, observa-se que as exportações 
mundiais cresceram 103,3%, enquanto as exportações brasileiras avançaram 
149,5%, mostrando a ampliação da participação brasileira nas exportações 
mundiais, passando de 1,08% em 2004 para 1,33% em 2013. 
 
Participação do Brasil no Comércio Internacional 
(em percentual) 
 
 
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2014 
 
 
1.2. A Corrente de Comércio e a Balança Comercial Brasileira 
 
A corrente de comércio representa o somatório do fluxo de mercadorias 
efetuado por um país, estado ou região, num determinado período, abrangendo o 
total das exportações e importações. 
 
É um razoável indicador da atividade econômica relacionada às operações 
de comércio internacional, pois mede o aumento dos negócios do país com o 
exterior. 
 
Quando é comparada com o Produto Interno Bruto (PIB), exprime o grau de 
abertura econômica do país, 
 
 
 
 
No período de 2005 a 2014, observa-se um grande crescimento na corrente 
de comércio do Brasil, apesar de algumas inversões na tendência de aumento, 
como ocorreu em 2009, em 2012 e em 2014. Em relação ao ano de 2013, o ano de 
2014 apresentou uma variação negativa da ordem de 5,7%. Entre 2005 e 2014 o 
[(Σ exportação + Σ importação)/PIB]. 
14 
 
aumento percentual na corrente de comércio do Brasil foi de 183,75%. Entre 2004 e 
2014, a corrente de comércio externo do Brasil aumentou de US$ 160 bilhões para 
US$ 454 bilhões, registrando um aumento de 183,75%. 
 
Observa-se que a corrente comercial diminuiu sensivelmente no ano de 2009 
em relação a 2008, na ordem de 24,3%, havendo a retomada do crescimento em 
2010, elevação essa de 36,7%. 
 
Com relação às componentes da corrente de comércio, a taxa de 
crescimento das exportações foi maior que a das importações entre 2004 a 2005, 
entretanto no período 2006 a 2014 as importações foram mais dinâmicas que as 
exportações, reduzindo, com isso, o saldo comercial. 
 
 
Corrente de Comércio do Brasil (em US$ bilhão) 
 
 Fonte: MDIC/SECEX. 
 
 
1.3 O Saldo da Balança Comercial Brasileira 
 
A balança comercial mostra a diferença entre as exportações e as 
importações de mercadorias. Quando o valor total exportado é maior que o 
importado, tem-se um saldo positivo, ou superávit. Já um saldo negativo ou déficit, 
é apontado quando o total das importações supera o valor total das exportações. 
Em caso de superávit, interpreta-se que a receita com as exportações é mais que 
suficiente para cobrir os gastos com as importações, ou seja, a balança comercial 
apresenta um grau de cobertura (relação entre exportação/importação) maior que a 
unidade. 
 
15 
 
Durante o período de 2004 a 2013, a balança comercial do Brasil apresentou 
saldo superavitário, atingindo o ápice em 2006, quando o superávit chegou a US$ 
46,5 bilhões. Em 2013, devido à perda de dinamismo das exportações nacionais, 
provocado entre outras coisas pela redução dos preços das commodities 
exportadas e pela valorização cambial, o saldo da Balança Comercial brasileira 
registrou superávit de apenas US$ 2,286 bilhões e em 2014 um déficit de US$ 
3,959. 
 
 
Saldo da Balança Comercial (em US$ bilhão) 
 
 Fonte: MDIC/SECEX, ano 2014. 
 
 
1.4. Concentração das Exportações Brasileiras 
 
O Brasil apresenta uma alta concentração de sua pauta exportadora,onde 
apenas 15 produtos: complexo soja, minérios, petróleo e combustíveis, material de 
transporte, carnes, químicos, produtos metalúrgicos, açúcar e etanol, máquinas e 
equipamentos, papel e celulose, café, calçados e couro, equipamentos elétricos, 
metais e pedras preciosas e têxteis responderam por 88,20% das vendas externas 
em 2014, como poderemos verificar na tabela a seguir: 
 
16 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
O perfil de concentração das exportações brasileiras é observado também 
em outras variáveis, como: 
 
a) As 35 principais empresas concentram 88% do valor total 
exportado, correspondentes à US$ 105,5 bilhões; 
b) O número de empresas exportadoras vem se reduzindo 
ao longo do período analisado (2004-2014), conforme se pode 
observar no quadro a seguir: 
 
Fonte: MDIC/SECEX 
 
17 
 
c) Os dez principais estados exportadores representam 88% do 
valor total exportado: 
 
Fonte: MDIC/SECEX 
 
d) Os cinco principais países destinos concentram 45% das 
exportações: 
 
 
Fonte: MDIC/SECEX 
 
18 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
No tocante aos mercados de destino, somente cinco países absorveram 
cerca de 45% do total das vendas externas brasileiras em 2014. São eles: China 
(participação de 18%), Estados Unidos (12%), Argentina (6,3%), Países Baixos 
(5,8%) e Japão (3,0%). 
 
Sob a ótica agregada de blocos, os mercados de destino ficaram assim 
distribuídos: Ásia (participação de 32,7%), União Europeia (18,7%), MERCOSUL 
(11,1%), ALADI, demais da América Latina e Caribe, exclusive MERCOSUL (9,3%) 
Estados Unidos, inclusive Porto Rico (12,1%), , Oriente Médio (4,6%) e África 
(4,3%) e Europa Oriental (2,0%). 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
19 
 
 
Em 2007, as 250 empresas com maior peso na formação do resultado das 
exportações nacionais mapeadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior (MDIC) foram responsáveis por 71,8% do total embarcado ao 
exterior. 
 
Em 2013, as 250 que mais venderam representaram 77,8% da exportação 
registrada, com sinais de concentração na elite dos exportadores nacionais. Entre 
2013 e 2012, o MDIC registrou queda de 10% - equivalente a 30 empresas - no 
número de companhias que exportaram mais de US$ 100 milhões no ano. 
 
O processo de concentração das exportações brasileiras em poucos atores 
se manteve em 2014, quando 1,3% das empresas, correspondentes a 250 
empresas, foram responsáveis por 77,59% dos US$ 225 bilhões obtidos com 
vendas ao exterior. 
 
Apesar da queda ocorrida em 2014 em relação a 2013 para todos os 
segmentos, a redução no segmento dos manufaturados foi muito maior que a 
ocorrida no caso dos produtos básicos, conforme se pode verificar no quadro a 
seguir: 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
Observa-se nos últimos dez anos redução da participação dos 
manufaturados na pauta exportadora de 55,1% do valor exportador, para apenas 
35,6% em 2014. Os bens semimanufaturados tiveram uma redução pouco 
20 
 
significativa, passando 13,5% do valor da pauta exportadora em 2005, para 12,9% 
em 2014. Por outro lado as exportações de bens primários, com baixo valor 
agregado, passaram de 29,3%, em 2005, para 48,7% em 2014. 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
 
1.5. O Porte das Empresas e as Exportações Brasileiras 
 
A partir de 2004, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior (MDIC) começou a divulgar a publicação ―EXPORTAÇÃO BRASILEIRA 
POR PORTE DE EMPRESA‖, sempre fazendo a comparação entre dois anos, o 
21 
 
mais recente com dados disponíveis e o ano imediatamente anterior. Para cada 
biênio considerado estão disponíveis a análise do desempenho do período e 
diversos relatórios, como ―Principais Municípios por Porte de Empresa‖, ―Principais 
Países de Destino por Porte de Empresa‖, ―Blocos Econômicos por Porte de 
Empresa‖ e outros. 
 
As informações podem ser obtidas a partir do site do MDIC, no link 
www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1206&refr=608 . 
 
1.5.1. Metodologias para Classificação do Porte das Empresas 
 
Para fazer a classificação das empresas por porte, foi utilizada uma 
metodologia que tem as seguintes premissas: 
 
 a identificação dos exportadores tem como base o Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica (CNPJ) por estabelecimento (14 dígitos) e o Cadastro 
de Pessoas Físicas (CPF), constantes dos Registros de Exportação (RE) 
do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX); 
 os exportadores foram classificados em cinco categorias: microempresa, 
pequena empresa, média empresa, grande empresa e pessoa física; 
 o número de empregados por empresa tem como base as informações 
da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do 
Trabalho; 
 o enquadramento de empresa em indústria e comércio/serviços seguiu 
critério do CNAE 1.0 (Código Nacional de Atividade Econômica). O setor 
de indústria compreende até os códigos 49.999 do CNAE e o setor 
comércio e serviços, os códigos CNAE 50.000 em diante; 
 nas empresas com filiais, foi aplicado a todas as empresas do grupo 
(CNPJ a oito dígitos) o critério de se considerar o maior porte verificado 
naquele grupo. Exemplo: as empresas ―A‖ e ―B‖, de porte médio, filiais da 
empresa de grande porte ―X‖, ficam classificadas como empresas de 
grande porte. 
 
Para a identificação do porte das empresas, foi utilizado um critério que 
associa o número de empregados da empresa com o valor exportado pela mesma 
no período considerado, distribuídos por ramo de atividade (indústria ou comércio e 
serviços), ambos de acordo com os parâmetros adotados pelo MERCOSUL, 
conforme disposto nas Resoluções MERCOSUL-GMC n° 90/93 e 59/98, com os 
ajustes elaborados pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento da 
Secretaria de Comércio Exterior (DEPLA/SECEX). 
 
A metodologia foi resultante de definição conjunta dos seguintes órgãos: 
 
22 
 
 Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX); 
 Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio 
Exterior da Secretaria de Comércio Exterior (DEPLA/SECEX); 
 Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas, quando 
fazia parte da estrutura da Secretaria de Desenvolvimento da 
Produção (DEPME/SDP); e 
 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
(BNDES). 
 
A seguir, apresenta-se a tabela de parâmetros para a classificação do porte 
das empresas: 
 
Porte Indústria Comércio e Serviços 
Nº Empregados Valor Exportado Nº Empregados Valor Exportado 
Microempresa Até 10 Até US$ 400 mil Até 5 Até US$ 200 mil 
Pequena Empresa De 11 a 40 Até US$ 3,5 milhões De 6 a 30 Até US$ 1,5 milhão 
Média Empresa De 41 a 200 Até US$ 20 milhões De 31 a 80 Até US$ 7 milhões 
Grande Empresa Acima de 200 Acima de US$ 20 
milhões 
Acima de 80 Acima de US$ 7 
milhões 
Pessoa Física - - - - 
 
 
1.5.2. As Exportações Brasileiras por Porte de Empresas 
 
A partir das estatísticas sobre exportação por porte de empresa 
(www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1206&refr=608 ), foram 
elaborados gráficos para mostrar a evolução do número de empresas exportadoras 
e do valor exportado entre 2002 e 2014. 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
23 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX, 2014 
 
O grupo ‖Micro e Pequena‖, partindo de 9.137 empresas em 2002, atingiu 
12.218 em 2005, correspondentes a 34% de aumento em relação a 2002. Em 2006 
iniciou movimento decrescente, diminuindo para 10.150 operadores em 2010 (11% 
maior que em relação a 2002) e continuou caindo para 9.182 em 2013. Em2014 
ocorreu uma modesta recuperação na participação deste segmento, representado 
por 9.893 empresas, porém ainda 19% menor que o patamar de participação que 
foi atingido em 2005. 
 
No período analisado, o número de empresas de porte médio que 
exportaram sofreu redução entre 2002 e 2004. Em 2005 sua participação cresceu e 
ultrapassou o patamar de 2002 em cerca de 5%, mas a partir de 2006 voltou a cair 
até 2009, quando a participação deste segmento aumentou 16% em relação ao ano 
anterior. No ano seguinte voltou a cair e manteve a tendência de queda até 2012. 
Em 2013 apresentou modesta recuperação, que se intensificou em 2014 com um 
aumento de 10,7% de participação das empresas deste segmento em relação ao 
ano anterior. Entre 2002 e 2014 a maior participação de empresas deste segmento 
ocorreu em 2009 quando 6.726 empresas de médio porte exportaram. A menor 
participação ocorreu em 2004, ano em que 5.254 empresas deste segmento 
exportaram. 
 
A participação das grandes empresas nas exportações brasileiras manteve 
uma trajetória ascendente em quase todo o período considerado. Em 2002, um 
total de 4.140 empresas de grande porte exportou. A partir daí o crescimento anual 
se manteve até 2008, quando 5.508 empresas deste segmento exportaram, 
resultando em um aumento de 33% em relação a 2002. Em 2009 ocorreu uma 
24 
 
diminuição para 5.287 empresas, mas o número voltou a aumentar até 2013, 
quando 6.680 empresas de grande porte exportaram, um aumento de 61% em 
relação a 2002. Entretanto, em 2014 a participação de empresas deste segmento 
diminuiu para 5.612 empresas, uma redução de 16% em relação ao ano anterior. 
 
Os próximos gráficos mostram a participação percentual por segmento em 
2014 e a evolução por porte a partir de 2002, considerando o valor exportado (em 
US$ FOB). 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX, ano 2014. 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX, ano 2014. 
 
 
25 
 
A trajetória da variação dos valores exportados pelas pessoas físicas 
apresenta as maiores variações positivas no período considerado. Com valor base 
de US$ 58,86 milhões em 2002, a trajetória apresenta picos de US$ 230,26 milhões 
em 2004 (aumento de 270%) e de US$ 344,70 milhões em 2008 (aumento de 
486% em relação a 2002), quando inicia movimento descendente, atingindo o valor 
de US$ 278,05 milhões em 2010 (372% em relação ao valor de 2002). A 
participação deste segmento voltou a subir até 2012, quando atingiu o patamar de 
US$ 501,75 milhões. Em 2013 ocorreu uma queda significativa, para US$ 284,58 
milhões. Em 2014 voltou a crescer para US$ 331,28 milhões. Mesmo com essas 
oscilações, o grupo manteve a liderança de crescimento percentual do valor 
exportado em relação a 2002 durante todo o período considerado. 
 
As micro empresas e as pequenas empresas exportaram US$ 1,33 bilhão 
em 2002, seguindo uma trajetória de crescimento, com picos em 2004 (US$ 2,55 
bilhões, correspondentes a um aumento de 92% em relação a 2002) e em 2007 
(US$ 2,99 bilhões, correspondentes a um aumento de 125% em relação a 2002), 
quando houve inversão na trajetória, caindo para US$ 1,31 bilhão em 2009, valor 
inferior ao registrado em 2002, mas com retomada de crescimento em 2010 (US$ 
1,96 bilhão), que prosseguiu em 2011 (US$2,032 bilhões). Voltou a cair em 2012 
(US$1,79 bilhão) e 2013 (US$1,77 bilhão) e apresentou recuperação em 2014 
(US$1,961 bilhão). 
 
As médias empresas, que apresentam a trajetória mais suave dos quatro 
grupos, exportaram US$ 4,65 bilhões em 2002, tiveram variações crescentes e 
sucessivas até 2007, quando atingiram o valor máximo de US$ 9,72 bilhões (109% 
de aumento em relação a 2002). Iniciaram trajetória de queda do valor exportado 
em 2008, diminuindo para US$ 8,19 bilhões em 2010 (ainda 76% acima do valor de 
2002) e voltaram a crescer em 2011 (US$8,82 bilhões). A partir de 2011 ocorreu 
decréscimo na participação do setor, sendo US$8,132 bilhões em 2012 e 7,906 
bilhões em 2013. Em 2014 as empresas de médio porte exportaram US$ 8,664 
bilhões, uma recuperação de 9,6% em relação ao ano anterior. 
 
As exportações das grandes empresas apresentaram crescimento 
continuado de 2002, quando exportaram US$ 54,31 bilhões, até 2008, quando 
atingiram o valor de US$ 186,38 bilhões (aumento de 243% em relação a 2002). 
Em 2009, devidos aos reflexos da crise econômica internacional iniciada no ano 
anterior, o valor exportado caiu US$ 43,59 bilhões em relação a 2008, mas retomou 
o crescimento e atingiu valor recorde em 2010, US$ 191,47 bilhões (aumento de 
253% em relação a 2002) e em 2011 atingiu-se o patamar de US$244,8 bilhões 
exportados pelas grandes empresas. A partir daí iniciou-se um período de queda no 
valor exportado, que foi de US$ 232,15 bilhões em 2012, de US$ 232,07 bilhões 
em 2013 e US$ 214,14 bilhões em 2014, uma redução de 12,52% em relação a 
2011, correspondentes a US$30,64 bilhões. 
26 
 
 
1.6. Estatísticas de Comércio Exterior Elaboradas pelo MDIC 
 
1.6.1. Histórico do Sistema de Apuração e Disseminação 
 
As primeiras estatísticas oficiais do comércio exterior do Brasil datam do 
século XIX e eram elaboradas pela Diretoria Geral da Repartição Especial de 
Estatística do Tesouro Nacional. 
 
A partir de 1942, passou-se a utilizar o dólar norte-americano como padrão 
internacional para o intercâmbio comercial brasileiro. Anteriormente, as estatísticas 
de comércio exterior do Brasil eram apuradas em libras esterlinas. 
 
Com a criação do FMI e a necessidade de informar as estatísticas de 
comércio exterior no Balanço de Pagamentos, foi iniciado, em 1945, o processo de 
gravação e compilação dos dados estatísticos do movimento de comércio e sua 
posterior recuperação. 
 
Em 1971, iniciou-se a elaboração de publicações periódicas e públicas de 
estatísticas de comércio exterior pela Carteira de Comércio Exterior (CACEX), do 
Banco do Brasil S.A., utilizando equipamentos de grande porte (Mainframe). 
 
Com a reestruturação ministerial de 1990, o Departamento de Comércio 
Exterior, da Secretaria de Economia, do Ministério da Economia, Fazenda e 
Planejamento, passou a produzir, analisar e divulgar as estatísticas de comércio 
exterior. 
 
No ano de 1991, foi implantado o Sistema ALICE - Análise das Informações 
de Comércio Exterior, desenvolvido para o Departamento de Comércio Exterior 
(DECEX), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), pelo Serviço Federal de 
Processamento de Dados (SERPRO), para disseminar os dados de comércio 
exterior para o público e Governo, através de acesso online. 
 
A implantação do SISCOMEX - Exportação, em 1993, ensejou a automação 
dos procedimentos operacionais e burocráticos, reduzindo os custos para o 
Governo e setor privado. Com a substituição dos documentos (guia e declaração de 
exportação) por registros eletrônicos, a produção das estatísticas de comércio 
exterior ganhou significativo avanço. 
 
A implementação do módulo SISCOMEX - Importação, em 1997, ampliou o 
processo de desburocratização do comércio exterior. Ao mesmo tempo, 
proporcionou expressiva modernização do sistema de apuração das estatísticas de 
comércio exterior, antes baseado em documentos como a Guia de Importação (GI) 
27 
 
e a Declaração de Importação (DI), que foram também substituídas por registros 
eletrônicos. 
 
 
1.6.2. A Relevância das Estatísticas de Comércio Exterior 
 
As estatísticas de comércio exterior constituem instrumento valioso de 
acompanhamento e entendimento das trocas comerciais entre países. Têm como 
principais características 
 
 Possibilitam retratar e avaliar o movimento comercial do País com as 
demais nações do mundo, englobandoas vendas e compras 
efetuadas externamente; 
 Permitem a análise histórica do comportamento do intercâmbio 
comercial brasileiro, um dos mais importantes indicadores de 
desempenho da economia; 
 Constituem um instrumento básico para tomada de decisão e 
determinação de diretrizes econômicas por parte do Governo; 
 Possibilitam aos agentes envolvidos na atividade o melhor 
planejamento das suas ações pela análise dos dados concretos das 
exportações e importações, aumentando as oportunidades de 
desenvolvimento do comércio externo. 
 
 
1.6.3. Estatísticas de Comércio Exterior Disponíveis no Site do MDIC 
( www.mdic.gov.br ): 
 
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC 
disponibiliza em sua página na Internet ( www.mdic.gov.br -> Comércio Exterior -> 
Estatísticas de Comércio Exterior) as seguintes estatísticas: 
 
 Balança Comercial Brasileira: semanal, mensal, semestral e anual; 
 Balança Comercial Brasileira - Cooperativas: valores mensais e 
acumulados, exportação e importação; 
 Balança Comercial Brasileira - Trading Companies: valores anuais, 
mensais e acumulados, exportação e importação; 
 Intercâmbio Comercial Brasileiro: países e blocos econômicos; 
 Balança Comercial do Mercosul; 
 Balança Comercial por Unidades da Federação; 
 Balança Comercial Brasileira por Município; 
 Empresas Brasileiras Exportadoras e Importadoras; 
28 
 
 Outras Estatísticas de Comércio Exterior: exportações por porte de 
empresas, exportações de commodities, exportações e importações por 
fator agregado, exportações por DSE - Declaração Simplificada de 
Exportação, 200 Anos de Comércio Exterior, estatísticas de comércio 
exterior de países, dentre outras. 
 
1.6.4. Sistemas de Estatísticas online do MDIC: 
 
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC 
desenvolveu os seguintes sistemas de estatísticas de comércio exterior: 
 
 AliceWeb (http://aliceweb2.mdic.gov.br ) 
 
Implantado em 2001, o Sistema de Análise das Informações de Comércio 
Exterior (AliceWeb) visa modernizar as formas de acesso e a sistemática de 
disseminação dos dados estatísticos das exportações e importações brasileiras, 
contendo dados mensais e acumulados desde janeiro de 1989. 
 
 AliceWeb - Mercosul (www.alicewebmercosul.mdic.gov.br ) 
 
Lançado em setembro de 2009, permite consultar as balanças comercias de 
quatro países integrantes do Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A 
Venezuela está adequando-se à codificação NCM, utilizada no Mercosul. O sistema 
apresenta uma interface moderna, de fácil uso e com dados de 2007 em diante, 
nos idiomas espanhol, inglês e português. 
 
 Radar Comercial (www.radar.mdic.gov.br ) 
 
O Radar Comercial é instrumento de consulta e análise de dados relativos ao 
comércio exterior, que tem como principal objetivo auxiliar na seleção de mercados 
e produtos que apresentam maior potencialidade para o incremento das 
exportações brasileiras. 
 
Estes sistemas on-line serão apresentados em maiores detalhes no módulo 
4 desta apostila. 
 
29 
 
 
1.7. Ações Governamentais para Fomentar as Exportações 
 
O Governo Federal, preocupado com a concentração das exportações 
brasileiras em um universo muito reduzido de empresas, vem incentivando, através 
da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério de Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), diversas ações e medidas para a melhoria do 
desempenho e diversificação das exportações, visando à inserção competitiva das 
pequenas e médias empresas no comércio internacional. 
 
1.7.1. Cultura Exportadora 
 
As exportações estão entre as principais forças propulsoras do crescimento 
de um país, pois são um instrumento de geração de divisas, emprego e renda. Por 
isso, são consideradas importantes a implantação, manutenção e aperfeiçoamento 
de políticas públicas que proporcionem o crescimento das exportações e a 
diversificação da pauta exportadora. 
 
O Brasil ainda possui uma base exportadora muito restrita e, se falarmos da 
relação entre empresas exportadoras e PIB este número se torna ainda mais 
desfavorável se comparado com outras nações do mundo. A participação das 
microempresas e empresas de pequeno e médio porte nas exportações do país é 
muito baixa, em parte em decorrência da falta de uma cultura exportadora neste 
segmento empresarial. 
 
Para contribuir com a mudança deste cenário, o Governo Federal passou a 
implementar diversas ações e medidas para a melhoria do desempenho e 
diversificação das exportações, visando à inserção competitiva das pequenas e 
médias empresas no comércio internacional. 
 
Neste contexto, o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio 
Exterior-MDIC, por intermédio de sua Secretaria de Comércio Exterior-SECEX 
desenvolveu e colocou à disposição da sociedade diversas ferramentas e 
instrumentos para promover a difusão da cultura exportadora no Brasil e auxiliar as 
empresas nas diversas etapas relacionadas à exportação. O MDIC não é a única 
instituição que empreende esforços nesse sentido, várias outras possuem 
programas e iniciativas bem estruturadas voltadas para esse objetivo, muitas vezes 
consistindo em atividades complementares. 
 
O público-alvo dessas iniciativas encontra-se disseminado pelas unidades da 
federação e respectivos municípios e, devido a essa dispersão geográfica, falta de 
acesso à informação e às dificuldades para as instituições realizarem a mobilização 
30 
 
do referido público, nem sempre as oportunidades oferecidas são adequadamente 
aproveitadas. 
 
Geralmente as instituições, também, encontram dificuldades para realizar um 
levantamento preciso da demanda para as atividades oferecidas, para mobilizar 
corretamente o público-alvo, viabilizar a infraestrutura necessária e para conciliar 
uma agenda de modo que as atividades oferecidas não concorram com outras. 
 
Com o propósito de contribuir para a superação dessas limitações, otimizar 
os recursos disponíveis, atingir corretamente o público-alvo das diversas iniciativas 
e integrar os esforços das diversas instituições e dos governos estaduais no 
propósito de promover a difusão da Cultura Exportadora, diversificação da pauta e 
aumento da base exportadora desenvolveu-se o Plano Nacional da Cultura 
Exportadora-PNCE. 
 
 
1.7.2. Plano Nacional da Cultura Exportadora-PNCE 
 
Originalmente, o Plano Nacional da Cultura Exportadora- PNCE foi lançado 
em 2012, com o propósito de mapear a oferta e a demanda anual por iniciativas 
voltadas para a difusão da cultura exportadora e contribuir para a melhoria do 
desempenho e diversificação das exportações, mediante uma oferta mais 
organizada das atividades então oferecidas pelas instituições participantes do 
Plano. 
 
Em 2015 o Governo Federal lançou o Plano Nacional da Exportações-PNE 
que prevê a incidência dos esforços sobre três dimensões das vendas externas: i) a 
composição da pauta exportadora; ii) os mercados de destino; e iii) a origem das 
exportações brasileiras (maior diversificação regional da base exportadora). 
 
Entre as metas estabelecidas pelo Plano Nacional da Exportações-PNE para 
2015 incluiu-se o lançamento do novo Plano Nacional da Cultura Exportadora 
(PNCE) e a criação comitês estaduais para: i) melhorar governança e diálogo com 
os atores envolvidos no PNCE; ii) realizar diagnósticos setoriais da atividade 
exportadora nos estados; iii) selecionar as empresas a serem acompanhadas pelo 
Plano; iv) monitorar e avaliar as atividades do PNCE. Está prevista, também, a 
realização de ações continuadase específicas de apoio às exportações nos 
estados brasileiros, de forma a melhor atender às necessidades de cada estado. 
 
Deste modo, o PNCE foi inserido no contexto do Plano Nacional de 
Exportação-PNE como uma de suas vertentes de atuação e recebeu uma série de 
ajustes e aperfeiçoamentos com o objetivo de proporcionar uma melhor definição 
das atividades necessárias às empresas e, também, com o propósito de encadear 
31 
 
e organizar estas atividades de acordo com o conceito de ―trilha de 
internacionalização‖. As atividades disponibilizadas pelas diferentes instituições que 
participam do PNCE passaram a ser distribuídas em etapas que possibilitam o 
enquadramento das empresas de acordo com o estágio em que se encontram em 
relação ao ingresso no mercado externo. 
 
Esta metodologia possibilitará um melhor rendimento do PNCE como um 
todo, na medida em que as empresas terão acesso a atividades adequadas ao 
estágio em que se encontram no momento em que ingressarem na referida ―trilha 
de internacionalização‖ e, também, permitirá por parte da instituição gestora do 
PNCE, dos estados e instituições participantes, um melhor acompanhamento e 
interação com as empresas e respectivos setores. 
 
A gestão do PNCE está sob responsabilidade do MDIC/SECEX, que 
coordena as atividades previstas no Plano, afere os resultados obtidos e em 
conjunto com os estados e instituições que participam do Plano, propõe medidas 
que visem o seu aperfeiçoamento. 
 
A organização do PNCE ocorrerá localmente tendo como base as Unidades 
da Federação, onde se propõe a formação de uma estrutura gerencial local 
representada por um comitê gestor, cuja composição varia de um estado para outro 
em função das peculiaridades locais e instituições participantes. 
 
Paralelamente está sendo elaborado pelo MDIC/SECEX um sistema 
informatizado que possibilitará a gestão e o acompanhamento do PNCE de acordo 
com esta nova metodologia. 
 
Os quadros a seguir possibilitam uma visão geral da participação dos 
estados nas exportações do país em 2014. O PNCE está disponível para todas as 
Unidades da Federação que desejarem participar do Plano. 
 
32 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
 
 
 
 Fonte: MDIC/SECEX 
 
33 
 
 
1.7.3. Programa Redeagentes 
 
A Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior-Redeagentes é um 
programa desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior-MDIC por intermédio da Secretaria de Comércio Exterior-SECEX, em 
parceria com diversas instituições públicas e privadas, com o objetivo de difundir a 
cultura exportadora e estimular a inserção de empresas de pequeno porte no 
mercado externo, principalmente por intermédio da realização de treinamentos, 
cursos e oficinas sobre como exportar. 
 
O Redeagentes teve início no ano 2000 no âmbito do então denominado 
Programa Cultura Exportadora e por seu intermédio, desde o seu início até maio de 
2015, foi realizado um total de 974 atividades em todos os estados, em 256 
municípios para mais de 25.000 pessoas, conforme detalhado na planilha a seguir. 
 
 
Total de Atividades Realizadas pelo Programa Redeagentes 
 
 Fonte: Programa Redeagentes 
 
 
A partir de 2006, as atividades do Programa Redeagentes passaram a 
integrar, também, Acordos de Cooperação Técnica que foram estabelecidos com 
propósito de difundir a cultura exportadora, estabelecidos entre o MDIC e os 
Correios, a Caixa Econômica Federal e a SUFRAMA. Foi beneficiado, também, 
34 
 
pelo Acordo de Cooperação entre o Brasil e a União Europeia que tinha o objetivo 
de promover o ―Apoio à inserção Internacional das PMEs Brasileiras‖. 
 
A partir de 2012 as atividades do Programa Redeagentes foram integradas 
ao Plano Nacional da Cultura Exportadora-PNCE e passaram a ser agendadas de 
modo a atender à demanda enviada ao MDIC por parte dos pontos focais do PNCE 
nos estados. 
 
1.7.3.1.Características Básicas dos Cursos e Treinamentos do Redeagentes 
 
Os cursos e treinamentos do Programa Redeagentes tem a maior parte de 
seu conteúdo focado no tema exportação e são ministrados por multiplicadores, 
que são denominados formadores. Os treinamentos e cursos oferecidos são 
gratuitos para os alunos, inclusive o material didático. São realizados em parceria 
com instituições diversas, localizadas nos estados, que oferecem como 
contrapartida o local do treinamento, apoio administrativo durante a realização das 
atividades, equipamentos de informática e lanche para os alunos. O MDIC 
encarrega-se de fornecer o material didático, os formadores e seu deslocamento 
até o estado em que a atividade será realizada. 
 
A arregimentação e a seleção dos alunos ficam a cargo dos parceiros locais, 
que se mobilizam para formar turmas e viabilizar a infraestrutura para realização do 
treinamento. Os candidatos devem ser selecionados com base no perfil de público-
alvo definido no projeto. 
 
O número máximo de alunos por turma no caso dos treinamentos e da 
oficina é de no mínimo vinte e no máximo trinta alunos. No caso do Curso Básico 
de Exportação, quando realizado em auditórios, poderão participar até 120 alunos. 
 
As modalidades atualmente oferecidas são: 
 
Treinamento para Agentes de Comércio Exterior – Tem por objetivo 
capacitar funcionários de instituições parceiras do MDIC no Programa 
Desenvolvimento do Comércio Exterior e da Cultura Exportadora, para que possam 
difundir a cultura exportadora e orientar as empresas que desejam exportar. 
 
O Público-alvo dos Treinamentos para Agente de Comércio Exterior é 
constituído por funcionários de instituições, órgãos e entidades como SEBRAE, 
SENAI, federações de indústria, Banco do Nordeste, CAIXA, Correios, secretarias 
estaduais, associações de comércio e indústria, associações de classe, prefeituras 
e outros, que tenham entre seus objetivos estimular as exportações de empresas 
de pequeno porte. 
 
35 
 
São cursos presenciais com 24 horas-aula, ministrados em três dias úteis, 
geralmente das 8h às 18h, com intervalo para almoço. O treinamento consiste em 
um nivelamento focado na exportação e nas ferramentas de apoio ao exportador. O 
conteúdo é ministrado por dois formadores. 
 
É importante que os candidatos a agente de comércio exterior tenham o 
apoio das suas instituições de origem ao participar do treinamento, pois isto 
contribuirá posteriormente para a obtenção das condições necessárias para realizar 
o trabalho de difusão da cultura exportadora e orientação aos empresários sobre 
como exportar. A carga-horária do treinamento é limitada, por isso é indispensável 
que os participantes continuem ampliando os seus conhecimentos na área de 
comércio exterior. 
 
Treinamento em Exportação para Empresas de Pequeno Porte-EPP - 
Tem por objetivo proporcionar aos empresários e seus funcionários os 
conhecimentos que são necessários para exportar seus produtos. O Treinamento 
EPP tem carga horária de 16 horas-aula e o seu conteúdo é ministrado por dois 
formadores que trabalham em conjunto. 
 
O público-alvo consiste preferencialmente de empresários e funcionários de 
pequenas empresas de setores com potencial exportador. Além destes, são 
admitidos, também, artesãos e representantes de associações comerciais, 
sindicatos, cooperativas, prefeituras e instituições similares. Se ocorrer 
disponibilidade de vagas poderão participar, também, candidatos que possuam o 
perfil definido para o Treinamento para Agentes de Comércio Exterior. 
 
Curso Básico em Exportação – O Curso Básico é ministrado por um único 
formador e tem por objetivo proporcionar aos participantes uma visãobásica dos 
procedimentos envolvidos no processo de exportação e divulgar as ferramentas e 
mecanismos de apoio ao exportador. Com uma carga horária de 8 horas-aula é 
ideal para candidatos que não dispõem de tempo para participar dos cursos e 
treinamentos com maior carga horária ou para aqueles que desejam informações 
preliminares. Pode ser realizado em auditórios para público de até 120 pessoas. 
 
Oficina sobre os “Sistemas Radar Comercial; Alice WEB e Vitrine do 
Exportador” - Tem por objetivo capacitar os participantes da oficina na utilização 
das ferramentas Radar Comercial; Alice WEB e Vitrine do Exportador. 
 
A Oficina, com carga horária de 8 horas-aula, é ministrada por um único 
formador para um mínimo de 20 (vinte) e um máximo de 30 (trinta) alunos. É 
recomendável a participação anterior no Treinamento para Agentes de Comércio 
Exterior ou no Treinamento em Exportação para Empresas de Pequeno Porte, pois 
36 
 
o propósito desta oficina é aprofundar o entendimento no uso destas ferramentas, 
que são apresentadas de modo mais superficial nos referidos treinamentos. 
 
 
1.7.4. Aprendendo a Exportar 
 
Desenvolvido pelo MDIC/SECEX, o Aprendendo a Exportar é um produto 
multimídia de aprendizado interativo que tem como objetivo contribuir para a 
expansão da base exportadora brasileira, buscando, principalmente, uma maior 
participação dos pequenos e médios empresários que têm vocação exportadora e 
desejam iniciar sua caminhada rumo ao mercado internacional. Busca-se, com 
essa iniciativa facilitadora, canalizar para o esforço exportador aquelas empresas 
que, embora produzam mercadorias de qualidade, continuam, por diversos motivos, 
hesitando em lançar-se ao mercado externo. 
 
A ideia de difusão de uma cultura exportadora é criar instrumentos de 
estímulo, de promoção, de conscientização e, principalmente, de informação, 
visando à mudança de postura das empresas em relação ao comércio 
internacional, de forma que a atividade exportadora se transforme em parte de sua 
estratégia comercial. 
 
O produto multimídia Aprendendo a Exportar foi concebido, nesse contexto, 
como uma ferramenta didática inédita, reunindo em seu arcabouço informativo um 
curso completo de exportação, com características de interatividade, que pode ser 
utilizado para autoaprendizado e, também, em treinamento dirigido. 
 
O público-alvo dessa ferramenta engloba micros, pequenas e médias 
empresas que tenham interesse na exportação, além de agentes do governo e da 
iniciativa privada que atuam como multiplicadores de conhecimento nas ações de 
fomento ao esforço exportador. Incluem-se também nesse universo os estudantes e 
professores de centros de ensino especializado. 
 
Tecnicamente, o Aprendendo a Exportar foi elaborado partindo de algumas 
premissas, como por exemplo: 
 
• facilitar a interatividade dos usuários com o conteúdo objetivo do 
produto, provendo meios que pudessem promover o seu 
autoaprendizado; 
• atualizar constantemente o conteúdo; 
• utilizar recursos de multimídia com funcionalidades para 
autoaprendizagem e treinamento dirigido; 
• organizar o conteúdo em células de ensino funcionais, com estruturas 
integradas na forma de diagramas de precedência ou livre, com 
37 
 
capacidade de acomodar conteúdos de texto e imagem referentes a 
cada módulo, disponibilizados e acessados de acordo com a 
necessidade do usuário, ou seja, em diversos níveis de conhecimento. 
 
Com relação ao conteúdo propriamente dito, a série Aprendendo a Exportar 
está orientada para o aprendizado dos procedimentos operacionais da exportação, 
com abordagem de diversas áreas temáticas de interesse do exportador, tais como: 
as formas de comercialização, as formas de pagamento, financiamento e termos 
internacionais de comércio, além de um fluxograma de exportação, um simulador 
de preço de exportação. 
 
São disponibilizados gratuitamente na Internet e no formato CD-ROM, os 
produtos relacionados abaixo, que compõem a série Aprendendo a Exportar, 
podem ser acessados a partir do portal www.aprendendoaexportar.gov.br . 
 
• Aprendendo a Exportar – Versão 2. 
• Aprendendo a Exportar Confecções. 
• Aprendendo a Exportar Alimentos. 
• Aprendendo a Exportar Artesanato. 
• Aprendendo a Exportar Calçados. 
• Aprendendo a Exportar Móveis. 
• Aprendendo a Exportar Flores e Plantas Ornamentais. 
• Aprendendo a Exportar Máquinas e Equipamentos. 
• Aprendendo a Exportar Gemas, Joias e Afins. 
• Aprendendo a Exportar Pescado. 
• Aprendendo a Exportar – Cooperativismo. 
• Aprendendo a Exportar para a União Europeia. 
 
A seguir, alguns dos principais temas abordados e algumas das ferramentas 
de aprendizagem disponibilizadas na série Aprendendo a Exportar. 
 
1.7.4.1. Simulador de Preço de Exportação 
 
A determinação do preço de exportação é um dos aspectos mais 
importantes e decisivos para assegurar condições de competição do produto a ser 
exportado. A fixação do preço de exportação deve ser precedida de estudo 
detalhado dos custos de produção e das condições de mercado, de forma a 
viabilizar a manutenção do esforço exportador, sem prejuízo para a empresa. 
 
O Aprendendo a Exportar disponibiliza ao usuário um Simulador de Preço de 
Exportação. Trata-se de uma planilha eletrônica na qual é possível selecionar a 
modalidade de INCOTERMS a ser utilizada na exportação e inserir valores relativos 
aos componentes do preço no mercado interno, componentes do preço na 
38 
 
exportação, lucro desejado e taxa cambial para obter um valor estimado sobre o 
preço de exportação. 
 
1.7.4.2. Fluxograma de Exportação 
 
O objetivo do fluxograma de exportação é permitir ao usuário, por meio da 
leitura sequencial de seus diversos módulos, consolidar o conhecimento dos 
principais passos a serem seguidos em uma operação de exportação, desde o 
planejamento da produção e realização de pesquisa de mercado até o envio de 
carta de agradecimento ao importador. 
 
Trata-se de roteiro de grande valia, principalmente para aqueles que estão 
se iniciando na atividade de exportação. 
 
1.7.4.3. Modalidades de Pagamento 
 
As modalidades de pagamento são múltiplas e representam diferentes níveis 
de segurança para o vendedor do produto. No Aprendendo a Exportar, o usuário 
encontrará textos sobre as principais modalidades de pagamento utilizadas no 
comércio internacional e poderá aprender mais sobre o assunto navegando e 
explorando os fluxogramas interativos. 
 
1.7.4.4. INCOTERMS – Termos Internacionais de Comércio 
 
Os chamados INCOTERMS (Termos Internacionais de Comércio) servem 
para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, 
os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo 
um conjunto-padrão de definições e determinando regras e práticas neutras, como 
por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, 
quem é o responsável pela contratação do seguro. No Aprendendo a Exportar, o 
usuário encontrará diversas informações sobre INCOTERMS. 
 
Visite www.aprendendoaexportar.gov.br e conheça os produtos que 
compõem a série Aprendendo a Exportar. 
 
1.7.4.5. Multimídia 200 Anos de Comércio Exterior 
 
A assinatura da Carta Régia da Abertura dos Portos em 28 de janeiro de 
1808 pode ser considerada como o marco da autonomia do comércio exterior 
brasileiro. Para comemorar esse acontecimento, o Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Agência Brasileira de Promoção de 
Exportações e Investimentos (APEX-Brasil) elaboraram o produto multimídia 
comemorativo dos 200anos de comércio exterior brasileiro. 
39 
 
 
O objetivo do trabalho é convidar o usuário a navegar por uma linha do 
tempo, de 1808 aos dias atuais, que registra os principais acontecimentos da 
História do Comércio Exterior do Brasil. 
 
O CD-ROM apresenta também imagens, estatísticas e vídeos explicativos 
que apresentam os fatos mais importantes da história do comércio exterior 
brasileiro. 
 
O site 200 Anos de Comércio Exterior pode ser acessado, gratuitamente, 
pelo Portal da série Aprendendo a Exportar (www.aprendendoaexportar.gov.br ) e 
pelo site do MDIC (www.mdic.gov.br ). 
 
 
1.7.5. Encontros de Comércio Exterior- ENCOMEX 
 
Os Encontros de Comércio Exterior (ENCOMEX) consistem em um projeto 
desenvolvido pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com o intuito de estimular 
maior participação do empresariado brasileiro no contexto internacional, levando 
informações de relevância acerca da estrutura, do funcionamento, das regras 
básicas do intercâmbio comercial brasileiro, dos mecanismos de apoio à 
exportação, das oportunidades de negócios e contatos, contribuindo 
substancialmente com a divulgação da cultura exportadora. 
 
Com esta iniciativa, que é uma das atividades integrantes do Plano Nacional 
da Cultura Exportador-PNCE, pretende-se expandir a pauta brasileira de 
exportação em quantidade, qualidade e variedade de produtos, bem como ampliar 
mercados de destino e a quantidade de empresas brasileiras participantes no 
mercado internacional. 
 
Para a consecução dos referidos objetivos, a SECEX conta com a parceria 
de outras instituições como APEX-Brasil, SEBRAE, Banco do Brasil, Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica 
Federal, Governos Estaduais e Municipais, entidades de classe, entre outros. 
 
Os encontros propiciam integração do setor público com o privado, mediante 
uma diversificada estrutura de opções em sua programação que envolve desde 
palestras sobre diferentes temas para quem deseja exportar, passando pelo 
Showroom, composto por estandes, onde são expostos produtos, serviços e 
técnicas de apoio ao comércio exterior, e as Oficinas Setoriais e Temáticas, que 
atendendo a demandas locais, discutem temas e setores específicos. 
 
40 
 
A programação dos ENCOMEX também pretende divulgar, junto à 
sociedade brasileira, o papel do MDIC/SECEX no tratamento administrativo do 
comércio exterior, na produção de dados estatísticos, na defesa comercial, nas 
negociações internacionais e no desenvolvimento de programas de apoio às 
exportações, apresentando os desafios da Secretaria para os próximos anos. 
 
Os ENCOMEX consistem em uma oportunidade para que os envolvidos no 
processo exportador sanem suas dúvidas, ampliem conhecimentos, atualizem 
informações sobre o comércio exterior, acessem novos mercados e, mantenham 
contatos capazes de promover a expansão dos negócios internacionais. Importante 
ressaltar que as inscrições são gratuitas e que os eventos não possuem fins 
lucrativos. Desde a criação do evento até junho de 2014 foram realizados 149 
ENCOMEX para um total de 94.671 participantes, entre os quais, 34.040 empresas. 
 
 
1.8. COMEX RESPONDE – Serviço de Solução de Dúvidas 
 
O sistema COMEX Responde é uma ferramenta facilitadora da comunicação 
entre empresas exportadoras ou com potencial para exportar, acadêmicos e os 
órgãos intervenientes do Comércio Exterior, por meio da qual podem ser enviadas 
dúvidas e sugestões sobre comércio exterior. Pode haver também a interação entre 
outros órgãos do governo federal e os setores atuantes no comércio exterior. 
 
Diante da crescente importância do acesso à informação, o Comex 
Responde é um canal que viabiliza ao público, de forma simples e segura, o 
conhecimento das informações relacionadas ao comércio exterior, seja quanto a 
legislações ou a procedimentos. 
 
O canal de comunicação Comex Responde Conta atualmente com 22 
órgãos com técnicos que atuam de forma integrada e coordenada para solucionar 
os mais diversos questionamentos e situações levantadas pelos usuários. Todos os 
órgãos e entidades da Administração Pública Federal com atribuições legais 
relacionadas ao comércio exterior são responsáveis por atuar respondendo as 
questões relativas aos assuntos de suas áreas de competência. 
 
Seu acesso ocorre através dos sites governamentais que tratam do tema, 
como, por exemplo, o Brasil Export, Vitrine do Exportador, o Aprendendo a 
Exportar, etc. Há também a presença através da aba ―fale conosco‖ em websites 
como AliceWeb ou ―importar e exportar‖ da ANP – Agência Nacional do Petróleo. 
 
O Comex Responde funciona através de um formulário que possui três 
versões, em português, inglês e espanhol facilitando o acesso aos usuários de 
outros países parceiros comerciais. 
41 
 
 
 
O usuário deverá informar seus dados de contato para retorno de suas 
mensagens e para que seja identificada a origem das demandas, o que 
posteriormente terá um tratamento estatístico para análise e melhoria do sistema: 
 
Deverá informar também sua área de atuação, que demonstra a origem do 
interesse na questão: 
42 
 
 
O Comex Responde agrupa em um único sistema oito assuntos gerais 
distintos, dentre eles Estatística, Exportação, Importação e Investimento. Cada 
assunto geral engloba vários outros específicos. Dessa forma fica mais fácil para o 
usuário identificar onde se encaixa sua dúvida e direcioná-la para técnicos 
especializados no tema. 
 
Segue abaixo o exemplo para assuntos específicos englobados pelo tema 
geral ―Estatísticas‖: 
 
 
O usuário poderá efetuar suas consultas através de mensagens com até 
3000 caracteres e a resposta será enviada diretamente ao usuário no prazo médio 
de três dias. 
43 
 
 
 
1.9. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) 
 
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior foi criado 
pela Medida Provisória nº 1.911-8, de 29/07/1999 - DOU 30/07/1999, tendo como 
área de competência os seguintes assuntos: 
 
 política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; 
 propriedade intelectual e transferência de tecnologia; 
 metrologia, normalização e qualidade industrial; 
 políticas de comércio exterior; 
 regulamentação e execução dos programas e atividades relativas ao 
comércio exterior; 
 aplicação dos mecanismos de defesa comercial e participação em 
negociações internacionais relativas ao comércio exterior; 
 formulação da política de apoio à microempresa, empresa de pequeno 
porte e artesanato; 
 execução das atividades de registro do comércio. 
 
Ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão 
vinculadas as seguintes entidades: 
 
 Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA); 
 Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); 
 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(INMETRO); 
 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
 
 
A estrutura do MDIC pode ser visualizada no organograma a seguir: 
44 
 
 
 
 
45 
 
1.9.1. Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e seus Departamentos 
 
Em sintonia com as diretrizes do governo, a Secretaria de Comércio 
Exterior vem direcionando esforços para a criação de condições propícias de 
atuação do Brasil no comércio internacional. A Secretaria está estruturada 
em cinco departamentos, conforme organograma a seguir: 
 
 
 
 
46a) Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) 
 
Entre as competências do DECEX estão o desenvolvimento, execução e 
acompanhamento de políticas e programas de operacionalização do comércio 
exterior brasileiro, bem como o estabelecimento de normas e procedimentos 
necessários à sua implementação. Assim, são empreendidos esforços para o 
aperfeiçoamento dos mecanismos de comércio exterior brasileiro e implementadas 
ações direcionadas à sua simplificação e adequação a um ambiente de negócios 
cada vez mais competitivo. 
 
b) Departamento de Negociações Internacionais (DEINT) 
 
O Departamento de Negociações Internacionais promove estudos e 
coordena, no âmbito interno, os trabalhos de preparação da participação brasileira 
nas negociações internacionais de comércio. Está incumbido de desenvolver 
atividades de comércio exterior junto a organismos internacionais e de prestar 
apoio técnico nas negociações comerciais com outros países e blocos econômicos. 
 
c) Departamento de Defesa Comercial (DECOM) 
 
Com a abertura comercial, a eliminação dos controles administrativos e a 
progressiva desregulamentação das importações, a economia brasileira elevou o 
seu grau de exposição à concorrência internacional. Visando assegurar que o 
ingresso de produtos estrangeiros no país ocorra em condições leais de comércio e 
que a política de importação brasileira esteja em perfeita sintonia com as 
disposições vigentes no comércio internacional, foi criado o Departamento de 
Defesa Comercial. 
 
d) Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (DEAEX) 
 
Ao Departamento de Estatística e Apoio à Exportação, entre outras 
atribuições, compete propor e acompanhar a execução das políticas e programas 
de comércio exterior; formular propostas de planejamento da ação governamental 
em matérias de comércio exterior; coordenar e implementar ações e programas 
visando ao desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, em articulação com 
órgãos e entidades de direito público ou privado, nacionais e internacionais. 
47 
 
 
e) Departamento de Competitividade no Comércio Exterior (DECOE) 
 
Ao DECOE, entre outras atribuições, compete estabelecer normas e 
procedimentos necessários à implementação de políticas e programas de 
operacionalização do comércio exterior; coordenar, no âmbito da SECEX, ações 
sobre o Acordo de Facilitação ao Comércio em curso junto à Organização Mundial 
do Comércio (OMC), e participar de eventos nacionais e internacionais; coordenar, 
no âmbito do MDIC, ações referentes ao Acordo sobre Procedimentos de 
Licenciamento de Importação junto à OMC; e administrar o benefício fiscal de 
redução a zero da alíquota do Imposto de Renda no pagamento de despesas com 
promoção comercial, comissionamento e logística de produtos brasileiros, no 
exterior; 
 
1.9.2. Ouvidoria do MDIC 
 
A Ouvidoria do MDIC foi criada por meio do Decreto nº 5.964, de 14 de 
novembro de 2006, com a finalidade de receber, examinar e dar encaminhamento a 
reclamações, elogios, sugestões e denúncias referentes a procedimentos e ações 
de agentes e Órgãos, no âmbito do Ministério. Sua missão é garantir o direito de 
todo cidadão de se manifestar e de receber resposta, e propor ações para estimular 
a participação popular, a transparência e a eficiência na prestação de serviços pelo 
MDIC. 
 
Qualquer pessoa, utilizando um dos seguintes canais de comunicação, pode 
entrar em contato com a Ouvidoria: 
 
 internet: www.mdic.gov.br/sitio/sistema/ouvidoria/atendimento/ 
 telefone: (61) 2027-7646; 
 fax: (61) 2027-7333. 
 
Fonte: www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=1&menu=1644 (em 11-08-2015), 
 
48 
 
Módulo 2 
 
A Decisão de Exportar 
 
 
2.1 A Elaboração do Projeto de Internacionalização da Empresa 
 
Inicialmente, para se avaliar os conhecimentos sobre as condições básicas 
para a exportação, algumas questões devem respondidas. 
 
 Por que os exportadores são, em média, mais competitivos que os 
empresários que não exportam? Qual é a vantagem da exportação? 
 A dimensão da empresa é determinante para conseguir êxito na 
exportação? 
 Quando se deve começar a exportar? 
 Quais são os quatro parâmetros importantes da exportação? 
 Quais são os erros mais comuns da exportação? 
 Quais barreiras em geral podem dificultar a exportação? 
 Se o empresário precisa de apoio, quem pode ajudá-lo? 
 Quais são as dificuldades da empresa a serem superadas no processo 
de internacionalização? 
 
 
2.2. Engenharia da Exportação 
 
Como começar a dar os primeiros passos em um mundo tão fascinante e 
diversificado como o do comércio internacional? 
 
Será que este é um tema apenas para as grandes empresas ou também o é 
para artesãos, pequenas e médias empresas? 
 
De quais recursos o empresário vai precisar? Quem poderá ajudá-lo? 
 
Neste capítulo, através de uma longa caminhada, procura-se dar uma visão 
da amplitude da fascinante experiência de se relacionar com o mercado 
internacional. 
 
Nos encontros empresariais e nos seminários, a pergunta ―quais são as 
dificuldades encontradas para exportar?‖, tem como resposta, frequentemente, uma 
queixa do tipo: falta de apoio oficial, câmbio da moeda não é favorável, a burocracia 
é excessiva, falta de financiamento etc. 
49 
 
 
Claro que tudo isso influi (e em alguns casos de forma decisiva) sobre o êxito 
da exportação, porém é só a ―ponta do iceberg‖. 
 
A competitividade depende de três fatores básicos: 
 
 sistema competitivo do país; 
 estrutura da empresa para exportar; e 
 conhecimento do mercado internacional. 
 
Portanto, a maior parte da responsabilidade do sucesso na atividade 
exportadora depende do empresário. 
 
Conjunto dos três fatores que constituem a engenharia da exportação. 
1. Sistema Competitivo do País 
– política cambial, promoção oficial, financiamentos, seguros, informações, 
incentivos, transportes, procedimentos. 
 
2. Conhecimento do Mercado 
– conhecimento dos obstáculos, seleção 
do mercado, seleção do parceiro, 
seleção do canal de ingresso, adaptação 
do produto, logística competitiva, gestão 
financeira. 
3. Estrutura da Empresa 
– nível de informação, promoção eficaz, 
integração empresarial, conhecimento 
de contratos, programação fiscal 
internacional, estrutura interna de 
exportação, método de elaboração de 
custos, gestão do cliente, perfil 
profissional. 
Gestão empresarial 
 
 
2.3 Por que Exportar? 
 
São várias as motivações que levam milhares de empresas para o mercado 
internacional: 
 
a) necessidade de operar em um mercado de volumes que garantam 
uma dimensão industrial da empresa (alcançando uma economia de 
escala que lhe dê competitividade); 
 
50 
 
b) pedidos casuais de importadores – talvez conhecidos através de 
uma feira internacional ou uma missão no exterior (muitas vezes não se 
questiona se vale a pena aceitar pedidos sem que exista um plano de 
mercado); 
 
c) dificuldades de vendas no mercado interno – a empresa Natuzzi, 
dona da marca ―Divani e Divani‖, depois de anos de dificuldade 
procurando vender no mercado interno italiano, lutando contra os 
grandes competidores, identificou oportunidades de vendas nos 
Estados Unidos, começando, portanto, no mercado exterior. Hoje, é o 
maior fabricante mundial de sofás em pele; 
 
d) melhor aproveitamento das estações – quem produz artigos de 
estação como roupa de praia ou aquecedores, na baixa estação do 
mercado interno pode projetar-se para o mercado do hemisfério oposto; 
 
e) possibilidade de preços mais rentáveis

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