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Logistica internacional - Apostila

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SISTEMAS DE
 INFORMAÇÕES 
 GERENCIAIS
www.esab.edu.br 3
Sumário
1. Apresentação l.......................................................................05
2. Entendendo Logística Internacional.......................................06
3. As Teorias Clássicas Do Comércio Exterior...........................12
4. Globalização e os Blocos Econômicos Regionais..................20
5. O Comércio Internacional.......................................................26
6. Resumo I................................................................................33
7. Apresentação II......................................................................35
8. Abordagens Em Exportação........................................................36
9. Pesquisa De Mercado e Suas Peculiaridades.......................41
10. Métodos e Canais De Exportação..........................................48
11. Agente Internacional e As Normas Administrativas De 
Exportação.............................................................................53
12. Contêineres e Embalagens De Exportação...........................59
13. Abordagens De Importação No Brasil....................................66
14. Resumo II...............................................................................72
15. Apresentação III.....................................................................74
16. A Evolução Dos Transportes..................................................75
17. Os Modais De Transporte Internacional.................................81
18. Resumo III..............................................................................89
19. Apresentação IV.....................................................................90
20. Abordagens Do Direito No Comércio Internacional................91
21. Operadores Logísticos No Comércio Exterior........................98
22. O Comércio Exterior e o Profissional De Logística..............103
23. Resumo IV............................................................................109
24. Glossário..............................................................................110
25. Referências..........................................................................114
www.esab.edu.br 4
PALAVRAS DA TUTORA
Apresentação
Caro/a estudante,
Seja bem-vindo/a à disciplina Logística Internacional! 
Nesta disciplina você terá uma compreensão da Logística 
Internacional, perpassando pela origem, conceitos, objeto e 
uma abordagem dos mais diversos temas que a envolve.
É importante ressaltar que para seu melhor aprendizado é 
necessário que você procure aprofundar seus estudos em 
muitas outras informações pertinentes a cada temática desta 
disciplina, disponíveis nos livros e artigos científicos sobre o 
assunto.
Nesse sentido, a apostila será a coadjuvante no seu processo 
de aprendizagem, que, associada aos demais recursos 
disponíveis, a respeito dos tópicos tratados, possibilitará um 
conhecimento e aprendizado mais rico e enraizado. 
Bons Estudos e ótimo aprendizado!
Profª. Eliana Rangel.
www.esab.edu.br 5
ABORDAGEM DA LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Nesta primeira seção, da Disciplina Logística Internacional, 
vamos fazer uma abordagem do tema, procurando compreender 
seu conceito, as teorias clássicas que envolvem o comércio 
exterior, a globalização e blocos econômicos, e ainda, fazer 
uma introdução sobre o comércio internacional.
www.esab.edu.br 6
Podemos conceituar logística internacional?
Podemos compreender logística internacional como 
um ramo da Logística cujo objetivo principal é melhorar a 
importância dos sistemas logísticos externos que ligam o 
fabricante aos seus parceiros da rede industrial, como 
fornecedores, transportadores e operadores.
As redes logísticas estão se tornando cada 
vez mais internacionais. À medida que a 
competição se intensifica, as empresas estão 
descobrindo que precisam compartilhar 
economias e competências em áreas como 
pesquisa e desenvolvimento, qualidade 
assegurada e logística.
À medida que as redes logísticas se tornam 
mais abrangentes, as restrições geográficas, 
legislações, dificuldades financeiras e culturais 
surgem, particularmente com os processos 
Just-in-Time. Ao mesmo tempo em que o 
mercado único está ajudando a harmonizar, as 
barreiras geográficas vêm sendo superadas pela 
concentração de fornecedores-chave próximos 
das fábricas. Texto disponível em: <http://www.
guiadelogistica.com.br/ARTIGO9.html>.
http://www.guiadelogistica.com.br/ARTIGO9.html
http://www.guiadelogistica.com.br/ARTIGO9.html
www.esab.edu.br 7
Nogueira (2018) diz que há muitos fatores que impulsionam 
as empresas a entrar na competitividade. 
No âmbito internacional as empresas expandem suas 
operações de forma globalizada, cuja motivação, resulta na 
possibilidade do crescimento e da sobrevivência das mesmas. 
Os principais fatores que elevam a logística internacional 
são o crescimento econômico, a abordagem da cadeia de 
suprimentos, a regionalização, a tecnologia e a 
desregulamentação (NOGUEIRA, 2018, p. 186).
Trabalhando alguns conceitos
Continuamos com Nogueira 
(2018) para trazer algumas 
abordagens que envolvem a 
logística internacional. O 
aumento da competitividade 
tem sido caracterizado 
principalmente pela diminuição 
dos ciclos de vida dos produtos e pelo aumento da 
diversificação dos mesmos. Esses eventos surgem em razão 
do uso cada vez mais intenso da tecnologia como facilitador 
do gerenciamento de informações de qualquer lugar do mundo. 
O advento da globalização com suas ferramentas tecnológicas 
vêm trazendo ao consumidor a inovadora condição de 
visualizar e adquirir quaisquer produtos que se deseja, e 
ainda de qualquer parte do mundo. Assim, dizemos que a 
globalização se refere à crescente interdependência entre 
os países, o que ocorre a partir da alta movimentação de 
bens, serviços, capital e conhecimento.
Mas para que aconteçam as exportações e as 
importações é necessário que as normas e critérios 
internacionais e nacionais sejam seguidos.
www.esab.edu.br 8
O cumprimento de tais normas possibilitam o sucesso da 
operação que envolve todos as fases da negociação, desde a 
solicitação do produto até que o mesmo esteja disponibilizado 
ao seu destinatário. 
A forma correta de utilização do modal de transporte, 
observando a documentação e os procedimentos que 
envolvem tal atividade, também é objeto de observação 
para o aproveitamento nas transações de comércio exterior. 
Ressalta-se que em cada país a globalização se refere à 
extensão das inter-relações entre a economia nacional e a 
economia do restante do mundo. Assim, ainda temos que 
entender que apesar de uma globalização crescente, nem 
todos os países estão igualmente integrados na economia 
global.
Importância da logística no comércio internacional
A rota da seda, conforme Nogueira (2018, p. 187) é um 
marco do início do comércio internacional na história da 
humanidade. A rota da seda era assim “[...] uma série de rotas 
interconectadas através do sul da Ásia usadas no comércio 
da seda entre o Oriente e a Europa, desde os primeiros 
séculos da nossa era até ao início da Idade Moderna. Sua 
importância econômica, social e política se tornou crescente 
nos últimos anos”. 
Vamos então entender o que é comércio internacional! 
Comércio internacional é a atividade que se faz a compra, 
venda e troca de bens e serviços, bem como de circulação de 
capitais e de mão de obra entre os países. Nessa atividade se 
insere todos os países, através de empresas, associações, 
bancos, governos, indivíduos ou qualquer outra forma em que 
se possa empregá-la e praticá-la, representando, menor ou 
maior importância no contexto de economia de um país.
www.esab.edu.br 9
O processo de logística no comércio internacional, 
anualmente apresenta índice crescente no mundo. O Brasil 
ainda precisa consolidar melhor os aspectos que norteiam a 
logística internacional. Um dos fatores que dificulta um 
célere andamento dessa atividade é aextensa documentação 
que torna o processo comercial ainda mais burocrático.
Princípios básicos das operações globais
As operações logísticas devem se adequar ao ambiente 
competitivo estrategicamente. “O sistema logístico formado 
por todos os membros da cadeia global de suprimentos 
encara desafios para integrar suas atividades. Essa integração 
assume diferentes configurações, dependendo de como os 
fatores ambientais afetam as empresas envolvidas” 
(NOGUEIRA, 2018, p. 187). 
A referida integração do sistema logístico está dividida em 
três partes: integração geográfica, integração funcional, 
integração setorial. Esses três tipos de integração formam a 
base das operações em logística internacional. De forma 
que as empresas devem buscar a melhor forma de gestão e 
organização para que as partes (geográfica, funcional, setorial) 
conectem harmoniosamente. 
Vamos entender cada uma dessas partes na explicação de 
Nogueira (2018)!
Integração geográfica
A integração geográfica refere-se ao fato que as fronteiras 
geográficas estão perdendo sua importância. Isso acontece 
porque a visão das empresas sob suas instalações mundiais 
se dá como uma única entidade.
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A implementação de compras de forma globalizada, o 
estabelecimento das mais variadas manufaturas em todos os 
continentes e a venda em múltiplos mercados, todos implicam a 
existência de uma visão de operações e logística projetadas 
tendo em mente maiores considerações nacionais.
Integração funcional
Se antes as responsabilidades se limitavam a coordenar 
os fluxos físicos relacionados à produção, distribuição ou 
serviços pós-vendas, hoje, elas se expandem para incluir 
funções como pesquisa, desenvolvimento e marketing, 
projeto e gestão dos fluxos. A integração funcional vem 
proporcionando melhoria significativa na gestão do fluxo.
Integração setorial
Vamos entender que há uma diferença entre a atuação 
encontrada nas cadeias de suprimentos tradicionais para 
àquelas adotadas por empresas inovadoras. Nas cadeias de 
suprimentos tradicionais, fornecedores, fabricantes, 
distribuidores e clientes trabalham preocupados em otimizar 
sua própria logística e operações, ou seja, a atuação é 
individual, a preocupação está apenas com a sua própria 
parte no sistema de fluxo. Decorre desse comportamento 
individual que alguns integrantes criam problemas e 
ineficiência para outros integrantes da cadeia, sendo que 
todos os integrantes adicionam custo ao sistema total. 
De outro lado, algumas empresas preparam-se melhor ao 
se depararem com esses aspectos da cadeia de suprimentos e 
lançam uma perspectiva para além das fronteiras da 
corporação e passam a trabalhar de maneira a colaborar com 
todas as partes da cadeia, cujo esforço tem o objetivo de 
otimizar todo sistema. Esse evento denomina-se integração 
setorial.
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Esta unidade trouxe uma breve abordagem da logística 
internacional com a finalidade de inserir inicialmente uma 
ideia geral da disciplina.
Na próxima unidade vamos ver as teorias clássicas do 
comércio exterior. 
Até breve!
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As teorias clássicas do comércio internacional são 
conhecidas como: liberalismo e comércio internacional; 
liberalismo de Adam Smith e Liberalismo de David Ricardo.
Vamos conhecê-las!
Liberalismo e comércio internacional
Desde os primórdios da civilização ocorrem trocas de 
mercadorias entre os homens. Os antigos mercadores das 
companhias de comércio com o passar do tempo ampliaram o 
comércio favoravelmente, de forma que abrangeram globalmente 
países diversos e observando suas atividades principais.
Assim, explica Cassar (2012) que no decorrer do tempo a 
atividade mercantil apresentou um natural desenvolvimento, 
deixando de ser uma ação artesanal, onde as pessoas 
buscavam a complementação de suas atividades com base 
em trocas de mercadorias por outras, para se tornar uma 
atividade economicamente constituída e com importância para 
toda sociedade, onde não só suas necessidades eram 
satisfeitas, mas, também, contribuía para o desenvolvimento 
do país.
www.esab.edu.br 13
São benefícios sociais e econômicos oriundos das intensas 
trocas comerciais entre os países
- ampliação dos mercados consumidores, possibilitando aos 
produtores ganhos de escala e aumentos de produtividade em 
suas atividades;
- acesso a maior diversidade de fornecedores de insumos e 
matérias primas, aumento as possibilidades comerciais;
- acesso a maior diversidade de produtos pelos 
consumidores, que passam a ser locais e importados;
- acesso a novas tecnologias e diferentes padrões de 
produção;
- ampliação do fluxo monetário entre países, gerando 
crescimento e desenvolvimento recíproco;
- criação de novas alternativas de produção, concentrando 
atividades em determinados lugares, de modo que o processo 
completo se dê com base no trabalho de diferentes países;
- desenvolvimento de oportunidades de negócios vinculados 
às peculiaridades de alguns países (exemplo: produtos à base 
de materiais extraídos da Amazônia, como perfumes e 
remédios);
- ampliação dos contatos entre os povos de diferentes etnias 
e culturas, proporcionando oportunidades negociais ante a 
diversidade cultural.
Observação! Estudiosos do tema pontuam que o excesso 
de desenvolvimento do comércio internacional pode gerar 
grande interdependência entre os países, o que pode afetar, 
até mesmo, a soberania dos mesmos. 
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Dentre os fatores prejudiciais decorrentes das relações 
comerciais entre países estão:
- concorrência internacional pode gerar desenvolvimento 
assimétrico entre os países, em especial os desenvolvimentos 
tecnológico e econômico.
- a busca por produtos e serviços competitivos eleva 
alguns países economicamente, onde os países 
desenvolvidos se destacam em relação aos países em 
desenvolvimento;
- o desenvolvimento de apenas alguns setores econômicos 
cria uma relação de interdependência global, adequada para 
tempos de paz, mas altamente prejudicial em tempos de crises 
entre países. No caso de isolamento internacional, o país se 
vê sem alternativas para substituir produtos vindos do exterior
Liberalismo econômico 
Liberalismo, de acordo com Cassar (2012, p. 55) é expresso 
em um conceito onde ocorre “[...] a liberdade oferecida ao 
comerciante de escolher a base de sua atividade econômica 
e executá-la com quem quer que seja. Isso quer dizer que o 
indivíduo que deseja produzir roupas poderia comercializá-las 
no local que melhor lhe conviesse”.
Assim, o liberalismo econômico pode ser compreendido 
com base na ausência do intervencionismo estatal na atividade 
econômica de um país. Isso significa a aceitação de um 
comércio livre, sem tabelamento de preços ou barreiras 
alfandegárias, onde as empresas atuam globalmente em livre 
concorrência.
Nesse sentido, Adam Smith diz que “consequentemente, 
uma vez eliminados inteiramente todos os sistemas, sejam eles 
preferenciais ou de restrições, impõe-se por si mesmo o 
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sistema óbvio e simples da liberdade natural. Deixa-se a cada 
qual, enquanto não violar as leis da justiça, perfeita liberdade 
de ir a busca de seu próprio interesse, a seu próprio modo, e 
fazer com que tanto seu trabalho como seu capital concorram 
como os de qualquer outra pessoa ou categoria de pessoas”.
Sintetiza Cassar (2012) que o grande elemento do 
liberalismo reside no discurso da iniciativa individual, onde 
todo e qualquer indivíduo em uma sociedade pode buscar 
desenvolver a atividade econômica que mais lhe interessar, 
obtendo os meios para seu sustento. 
De forma que o liberalismo só é possível em países onde a 
democracia viabiliza aos indivíduos liberdade de ação e 
onde o Estado pouco interfere. Esse pensamento econômico é 
conhecido como laissez-faire (deixe levar).
Comércio exterior e liberalismo
Temos que compreender inicialmente que o comércio 
internacional decorre primeiramente das diferenças existentes 
entre os diversos países, que buscam completarsuas 
necessidades internacionais com produtos e serviços de 
outras regiões onde são abundantes. Assim, Cassar (2012) 
apresenta justificativas para a base do comércio exterior:
- o clima interfere na produção agrícola de um país para 
outro;
- alguns países têm solos mais ricos em certos tipos de 
minerais do que outros. Isso resulta na necessidade de 
comercializar alguns minérios. Exemplo, o Chile tem ricas 
jazidas de cobre e o Brasil de bauxita;
- ganhos de escala pela produção de grandes volumes de 
maneira repetitiva proporcionam redução dos custos de 
produção;
www.esab.edu.br 16
- divisão do trabalho gera especialização das atividades e 
crescimento na produção pelo melhor aproveitamento dos 
recursos;
-diferentes níveis de consumo e produção entre os países 
os levam a compatibilizar de maneira conjunta as fontes de 
produtos com seus consumidores.
Agora vamos entender melhor a teoria do liberalismo de 
Adam Smith.
Liberalismo de Adam Smith
Considerado o fundador da economia clássica, Adam 
Smith é um dos principais defensores do liberalismo. Cassar 
(2012) apresenta os principais aspectos da teoria do 
liberalismo de Adam Smith:
- a produtividade e a mão invisível da economia: este 
aspecto da teoria diz que a maior ou menor sistematização 
das tarefas ligadas à produção de bens e mercadorias 
determina o grau de eficácia com que esta é desenvolvida 
e, consequentemente o nível de lucro dos indivíduos. Diz 
respeito às ações do indivíduo por interesse próprio.
- negócios internacionais: o Estado não deve intervir nos 
negócios particulares ou mesmo no comércio internacional. 
Assim, “em paridade ou quase paridade de lucros, todo 
indivíduo naturalmente está inclinado a aplicar seus capitais 
da maneira que ofereça as maiores possibilidades de 
sustentar a atividade interna e assegurar renda e emprego 
ao número máximo de pessoas de seu próprio país” (SMITH, 
1983, V. 2, p. 379). 
- divisão do trabalho: está baseada na capacidade de 
se obter maior produtividade em uma atividade a partir do 
momento em que as pessoas se concentrem em ações para 
www.esab.edu.br 17
as quais têm maior competência ou habilidade, ou para as 
quais tenham sido mais treinadas.
- valor das mercadorias para Adam Smith: para Smith ‘o 
trabalho é a medida real do valor de troca de todas as 
mercadorias’. Assim, a quantidade de trabalho é considerada 
como o padrão real e final de comparação e estimativa do 
valor de todas as mercadorias em qualquer época e em 
qualquer lugar.
- remuneração do capital e do empreendedor: a atividade 
empreendedora faz parte dos elementos que geram a 
riqueza de uma sociedade, através das empresas que 
produzem os bens que serão por elas consumidos e 
comercializados, tanto internamente quanto no mercado 
externo. Os lucros pagos aos empresários devem remunerar 
suas capacidades administrativas e o capital empregado 
para a realização das atividades empresarias. 
- o capital e a geração de riqueza: a partir do momento 
em que a quantidade de capital é decisiva para a determinação 
da capacidade produtiva de um país, é preciso investigar sua 
geração e acúmulo de maneira mais aprofundada. Se o capital 
de uma pessoa for apenas para mantê-la por um tempo, 
normalmente essa pessoa procura economizá-lo e fazer algo 
para repô-lo o mais rápido possível. 
- papel do Estado no liberalismo de Adam Smith: o papel do 
Estado deve ser promover o bem-estar e garantir o 
desenvolvimento. Nesse sentido deve haver uma relação entre 
economia e política, onde a Economia Política deva promover 
renda ou manutenção farta para a população, ou melhor, dar-lhes 
meios para que a mesma consiga essa renda e manutenção e 
ainda, o provimento do Estado ou comunidade com uma renda 
suficiente para a manutenção adequada dos serviços públicos.
www.esab.edu.br 18
Liberalismo de David Ricardo
De acordo com Cassar (2012), o liberalismo de David 
Ricardo foi um desenvolvimento dos conceitos elaborados por 
Adam Smith. Sua teoria, no entanto, tem uma visão mais 
crítica das relações internacionais e do equilíbrio necessário 
para o desenvolvimento sustentável do comércio internacional. 
Seguem alguns aspectos da teoria de David Ricardo:
- comércio exterior e a teoria das vantagens comparativas: 
através da formulação do Princípio dos Custos Comparados 
(teoria das Vantagens Comparativas) procura-se explicar os 
mecanismos que definiriam a escolha dos produtos a serem 
produzidos e comercializados entre os diferentes países, 
preservando a vocação individual e a busca da produtividade 
sistêmica.
- o valor das mercadorias para David Ricardo: “o valor 
de uma mercadoria, ou a quantidade de qualquer outra pela 
qual pode ser trocada depende da quantidade relativa de 
trabalho necessário para sua produção, e não da maior ou 
menor remuneração que é paga pelo seu trabalho”.
- o comércio Internacional: David Ricardo era um 
grande defensor do livre mercado, não da mesma forma 
que Smith, pois para Ricardo, o mercado deveria buscar o 
benefício coletivo de maneira comparativa, aproveitando as 
melhores características que cada um possui para a obtenção 
de vantagens para todos.
www.esab.edu.br 19
Leio artigo ‘Adam Smith e o surgimento do 
discurso econômico’.
Acesse o link: http://www.scielo.br/scielo.
php?pid=S0101-31572004000300433&script=sci_
arttext.
Boa Leitura! 
Veremos na próxima unidade globalização e blocos 
econômicos.
Até breve!
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31572004000300433&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31572004000300433&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31572004000300433&script=sci_arttext
www.esab.edu.br 20
A globalização teve seu 
fenômeno inicial no início do 
século XVI com a expansão da 
economia europeia para as 
regiões da América, Ásia e 
África. Atualmente, o termo 
globalização, “[...] de modo geral, 
tem sido empregado com mais 
frequência no sentido de indicar a existência de uma profunda 
interdependência, principalmente econômica entre os países” 
(DIAS, 2012, p. 154).
A temática desta unidade está baseada nas lições de Dias 
(2012). O autor explica que foi no início da década de 1980 
que o termo globalização começou a ser veiculado nos Estados 
Unidos, passando a ser difundido com o objetivo de 
caracterizar as profundas mudanças que ocorreram nas 
últimas duas décadas na economia internacional. Isso 
significava dizer a rápida expansão mundial da produção, do 
consumo e da inversão de bens, serviços, capital e tecnologia.
Também a palavra globalização tem sido utilizada na 
tentativa de explicar a grande diversidade de acontecimentos 
que ocorrem na esfera econômica mundial. Um exemplo é o 
surgimento de uma nova divisão internacional do trabalho 
junto a uma maior dispersão da atividade econômica, 
www.esab.edu.br 21
que passou a ser direcionada pelo planejamento estratégico 
das grandes corporações, que substituíram a planificação 
governamental ou estatal em vários países.
A palavra globalização também é utilizada como sinônimo 
de liberalização comercial, compreendendo maior abertura das 
economias nacionais. 
Enfim, para muitos estudiosos, globalização pode ser 
sintetizada pelas tendências do desenvolvimento capitalista 
mundial.
A globalização como um fenômeno
Ao caracterizarmos a globalização como um fenômeno 
devemos compreendê-la como obra humana e como resultado 
de muitos processos que envolvem a política e a economia, 
implicando em uma crescente forma de organização e condução 
da sociedade humana. Economicamente, tais estruturas tornam 
os países interlaçados, logo, interdependentes. Nesse âmbito, a 
OMC – Organização Mundial do Comércio, o FMI – Fundo 
Monetário Internacional e o Bird – Banco Mundial, 
desempenham, enquanto corporações transnacionais e 
organizações multilaterais, papel fundamental na integração 
das estruturas econômicas dos países.
Os avanços tecnológicos
O avanço da tecnologia nas áreas do transporte, 
comunicação e informação,juntamente com difusão de ideias 
e conhecimento que se expande mundialmente, vêm 
contribuindo fortemente para o processo da globalização. As 
principais corporações mundiais procuram a maximização da 
rentabilidade e da acumulação de capital, exercendo pressão 
sobre os governos a fim de facilitar a integração global e 
ampliar a transnacionalização da economia mundial. 
www.esab.edu.br 22
Podemos ainda dizer que globalização significa uma nova 
era para a humanidade, a constituição de um mundo sem 
fronteiras, de nações interdependentes, e no qual os Estados-
nação perdem suas funções de gestores locais da economia, 
dando lugar a uma economia totalmente globalizada, forçando 
os governos locais a ações meramente reativas.
Características do atual processo de globalização
O atual processo de globalização apresenta, principalmente, 
as seguintes características:
- ocorrências de profundas transformações, provocadas 
pela chamada Terceira Revolução Científico-Tecnológica;
- criação de um sistema de produção mundial, integrando 
um grande número de países e caracterizado pela produção 
das partes, componentes e serviços em escala mundial;
- aumento de produtos globais, não produzidos integralmente 
em nenhum país em particular;
- movimento acelerado da integração das economias 
nacionais à nova dinâmica do mercado global por meio, 
principalmente, da abertura comercial, com a queda das 
barreiras alfandegárias;
- formação de grandes blocos econômicos regionais;
- diminuição da capacidade dos Estados nacionais de 
exercer controle rígido sobre todos os processos econômicos e 
políticos internos.
De forma que se pode observar que a economia mundial 
com o passar do tempo deixa de ser mera contribuição de 
economias nacionais e passa a ser um sistema mundial único.
www.esab.edu.br 23
Ações das corporações transnacionais que afetam o 
sistema capitalista
Enquanto agente ativo da globalização econômica, as 
corporações transnacionais desenvolvem ações que provocam 
importantes modificações estruturais no funcionamento do 
sistema capitalista, afetando alguns de seus princípios básicos, 
dentre os quais destacamos:
- a generalização da propriedade internacional das empresas, 
onde a posse sobre os meios de produção deixa de ser 
exclusividade de empresários de uma mesma origem nacional, 
fundindo-se em um único capital que não se identifica 
claramente com nenhum Estado Nacional.
- o cálculo econômico das empresas transnacionais não 
mais se limita aos marcos nacionais de um único Estado, 
pois, seu campo de atuação passa a ser o sistema global;
- a valorização mundial do capital, o que implica que o 
tempo de trabalho socialmente necessário que regula o valor 
das mercadorias se estabeleça ao nível mundial, não nacional.
- os preços de produção e os preços de mercado passam a 
ser regulados pelas condições mundiais de produção;
- a tomada de decisões, sob a perspectiva administrativa, 
passa a ter como base a realidade mundial e não nacional;
- dificuldade dos Estados-nação controlarem as atividades 
das empresas transnacionais.
www.esab.edu.br 24
Os blocos econômicos regionais
Conforme suas características, os blocos 
econômicos podem ser classificados da 
seguinte forma:
Zona de livre comércio – acordos comerciais 
de redução ou eliminação das tarifas 
alfandegárias entre os países membros do 
bloco. Exemplo: Acordo de Livre Comércio da 
América do Norte (NAFTA).
União aduaneira – além de reduzir ou eliminar 
as tarifas comercias entre os países integrantes 
do bloco, regulamenta o comércio com as 
nações que não pertencem ao bloco através 
da TEC (Tarifa Externa Comum). Exemplo: 
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
Mercado comum – proporciona ainda a livre 
circulação de capitais, serviços e pessoas no 
interior do bloco. Exemplo: União Europeia (UE).
União econômica e monetária – evolução do 
mercado comum. Os países adotam a mesma 
política de desenvolvimento e uma moeda 
única. É o atual estágio da União Europeia 
(Texto disponível em: https://mundoeducacao.
bol.uol.com.br/geografia/blocos-economicos.
htm).
A formação de blocos econômicos regionais é uma 
característica do atual processo de globalização. Os blocos 
econômicos regionais são formados por países ao firmarem 
acordo de livre comércio. A viabilização da formação dos 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/blocos-economicos.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/blocos-economicos.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/blocos-economicos.htm
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blocos econômicos se dá em razão da economia capitalista 
ter se expandido mundialmente.
Os principais blocos econômicos da atualidade:
APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)
ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático)
CARICOM (Mercado Comum e Comunidade do Caribe)
CEI (Comunidade dos Estados Independentes)
CAN (Comunidade Andina)
MCA (Mercado Comum Árabe)
MERCOSUL (Mercado Comum do Sul).
NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).
SADC (Comunidade da África Meridional para o 
Desenvolvimento)
UE (União Europeia)
Para entender melhor o conceito de 
globalização, assista o vídeo ‘O que é 
globalização’ 
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=h5WjNMGztvE
 
Na próxima unidade vamos fazer uma abordagem do 
comércio internacional.
Até breve!
https://www.youtube.com/watch?v=h5WjNMGztvE
https://www.youtube.com/watch?v=h5WjNMGztvE
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Vamos entender o que é comércio?
Em Rebono (2012, p. 1) podemos encontrar que 
“comércio são relações que implicam obrigatoriamente numa 
reciprocidade nas atividades de permuta, troca, compra e 
venda de produtos ou serviços”.
Ainda, vale ressaltar que o dicionário traz os seguintes 
sinônimos de comércio: mercado, negócio e tráfico.
Ludovico (2018, p. 3) diz que “o comércio é um dos 
motores de crescimento da economia mundial”. 
Para o autor a Nova Ordem Econômica Mundial, que tem 
profundas alterações a partir de 2008, criou um novo cenário 
não só para os países industrializados (G-7), mas também 
para os países em desenvolvimento (G-20). Foi a partir desse 
período que os países procuram recuperar as forças de 
produção, resultando na geração de empregos, aumentando a 
renda per capita e melhorando o PIB – Produto Interno Bruto.
História do comércio
A partir da literatura de Ludovico (2012) vamos entender 
um pouco da história do comércio.
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Idade Antiga
Dentre as tribos da Idade Antiga, as primeiras tentativas de 
trocas comerciais entre os chefes tribais foram chamadas de 
escambo (troca de produto sem uso de moeda). O objetivo do 
escambo era satisfazer as necessidades básicas da 
comunidade tribal.
As principais sociedades da Antiguidade Clássica foram os 
antigos egípcios no vale do Nilo; os assírios e os babilônicos 
nas bacias dos rios Tigre e Eufrates; e os cretenses, povo 
que habitou as ilhas do mar Egeu, ao sul da Grécia, em Greta, 
Babilônia e Caldeia, esta era o principal centro de comércio.
Era, predominantemente, através de camelos que o 
comércio internacional acontecia naquele tempo. As 
caravanas de camelos tinham as rotas terrestres 
previamente determinadas em razão das condições físicas do 
ambiente, em alguns espaços desertos e outros espaços 
áreas verdes. As rotas terrestres tiveram o fim da 
supremacia com o declínio da Babilônica e após a morte 
de Alexandre, o Grande, dando início ao ciclo marítimo pelos 
atenienses, através do Mediterrâneo.
Destacam-se ainda as cidades de Sidon e Tiro, na Fenícia, 
importantes centros nas relações comerciais marítimas 
internacionais.
Ressalta-se que na Idade Antiga as bases do comércio 
internacional foram instituídas com aplicação de usos, 
costumes e tradições.
Idade Média
O principal núcleo do desenvolvimento entre o Oriente e o 
Ocidente foi Constantinopla e ainda, Veneza e Gênova, rivais 
no Mediterrâneo que também conseguiram notável 
desenvolvimento no comércio exterior. 
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Ressalta-seque na Idade Média ocorreu a consolidação 
das normas relativas ao comércio marítimo, com o 
ordenamento sistêmico de usos, costumes e tradições.
Idade Moderna
Período em que ocorre um novo ciclo histórico do 
comércio, o mercantilismo. Os responsáveis pela criação do 
mercantilismo foram as invenções, os descobrimentos 
marítimos, a centralização monárquica e a reforma religiosa. O 
mercantilismo moldou o pensamento econômico entre 1500 e 
1750 e foram as descobertas de Portugal e Espanha que os 
tornaram ícones do comércio internacional.
Neste período, por causa das grandes descobertas, 
aumentou-se o aparecimento de gêneros alimentícios e 
matérias-primas, inclusive, a custo baixo, o que resultou em 
novos mercados. Foi na Idade Moderna que aconteceu o 
declínio do comércio terrestre do Oriente para o Ocidente. 
Assim, as vias principais do comércio internacional se 
deslocaram do eixo mediterrâneo (Ásia Menor para os 
Oceanos Atlântico e Índico).
Idade Contemporânea
Ocorreram as lutas pelo domínio do comércio internacional 
até o evento histórico da Revolução Industrial. A Revolução 
Industrial foi um marco na história da humanidade, provocando 
grandes transformações sociais, com aceleração no ritmo de 
produção e rápido progresso técnico. 
As grandes potências que despontam no início do século 
XX foram os Estados Unidos da América (EUA) e Alemanha. 
Após a Segunda Guerra Mundial era necessário que se 
restabelecesse a economia mundial, preponderantemente nos 
países envolvidos em conflito. Nesse contexto foram os 
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Estados Unidos da América que ajudaram na reconstrução 
econômica de países como a Alemanha, Grã-Bretanha, França e 
Itália, através de programa de operação integral e forte suporte 
financeiro.
Em síntese, foi na Idade Contemporânea que ocorre a 
conciliação das bases do comércio internacional por intermédio 
da doutrina do livre comércio. Assim, os usos, costumes e 
tradições se incorporam aos acordos, tratados e convenções. 
Entre 1947 e 2005 foram criados instrumentos para facilitar o 
intercâmbio comercial: GATT – Acordo Geral de Tarifas e 
Comércio; OMC – Organização Mundial do Comércio; FMI – 
Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial.
Comércio nacional e internacional 
No comércio nacional a mercadoria é passada do 
vendedor ao comprador de forma direta. O Estado, até 
regula a forma de transferência da propriedade, todavia, 
não interfere na mesma (SEGRE, 2012).
De acordo com Segre (2012, p. 2) “a expressão comércio 
internacional aplica-se ao intercâmbio de bens e serviços entre 
nações distintas, resultante das especializações de cada 
nação na divisão internacional do trabalho”. Nesse comércio o 
comprador e vendedor devem obedecer às leis internas dos 
seus respectivos países e a todo parâmetro legal contido no 
ordenamento jurídico internacional.
A história do comércio internacional no Brasil
Ludovico (2018) pontua a história do comércio internacional 
no Brasil.
Do período compreendido de 1840 a 1889 (Segundo 
Reinado) o Brasil basicamente não fez história com o comércio 
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internacional, com exceção dos seguintes eventos:
- extração predatória dos 
recursos naturais no Brasil, 
principalmente o pau-brasil;
- cultura da cana-de-açúcar 
em Pernambuco e São Vicente, 
por intermédio das capitanias 
hereditárias;
- outras culturas, como algodão e fumo para atender a 
compromissos portugueses na Europa;
- exploração de ouro em Minas Gerais, que embora 
beneficiasse apenas Portugal, acabou por deslocar o panorama 
econômico do Nordeste para o Sudeste, resultando em 
novas culturas, como o café;
- abertura dos portos às nações amigas, com a chegada 
da Família Real ao Brasil no ano de 1808.
Da proclamação da República até meados do século XX 
o comércio internacional no Brasil limitou-se à exportação de 
produtos agrícolas e à importação de bens manufaturados, 
uma vez que a produção industrial não atendia ao consumo 
interno.
Após a Segunda Guerra Mundial o ciclo industrial no 
Brasil foi reativado com várias indústrias, incluindo a 
automobilística. Nesse período o Brasil alcança a maturidade 
econômica e entra para o rol dos países em desenvolvimento 
acelerado, convertendo-se entre as dez primeiras economias no 
meado de 2011 e a 53ª economia mais competitiva, em um 
ranking de 142 países, conforme anunciou o Fórum econômico 
Mundial.
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Fatos e aspectos mais significantes pertinentes ao 
comércio exterior brasileiro:
- período de 1930 a 1964: política voltada para a restrição 
de importação e desempenho sofrível de exportações. Política 
cambial inadequada e desestimulante. 
- período de 1965 a 1973: crescimento lento das importações 
e exportações; após 1967, estratégia de exportação, crescimento 
do PIB, criação de incentivos fiscais à exportação e liberação 
de importações. Início da utilização de entrepostos e drawback.
- período de 1974 a 1975: desaceleração do crescimento, 
crise internacional (petróleo, inflação etc.)
- período de 1976 a 1992: crescimento significativo das 
exportações, contratações e posterior expansão das 
importações, aumento de 7,4% das vendas externas entre 
1974 e 1988.
- período de 1993 a 2000: abertura comercial, superávits e 
déficits na balança comercial, crise cambial, crescimento das 
importações de produtos manufaturados.
- período de 2001 a 2005: ritmo acelerado das exportações 
e diminuição das importações, com ajustes de mercados, 
superávit comercial e envolvimento acentuado da logística, 
problemas de infraestrutura operacional.
- período de 2006 a 2008: excelente desenvolvimento, 
crescimento de até 90% das exportações e 30% nas 
importações, apesar dos problemas de infraestrutura que 
afetaram a logística operacional.
- período de 2009 a 2010: oscilação de queda e recuperação 
em razão das complicações causadas mundialmente pelos 
problemas econômicos dos Estados Unidos; porém o comércio 
exterior brasileiro seguiu fortalecido;
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- primeiro semestre de 2011: comércio exterior registrou 
recorde de US$ 223,6 bilhões. As exportações encerraram o 
período com valor de US$ 118,3 bilhões e as importações, 
US$ 105,3 bilhões, resultados igualmente recordes.
- período de 2012 a 2016: houve uma sensível queda a 
cada ano, quando o Brasil saiu da casa dos US$ 462 bilhões 
na Corrente de Comércio Exterior (soma das exportações 
com as importações) para US$ 322 bilhões.
Vamos ver na próxima seção temas pertinentes à 
exportação e à importação.
Até breve!
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Vimos nesta seção que a logística internacional é um ramo 
da Logística cujo objetivo principal é melhorar a importância 
dos sistemas logísticos externos que ligam o fabricante aos 
seus parceiros da rede industrial, como fornecedores, 
transportadores e operadores. Dentre os principais fatores 
que elevam a logística internacional estão o crescimento 
econômico, a abordagem da cadeia de suprimentos, a 
regionalização, a tecnologia e a desregulamentação. Assim, 
podemos dizer que comércio internacional é a atividade que 
se faz a compra, venda e troca de bens e serviços, bem como 
de circulação de capitais e de mão de obra entre os países.
As teorias clássicas do comércio internacional são 
conhecidas como: liberalismo e comércio internacional; 
liberalismo de Adam Smith e Liberalismo de David Ricardo. 
Dentro desse contexto devemos entender que o conceito de 
liberalismo envolve a ‘liberdade oferecida ao comerciante de 
escolher a base de sua atividade econômica e executá-la 
com quem quer que seja’. Para Adam Smith o Estado não deve 
intervir no mercado e deve viabilizar que uma sociedade seja 
capaz de produzir renda e manutenção para si mesma, além de 
prover os serviços públicos. David Ricardo desenvolve sua 
teoria a partir das ideias do liberalismo econômico de Adam 
Smith, contudo, apresenta preocupação com o desenvolvimento 
sustentável do comércio internacional.
A globalização atualmente, no campo econômico, é 
sinônimo de liberalizaçãocomercial, compreendendo maior 
abertura das economias nacionais. Ela marca a interdependência 
dos países em vários âmbitos e ainda, a formação de blocos 
econômicos regionais é uma característica do seu atual processo.
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Podemos entender o comércio como relações que implicam 
obrigatoriamente numa reciprocidade nas atividades de 
permuta, troca, compra e venda de produtos ou serviços, 
pontuando que o mesmo é um dos motores de crescimento 
da economia mundial. A história do comércio internacional 
remonta à antiguidade clássica e seu desenvolvimento, na era 
contemporânea, traz a conciliação das bases do comércio 
internacional por intermédio da doutrina do livre comércio. 
Assim, os usos, costumes e tradições se incorporam aos 
acordos, tratados e convenções.
A história do comércio exterior no Brasil ganha vulto a 
partir da Segunda Guerra Mundial, chegando o país a ficar 
dentre as dez primeiras economias mundiais. Na última 
década o país alcançou resultados recordes nas exportações, 
apresentando, também queda do mesmo a partir do ano de 
2012.
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EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
Esta unidade apresenta a exportação e a importação em 
diversas abordagens. Vamos contextualizar a pesquisa de 
mercado, os métodos e os canais de exportação, agentes 
internacionais, normas administrativas de exportação, 
contêineres e embalagens e a política de importação no Brasil.
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Já vimos que a 
globalização está inserida 
nos mais variados temas da 
atualidade. Revisitando o 
conceito, Ludovico (2018, p. 
18) lembra que globalização 
é um processo de integração 
mundial que está ocorrendo 
há pelo menos duas décadas nos setores de produção, 
comunicação, economia, finanças e comércio. Por sua 
velocidade e amplitude, esse fenômeno já afetou indivíduos, 
empresas e nações, pois altera os fundamentos sobre os 
quais se organizou a economia mundial nos últimos 50 anos.
Assim, ressalta o autor que em decorrência da Nova Ordem 
Mundial faz-se necessário que as empresas e o governo no 
Brasil tenham consciência que o crescimento depende da 
conquista de outros mercados, baseados na solidificação do 
mercado interno.
Ludovico (2018) considera que a exportação, de forma 
geral, deve ser criteriosamente estudada e planejada sob todos 
os aspectos administrativos e operacionais. Devemos lembrar 
que a finalidade principal de um plano de exportação é a 
maximização das vendas nos mercados externos e como 
resultado, a maximização dos lucros.
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Plano de exportação
Um plano de exportação deve ser organizado e preparado 
para um período mínimo de 02 anos. Deve-se inicialmente 
observar alguns critérios, dentre eles, o planejamento da 
implantação de Departamento de Exportação, escolha 
adequada de pessoal especializado, de preferência que tenha 
graduação na área de comércio exterior, proporcionando 
sempre a reciclagem das pessoas envolvidas na atividade.
Ludovico (2018) apresenta uma ordem de pontos 
fundamentais do plano de exportação:
- estudo do mercado externo, para avaliar as reais 
possibilidades;
- escolha do método de vendas;
- estudo da legislação do país com os quais se deseja 
negociar;
- organização administrativa necessária;
- atenção no controle de qualidade;
- conhecimento técnico dos incentivos oferecidos pelo 
governo;
- cálculo do preço de exportação, levando-se em conta a 
concorrência;
- sempre responder às consultas do exterior, ainda que 
não seja possível atender o cliente;
- embarque das mercadorias de acordo com as amostras 
enviadas;
- uso de linguagem comercial adequada ao produto;
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- lembrar que as formas de propaganda e publicidade 
devem estar em perfeita harmonia com as peculiaridades de 
cada mercado, já que o sucesso de uma campanha de 
promoção depende, em grande parte, da observância desse 
particular: cada mercado com seus usos e costumes;
- cumprimento dos prazos estabelecidos nas negociações;
- consolidação das operações com o apoio das garantias 
do mercado externo
Conhecimentos básicos de exportação
Importante saber que as possibilidades e as dificuldades 
de uma empresa no mercado internacional estão interligadas 
com as mudanças de comportamento no cenário mundial e 
nas muitas formas de metodologia utilizada nas pesquisas de 
clientes ou de mercados. 
Ludovico (2018) propõe que continuamente a empresa 
esteja revendo algumas questões pertinentes à exportação, 
tais como, a disciplina com a pesquisa, a legislação do país 
para onde se pretende exportar, as diferenças culturais de seu 
país com o país que se pretende exportar, se os incentivos do 
governo estão inseridos no preço da exportação e avaliação da 
competitividade. O autor apresenta também os erros mais 
comuns que ocorrem no processo de exportação, que seguem 
listados:
- não consideração dos aspectos das diferenças culturais 
existentes entre povos e nações;
- falta de pesquisa de mercado;
- seleção errada na escolha do parceiro comercial;
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- ausência de pesquisa sobre a existência da marca no 
mercado para onde já se exporta;
- elaboração de contrato comercial ou de representação sem 
observar legislação ou práticas comerciais do país importador;
- falta de conhecimento das normas do país importador com 
relação ao sistema aduaneiro e de defesa do consumidor;
- emissão errada de documentos destinados ao importador;
- demora na chegada dos documentos às mãos do 
importador;
- ausência de estrutura organizacional adequada na área de 
exportação;
- carência de prestadores de serviços adequados para as 
operações, principalmente em razão de baixos custos;
- falta de esforços de exportação nos mercados-alvo.
Barreiras ou dificuldades que devem ser consideradas
Ludovico (2018) lembra que as empresas brasileiras que 
pretendem exportar ou mesmo aquelas que já exportam devem 
observar as mudanças que podem comprometer o 
planejamento. As questões que envolvem esses problemas 
podem estar no âmbito do país exportador e do país 
importador. Vamos analisar os dois casos.
No país exportador:
- falta de uma política moderna de comércio exterior;
- manter-se atualizado em relação à política externa;
- entraves burocráticos e regulamentos para a exportação;
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- falta de um sistema atualizado de identificação de 
oportunidades de negócios;
- empresa exportadora não preparada para a atividade;
- não estar preparado e atualizado com o cenário 
internacional;
- falta de profissionais habilitados nas empresas para as 
funções.
No país importador:
- cotas de importação;
- protecionismo à indústria local;
- falta de moeda conversível;
- burocracia e regulamentos rígidos;
- instabilidade econômica;
- normas técnicas complicadas;
- elevados custos de transportes em razão da localização 
geográfica do país importador;
- questões culturais (religião, usos e costumes).
Veremos na próxima unidade sobre pesquisas de mercados. 
Até breve!
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Em um mundo globalizado não é só necessário que a 
empresa tenha um excelente produto para oferecer no 
mercado internacional. O produto a ser vendido deve atender 
às necessidades e exigências do consumidor. Por isso, “uma 
maneira correta de atender às preferências do consumidor e a 
outros fatores de marketing é a pesquisa de mercado. As 
preferências em relação ao produto nunca devem ser 
presumidas” (LUDOVICO, 2018, p. 29).
Importância da pesquisa de mercado
A pesquisa de mercado 
viabiliza que empresas evitem 
enganos dispendiosos. Nesse 
sentido, a pesquisa precisa ser 
entendida como um processo 
permanente, e não só quando o 
produto está para ser inserido 
no mercado. Enfim, o produto 
precisa ser testado no estrangeiro com o objetivo de perceber 
sua aceitabilidade, deve ser submetido periodicamente às 
modificações necessárias a fim de que o mesmo possa ser 
negociável, incluindo seu design, qualidade, embalagem, 
preço, dentre outros aspectos.
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Ludovico (2018)apresenta vários critérios que importam 
para a pesquisa de mercado. Vamos entender, a partir de 
agora, as várias abordagens da pesquisa de mercado.
Pesquisa de mercado: respostas objetivas às perguntas
Que perguntas fazer em uma pesquisa de 
mercado? 
A pesquisa de mercado deve conter as seguintes perguntas:
- quais são os mercados mais promissores para o (s) 
produto (s) da empresa?
- quais são as demandas geral e potencial para (s) produto (s) 
da empresa nesses mercados, levando-se em conta os 
gostos locais, as tradições e as condições climáticas?
- quem são os concorrentes? E quais são os motivos de 
força ou fraqueza deles?
- qual será o método de introdução, por exemplo, de 
design e embalagem, mais eficiente ou mais aceitável?
- qual idioma deve ser usado nos folhetos, nas embalagens, 
na literatura de vendas e serviços, e nas correspondências 
com os compradores em potencial?
- qual é a utilidade da publicidade, que mídia deve ser 
usada e quais são os custos?
- qual é o melhor canal de distribuição e quais serão os 
custos desse serviço?
- serão competitivos os preços dos produtos em relação 
aos concorrentes e às condições do mercado local?
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- qual é o nível de estabilidade politica local e eficiência 
comercial. Qual é a situação da economia nacional?
- quais são as condições de acesso ao mercado (extensão 
das barreiras tarifárias e não tarifárias).
Depois de entendermos que a pesquisa de mercado 
proporciona respostas objetivas, vamos dizer também que 
pesquisa de mercado significa “pontuar todos os fatores 
condicionantes na venda de determinado produto em 
determinado mercado ou para determinado grupo. A ênfase é 
dada na definição da natureza do mercado, quantitativa e 
qualitativamente” (LUDOVICO, 2018, p. 30).
De forma que se faz necessário saber quem são os 
compradores, suas preferências, necessidade de modificar o 
produto, a quantidade a ser pedida, a tendência dos preços, 
normas do governo sobre os preços, entender a concorrência 
e a competição, as condições de acesso ao mercado e 
ainda os canais de distribuição.
Tipos de pesquisa no mercado
Pesquisa sobre o produto
O quadro abaixo apresenta as especificidades da pesquisa 
sobre o produto:
Pesquisa sobre 
o produto
Tamanho de mercado; produção local; total 
das importações; total das exportações; 
consumo aparente (produção local + 
importações – exportações).
Características 
do produto
Cor; gosto; tamanho; design e estilo; materiais 
componentes; especificações técnicas e 
normas de segurança; embalagem de 
produto; embalagem protetora/contêineres 
para embalagem.
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Concorrência Estrutura e força; possibilidade de competir; 
armas competitivas da concorrência 
(características do produto, serviços, crédito, 
descontos, condições de pagamento, 
esquemas publicitários).
Acesso ao 
mercado
Tarifas e quotas locais e internacionais; 
restrições monetárias (de divisas); normas 
sanitárias e normas de segurança; impostos 
internos; implicações políticas; publicidade.
Práticas 
comerciais
Métodos de avaliação; marcas registradas; 
condições de pagamento; exigências 
burocráticas; serviços; canais de distribuição; 
transporte e publicidade.
Fonte: adaptado de Ludovico (2018).
Pesquisa sobre o país
O quadro abaixo apresenta as especificidades da pesquisa 
sobre o país:
Pesquisa sobre o país Superfície e geografia; clima, 
população; língua, principais cidades 
e centros comerciais e industriais; 
tipos de governo; pesos e medidas; 
eletricidade; hora local.
Economia nacional Principais fatores econômicos 
(moeda; PIB; PIB per capita; preços 
para o consumidor etc.); estrutura da 
economia; plano nacional de 
desenvolvimento econômico; orçamento 
nacional; regulamentação dos 
investimentos estrangeiros.
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Economia externa Acordos comerciais existentes; distribuição 
geográfica; principais produtos exportados 
e seu destino; principais produtos 
importados e seus fornecedores; 
balanço de pagamentos; liquidez 
internacional.
Acesso ao mercado País-membro da união aduaneira, 
mercado comum etc.; normas 
comerciais (barreiras tarifárias e não 
tarifárias; normas de marcação e de 
classificação; documentos de embarque; 
direitos alfandegários estipulados; 
restrições cambiais); procedimentos 
para oferta.
Aspectos gerais de 
marketing
Método de cotação; método e 
condições de pagamento; canais de 
distribuição; conflito e arbitragem; 
condições gerais de entrega.
Fontes de informações 
sobre o mercado
Ministérios da Indústria e do 
Comércio; câmaras do comércio; 
setor comercial dos consulados 
estrangeiros; associações comerciais; 
institutos de embalagens; Banco 
Mundial; GATT; FMI; ITC; OCDE; 
UNCTAD etc.
Fonte: adaptado de Ludovico (2018).
A pesquisa de mercado não soluciona, mas colabora com a 
identificação da natureza e da extensão dos problemas. Os 
referidos problemas podem ser controlados por uma estratégia 
de marketing apropriada ao caso concreto. 
Importante ainda entender outros fatores que interferem na 
exportação de um produto. 
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Vamos descrevê-los no quadro abaixo:
Principais aspectos 
culturais dos países
Idioma; história; educação; superstições; 
forma de saudação pessoal; humor; 
política; hospitalidade; religião; folclore; 
cores; higiene; alimentação; idade média 
dos habitantes.
Informação no 
folder sobre a 
empresa/produto 
de exportação
Dados gerais da empresa; histórico, 
tradição da empresa e participação no 
mercado interno; dados sobre os 
produtos; características dos produtos; se 
a empresa oferece possibilidade de 
mudanças ou adaptação no produto; 
como o produto pode ser utilizado (no 
caso de máquinas e bens de capital, 
mostrar claramente suas aplicações).
Sugestões Evitar fotos com os executivos da 
empresa (pois as mudanças nos quadros 
de funcionários provocarão reações de 
instabilidade); o catálogo (folder) teve ter 
clareza e objetividade, para isso deve ser 
elaborado com os correspondentes 
setores da empresa; produtos altamente 
técnicos deve ter um catálogo geral 
para um público mais abrangente e um 
catálogo técnico para um público mais 
específico.
Fonte: adaptado de Ludovico (2018).
Assista o video ‘Como fazer pesquisa de 
mercado’, Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=nuiQ8dO2DCg
https://www.youtube.com/watch?v=nuiQ8dO2DCg
https://www.youtube.com/watch?v=nuiQ8dO2DCg
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Vamos continuar nas próximas unidades estudando sobre 
os vários aspectos da exportação.
Na próxima unidade vamos ver os métodos e os canais de 
exportação.
Até breve!
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Como exportar?
Vamos iniciar esta unidade falando dos métodos de 
exportação. Ludovico (2018) explica os métodos de exportação 
e enfatiza que a empresa que decidiu exportar precisa de 
escolher por qual método iniciará sua inserção no mercado 
externo: se pelo método direto ou método indireto.
Método Direto
As empresas que têm interesse permanente em exportar 
utilizam o método direto. O método direto consiste em implantar 
um departamento separado na empresa, dirigido por um diretor 
ou gerente de exportação que desenvolvem todas as atividades 
comercial, administrativa, financeira e operacional. A meta é 
colocar nos mercados exteriores determinada parcela de 
produção.
A empresa, nesse método, arca com todas as despesas 
relacionadas com a exportação, tais como as viagens, 
comunicação, envio de amostras, materiais promocionais e 
propagandas.
A contratação de um agente internacional em cada país é 
uma forma de ampliar o sucesso das exportações. Por fim, 
devemos saber que o método direto exige que haja um setor 
exclusivo para exportações nas empresas.
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Método Indireto
O método indireto, de acordo com Ludovico (2018, p. 36), é 
utilizado pela empresa que
[...] não se considera suficientemente 
preparada para procurar ou negociar com o 
exterior, ou ainda não deseja se empenhar a 
fundo antes de se convencer de que existe 
um bommercado para seus produtos, poderá 
utilizar deste método para exportar, pois esse 
sistema é chamado de ‘Venda Interna 
Equiparada à Exportação (VIEE) e oferece os 
mesmos incentivos fiscais à empresa 
produtora, como se fosse exportadora 
(método direto).
Para que não ocorram problemas, ao se utilizar o método 
indireto, é prudente que se verifique as legislações estaduais e 
federais.
Trading brasileiras
Empresas Comerciais Exportadoras e Trading 
Companies
As Empresas Comerciais Exportadoras (ECE) e 
as Trading Companies (TC) são especializadas 
em operações de exportação de produtos para 
diversos mercados, propiciando oportunidades 
de negócios para micro e pequenas empresas 
brasileiras, uma vez que dispõem de canais de 
distribuição e de relacionamento com clientes 
no exterior. (http://www.investexportbrasil.gov.br/
trading-brasileiras).
http://www.investexportbrasil.gov.br/trading-brasileiras
http://www.investexportbrasil.gov.br/trading-brasileiras
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A atividade VIEE é desenvolvida pelas trading companies 
e também pelas empresas comerciais exportadoras, de 
diferentes constituições societárias.
Esses dois tipos de empresas foram regularizadas no Brasil 
com o objetivo de expandir as exportações. A trading companies 
foi autorizada pelo Decreto-Lei n. 1.248/72, que regulamenta a 
obtenção de incentivos fiscais e financeiros e programas 
anuais de exportação. A empresa comercial exportadora deverá 
observar os requisitos da Portaria SECEX nº 23, de 14/07/11. 
Utilizar os serviços dessas empresas (Empresas Comerciais 
Exportadoras – ECE e as Trading Companies -TC) é uma 
alternativa para que o fabricante possa averiguar se em outros 
países existe demanda para seu produto. É também uma 
alternativa prática para colocar os produtos nos mercados 
chamados difíceis, nos quais o ‘saber como fazer’ é de extrema 
importância. Nessa prática o fabricante recebe dessas 
empresas comerciais informações sobre o tipo de 
embalagem a ser utilizada, qualidade internacional, preços, 
garantias, usos e costumes etc.
Observação! As empresas comerciais no Brasil 
proporcionaram a repercussão dos produtos no exterior.
Canais de distribuição
Canal de distribuição é o 
caminho escolhido por uma 
empresa para fazer seus 
produtos chegarem aos 
consumidores certos, no local 
e no momento exato. Em 
outras palavras, o canal de 
distribuição é a área do 
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Marketing encarregada de colocar o produto adequado no 
momento e no local em que ele for necessitado pelos 
consumidores.
Canais de distribuição nos mercados externos
No quadro abaixo aparecem resumidamente os principais 
canais, com seus conceitos, que podem ser utilizados para 
introdução nos mercados externos.
Canal eleito Quem realiza 
as operações 
de exportações
Vantagens Desvantagens
Agentes de compras 
– empresas 
estrangeiras 
operando no país 
exportador
Agente de 
compra
O exportador não 
precisa realizar nada, 
além da venda interna.
Submissão a esses 
agentes. Riscos de 
perda de oportunidade, 
caso exista 
exclusividade.
Concorrências 
internacionais
Produtor Conhecer exatamente 
os requisitos exigidos 
pelo consumidor
Venda ocasional
Projetos de longo prazo
Comercial 
exportadora
Comercial 
exportadora
Não precisa fazer os 
trâmites da 
exportação. Riscos 
legais equivalentes 
aos da venda interna. 
Custo zero na busca 
de mercado. 
Não entra em contato 
com compradores do 
exterior. Não acompanha 
a performance do 
produto no mercado.
Comercial 
Importadora
Produtor Evita gastos adicionais 
para conhecer o 
mercado.
Oferece serviço pós-
venda (reposição, 
assistência técnica 
etc.).
Pode manipular 
deficientemente os 
produtos, criando 
imagem negativa.
Perde o controle e a 
possibilidade de criar 
mais expectativa caso 
tenha exclusividade.
Consórcio, pools, 
cooperativa de 
exportação
Produtores Custos baixos nas 
promoções. 
Departamento de 
exportação em 
conjunto.
União de esforços.
Grupo pode não ser 
coeso.
Um elemento do grupo 
pode denegrir a imagem 
dos outros.
Corretor (broker) Produtor Consegue clientes. 
Não detém controle 
físico da mercadoria.
Apenas comissionado, 
portanto, não se 
incorre em demais 
regras.
Não oferece serviços 
adicionais.
Não garante fidelidade.
Produtos não chegam 
ao conhecimento dos 
compradores.
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Representante Produtor Vende em nome do 
produtor. Obriga-se a 
não representar mais 
de uma marca de 
cada tipo de produto. 
Ajuda o produtor a 
realizar vendas. 
Oferece serviços.
Exportador assume todos 
os riscos, inclusive o 
controle do representante.
Se tiver exclusividade na 
sua zona, o exportador 
perderá direito à conta 
do cliente.
Distribuidor Produtor Tem rede de filiais. 
Importa direto e 
distribui. Arca com 
despesa de 
distribuição. Tem 
assistência técnica.
Financia promoções.
Tem política própria de 
vendas e pode 
estabelecer preços 
próprios.
Distribui produtos 
concorrentes.
Criação de sucursal 
no exterior
Produtor Estar em contato 
direto com o mercado. 
Dispor de assistência 
própria
Elevados custos
Fonte: Ludovico (2018, p.39-40).
Na próxima unidade abordaremos o agente internacional e 
as normas administrativas de exportação.
Até breve!
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Inicialmente vamos entender o que agente!
Existe uma tendência em generalizar o conceito de ‘agente 
de exportação’, nele englobando firmas e indivíduos que 
pouco têm em comum, tanto em termos operacionais como em 
matéria contratual. De forma que é útil diferenciar os tipos de 
agenciamentos mais usuais, quer do ponto de vista do 
prestador de serviços, quer com relação aos problemas e 
às necessidades específicas das diferentes categorias de 
exportadores (LUDOVICO, 2018).
Avaliação e escolha de agentes de exportação
As avaliações orientam com maior clareza como será 
efetivada a contratação de um agente ou representante 
internacional que atuará em nome do exportador brasileiro 
em seu país. Porquanto, são elas importantes diante das 
necessidades e do desconhecimento da empresa nesse 
contexto. 
O quadro seguinte apresenta os tipos de agentes que atuam 
no exterior:
Agente 
comissionado
Possivelmente o tipo mais comum de agenciamento 
em mercados externos. Remuneração exclusiva por 
comissões. A seleção pode ser feita mediante lista 
fornecida pelo setor comercial (Secom) das Embaixadas 
do Brasil e pelas câmaras de comércio.
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Importador 
único
Dependendo do produto é preferível um único 
importador, substituindo-o pelo agente comissionado. 
Detem direitos exclusivos à importação do produto, 
podendo ter exclusividade das vendas em seu 
território, e, eventualmente o direito de fixar preços de 
acordo com o mercado.
Distribuidores 
exclusivos
A exclusividade só deve ser concedida depois de 
cuidadoso exame das características do mercado em 
mira.
Vários Agentes
Está cada vez mais difícil nomear agentes exclusivos 
em cada mercado para os quais se exporta. Na 
maioria dos casos, seja qual for a forma de 
agenciamento, o agente representará o interesse de 
múltiplos exportadores.
Agente del 
credere
Tem natureza operacional do agente del credere 
semelhante aos dos agentes comissionados, com 
uma exceção importante: o primeiro indeniza o 
exportador nos casos de inadimplência dos 
importadores-clientes. A comissão desses agentes é 
mais alta para compensar os riscos financeiros em 
que incorrem. Ele sempre será responsável pelo 
crédito oferecido ao cliente.
Combinações 
de funções de 
agenciamento
Um contrato de agenciamento será sempre informado 
pelas características específicas de cada mercado, o 
que poderá implicar a combinação de uma variedade 
de funções. Alguns exemplos:
Agente + armazenamento: o contrato prevê que o 
agente fornecerá espaço para armazenamento e 
manutenção de estoques, que ele não adquirirá, mas 
pelos quais lhe serão pagas comissão e taxas de 
aluguel de armazém.
Agente + distribuidor: o agente mantém estoques, 
por ele adquiridos e distribuídos,operando 
simultaneamente como agente e cliente, ele soma à 
sua comissão de agente o lucro obtido na distribuição.
Agentes de venda e retorno: o agente é suprido de 
estoques, para os quais providencia armazenagem. 
Ele vende com base nos estoques e recebe comissão 
mais lucros de distribuição, com a condição de que a 
mercadoria não vendida seja devolvida ao exportador. 
Agente + serviços: pressupõe que, além da comissão 
de agenciamento, o agente seja ressarcido de 
qualquer despesa operacional (liberação de 
mercadoria, transporte exporto etc.).
Agente/produtor: caso típico de produtos 
siderúrgicos e outros em que o agente pode ser, 
ele mesmo, a indústria.
Fonte: adaptado de Ludovico (2018).
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Fases do processo de seleção de um agente internacional
Um dos aspectos mais importantes na nomeação de um 
agente é sua seleção. De acordo com Ludovico (2018, p. 44) a 
escolha de um agente deve ser feita de forma objetiva e 
obedecer às seguintes fases:
1ª – é preciso ter certeza que o produto é exportável e 
que o exportador será capaz - ou que contará com 
funcionamento para isso – de ingressar no campo do comércio 
exterior.
2ª – É necessário preceder de uma análise preliminar de 
mercados, para a identificação dos mais promissores. Nem 
todos os exportadores estão em condições de trabalhar o 
mercado internacional como um todo; a identificação de 
alguns mercados mais promissores assegurará maior 
eficiência e custos operacionais mais baixos.
3ª – no processo de pesquisas e em função de seus 
resultados, é preciso decidir que tipo de agente ou 
distribuidor melhor atende as características do produto e do 
mercado.
4ª – deve ser elaborada uma lista detalhada das funções e 
obrigações que caberão ao agente.
5ª – é necessário escolher qual tipo de contrato que 
atenderá mais adequadamente aos interesses do exportador 
e do agente.
No que diz respeito ao contrato de 
agenciamento em seus aspectos 
jurídicos é preciso que o mesmo 
contenha cláusulas que atribua ao 
agente capacidade delegada pelo 
mandante ou resultante do sistema 
jurídico local para assumir determinadas responsabilidades.
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Normalmente, dentre essas responsabilidades se 
encontram: assumir poderes contratuais, dar garantias, 
passar procurações ou exercer representação em nome do 
mandante, solucionar controvérsias que envolvam o mandante, 
comprometer o crédito do mandante, sob contrato, assumir 
legalmente sua qualidade de agente.
Normas administrativas de exportação
Ludovico (2018) já explica incialmente que o Brasil é um 
país relativamente novo no comércio exterior. De forma, 
que há de se considerar que constantemente ocorrem 
reformulações no sistema interferindo nas funções 
administrativas, que é um dos gargalos da burocracia. 
Somado a isso há ainda a insegurança para as empresas 
que mantêm atividades de exportação e, também para 
aquelas que estão iniciando essa atividade.
Segue-se uma lista de sites de órgãos controladores 
das operações a fim de manter atualizados os dados 
pertinentes à exportação, não permitindo que as empresas 
fiquem desatualizadas: www.mdic.gov.br; www.receita.fazenda.
gov.br; www.portalsiscomex.gov.br; www.bcb.gov.br
De acordo com Ludovico (2018) as informações constantes 
nos sites permitirá que o exportador mantenha-se atualizado 
sobre os seguintes assuntos:
Registro de exportador: nenhuma empresa brasileira 
poderá praticar exportações sem estar registrada no Sistema 
Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Critérios de produtos: no sistema administrativo de 
exportação os produtos estão classificados em: livres, 
controlados, suspensos e proibidos.
http://www.mdic.gov.br
http://www.receita.fazenda.gov.br
http://www.receita.fazenda.gov.br
https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/
http://www.bcb.gov.br
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Modalidades de exportação: exportação com cobertura 
cambial e exportação sem cobertura cambial. 
Exportação simplificada: essa modalidade foi criada pelo 
governo para facilitar as exportações até US$ 50 mil das 
pequenas e médias empresas. Os embarques devem 
acontecer por meio de courier (como FedEx e DHL, 
empresas de transporte internacional que realizam entregas 
com maior velocidade do que os serviços postais), ou pelo 
exporta fácil dos Correios.
Exportação em consignação: são produtos que pelas suas 
características se encontram no exterior para as chamadas 
‘vendas a pronta-entrega’, apesar de que muitas empresas 
utilizam para abrir portas, pois, aproveitam o estoque in loco 
para divulgações, propaganda e promoções.
Registros de vendas: na pauta dos produtos brasileiros de 
exportação, existem vários itens, chamados commodities, que, 
por suas características, preço, cota ou por interesse na 
economia nacional, são controlados pelos órgãos 
governamentais por meio do Siscomex. 
Sistemas especiais: provenientes de acordos celebrados 
entre países, por exemplo, Mercosul, e abrangem os 
produtos brasileiros para a redução ou isenção de taxas de 
importação nos países participantes. É necessário um 
certificado de origem pelo exportador.
Incentivos às exportações: são os incentivos fiscais ou 
federais, por meio de isenção ou redução dos tributos para 
exportação, devem ser pesquisados pelas empresas 
constantemente, pois a dinâmica do sistema pode deixar o 
produto menos competitivo por falta de aplicação quando da 
formação de preços para as cotações internacionais.
www.esab.edu.br 58
Documentos: alguns documentos que o exportador 
necessita ter para a atividade de exportação, referentes à 
legislação brasileira e também solicitados pelo importador: 
Registro de Exportação do Siscomex (RE); Declaração 
Simplificada de Exportação (DSE); Nota Fiscal para 
acompanhar a mercadoria; Contrato de Câmbio quando do 
ingresso do pagamento internacional; Fatura comercial 
(Invoice); Romaneio (Packing list); Certificado de Origem, 
que poderá ser do Mercosul, Aladi, Sistema Geral de 
Preferência (SGP), ou apenas que ateste a origem brasileira 
do produto; outros certificados que poderão ser exigidos do 
importador, como o certificado de peso e de qualidade; 
conhecimento do embarque emitido pelo transportador.
Na próxima unidade vamos estudar contêineres e 
embalagens no processo de exportação.
Até breve!
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A embalagem é um aspecto de extrema importância dentro 
da logística, e como não poderia ser diferente, também dentro 
da logística internacional. A embalagem é fator que se 
caracteriza relevante não só para o cálculo do frete, mas 
também para a condição da carga, porquanto, é a 
embalagem que vai refletir quanto à movimentação e 
segurança da mesma.
Os contêineres
Uma das mais eficientes 
formas de atender às 
demandas da logística no 
comércio exterior quanto à 
movimentação das cargas, 
se dá através do 
acondicionamento das 
mesmas por contêineres. Assim, as Companhias Marítimas 
para garantir a segurança de suas cargas, oferecem serviços 
de fretes através de contêineres. 
Observação! A segurança do operador deve ser levada 
em consideração na movimentação dos equipamentos e das 
operações, de acordo com o princípio ergonômico, dando 
ênfase na adaptação as condições de trabalho às habilidades 
do trabalhador.
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Evolução histórica dos contêineres
Ludovico (2018) expõe que no começo da navegação 
marítima, toda mercadoria era transportada em tonéis, por 
serem resistentes e de fácil manuseio. Assim, o tonel era 
uma embalagem ideal, sendo o sistema que nossos 
antepassados encontraram para enfrentar as grandes 
dificuldades existentes nas operações de embarque e 
desembarque.
Não é difícil de imaginar a dificuldade daqueles povos, 
se levarmos em conta que não existia a eletricidade e a 
máquina a vapor e, como resultado, não existia os 
guindastes elétricos, nem as empilhadeiras mecânicas. 
Naquele tempo se utilizava pranchas onde se rolava os toneis 
para o navio. Hoje, ainda se fala ‘pranchas de embarque’ 
como tradução do termo loadingrate.
Ludovico (2018, p.77-78) faz uma síntese da história da 
padronização dos contêineres.
1950 - O exército americano desenvolveu o seu recipiente 
chamado Conex, ou Container Express Service, nas medidas 
6x6x8 pés.
1955 - Malcom McLean, americano, fundou a Sea Land 
Service, mediante a aquisição de 37 navios adaptados para o 
transporte de containers e estabeleceu as seguintes 
dimensões para sua «embalagem»: 35x8x8 ½ pés, ou 
container, como ficou sendo conhecida.
1958 - O mundo começou a sentir a necessidade de 
padronização das medidas desses containers. Somente então 
que na América a ASA e na Europa a ISO formaram seus 
respectivos comitês para estudar, normalizar e padronizar a 
fabricação desses receptáculos. Porém, como as dimensões 
propostas por uma divergiam da outra, o mundo esperou mais 
10 anos por essa famosa unificação.
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1968 - Finalmente, apesar de muitas ressalvas e 
controvérsias, parece que atualmente o mundo todo está 
adotando, como padrão, as especificações e dimensões 
propostas pela ISO, embora em alguns países as dimensões 
ASA ainda sejam aceitas.
Observação! O Brasil, por ter adotado as especificações da 
ISO, fundamentou todas suas instruções técnicas, tanto 
para o uso como para a fabricação de containers em nosso 
território, baseadas naquelas normas.
Tipos de contêineres
Ludovico (2018, p. 79-80) apresenta os mais utilizados 
tipos de contêineres e sua aplicação.
Carga seca (dry): tipo convencional e pode apresentar 
portas laterais para uso em ferrovias. 
Aplicação: carga seca, granéis e carga úmida devidamente 
embalada.
Teto aberto (Open top): tipo convencional com teto removível 
(lona).
Aplicações: máquinas, bobinas, sacaria pré-ligada.
Aberto: plataforma simples com colunas nos cantos e 
barras diagonais de reforço.
Aplicações: chapas, tubos, perfis e vidros.
Granel: providos com tampa para carregamento no teto e 
bocal para descarregamento no assoalho. 
Aplicações: cereais e granulados.
www.esab.edu.br 62
Refrigerado (Reefer): isolados e equipados com 
refrigeração.
Aplicações: alimentos (aves, carnes, sucos e frutas).
Tanques: projetados para qualquer tipo de líquido, com 
revestimento especial para corrosivos.
Aplicações: óleos, sucos, produtos químicos.
Logística de uso de contêineres
Atualmente é adotado no mundo todo o sistema multimodal 
(terrestre-aéreo-marítimo), de forma que o contêiner se torna 
para os operadores de cargas um excelente acessório de 
transporte, que tanto colabora no embarque como na retirada 
das mesmas.
Pois, através dos contêineres tornou-se consideravelmente 
viável a locomoção de cargas para qualquer lugar do globo, 
levando em consideração as vantagens operacionais - house 
to house. O contêiner como condicionante de carga 
proporciona um manuseio mais seguro e ainda diminui 
consideravelmente os riscos de avarias.
Embalagens na exportação
A embalagem foi utilizada 
pelos antigos para guardar os 
corpos dos mortos. No Egito 
antigo a embalagem tinha a 
função de preservar, e com o 
passar dos tempos, o ato de 
embalar tornou-se tão importante quanto os atos de produzir e 
vender. “Mais modernamente, ampliou-se o conceito de 
embalagem, passando a abarcar também as funções de 
www.esab.edu.br 63
valorização, promoção e até representação do produto. A 
preservação, porém, nunca deixou de ser o grande requisito 
[...]” (LUDOVICO, 2018, p. 88).
Assim, quando se trata de exportação no mercado moderno, 
todas as questões que envolvem a embalagem, tem grande 
importância. De forma que a embalagem, assim como o 
produto, acima de tudo transmite a imagem de um país, não 
expressando apenas a identificação de um fabricante.
É preciso que ocorra a correta identificação da embalagem 
quanto ser a mesma para comércio interno ou de exportação. 
Nessa perspectiva, levam-se em consideração as 
peculiaridades do comércio externo, em especial, 
transportes mais longos, manuseio mais intenso e concorrência 
mais forte. Essas situações resultam na necessidade de 
novas exigências quando a questão é embalagem. 
Observação! No caso brasileiro é bem verdade, as 
distâncias de exportação nem sempre são maiores que as 
interestaduais, nem a manipulação de cargas tão intensas, 
mas o fator concorrência determina uma grande diferença 
(LUDOVICO, 2018, p. 88).
Segue Ludovico (2018) pontuando que uma estimativa feita 
pelos Estados Unidos revelou que os exportadores de países 
em desenvolvimento perdiam em média de 20% de suas 
receitas com exportação por defeitos e insuficiências das 
embalagens. Isso ocorria em especial pelo fato dos mesmos 
desconhecerem o fluxo da carga e os meios utilizados dos 
portos de origem até o destino final.
Atualmente, em relação ao Brasil, a expressão das etiquetas 
‘made in Brazil’ tem colocado o país em uma situação de 
respeitabilidade. Contudo, ainda falta ao país dinamismo e 
www.esab.edu.br 64
capacidade para solucionar muitas das questões que surgem 
em uma diversidade de circunstâncias.
As três funções da embalagem
Proteção: é a preservação da integridade do produto, 
desde o local da embalagem até as mãos do consumidor 
final, envolvendo escala de transporte, distribuição, venda e etc.
Quantificação: é a determinação da quantidade ou número 
de unidades a serem acondicionados em uma embalagem. A 
embalagem pode ser unitária ou em conjunto.
Qualificação: a qualificação determina a funcionalidade da 
embalagem, identificando o produto e suas peculiaridades – 
por quem e para quem é produzido, preço, instruções para 
manipulação e uso, inserção em alguma companhia 
promocional etc.
As embalagens e as exigências internacionais 
Ludovico (2018) explica que nos Estados Unidos e na 
Europa vem ocorrendo uma tendência para padronizar as 
dimensões das embalagens de exportação, seus materiais, 
etiquetas e requisitos de qualidade. Contudo, antes de 
desenhar e desenvolver uma embalagem, o exportador deve 
averiguar os padrões vigentes nos países que se almeja 
exportar e ainda, os regulamentos sobre tipos e qualidades 
de materiais que comporão a embalagem de transporte.
Observa-se que em países em desenvolvimento as 
exigências nem sempre ocorrem na mesma proporção, todavia, 
antes que o exportador acabe arcando com prejuízos 
inesperados, vale buscar informações sobre todos os 
aspectos que envolvem as questões de embalagem.
www.esab.edu.br 65
Sobre embalagens retornáveis, leia o artigo 
‘Embalagens retornáveis para transporte de 
bens manufaturados: um estudo de caso em 
logística reversa. 
Acesse o link: http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132007000200014
Boa Leitura!
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132007000200014
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132007000200014
www.esab.edu.br 66
Já vimos muitos aspectos do comércio exterior brasileiro, 
todavia, o grande avanço da modernização do comércio exterior 
no Brasil, e em especial das atividades importadoras, ocorre com 
a retomada da democracia (eleições diretas) no início da década 
de 1990, quando o Presidente da República, Fernando Collor de 
Melo, formulou as diretrizes e os objetivos do comércio exterior. 
Lembra Ludovico (2018) que na Era Collor foram implantadas 
normas específicas, com destaque para o controle da inflação 
e a criação de instrumentos de importação, como abastecimento 
e modernização do parque industrial brasileiro por meio de 
obtenção de tecnologia do exterior.
Conceito de importação
(Ludovico, 2018, p. 112) diz que importação significa a 
introdução em um país, estado ou município de mercadorias 
precedentes de outro e em se tratando de comércio exterior, todo 
mérito da importação diz respeito ao comércio de produtos, ou 
seja, à transação de compra e venda efetuada pelas partes 
designadas como vendedor (exportador) e comprador (importador).
Quais são as razões para importar
Em um mundo globalizado a importação corresponde a uma 
das mais importantes atividades. Devemos

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