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ALIENAÇÃO JUDICIAL
CONCEITO
	Trata-se do ato de transferência da propriedade de um bem ou de um direito feito através de leilão judicial, após determinação ou autorização do juiz, previsto no art. 730 do Código de Processo Civil.
O Processo Civil é dividido em jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária, sendo que, na jurisdição voluntária não se percebe conflitos entre as partes, mas apenas requer a ratificação de um negócio jurídico ou a necessidade da confirmação de algo, com o fito de conferir validade jurídica e valor ao que for estipulado por lei.
OBJETO DA AÇÃO
 Entretanto, a Alienação Judicial é definida em seu art. 730 do NCPC que tem por redação o seguinte termo, “Nos casos expressos em lei, não havendo acordo entre os interessados sobre o modo como se deve realizar a alienação do bem, o juiz, de ofício ou a requerimento dos interessados ou do depositário, mandará aliená-lo em leilão, observando-se o disposto na Seção I deste Capítulo e, no que couber, o disposto nos arts. 879 a 903”. 
Não sendo possível ser o bem adjudicado, o exequente poderá requerer a alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro, nas situações abaixo melhor explicadas. Assim sendo, somente será necessária a invocação deste instituto quando não houver consenso entre os condôminos, ou seja, pode se encontrar uma situação que ambos os proprietários são donos do mesmo bem e para piorar ainda mais a situação este bem ser indivisível, assim como se procederá para resolver esse condomínio sobre determinado bem. 
Trata-se aqui de bem comum, aquele cuja natureza é por si só indivisível e não havendo acordo pelas partes na forma da alienação do mesmo, seja por incapacidade de aquisição ou na recusa de fazê-lo. O condomínio é uma situação transitória, de fato que não se pode obrigar nenhum dos condôminos a permanecerem na indivisão, razão pela qual a sua cizão se torna um dos melhores caminhos a ser tomados em casos de desavenças.
Materialmente falando, a transmissão da propriedade por meio de procedimento de alienação judicial, é modalidade de aquisição derivada. Logo, os ônus anteriores da coisa não são extintos e ela é recebida pelo adquirente com os atributos, as virtudes, os defeitos e as mazelas anteriores. Para ilustrar, se o bem alienado está hipotecado ou onerado com servidão ou usufruto, estes não serão extintos.
LEGITIMIDADE E ASPCTOS CENTRAIS DA AÇÃO
Destarte, percebe-se de um lado a natureza indivisível do bem e por outro a manifestação de vontade com o fito de cessar a copropriedade, outro caminho não resta a não ser o pedido de Alienação Judicial do bem, com repartição do seu valor em relação aos condôminos.
Em outros termos, não há qualquer impedimento à alienação da coisa comum, uma vez que, em se tratando de bem comum, e não convindo mais à uma das partes em continuar com a situação de indivisão, o deslinde é a alienação do bem, com repartição do seu valor entre os condôminos .
Outrossim, é possível fazer a Alienação judicial por duas vias a saber: por iniciativa particular ou em leilão judicial eletrônico ou presencial, sendo que se não houver adjudicação ou alienação por iniciativa por particular far-se-á por via judicial, lembrando que o leilão será realizado por leiloeiro público ressalvando-se os casos de alienação que cabe aos corretores de bolsa de valores, todos os bens deverão ser alienados em leilão público, sendo que se não houver leiloeiro no local deve o exequente indicas de forma livre.
Poderá se realizado por meio eletrônico, desde que, observando as normas processuais para que garantas os direitos das partes de acordo com regulamentação específica do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), tais como: ampla publicidade, autenticidade e segurança, obedecendo as leis de segurança estabelecidas sobre certificação digital. Não sendo possível fazer por esta via, deverá ser presencial realizado no local determinado pelo juiz.
Deve salientar a importância que se da à figura do leiloeiro público, incumbe a ele diversas funções como a de publicar edital anunciando a alienação, realizar o leilão no lugar que for designado pelo juiz, expor aos pretendentes os bens ou amostras das mercadorias, é ele quem irá receber e depositar no prazo de 1 (um) dia o produto de alienação, sob à ordem do juiz e prestar contas ao mesmo 2 (dois) dias depois do depósito, o leiloeiro como pagamento do seus serviços receberá comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz.
Todavia, outros quesitos devem ser respeitados e cumpridos pelo leiloeiro, deverá adotar providências para dar ampla publicidade ao leilão, devendo a publicação do edital ser feita 5 (cinco) dias antes do leilão. O edital como preconiza o art. 887, §3°, se faz da seguinte forma, “O edital será publicado em rede mundial de computadores, em sitio designado pelo juízo de execução, e conterá descrição detalhada e, sempre que possível, ilustrada dos bens informando expressamente se o leilão realizará de forma eletrônica ou presencial”. Persiste o fato de que, não sendo possível a realização por este meio, deverá ser publicado o mesmo em jornal de grande circulação.
	No momento da alienação o juiz fixará prazo para que se faça, devendo também determinar a forma de publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for ocaso as comissões de corretagem, como supracitado. Será formalizada nos autos, com a assinatura do juiz, do exequente , do adquirente e se estiver presente, do executado , expedindo-se carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem imóvel e a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel.
	Destarte, não será aceito no momento do leilão preço que seja considerado vil, é considerado preço vil aquele inferior ao valor de 50% da avaliação do bem, havendo arrematação deverá ser o pagamento realizado de imediato pelo arrematante, por depósito judicial ou eletrônico. Quando houver a presença de menor incapaz e o valor do bem não alcançar 80% do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano. Far-se-á necessário a intimação do MP (Ministério Público) por envolver interesse de incapaz consoante dispositivo do art. 721, do CPC.
	Contudo, ao arrematante é dado o direito de arrependimento desde que respaldado em uma justificativa prevista no art. 903, §5° e seus incisos.

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