Buscar

Procedimentos Especiais - Resumo p/ A2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A2 - 
Unidade 1 – Teoria Geral dos Procedimentos Especiais
O ordenamento jurídico estabeleceu um procedimento padrão para prestação da tutela jurisdicional, denominado de procedimento comum, modelo para ser seguido na generalidade dos casos, independente do direito material versado pelos litigantes.
Ocorre que, em determinados casos, seja p/ efetividade da tutela jurisdicional ou outra razão, o instrumento processual deverá ser adaptado às particularidades do direito material em conflito, adaptações procedimentais (forma, sequência, encadeamento e sumarização dos atos praticados pelos sujeitos processuais).
É regulado pelo princípio da subsidiariedade do procedimento comum.
Unidade 2 – Procedimentos Especiais em Jurisdição Contenciosa
É estabelecida a Jurisdição Contenciosa quando existem partes antagônicas, havendo de um lado, autor que busca constituir uma solução judicial a um conflito de interesses e, de outro, o réu que é a pessoa sobre a qual se pressupõe atitudes que vão contra o interesse e a ordem social.
Aqui, é pressuposto a existência de uma LIDE, um litígio, aonde a vontade do juiz substituirá a das partes seguindo a norma jurídica.
1.Ação de Consignação em Pagamento
Constitui ação de rito especial, cujo objeto é o depósito de quantia ou da coisa devida, quando o credor se recusa a receber, a fim de desonerar o devedor da obrigação. Deste modo, a consignação pode ser judicial ou extrajudicial, caos em que o devedor, optando por qualquer uma das duas, deposita a coisa a fim de libertar-se da obrigação.
	Cabimento
Art 539: Quando o credor se recusar injustamente de receber o pagamento ou dar quitação;
Quando o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição do devedor;
Quando o credor for pessoa incapaz, com representante desconhecido ou que se recusa a receber, declarado ausente ou reside em lugar inacessível;
Quando há dúvida quanto ao legitimado à receber;
Se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
	Competência
Art 540 – O lugar do pagamento será o local para se pleitear a consignação, seja judicial ou extrajudicial.
Será a vara cível, podendo ser Estadual, Federal ou Trabalhista.
	Sujeitos
a)Sujeito Ativo: o devedor que deseja realizar o pagamento;
b)Sujeito Passivo: o credor, porém, havendo dúvida quanto a figura do credor, poderá ser realizado o pagamento e a citação de todos os credores possíveis, caso não compareça nenhum, será arrecadado o bem como coisa vaga, quitando-se a dívida.
Comparecendo somente um, o juízo decidirá em seu favor; no caso de comparecimento múltiplo, o juízo declara a extinção do processo, que continuará somente entre os possíveis credores p/ comprovação de quem deva receber. 
	Modalidades de Consignação em Pagamento:
1.Extrajudicial: Pode o devedor realizar a consignação de maneira extrajudicial, sem ainda importar uma demanda litigiosa contra o devedor, desde que a dívida seja de caráter pecuniário, com existência no local do pagamento de estabelecimento bancário, conhecimento do endereço do credor (para notificá-lo) e que seja o credor certo, conhecido, capaz e solvente.
A)Procedimento: Presentes tais requisitos, mediante vontade do devedor, o devedor realizará depósito bancário, e, após, cientifica o credor por carta com Aviso de Recebimento que, cientificado, terá duas possibilidades dentro do prazo de 10 dias:
-Recusar-se a receber: A recusa deve ser feita por escrito, de maneira expressa, ao estabelecimento bancário, com a visualização de que não houve o ACEITE do pagamento.
Recusando o pagamento, o devedor então tem 1 mês, a partir da recusa, para proceder à judicialização dessa consignação em pagamento, aproveitando o depósito ali já feito posto que, ultrapassando esse prazo sem realizar a demanda, pode levantar o valor da instituição bancária, pois não mais visualiza-se como pagamento.
-Aceitar ou manter-se em silêncio: sem nenhuma manifestação, acredita-se que o credor aceitou o pagamento, sendo considerado como quitação da obrigação ou parcela, ou seja, o silêncio do credor é tido como ACEITE. 
2.Judicial: Pode provir da extrajudicial, como visto acima ou sendo 1a opção do devedor, não sendo a anterior um requisito desta.
Deve obedecer aos requisitos formais do art. 319, porém, sendo um proc. especiais, requer a realização de um depósito e sua comprovação (como no caso anterior, em que o depósito se manteve e o devedor entrou com a judicial dentro de 1 mês da recusa).
Sem o depósito judicial realizado ou comprovado nos autos, deverá o processo ser extinto.
A Citação será feita ao credor, que terá a opção de Aceitar, gerando a extinção e adimplindo a obrigação do devedor ou Contestar, conforme art 544, podendo arguir, inclusive, matérias preliminares:
-Sendo a alegação pela insuficiência, percebe-se que o réu aceitou o pagamento daquela quantia, mas entende ser maior, devendo então indicar o quantum, o que permite o levantamento da parte incontroversa, permanecendo a discussão quanto ao quantum controverso.
-Pode apresentar que não houve recusa ou mora em receber a coisa devida;
-Pode apresentar que foi justa a recusa;
-O depósito não foi efetuado no prazo ou lugar do pagamento;
-O Autor, após ver a alegação de insuficiência do réu na contestação, pode complementar o valor para chegar ao “correto” (considerado pelo réu).
Com ou sem AIJ, o juízo proferirá a sentença, determinando a procedência ou improcedência (neste aqui, o Juízo determinará o valor correto e as consequências do inadimplemento, bem como condenação em custas e honorários), valendo tal sentença como Título Executivo Judicial.
Julgado procedente, haverá a extinção e condenação em custas e honorários do CREDOR, bem como quitação da obrigação.
A)Procedimento:
	Petição Inicial
A inicial será endereçada ao Juízo do lugar do pagamento, tendo como pedido o depósito da quantia ou coisa devida, assim como a citação do réu p/ levantar o depósito ou oferecer contestação (Art 542).
Tratando-se de prestações periódicas, o devedor poderá valer-se de um único processo p/ promover os diversos depósitos em que se divide a obrigação.
O valor da causa será o valor da prestação da dívida ou da coisa, sendo prestação periódica, sera a soma das prestações até o máximo de 1 ano (Sú 449 STF)
	Citação
Após analisar a inicial, o juiz defere o depósito, que caso ainda não tenha sido feito, deverá ser efetuado no prazo de 5 dias, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito.
Após, será determinada a Citação do Réu que poderá:
-Levantar o depósito, extinguindo o processo sem resolução do mérito;
-Oferecer contestação no prazo de 15 dias, podendo alegar, além das preliminares do 337, os detalhes expostos ali em cima. 
Oferecida contestação, o processo seguirá pelo procedimento comum.
	OBS:
a)Consignação de Coisa Indeterminada – 543 
Caso a consignação seja em coisa indeterminada, com a escolha pertinente ao credor, a citação será para conceder-lhe o prazo de 5 dias para manifestar-se sobre qual o objeto que exercerá a escolha. De todo modo, o credor pode optar pela escolha ser a critério do devedor. 
b)Ação Consignatória como ação dúplice- 545
Na medida em que o réu, independentemente de reconvenção, alegue na contestação pela insuficiência do depósito, o autor poderá complementá-lo em 10 dias. 
Assim, o réu pode levantar desde já a quantia ou coisa depositada, o que acarreta na liberação parcial do autor, prosseguindo o feito quanto à parcela controvertida.
Se a sentença concluir pela insuficiência do depósito, ela determinará o montante devido, podendo o réu executar o autor nos mesmos autos, valendo-se da sentença como título executivo judicial.
Não sendo possível fixar montante devido, deverá ser o mesmo apurado em liquidação de sentença.
c)Consignação incidental: 
Ocorre quando outros pedidos são cumulados à consignação, como por ex, revisional. 
Ou seja, a consignação pode vir como um pedido ACESSÓRIO, exemplo: Ação revisional de aluguel c/c consignação dos referidos meses. 
2-Ação de Exigir Contas
Aquele que tenha o direito de exigir as contas ingressarácom ação judicial, requerendo a citação de quem tenha o dever de prestá-las, para fazê-la ou apresentar contestação, no prazo de 15 dias.
Para ter legitimidade ativa, requer comprovação de uma relação jurídica entre as partes.
	Petição Inicial
O autor especificará as razões pela qual exige as contas, instruindo com documentos comprobatórios da mesma, caso existam, requerendo a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação, em 15 dias.
	Citação
Citado, o réu poderá:
A)Prestar as contas: Terá o autor então, o prazo de 15 dias p/ se manifestar, prosseguindo o feito pelo procedimento comum (saneamento, instrução e decisão);
B)Contestá-las: de modo fundamentado e específico, referenciando o questionamento autoral. Após, também seguirá pelo procedimento comum.
C)Revelia: O juiz decretará revelia, julgando antecipadamente o mérito, reconhecendo a exigência de prestar contas.
Nesta primeira fase, avalia-se meramente se existe ou não o dever de prestar contas.
	Decisão
Em qualquer caso, essa 1a fase será encerrada pela decisão que julgar pela procedência ou improcedência do pedido que, sendo Interlocutória, pode ser contraposta por Agravo de Instrumento.
Sendo improcedente, não há nova fase, pois não foram reconhecidas as contas exigidas pelo autor.
Havendo condenação do réu em prestar contas, deverá este apresentá-las em 15 dias, dando início à 2a fase.
	2a Fase:
Analisa-se as contas em caso de procedência do pedido, determinando a existência de saldo e apurando-o, condenando o réu ao pagamento da referida quantia.
Caso o réu não apresente as contas em 15 dias após a decisão que reconheceu a 1a fase, perderá o direito a impugnar aquelas que ainda serão, em seguida, apresentadas pelo autor num prazo de 15 dias, podendo o juiz determinar exame pericial, se necessário.
Havendo impugnação, o juiz estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos justificativos dos lançamentos individualmente impugnados, seguindo o processo para as próximas fases do procedimento comum (saneamento, instrução e decisão).
	Sentença
Após essa 2a fase, ocorrerá a sentença, que analisará se as contes foram corretamente apresentadas, se existe saldo, havendo saldo, a quantia sobre a qual recairá a condenação.
Desta sentença caberá Apelação, e após trânsito em julgado, a sentença se constituirá em Título Executivo Judicial, dando início à fase de execução.
3-Ações Possessórias (Reintegração, manutenção e interdito proibitório)
1.Reintegração de Posse:
Ação cabível quando há perda violenta, clandestina ou precária da posse, ESBULHO. A posse já foi atrapalhada.
2.Manutenção da Posse:
Quando há efetivo embaraço ao exercício da posse, ela está sendo atrapalhada, chamada TURBAÇÃO.
3.Interdito Proibitório
Cabível mediante AMEAÇA ao exercício de posse, é prevenção contra futuro esbulho ou turbação.
	Fungibilidade das Ações Possessórias
Art 554 CPC – A própria decorrência de tempo pode fazer uma situação de ameaça tornar-se turbação, que pode evoluir para esbulho, assim, este princípio define que o Juízo poderá conhecer um pedido possessório diverso do requerido pelo autor, desde que comprovados seus requisitos.
	Ação de Força Nova x Força Velha
a)Ação de Força Nova: é aquela proposta no prazo de 1 ano e 1 dia da ofensa da posse, sendo assim encaminhada pelo procedimento especial, aonde a concessão da liminar será com base nos arts 561, 562 do CPC, ou seja, basta que o autor comprove a posse, o esbulho ou turbação, a perda ou continuação na posse, a data do ato danoso para tal concessão, independente da demonstração de periculum in mora, posto que nas possessórias, é in re ipsa (presumido).
Provado o esbulho em menos de 1 ano e 1 dia, o mandado é deferido liminarmente, sem ouvir o réu, conforme art 562 ou em audiência de justificativa prévia, citando-se o réu para participar desta e apenas ser ouvido, sem produzir provas.
b)Ação de força velha: é proposta após esse prazo, sendo o rito a ser adotado o COMUM, logo, o pedido liminar submeterá aos requisitos do art 300 do CPC (a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo).
OBS:o interdito proibitório sempre será ação de força nova, posto que ameaça é constante e deve ser sempre atual.
	Objeto das Ações Possessórias
Caberá ação possessória para bens e direitos capazes de serem apreendidos fisicamente, bens materiais (móveis, semoventes e imóveis), sendo inadmitido para Direito Autoral, porém, o STF 415 diz que cabe p/ defender servidão de passagem.
	Petição Inicial
Obedecerá ao 319, 320 do CPC, tendo como detalhe a comprovação da posse, da turbação ou esbulho praticado pelo réu, a data dos mesmos, a continuação da posse, embora turbada ou sua perda, assim como a iminência de ameaça à posse sofrida, em caso de interdito.
O Pedido será a expedição do Mandado correspondente à ação (De reintegração, proibição, etc).
O Art 555 permite cumular pedidos sem prejuízo do rito especial, desde que fundamentados pela turbação ou esbulho, como pedido de cobrança em perdas e danos e indenização dos frutos.
OBS: acumulando pedidos além dos previstos no 555, seguirá o processo pelo rito comum.
O valor da causa será de avaliação da área ou do bem do objeto do pedido.
	Citação
Poderá ser feita contra o Autor do Ato assim como do Mandante deste, podendo inclusive, o réu ser substituído por este último.
As partes devem ser identificadas com precisão, salvo caso de invasão, por ser número indeterminado de pessoas, onde serão citados os ocupantes encontrados no local, sendo os demais por EDITAL, devendo-se ouvir o MP e, sendo o caso, a Defensoria.
Citado, o réu poderá contestar no prazo de 15 dias, prazo que poderá começar a correr à partir da audiência de justificação prévia (da intimação para tal).
Mantendo-se inerte, correrá o processo pelo rito comum, sendo decretada Revelia.
	Contestação:
Apresentando a resposta tempestivamente, o réu poderá arguir qualquer uma das preliminares do 337, alegar ausência dos requisitos do 561 (Não comprovada posse, turbação, esbulho ou ameaça), e requerer indenização por benfeitorias (necessárias) feitas na coisa.
As ações possessórias tem caráter dúplice, o que autoriza o réu também pleitear, mediante reconvenção, suposta ofensa cometida pelo autor (art 556, mas a jurisprudência afasta o entendimento que o rol taxa tal possibilidade de reconvenção à esses limites);
	Caução
O juiz pode condicionar o deferimento da tutela à prestação de caução real (dinheiro) ou fidejussória (direito) pelo autor, se o réu provar que o autor carece de idoneidade financeira p/ responder eventuais perdas e danos caso venha a sucumbir na ação, dispensado em caso de hipossuficiência.
	OBS:
-Após 1 ano e 1 dia APÓS A CONCESSÃO DA TUTELA NÃO EFETIVADA, a contar da distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação e conciliação, convertendo-se o procedimento para o comum,
-O juiz poderá comparecer a área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária À efetivação da tutela jurisdicional.
	Segue pelo procedimento comum após a resposta
Após a resposta, todas as ações possessórias seguem o procedimento ordinário, o qual culmina na sentença, que faz nascer obrigação de entregar coisa, dar quantia, ou de não fazer, sentença esta em que caberá Apelação.
OBS: Se for de procedência, confirmando a liminar, aplica-se a exceção do art. 1.012, V, tendo a apelação somente efeito devolutivo.
4-Ação de divisão e demarcação de terras particulares
Disposições gerais:
Tal ação deve ser promovida por quem seja proprietário do bem, urbano ou rural, quando um ato deste repercute no prédio vizinho, causando prejuízo ao próprio imóvel ou incômodo ao morador, assim, poderá entrar judicialmente em face do seu confinante, requerendo fixação de limites entre os prédios, a fim de individualizar o objeto do direito.
Poderá ser utilizada a Escritura Pública para tal fim.
5-Ação de Dissolução Parcial de Sociedade
O art 599 traz 2 hipóteses veiculáveis p/ dissolução parcial de uma sociedade:
-A resolução da sociedade empresáriacontratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso;
-Pedido de apuração de haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso, que pode ser cumulado com pedido de dissolução parcial ou requerido isoladamente.
	Objeto
Objetiva a dissolução total ou parcial da sociedade, assim como a apuração de haveres, procedimento que avalia quanto o sócio deve à sociedade, e vice-versa, ou ambos pedidos acumulados.
	P. Inicial
Deverá ser instruída com o contrato social, sendo legitimados: (Art 600) pelo espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na sociedade; II - pelos sucessores, após concluída a partilha do sócio falecido; III - pela sociedade, se os sócios sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou dos sucessores do falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato social; IV - pelo sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, se não tiver sido providenciada, pelos demais sócios, a alteração contratual consensual formalizando o desligamento, depois de transcorridos 10 (dez) dias do exercício do direito; V - pela sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial; ou VI - pelo sócio excluído 
	Citação
A citação dos demais sócios deve ocorrer, sendo 15 dias o prazo para contestação que, existindo, seguirá o processo pelo rito comum, enquanto inexistindo, expressamente e de forma unânime, ocorrerá a decretação de dissolução parcial, passando-se à liquidação, não havendo condenação em honorários sucumbenciais, sendo as custas rateadas segundo a participação de cada parte no capital social.
	Sentença
Acolhida a dissolução parcial, quanto à apuração de haveres, o juízo deverá fixar data de resolução da sociedade, assim como fixar critério p/ apurar os Haveres, seguindo a previsão contratual/estatutária, assim como nomear perito especialista em avaliações de sociedades (preferencialmente).
Os haveres incontroversos devem ser depositados em juízo, deveno, desde logo, serem levantados pelo ex-sócio, espólio ou sucessores.
OBS: em caso da sociedade ser autora da ação, poderá solicitar indenização por haveres levados, extraviados ou tomados pelo sócio que se retira (Art 602).
OBS2: em caso de conciliação, subtrai-se a fase de provas, para que se dê a liquidação da empresa, sem condenação de ônus da sucumbência (Art 603);
6-Inventário e Partilha
O inventário pode ser judicial ou extrajudicial, em resumo é caracterizado pelo levantamento do ativo e passivo do falecido para que sejam pags as dívidas e recolhidos o tributo, posteriormente, será partilhado o saldo remanescente entre os herdeiros.
Na hipótese de exitência de testamento ou interessado incapaz, o inventário e a partilha serão feitos, necessariamente, através de ação judicial.
Inventário é procedimento especial de jurisdição contenciosa, subdividido em 3 modalidades: Arrolamento comum, Tradicional, Sumário e também, tem o extrajudicial.
O prazo p/ instaurar o inventário é de 2 meses, contados da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 meses subsequentes.
O inventário negativo é usado p/ comprovar inexistência de bens a partilhas, caso os herdeiros queiram comprovar que o falecido deixou apenas dívidas.
A partilha, por sua vez, consiste em repartir entre os sucessores o acervo hereditário, após o procedimento do inventário, porém, havendo apenas 1 herdeiro, não haverá partilha, mas adjudicação de todos os bens ao único herdeiro.
	Espécies de Inventário
1.Inventário Judicial: divide-se em tradicional (solene)e arrolamento, que, por sua vez, pode ser sumário ( 659 – independente do valor da herança, desde que todos os herdeiros sejam maiores, capazes e de acordo com a partilha amigável) ou comum ( art 664 – independente se capazes ou não os herdeiros, desde que o valor dos bens for igual ou inferior a 1.000 sal min). O inventário tradicional tem aplicação residual (Art 610- havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-à ao inventário judicial.
a)Inventário Tradicional: observará os requisitos do 319, porém, trata-se de uma petição que não requer ampla exposição dos fatos e dos fundamentos do pedido, este que terá ampla produção de provas. Basta noticiar a morte do autor da herança (com certidão de óbito em anexo), existência de bens e herdeiros.
Será competente p/ o processo de inventário e partilha o foro do domicílio do de cujus, ou de situação dos bens dos imóveis, na Vara Especializada em Sucessões ou, inexistindo, na Vara Cível.
-Legitimados concorrentes: o cônjuge ou companheiro supérstite: independentemente do regime de bens. - herdeiro - legatário (beneficiado pelo testamento) - testamenteiro - cessionário do herdeiro ou do legatário - credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança: seu crédito deve ser líquido e certo. - administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário ou do autor da herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite. - Ministério Público, se houver herdeiro incapaz e forem omissos os outros legitimados (é residual). Se a iniciativa não for do MP, este deverá, da mesma forma, ser intimado para intervir no feito como fiscal da lei se o herdeiro for incapaz ou ausente, ou houver testamento. - Fazenda Pública, por ter interesse em apurar e receber o ITCMD.
-Administração da Herança: Iniciado o inventário e até que haja a partilha, o encargo de administrar a massa hereditária é do inventariante. Entretanto, antes deste ser nomeado e prestar compromisso, esse encargo cabe ao adm provisório, que é aquele que está na posse e na administração dos bens do falecido, independente de nomeação pelo juiz. 
Além de representar judicialmente e extrajudicialmente o espólio até a partilha, cabe ao inventariante as atribuições do 618 e 619 (ex: administrar o espólio com diligência; prestar as 1as e últimas declarações; trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente; alienar bens de qualquer espécie; pagar dívidas do espólio; fazer despesas para a conservação dos bens do espólio, etc), sob pena de remoção (art 622), mediante incidente instaurado de ofício ou a requerimento dos interessados, com observância ao contraditório (os autos serão apensos ao inventário, sem suspendê-lo, cuja decisão caberá agravo). Removido, o juiz nomeará outro, observada a ordem do 617.
-Primeiras Declarações: Nomeado inventariante, conforme art 620 cpc, este terá um prazo de 20 dias após firmar o compromisso para prestar as primeiras declarações, consistentes em informações indispensáveis à realização do inventário como: qualificação completa do falecido, data e lugar do óbito, qualificação completa dos herdeiros, etc, relação completa e individualizada de todos os bens do espólio, etc.
OBS: só se pode imputar a sonegação de bens ao inventariante após este declarar por feita a descrição de todos os bens (art 621).
-Citação e Impugnação às 1as declarações:
Feitas as 1as declarações, cita-se o cônjuge/companheiro, os herdeiros e os legatários, por correio ou edital(caso incertos ou desconhecidos), e intima-se a Fazenda Pública, o MP e havendo herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se houver testamento.
O objetivo desta é para, num prazo de 15 dias, impugnar as 1as declarações (art 626, p3 e p4), que poderá versar sobre:
-Erros, omissões e sonegação de bens, aonde então o juíz mandará retificá-los;
-Reclamação contra a nomeação do inventariante em razão da ordem do 617, quando então o juiz nomeará herdeiro mais bem situado na ordem preferencial;
-a qualidade de quem foi incluído como herdeiro, onde o juiz verificando a ausência de condição de herdeiro, determinada a sua exclusão do feito.
De outro lado, aquele que ão for contemplado como herdeiro nas 1as declarações, deverá pleitear sua inclusão antes da partilha . Nesse caso, ouvidas as partes em 15 dias, o juiz decidirá (628).
EM ambos os casos, se a disputa da qualidade de herdeiro demandar a produção de prova que não documental, o juiz remeterá a parte para as vias ordinárias, sobrestando ou reservando,acautelatoriamente, o seu quinhão até decisão do litigio. 
OBS: o herdeiro descendente que recebeu doação ou dote do ascendente, é obrigado, no prazo de 15 dias, a fazer a colação dos bens recebidos (á título gratuito), a fim de reconstituir o acervo hereditário, sob pena de ser sonegador.
Negando o recebimento da doação, abre-se vista às partes e, instaurada a controvérsia, remetem-se a via ordinária, não podendo o herdeiro receber o seu quinhão enquanto pender a demanda, salvo prestar caução correspondente (art 641) 
-Avaliação dos Bens e últimas declarações: Após o prazo para a impugnação não oferecida ou decidida se oferecida, o juiz nomeará perito, se não houver avaliador judicial, para avaliar os bens do espólio, a fim de preparar a partilha e estimar a base de cálculo do imposto causa mortis.
 A avaliação será dispensada se a Fazenda Pública e os herdeiros (se capazes) concordarem com o valor atribuído nas 1as declarações ( 633), do contrário, será oferecido um laudo que, se aceito ou resolvidas as impugnações a seu respeito, será lavrado o termo das últimas declarações, que nada mais são do que o ato processual que dá fim à fase do inventário dos bens, sobre as quais serão ouvidas as partes também num prazo de 15 dias, cabendo ao juiz decidir sobre eventuais impugnações (637).
Não se manifestando as partes ou decidindo o juiz sobre as impugnações, procede-se ao cálculo do imposto causa mortis (ITCMD) sobre o qual também serão ouvidas todas as partes no prazo comum de 5 dias, e em seguida, a Fazenda Pública, decidindo o juiz sobre as eventuais impugnações (a638).
-Pagamento das dívidas do Autor da Herança
Antes de se proceder à partilha, devem ser pagar as dívidas do falecido. Para tanto, o credor deverá se habilitar mediante petição acompanhada de prova da dívida, que será distribuída por dependência e apensada ao processo de inventário.
Concordando os herdeiros, o credor será habilitado e os bens, suficientes à satisfação do crédito, separados para a imediata alienação ou adjudicação, de acordo com as regras de expropriação.
Havendo controvérsia, a habilitação deverá ser resolvida pelas vias ordinárias, resguardando eventual direito do credor pela reserva cautelar dos bens (643). Passados 30 dias da efetivação de tal reserva, sem que o credor promova a ação cabível (cobrança ou execução) a medida perderá eficácia. 
OBS: credor de dívida líquida e certa, porém não vencida, poderá também requerer habilitação no inventário, porém, havendo concordância das partes, a reserva dos bens será feita para futuro pagamento.
-Partilha:
Superadas as etapas anteriores, procederá a partilha, que poderá ser amigável ou judicial. 
Se amigável, as partes, maiores e capazes, apresentarão o negócio jurídico que será homologado pelo juiz por meio de sentença.
OBS: partilha amigável ocorre no BOJO DO INVENTÁRIO JUDICIAL, não se confundindo com arrolamento, que é apresentado em Cartório de Notas no inventário extrajudicial, que dispensa homologação.
Não sendo amigável, será dado vista às partes o prazo de 15 dias, para formularem o pedido do quinhão (cota parte de cada um), o qual será decidido pelo juiz, deliberando a partilha e designando os bens que deverão constituir o quinhão de cada herdeiro e legatário. Havendo só 1 sucessor, não será partilha, e sim adjudicação.
O CPC, no parágrafo único do art. 647, prevê, de forma inédita, a possibilidade de o juiz deferir antecipadamente a qualquer dos herdeiros o exercício dos direitos de usar e de fruir determinado bem, sob a condição de que, ao término do inventário, tal bem integre a cota desse herdeiro. 
Também prevê a nova lei, no art. 649, que o bem não comporta cômoda divisão e que não couber na parte do cônjuge ou companheiro supérstite ou de um só herdeiro, será licitado entre interessados ou vendidos judicialmente, partilhando-se o valor apurado, salvo se houver acordo para que todos o adjudique 
Definidos os quinhões, o partidor (servidor do judiciário) elabora o plano de partilha definitiva de acordo com a decisão judicial, onde se prevê o “monte-mor”, o abatimento das dívidas do espólio, bem como as despesas com funeral, os bens trazidos à colação (doação) e do resultado final, que é o monte partível, sendo prevista a reserva da meação do cônjuge ou companheiro sobrevivente, dividindo a outra metade: em duas partes, a disponível e a legítima, se houver testamento; entre os herdeiros, de acordo com a ordem de vocação hereditária (herdeiros necessários – cônjuge, descendentes e ascendentes; parentes colaterais) -art 651.
Feito o esboço, as partes dele serão intimadas para, em 15 dias, se manifestarem (652). 
Comprovado o pagamento do imposto causa mortis e juntadas as certidões negativas de débitos fiscais, o juiz profere sentença (de natureza constitutiva), homologando a partilha lançada nos autos.
Transitada em julgado a sentença da partilha, receberá o formal de partilha ou a carta de adjudicação (caso de herdeiro único) para fins de registro.
Lembrando que, de acordo com os arts. 657 e 658, caso haja vícios ou defeitos na partilha, caberá, no prazo de 1 ano, ação anulatória nos termos do art. 966, §4º, se tratar de partilha amigável, ou ação rescisória, consoante o art. 966, caput, no caso de partilha judicial (obs: em caso de investigação de paternidade post mortem, sendo a partilha já ultimada, tal situação não se sujeita ao prazo decadencial da rescisória, mas ao prazo prescricional de 10 anos para ajuizamento da respectiva ação de petição de herança, cf. Sumula 149 do STF). 
Por fim, registra-se que, sendo descobertos bens sonegados ou surgindo novos bens, deverá se proceder à sobrepartilha (art. 669), aplicando-se as mesmas regras do processo de inventário e partilha, correndo nos mesmos autos. 
2.Arrolamento Sumário
Trata-se do inventário simplificado, por serem os herdeiros maiores, capazes e concordes com a partilha, ou herdeiro único, independente dos valores do bem, cujo procedimento é concentrado, suprimindo algumas fases do inventário tradicional.
-Petição inicial: apresentada por todos os herdeiros, onde indicarão os dados do falecido, relação dos seus bens e o plano de partilha, além de já elegerem um inventariante;
-O juiz recebe a petição e nomeia o inventariante indicado na inicial.
-O juiz homologa a partilha, independentemente de recolher tributo (o cálculo e o pagamento do imposto são feitos administrativamente, perante a Fazenda Estadual).
3.Arrolamento Comum
Cabível quando o valor dos bens deixados pelo falecido for igual ou inferior a 1000 salários mínimos, porém, o procedimento não é tão simples quanto o acima.
- petição inicial, instruída com a certidão de óbito; - nomeação do inventariante (segundo a ordem legal); - primeiras declarações, com atribuição de valores aos bens e plano de partilha; - citação dos herdeiros (intimação do MP, se houver herdeiros incapazes, ou testamento); - havendo acordo sobre a partilha e apresentadas as quitações fiscais, o juiz homologa; - havendo impugnação à avaliação feita pelo inventariante por qualquer das partes ou pelo MP, é necessária avaliação judicial, de cujo laudo serão ouvidas as partes; - impugnações serão decididas na audiência a ser designada, determinando o juiz o pagamento de eventuais dívidas; - pagamento do imposto; - juiz julga a partilha.
4.Extrajudicial
Se todos forem capazes e concordes quanto à partilha, procede-se ao inventário e à partilha, administrativamente, em Cartório, valendo a escritura Pública como título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras (610, p1).
Deverá ser feito por meio de advogado (ou defensor público em caso de hipossuficiência), o qual redigirá a minuta, devendo constar a qualificação completa do autor da herança, dia e local do falecimento, a qual será levado ao Tabelionato de Notas, onde o tabelião poderá exigir, para lavrar a escritura, documentos tais como: certidão de óbito, identidade de todas as partes, certidão que comprove o vínculo parentesco com o autor da herança;certidão de casamento do cônjuge sobrevivente, docs comprobatórios da propriedade dos bens e seu valor.
7-Embargos de Terceiro
Conforme art 674, é o instrumento processual para aquele que, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou dos quais tenha direito incompatível com tal ato constritivo, requerer o seu desfazimento ou sua inibição.
OBS: Constrição = penhora, arresto, sequestro, etc. O titular da coisa perde a faculdade de dispor livremente dela. 
A competência p/ o procedimento especial de embargos de terceiro será do Juízo que ordenou a constrição do bem, apartando-se aos autos principais. 
	Requisitos
a)Constrição ou ameaça de constrição judicial: pressupõe um ato de constrição realizado, como penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, etc, ou AMEAÇADO de o ser praticado, ocasião em que os embargos serão preventivos. (Ex: simples descrição do bem em inventário).
b)Ser proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor do bem ou do direito apreendido ou ameaçado de apreensão (p1 art 674) – portanto, tem por finalidade a defesa não só da posse ou da propriedade de bens, mas também de qualquer direito (real ou pessoal) atingido ou ameaçado de ser atingido indevidamente por ato judicial de apreensão, como por exemplo, quotas de sociedade, créditos e etc. Os Embargos de terceiro então podem ser vistos como instrumento de proteção à posse, vez que o ato de constrição configura ameaça, esbulho ou turbação, porém, realizados judicialmente. 
c)Qualidade de terceiro em relação ao processo do qual emanou a ordem judicial: ou seja, não ter participado de conhecimento ou de execução, processo penal, trabalhista ou falimentar.
	Prazo
Se decorre de processo de conhecimento, os embargos podem ser opostos enquanto a sentença não tiver transitado em julgado (ou, conforme L.11232/05, em início de fase de cumprimento de sentença em condenação por obrigação de pagar quantia)
-Se decorre do cumprimento de sentença e de processo de execução: os embargos poderão ser opostos até 5 dias da lavratura do auto de arrematação, adjudicação ou da alienação por iniciativa particular, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta;
Conta-se o prazo a partir da inequívoca ciência do terceiro acerca do ato de constrição judicial, que não necessário coincidirá com o dia da arrematação ou adjudicação. 
Ademais, o art 675 pú elenca a possibilidade do juiz intimar pessoalmente o terceiro p/ que seja identificado como titular do interesse em embargar o ato.
A não observância do prazo apenas implicará a perda da faculdade do terceiro se valer do procedimento especial, não o impedindo de buscar o direito material pela via ordinária.
	Petição Inicial:
Obedecerá ao 319 e 677 do CPC, requerendo o desfazimento do ato constritivo, demonstrando a prova da posse ou domínio na qualidade de 3o , sendo o valor da causa o do bem apreendido, pedido de concessão da liminar, que poderá estar condicionada à prestação de caução, salvo hipossuficiência.
	Citação
Se dará de forma pessoal, conforme 677, p3, podendo ser na pessoa do advogado do embargado.
Citado o Embargado, terá 15 dias para oferecer Contestação, prosseguindo o feito pelo Procedimento Comum, podendo impugnar qualquer matéria de defesa, exceto embargos opostos por credor com garantia real, cujas matérias limitam-se ao art 680.
Mantendo-se inerte, será decretada a revelia com julgamento antecipado da lide e presunção de veracidade ao embargante.
	Sentença
Da sentença caberá apelação em ambos efeitos, só sendo devolutivo caso trate-se de improcedência dos embargos à execução. 
8-Oposição 
Tem natureza de intervenção de terceiros, é um direito de ação que ocorre no processo de conhecimento, não se podendo aplicá-lo ao processo de execução, pois a oposição volta-se a um pedido que se insere no mérito.
A pretensão do oponente poderá ser TOTAL ou PARCIALMENTE excludente do direito do autor ou do réu, na medida em que se volte à totalidade ou não do bem da vida que é objeto da lide.
Definição mais clara: é forma de intervenção espontânea de terceiros que tem natureza jurídica de ação, ensejando a formação de um novo processo independente, mas que será distribuído por dependência e julgado em conjunto com a ação principal; aqui, o terceiro pretende obter o memso bem ou vantagem que estão sendo disputadas entre autor e réu da demanda.
Arts: 682 a 686.
Tem por objetivo excluir uma ou ambas as partes do processo.
É distribuído por dependência dos autos principais, art 683, pú CPC.
	Procedimento: Através de petição inicial, apensada aos autos principais.
	Citação: Do autor e Réu, posto existência de Litisconsórcio necessário, sendo feita na pessoa do advogado, exceto se o mesmo não estiver constituído nos autos.
A parte citada terá 15 dias para contestar.
	Atitudes do Réu após citação:
A)Reconhecer a procedência do pedido; se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, o procedimento segue contra o outro oposto somente.
B)Contestar: dando prosseguimento à oposição
C)Revelia: Havendo revelia, ocorrerá julgamento antecipado do mérito
	Processamento: Há de se observar em qual fase está a ação principal, posto que se for proposta ANTES DA AIJ, a Ação Principal e a Oposição tramitam juntas, porém, sendo DEPOIS DA AIJ, o processo principal será suspenso, julgando-se a oposição primeiro, tendo as 2 ações a mesma sentença. 
	Oposição x Embargos de Terceiro
Embargos de terceiro é ação, de rito especial que objetiva liberar bens de terceiro, os quais foram alvo de ilegítima constrição judicial, previsto nos arts 674 à 681 do CPC, podendo ser usada, por exemplo, numa execução por quantia certa em que o juiz determina, equivocadamente, a penhora de um bem que, na verdade, pertence a terceiro.
Já oposição é ação, de rito especial, prevista no 682 em diante, utilizada quando alguém pretender, no todo ou em parte, o bem ou direito sobre quem controvertem as partes originárias, ou seja, difere do anterior quanto ao direito material discutido em juízo, no Embargos é irrelevante o direito material, apenas a constrição ilegítima do bem, já na oposição, o oponente deverá discutir o mérito da ação originária, de modo a demonstrar que a coisa ou direito disputado pelas partes não pertence a nem um nem outro. 
	OBS: Ocorre litisconsórcio necessário, mas não unitário na oposição. 
9-Habilitação
Consiste em indicar, via procedimento especial, após o falecimento de qualquer das partes de um processo, os interessados houverem de suceder-lhes no processo.Havendo dúvida sobre qual é o herdeiro que deve continuar na lide, este é o processo para retirar tal dúvida.
Natureza jurídica de ação, ainda que processada em apenso à outra demanda.
Resumo: procedimento através do qual os sucessores da parte que faleceu ingressam em juízo para recompor a relação processual afetada pela morte, destinando-se a regularizar o feito após o óbito.
A habilitação dependerá de sentença a ser proferida nos autos do processo principal, para tanto suspenso, cuja retomada está condicionada ao trânsito em julgado do apenso.
	Citação: recebida a petição, o juízo ordenará a citação dos requeridos para que se pronunciem no prazo de 5 dias, art 690, sendo a mesma pessoal se a parte não tiver procurador nos autos.
	Transitada em julgado a habilitação: O processo principal retomará seu curso, e uma cópia da sentença será juntada aos respectivos autos, conforme art 692 do CPC.
10-Ações de Família - 693 à 699
O Brasil reconhece como entidade familiar, além do casamento, a união estável e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Dentre as ações expressamente previstas nestes procedimento, estão as de Divórcio, Separação, Reconhecimento e Extinção de União Estável, guarda, visitação e filiação.
Não abrangem a Ação de Alimentos, que continua a ser exercida por legislação própria, assim como não regula as ações que veiculem interesse de criança ou adolescente.
Conforme o Art. 694, nas açõesde família, serão empreendidos todos os esforços para solução consensual da controvérsia, devendo o juiz empreender todos os meios necessários para tal.
A audiência de mediação é obrigatória, não há opção de dispensa.
O processo poderá ser suspenso à requerimento das partes pelo prazo de até 6 meses, isso é feito para as partes, extrajudicialmente, tentarem apaziguar suas nuancias e resolverem pacificamente a questão.
Além de mediação extrajudicial como opção, há previsão do atendimento multidisciplinar para uma solução consensual dos conflitos entre elas.
	Após a Inicial - Citação
Art 695 - O procedimento das ações de família não difere muito das ações em geral, logo, recebida a inicial, após análise de eventual pedido de tutela provisória, o juiz manda citar o Réu para ACM que, como relatado antes, não é dispensável(ao contrário do procedimento comum).
O p1 traz uma novidade comparado ao proc. especial, à medida que o mandado de citação do réu não virá acompanhado da petição inicial, apenas conterá os dados necessários da audiência, podendo, todavia, consultas os autos a qualquer tempo (para que haja uma solução mais harmoniosa).
OBS:a data designada p/ a audiência terá que respeitar o prazo mínimo de 15 dias após a citação do réu, que deverá ser pessoal., podendo ser postal.
O réu será citado para a audiência, não para contestar, e, sendo infrutífera a audiência, o réu receberá a contrafé passando a fluir desta data, o prazo de contestação, quando o processo segue pelo rito ordinário. 
Na ACM as partes deverão estar acompanhadas por advogado/defensor. 
	Mais ACM
Conforme o art 696, não foi definido prazo p/ término do procedimento conciliatório, sendo aceito por jurisprudência o de 6 meses.
Sempre que as partes verificarem necessário, poderão solicitar ao juiz, que deverá resguardar tal direito. 
	Procedimento comum
Após a ACM, seguirá o rito ordinário, cessando a especificade do procedimento, que é a primazia da conciliação, passando a contar o prazo para contestação, 15 dias.
	Observação: 
A)Art 698 – Havendo interesse de incapaz na ação de família, deverá o MP ser ouvido antes da homologação do acordo, sob isco de nulidade absoluta do processo, retroagindo o curso processual, salvo se o representante do MP disser que não houve prejuízo.
B)Art 699- Quando envolver Alienação Parental ou Abuso, o juiz deverá estar, obrigatoriamente, acompanhado por especialista em matéria que verse sobre tal conteúdo, no momento que o indivíduo for prestar depoimento.
11-Ação Monitória – Art 700 à 702
Seu objetivo é permitir que, ao credor que possua prova escrita da obrigação, em cognição sumária do juízo, receba o cumprimento da obrigação antes da sentença. 
Permite ao credor de uma obrigação de pagar, de entregar coisa fungível ou infungível, ou determinado bem móvel ou imóvel, ou de uma obrigação de fazer ou de não fazer, munido de prova escrita dotada de força executiva, obter mais rapidamente o título executivo judicial.
Sua competência será do Juizado Especial Cível, desde que não exceda 40 salários mínimos.
O CPC adotou a chamada Monitória Documental, que exige que a obrigação esteja comprovada por documento escrito, sem força de título executivo, posto que sem ele, haverá carência da ação (via processual inadequada).
É preciso que o documento seja idôneo para demonstrar a existência da obrigação.
OBS:O cabimento desta ação está ligado à existência de prova escrita desprovida de eficácia de título executivo, pois, do contrário, não havendo prova, ou havendo-a ocorrerá:
A)Sendo ausente qualquer documento, restará ao autor ajuizar Ação de Cobrança, pelo rito comum;
B)Tendo prova com eficácia de TEJ, o interesse do credor será pela Ação de Execução.
OBs2: A ação monitória é mera faculdade do credor que, se quiser, pode optar pela de cobrança.
	Súmulas do STJ:
Sú 299 – É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito;
Sú 531 – Sendo fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula;
Sú 384 – Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de verba extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia;
Sú 503 – O prazo será quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão da cártula.
	Requisitos:
Além dos presentes no art. 319 e 320 do CPC (inicial), sendo a obrigação de quantia em dinheiro, deverá a inicial trazer memória de cálculo do valor devido; se for para entrega de coisa, deverá ser indicado o seu respectivo valor atual; tratando-se de obrigação de fazer ou não fazer, deverá indicar o conteúdo patrimonial em discussão.
Ademais, deve ser instruída com documento escrito sem força executiva, que embasará a ação.
O descumprimento destes requisitos geram o indeferimento.
Pode ser proposta, inclusive, em face da Fazenda Pública.
OBS: O STJ dispõe que é desnecessário constas na petição inicial a origem da obrigação, porém, deve estar acompanhada da prova escrita sem força executiva p/ provar a existência da obrigação.
Havendo dúvida quanto à idoneidade da prova, o Juiz intimará o autor para emendar a inicial, adaptando-a ao rito comum (art 700, p5).
OBS: A decisão que admite a monitória é irrecorrível, uma vez que a defesa do devedor será por meio dos embargos à monitória, ademais, o NCPC previu apenas o cabimento de Ação Rescisória como meio de impgunação contra tal decisão. 
	Após a Inicial
Entendendo o Juízo que a ação está devidamente instruída, expedirá Mandado Monitório para o Réu pagar, entregar a coisa ou cumprir a obrigação em 15 dias, sem contraditório prévio, que ficará à base de embargos.
A evidência do direito do autor da ação monitória nada mais é do que uma idônea prova escrita sem eficácia de Título Executivo, Exemplo:
- Contrato sem assinatura de 2 testemunhas, título de crédito prescrito, documentos unilaterais emitidos pelo credor, duplicata mercantil sem comprovante de entrega da mercadoria, contrato de cartão de crédito, prova oral documentada, produzida antecipadamente (produção antecipada de prova).
Se o Réu cumprir espontaneamente o mandado, extingue-se o processo com resolução de mérito, bem como a obrigação, ficando isento do pagamento das custas, arcando, contudo, com 5% dos honorários advocatícios. 
Se o Réu não cumprir a obrigação e também não embargar, a ordem de pagamento se transforma em definitiva, ou seja, em título executivo judicial.
OBS: Sendo a Fazenda Pública, ainda que ela não apresente os Embargos, haverá remessa necessária.
	Embargos
Não terão natureza jurídica de ação, se identificando como contestação.
Não cumprindo o réu espontaneamente após receber o Mandado Monitório, poderá optar pelos Embargos Monitórios, no prazo de 15 dias, cujo conteúdo à ser discutido pode ser amplo, tal qual uma contestação, permitindo, assim, uma cognição plena (como prescrição, etc).
Serão indeferidos os embargos quando, ao apontar valor incorreto, o devedor não apontar o valor que entende devido, junto à demonstrativos atualizados da dívida.
Sendo interposto tais embargos, o juízo determinará a suspensão da eficácia do Mandado Monitório (comando de pagar e etc) até o julgamento em primeiro grau, porém, rejeitados os embargos, constitui-se o Título Executivo Judicial, prosseguindo ao cumprimento de sentença com tal título.
OBS: Sú 292 STJ: A reconvenção é cabível na ação monitória. 
OBS2: Da sentença que ACOLHE ou REJEITA os Embargos, caberá APELAÇÃO.
12-Homologação do Penhor Legal – Art 703 à 706 
O CC disciplina o Penhor Legal nos arts. 1467 a 1472, considerado um Direito Real que aufere aos proprietários de hotéis, pensões e pousadas ou de imóveis locados ou arrendados, o direito de constituir penhor sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os hóspedes, locatários ou arrendatários possuam consigo no local de onde advieram as despesas, a fim de garantir o pagamento de dívida.
Logo, ao credor assiste o direito de reter bens de propriedade do devedor, como garantia de uma situação jurídica de hospedagem ou locação.
Partindo desta premissa, requereráa homologação judicial do penhor.
	Procedimento
A petição inicial será instruída com o contrato de locação ou a conta com as despesas, tabela de preços e relação do que foi retido. 
O credor requererá a citação do devedor para pagar ou contestar na audiência preliminar que for designada.
OBS: A homologação do penhor legal poderá ser dada pela via extrajudicial, mediante requerimento, atingindo os requisitos anteriores, no cartório de notas e, recebido o requerimento, o Notário promoverá a notificação extrajudicial do devedor para, em 5 dias, pagar o débito ou impugnar a cobrança, alegando uma das causas abaixo, encaminhando o procedimento ao juízo competente.
Transcorrido os 5 dias sem manifestação do devedor, o Notário formalizará a homologação do penhor legal por escritura pública.
	Defesa
A defesa, além das preliminares do art. 337 e das hipóteses de extinção do processo sem resolução do mérito, poderá arguir: Nulidade do processo; extinção da obrigação; não estar a dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal; alegação de haver sido ofertada caução idônea, rejeitada pelo credor.
Ou seja, o Rol do 704 possui cunho taxativo, porém, entende a doutrina que também pode ser arguido excesso de penhor, contestando o valor da dívida cobrada.
	Audiência preliminar
Nessa audiência, o devedor deverá pagar ou contestar a inicial, assim, caso não haja o pagamento, serão observadas as regras do rito comum (318 e ss).
Caso não pague a dívida, é nessa audiência que o devedor apresentará contestação.
	Homologação do penhor legal - 706
A)Sendo homologado: consolidará a posse do autor sobre o objeto retido.
B)Negada homologação: Sendo caracterizada a irregularidade da apreensão de bens decorrentes de penhor legal, seja em face de impenhorabilidade, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar dívida pelo procedimento comum (Ação de Cobrança), salvo acolhida alegação de extinção da obrigação.
Contra a sentença caberá Apelação e na pendência de recurso, poderá o relator ordenar a permanência da coisa depositada ou em poder do autor, ou seja, efeito devolutivo, não suspensivo.
13-Regulação de Avaria Grossa – 707 a 711
É toda despesa extraordinária, decorrente de dano causado ao navio ou a carga, a fim de evitar um mal considerável ao transportador marítimo e ao proprietário da carga.
O Art 764 do Código Comercial elenca 21 hipóteses de avarias grossas, dispondo que, em geral, são os danos causados deliberadamente em caso de perigo ou desastre imprevisto, e sofridos como consequência imediata desses eventos.
O Regulador de Avarias deverá ser um profissional qualificado em avarias marítimas, que fará um levantamento preciso de todos os prejuízos causados no evento danoso.
Esse procedimento ocorrerá quando, conforme predispõe o Art 707, inexistir consenso acerca da nomeação de um regulador de avarias.
A competência será do Juízo da Comarca do primeiro porto onde o navio houver atracado ou fundeado, designando um perito para avaliar a varia grossa, caso as partes não tenham previsto contratualmente a designação de perito ou discordem acerca do compromisso arbitral feito no momento da lesão.
O regulador terá o dever de cumprir o encargo no prazo que lhe assinalar o juiz, podendo escusar-se por algum motivo legítimo (Art 157 CPC), escusa essa que será apresentada no prazo de 15 dias, contado da intimação, da suspeição ou impedimento superveniente.
O regulador que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá as sanções previstas em lei (Art 158 CPC).
	Garantia e Retenção
O regulador deve declarar se os danos são passíveis ou não da chancela da avaria grossa, pois sendo aceita amplamente a declaração, poderá exigir as garantias idôneas devidas e que tipificam os efeitos jurídicos da declaração, assim, o regulamento conterá a classificação das avarias, o montante delas e a fixação do valor de contribuição do interessado.
A necessidade da garantia é para assegurar a futura contribuição quando confirmada a avaria grossa, para tal, existe a possibilidade de retenção da carga até o pagamento da contribuição da avaria grossa declarada.
Uma vez prestada a garantia, poderá a parte retirar a sua mercadoria que foi retida.
A parte que discordar da justificação apresentada pelo regulador, deverá impugnar justificadamente.
Caso nenhuma das partes envolvidas apresente o que entende devido, o regulador de avarias estimará a extensão dos danos a partir das informações que detém, assim, terá liberdade de estimar o valor da despesa, bem como fixará caução a ser prestada.
Qualquer garantia pode ser aceita, ficando ao critério do regulador eventual seleção, porém, não havendo prestação espontânea da garantia, a lei processual autoriza a Alienação Judicial, nas particularidades do Direito Marítimo.
Quanto ás hipóteses de Retenção, o regulador requererá ao juízo o direito de venda das cargas para adimplemento do frete, das despesas, dos encargos e da contribuição por avaria grossa.
As partes deverão apresentar nos autos documentos necessários À regulação da avaria grossa em prazo à ser fixado pelo regulador (para que este, devidamente, elabora o laudo pericial), que, no prazo de até 12 meses, contado da data da entrega dos docs pelas partes, fará o laudo pericial, podendo o prazo ser estendido à critério do juiz.
O laudo do regulamento deverá ser minucioso, indicando todos os fatos e documentos levados em consideração na perícia, constando também todas as despesas realizadas para a execução do regulamento. 
	Antes da Decisão
Será dada vista às partes para apresentarem impugnação quanto ao laudo do regulamento e, não impugnando, haverá sentença, que condenará cada um dos interessados ao pagamento do respectivo valor contribuinte.
Havendo impugnação, o juiz abre vistas e prazo para o regulador se manifestar, decidindo, por sentença, após ouvido este. 
	Sentença
Contra essa sentença caberá Apelação, que não terá efeito suspensivo, ou seja, a sentença terá efeitos imediatamente após sua publicação.
	Quanto ao Regulador – 711
O regulador é expressamente previsto no art. 149 como um Auxiliar da Justiça, sendo estendido a este todas as regras previstas em tal capítulo, aplicando-se inclusive as mesmas regras de perito, assim aplicam-se disposto no art 156 e 158, por também serem equiparados aos peritos judiciais.
14-Restauração de Autos- 712 à 718
Esta ação visa recompor autos extraviados ou danificados e ainda responsabilizar o autor do dano.
É ação autônoma, inexistindo possibilidade de extensão de seus efeitos à causa principal (é apensada), sendo que qualquer uma das partes poderá promover tal ação, bem como o MP e o próprio Juiz.
Promovida a restauração e juntados todos os documentos suficientes, a recomposição dos autos será julgada procedente.
Também aplica-se aos autos eletrônicos, onde as partes que possuírem cópias do processo e documentos originais deverão apresentá-los em juízo para recompor os autos.
A Competência para julgamento da restauração caberá ao Juízo da causa principal, dos autos que foram extraviados.
	Petição Inicial:
Art 713, na petição inicial declarará a parte o estado do processo ao tempo do desaparecimento dos autos, juntando provas de suas alegações, seja certidões dos atos constantes do cartório em que corre o processo, cópia de peças em seu poder ou qualquer outro documento que facilite a restauração.
	Citação
A parte contrária será citada para contestar o pedido no prazo de 5 dias, citação essa que será enviada para todas as partes do processo, inclusive terceiros que interviram.
Contestando, devera juntar os documentos que possui que tenham relação com a causa principal.
Concordando com a restauração e estando esta devidamente instruída com os docs necessários p/ a formação dos novos autos, o juíz formará o processo desaparecido.
Concordando parcialmente, o juiz julgará a causa ou designará audiência de instrução, se for necessário (Procedimento comm)
Não se manifestando, será considerado revel, aí omagistrado julga a restauração (procedimento comum)
	Sendo a perda após as provas em audiência
O juízo mandará repeti-las, se necessário, sendo reinqueridas as mesmas testemunhas/ fazendo-se novo laudo pericial (não havendo certidão ou cópia do mesmo); não havendo certidão de docs, serão reconstituídos mediante cópias ou, na falta delas, substituídas por demais meios; os serventuários e auxiliares da justiça não podem deixar de depoir como testemunhas a respeito de atos que tenham praticado ou assistido; se o juiz tiver proferido sentença da qual ele próprio ou o escrivão possua cópia, deverá sr a mesma juntada aos autos e terá mesma autoridade da original.
	Julgada a Restauração
Da sentença que julga a restauração, caberá Apelação, que será recebida em duplo efeito.
Após o Trânsito em julgado da restauração, o processo principal seguirá seu percurso normal.
Se o desaparecimento dos autos tiver ocorrido no tribunal, o processo de restauração será distribuído ao relator do mesmo que, nele completar-se-à a restauração e irá proceder ao julgamento.
718 – Quem tiver dado causa ao desaparecimento dos autos responderá pelas custas da restauração e pelos honorários de advogado, sem prejuízo da resp civil e penal que incorrer.
OBS: podem existir causas excludentes de responsabilidade das partes, conforme firma o STJ, como por exemplo, incêndio no escritório que queima os autos. 
Unidade 3 – Procedimentos Especiais em Jurisdição Voluntária
Os procedimentos desta unidade serão os de interesse unilateral, que vira a assistência protetiva do judiciário, inexistindo lide, sendo a parte, que deu início ao processo, denominada interessado.
Aqui, faz-se necessário mover o judiciário para se obter a pretensão do direito nos procedimentos de jurisdição voluntária, tendo em vista a relevância do ato para a sociedade.
As regras do procedimento comum serão aplicadas de forma subsidiária.
A sentença julgada nesta jurisdição faz coisa julgada formal, não material, ou seja, impede novas discussões apenas no processo que a sentença foi proferida.
Aqui, o valor da causa é mera formalidade para fins fiscais, devendo prevalecer aquele disposto e estimado pela parte autora com razoabilidade.
Neste procedimento, caso haja litígio, é cabível condenação da parte vencida em honorários advocatícios.
Inexiste honorários de sucumbência em jurisdição voluntária, posto que aqui não há pretensão resistida.
Distingue-se da contenciosa pois nela não há conflito de interesses, enquanto nesta a existência de lide obriga o desenvolvimento do devido processo legal e a observância da ampla defesa e contraditório.
Conforme o Art 720 dispõe, o procedimento terá início por provocação do interessado, DP, MP ou DP(como em nomeação de curador), que irá requerer ao juízo determinada providência p/ proteção de um ou ambos sujeitos da relação processual.
O pedido deve ser devidamente instruído com os docs necessários e a indicação da providência judicial. 
A inicial observará os requisitos do art 319 e 320, indicando os fundamentos de fato e direito em que a pretensão é fundada. O valor da causa é indispensável e deve corresponder ao conteúdo econômico da pretensão. 
A citação dos interessados não provocará os efeitos da revelia, posto que inexiste contestação, possuindo efeitos meramente informativos.
Em todos os procedimentos de jurisdição voluntária haverá interesse público, logo, o MP deverá ser intimado sempre, sob pena de, não intervindo, gerar nulidade no procedimento.
Conforme o art 723, o juiz decidirá o pedido no prazo de 10 dias, proferindo a sentença de maneira clara, fundamentadamente, sentença esta em que caberá Apelação.
1.Notificação e Interpelação
É o ato pelo qual o notificante se vale para dar ciência a alguém de um fato juridicamente relevante, quando esse alguém fizer parte da mesma relação jurídica, só sendo possível a notificação por edital quando o Juízo assim julgar necessário (como por ex, se for de interesse público) 
Objetiva prover a conservação e ressalva de direitos ou manifestar qualquer intenção de modo formal.
Interpelação, Notificação e Protesto pertencem a um mesmo instituto, ou seja, dar ciência a alguém de ato relevante p/ o mundo jurídico por meio do juizo, podendo provocar reação negativa ou positiva do notificado, que faz parte duma mesma relação jurídica.
Como possui objetivo de informar à alguém, levar à conhecimento do requerido algo, não caberá aqui contestação ou qualquer recurso contra a decisão do Juízo.
A notificação é aquela que se faz a uma pessoa para que se manifeste sobre certo ato ou determinada relação jurídica, sob pena de sofrer as consequências de sua recusa ou silêncio.
O requerido será previamente ouvido quando houver indícios de que a pretensão do requerente, com a notificação ou publicidade do ato, se constitui em ato ilícito.
	Deferida e Realizada a Notificação/Interpelação
A entrega dos autos ao requerente ocorrerá, porque a finalidade do ato é simplesmente exteriorizar algo e usar o instrumento público como prova, num momento oportuno, se assim necessário.
Não caberá qualquer recurso contra tal decisão, se exaurindo o procedimento com a notificação da parte contrária da intenção do autor.
2-Alienação Judicial
Art 730 – A alienação judicial, tanto a autônoma quanto a incidental, ocorrerá quando, diante de bem comum indivisível em que as partes interessadas não tenham consenso sobre a alienação desse.
Assim, nos casos previstos em lei, o juiz de ofício ou a requerimento dos interessados ou depositário, mandará que o bem seja disponibilizado para adjudicação em processo de leilão, sem deixar de observar o procedimento de jurisdição voluntária para tanto.
Não caberá contestação, posto que é direito POTESTATIVO.
São hipóteses legais para alienação judicial: Bens de heranças arrecadadas; os bens vagos; bens de incapazes; quinhão do condômino de coisa indivisível; bens necessários p/ o pagamento do passivo do inventário; bens achados, qnd n encontrado quem mostra domínio.
A alienação pode ser dada à requerimento do interessado ou deliberação judicial de ofício, intimando-se os interessados para serem escutados, em 15 dias (como dito no proc de jursi voluntária), que poderão impugnar em 10 dias após ouvidos, e então será designado leilão judicial, nos moldes do Art 879 do CPC. 
Publicado a data do leilão em edital, serão os interessados cientificados e realizado o pregão.
Após lavrado a assinatura do auto de arrematação, extingue-se o procedimento.
3-Divórcio e Separação Consensual, Extinção Consensual de União Estável e Alteração do regime de bens do matrimônio
Separação consensual é o mecanismo pelo qual os cônjuges, em consenso, põem um fim à sociedade conjugal, enquanto para que a dissolução seja por meio do divórcio, necessário tenha sido constituído o casamento civil.
Inexiste exigências antigas, como a separação judicial prévia de 1 ano ou de fato por 2 anos, pleiteia-se a dissolução do vínculo conjugal diretamente através do divórcio.
Para obter a homologação do processo, necessário todos os requisitos legais para tal, assim como assinatura de ambos na inicial, visando garantir a proteção e resguardo dos direitos dos cônjuges e filhos incapazes.
	P. Inicial
Será instruída com todos os docs necessários à provas os fatos narrados, sendo imprescindível o que irá aferir a existência de casamento ou sociedade conjugal, tendo que não será obrigatória a oitiva dos cônjuges e audiência, pois o processo se funda na manifestação de vontade das partes.
Deverá constar as disposições relativas À desscrição e à partilha dos bens comuns, descrevendo-os característicamente e seus valores e, caso na relação da partilha existir evidências do prejuízo imputado a um dos cônjuges, o juiz ou promotor poderá se manifestar sobre a não homologação da mesma, ou indeferimento do pedido, todavia, a partilha não é requisito necessário p/ que se convalide o divórcio ou separação consensual, conforme Sú 197 do STJ, podendo ser feita em processo autônomo posterior.
Disposições relativas à pensão alimentícia,posto que ambos possuem o dever de mútua assistência, porém, a renúncia à pensão no momento da homologação do acordo, torna a manifestação da vontade DEFINITIVA com o fim do casamento, não cabendo em outro momento pleitear tal direito. 
Acordo relativo à guarda dos filhos e incapazes e ao regime de visitas, prevalecendo o que melhor atingir os interesses do menor e, o que for homologado quanto à guarda, poderá ser rediscutido posteriormente.
Valor da contribuição p/ educar os filhos
	Quanto à União Estável – 732
As regras referentes à separação judicial por mútuo consentimento, no que couber, aplicam-se à União Estável.
	Extrajudicial
O divórcio, separação e extinção de União Estável consensuais poderão ser feitas extrajudicialmente, por meio de Escritura Pública, desde que inexistam filhos menores ou incapazes, descrevendo a partilha de bens, a adoção ou retirada do nome do outro, etc.
	Alteração do regime de bens do casamento
Ela poderá ser requerida por ambos os cônjuges, desde que devidamente motivada, posto que a regra é a imutabilidade do regime de bens, e, como é de interesse de terceiros essa possível alteração, o Juiz deverá intimar o MP e publicar o ato em edital, aguardando o decurso de 30 dias p/ poder decidir sobre a homologação do pedido, sendo defeso aos cônjuges, propor ao magistrado, na petição, meios p/ divulgação do ato que assegurem direito de terceiros.
Com a homologação do pedido de alteração do regime de bens do casamento, o ato será remetido aos Cartórios de Registro Civil e RGI, dando publicidade à alteração, que terá eficácia dali pra frente.
4-Testamento e Codicilos 
	Testamento fechado
-Art 735: O testamento cerrado, também chamado de SECRETO, é aquele escrito pelo próprio testador ou por alguém à seu comando, na presença de 2 testemunhas, só tendo eficácia após lavrado e aprovado pelo tabelião o qual deverá, logo após, lacrar e costurar o envelope, de forma que não possa ser aberto antes da morte do testador.
O testamento deverá chegar às mãos do juiz em perfeito estado, sem nenhum indício de adulteração, pois, caso este isso verifique, poderá anular o testamento, fundamentadamente, de forma comprovável.
Não havendo dúvidas quanto à autenticidade, o juiz determinará o registro e cumprimento das disposições testamentárias.
O testamenteiro é nomeado pelo testador (pessoa q está deixando o testamento), por geralmente ser pessoa de sua confiança, podendo escolher quantos testamenteiros julgar necessário, determinando se agirão em conjunto ou separadadamente.
Incumbe ao testamenteiro o dever de dar cumprimento às disposições de última vontade do testador.
Caso um testamenteiro não tenha sido nomeado, ficará um dos cônjuges e, na falta desses, um herdeiro nomeado pelo juiz.
O testamenteiro é obrigado à cumprir as disposições testamentárias, bem como prestar contas do que recebeu e despendeu, além disso, tem direito à remuneração pelo trabalho executado.
	Testamento Público
-Art 736: o procedimento de registro do testamento público difere bastante do cerrado, não requerendo o ato de LACRAR, visto não ser sigiloso.
Assim, qualquer interessado (cônjuge, herdeiro, credor, etc) poderá requerer ao juiz que determine o cumprimento do testamento.
O Testamento Público (art 1864 CC) é ato personalíssimo que o testador exara verbalmente na presença de uma autoridade com função notaria, que irá redigir o testamento de acordo com a vontade manifestada expressamente do testador e, na sequência, será lido na presença de 2 testemunhas, assinando todos só final.
Sendo público, qualquer pessoa pode ter acesso ao seu conteúdo, podendo inclusive, extrair certidão.
	Testamento Particular
737-O ordenamento jurídico prevê 3 tipos de testamentos, o cerrado, público e particular, este último não possui qualquer intervenção extrajudicial, ou seja, não precisa ser registrado em cartório, porém, para ter validade, é necessário que seja feito respeitando as disposições legais, sob pena de nulidade.
Previsto no art. 1.876 do CC, é o ato elaborado pelo próprio testador ou terceiro á seu pedido, sendo necessário a presença de 3 testemunhas p/ leitura e assinatura do ato.
OBS:os defeitos formais do testamento particular devem ser relativizados quando comprovada a declaração de última vontade do testador através de outras provas colhidas nos autos.
São legitimados p/ requerer a publicação do testamento, após a morte do testador, o herdeiro, legatário(beneficiado pelo testamento), testamenteiro e o 3o detentor do testamento, caso n tenha como entregar aos legitimados, sendo necessário que o Juízo determine a intimação dos herdeiros que não tiverem requerido a publicação do testamento.
Quando da confirmação do cumprimento de todos os requisitos da lei e após oitiva do MP, será publicado o testamento.
	Codicilo
É considerado também como ato de última vontade, pelo qual alguém faz disposições especiais sobre seu enterro, dá pequenas esmolas, lega móveis, roupas ou joias de uso pessoal, não muito valisas, nomeia ou substitui testamenteiros.
5-Herança Jacente
A herança jacente, prevista no Art. 1.819 do CC e no 738, ocorre quando alguém que faleceu não deixar testamento, herdeiros legítimos e, se estes existirem, renunciarem à herança.
A jacência é situação provisória, pois uma vez convertida em herança vacante, conferida em sentença, será repassada ao Estado.
Com a morte do de cujus e não havendo nenhum herdeiro habilitado, o juiz competente dará início à arrecadação dos bens, a fim de protegê-los enquanto aguarda os possíveis herdeiros.
Ou seja, o juízo pode impulsionar a ação, porém, não se considera omissão do Poder Judiciário a não arrecadação de bens da herança quando este não tem conhecimento da morte da titular da mesma.
A competência p/ o procedimento será do lugar onde a pessoa faleceu. 
	Arrecadação dos Bens
O Art 740 define as providências a serem tomadas para a correta arrecadação e apuração dos bens d falecido, determinando o Juízo que um oficial de justiça arrole os bens do falecido em auto circunstanciado, acompanhado do escrivão ou chefe de secretaria e do curador.
A autoridade que deve presidir tal ato é o Juiz, na falta deste, a lei determina que ele designará autoridade policial para presidir a arrecadação, bem como 2 testemunhas p/ acompanhar o processo, intimando-se o MP e o representante da Fazenda Pública de tal ato, independente se vão participar ou não.
O juiz também deverá designar um depositário p/ receber e guardar os bens que foram arrolados e arrecadados, caso não tenha sido nomeado um curador.
No curso da arrecadação, serão os moradores da casa e da vizinhança inquiridos pelo Juiz (ou autoridade policial) sobre a qualificação do falecido, paradeiro de seus sucessores e a existência de outros bens, informações estas que estarão presentes no auto de inquirição e informação que deverá ser lavrado na ocasião, que serão analisados pelo juiz ou autoridade policial (pra ver a utilidade dos mesmos).
Art 741- O juiz deve determinar que sejam dispendidas todas as diligências que julgar necessárias p/ localizar possíveis herdeiros, assim, mandará expedir edital, que será publicado na rede mundial de computadores, sítio do tribunal e Editais do CNJ, onde permanecerá por 3 meses, aonde os sucessores do falecido terão chance de habilitar-se no prazo de 6 meses contato da 1a publicação.
Verificada a existência de sucessor ou testamenteiro em lugar certo, se fará sua citação;
Quando o falecido for estrangeiro, também será comunicado o fato à autoridade consular;
Julgada a habilitação do herdeiro, reconhecida qualidade de testamenteiro ou provada a identidade do cônjuge ou companheiro, a arrecadação se converterá em Inventário.
Os credores da herança poderão habilitar-se, como nos inventários ou propor ação de cobrança.
	Após a arrecadação da Herança
Art 739 – O Juiz nomeará um curador judicial que ficará incumbido de guardar, conservar e administrar os bens até que apareçam os herdeiros ou que seja decretada a vacância. 
A herança vacante só ocorre quando não aparecer herdeirolegítimo no período da jacência, sendo devolvido os bens ao Estado.
O curador tem uma série de responsabilidades, devendo segui-las minuciosamente, administrando corretamente os bens deixados à sua guarda, assim como preservá-los, responder pelos prejuízos que causou dolosa ou culposamente e o reembolso de todas as despesas necessárias e úteis que fizer.
 Ademais, é obrigação do curador prestar contas ao Juízo sobre sua administração.
O Curador terá natureza jurídica de Auxiliar da Justiça, e a ele aplicarão as regras do art 159 a 161 do CPC (que falam do depositário e administrador), bem como responderá pelos prejuízos que der causa, dolosa ou culposamente, respondendo civil e penalmente, assim como administrativamente.
	O Juiz poderá autorizar a Alienação
Art 742: Dos bens móveis que forem de conservação difícil ou muito cara, de semoventes, qnd n empregados na exploração de alguma indústria; de títulos e papéis de crédito caso haja fundado receio de depreciação; de ações de sociedade; de bens imóveis que ameacem ruína ou o convívio ou que estejam hipotecados e vencer-se a dívida.
Os bens de uso afetivo ou pessoal, como retratos, livros e obras de arte, só serão alienados depois de declarada Vacância da Herança. 
	Herança Vacante
Art 743 – Passado 1 ano da 1a publicação do edital e n havendo herdeiro habilitado nem habilitação pendente, será a herança declarada vacante.
A sentença judicial que coloca fim à jacêndia é a mesma que dá início à vacância, pois é com ela que transmite, de forma resolúvel, o acervo de bens ao Poder Público.
É resolúvel pois a declaração de vacância não impede que, dentro do prazo de 5 anos, contados da abertura da sucessão, que algum herdeiro sucessível reivindique a herança, devendo recebê-la no estado em que se encontra.
Só após esse prazo de 5 anos que a propriedade dos bens transferidas pela vacância passa a ser plena, incorporando-se ao acervo do domínio público, cessando para qualquer herdeiro, o direito de pleitear herança. 
Transitada em julgado a sentença que decretou a vacância e dentro do prazo de 5 anos, o herdeiro preterido poderá reclamar através de Ação Direta (Art 1158) e, uma vez reconhecida a qualidade de herdeiro, será convertido em Inventáro, cuja sentença caberá apelação por qualquer interessado.
6-Bens de Ausentes
O instituto da ausência se dará quando alguém que tem seus bens desaparece de seu domicílio sem deixar notícia de seu paradeiro e sem deixar mandatário para administração dos mesmos.
Declarada a ausência nos casos previstos em lei, o juiz mandará arrecadar os bens do ausente e irá nomear curador, assim, desde logo os herdeiros no intuito de proteger o patrimônio devem tomar posse dos bens para evitar seu perecimento.
A competência para processar e julgar será do domicílio do ausente (de seu último conhecido).
A nomeação de curador será p/ defender os interesses do ausente, de modo a preservar seus bens e evitar o perecimento dos mesmos sendo em regra, o cônjuge ou o companheiro do ausente (salvo hipótese de separação de fato de mais de 2 anos, 25 CC).
NA falta de cônjuge ou companheiro, a curadoria caberá, respectivamente à:
a)Ascendentes
b)Descendentes (os mais próximos precedem os mais remotos)
c)Ao juízo
Caberá ao curador as incumbências do art 739 (arrecadador de bens, responsabilidade, prestar contas, etc).
	Feita a Arrecadação
Art 745- O juiz mandará publicar editais na internet, no tribunal, onde permanecerão por 1 ano, ou na imprensa da comarca, durante 1 ano, reproduzida de 2 em 2 meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar na posse de seus bens.
Findo o prazo previsto no edital, poderão os interessados requerer a abertura da sucessão provisória, requerendo a citação dos herdeiros presentes e do curador e, por edital, dos ausentes p/ requereram habilitação, conforme art 689 e 692, sucessão provisória essa que só terá efeito após 180 dias de publicada.
Caso não haja interessados na sucessão provisória, cumpre ao MP requerê-la ao Juízo competente.
Os herdeiros, para que se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
Os ascendentes, descendentes e o cônjuge, uma vez provada sua qualidade de herdeiro, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
OBS: Uma vez imitido na posse dos bens do ausente, os herdeiros ficarão responsáveis por representar o ausente em juízo, porém, se o ausente retornar, todas as vantagens que os herdeiros estiverem auferindo em relação aos bens do ausente cessam, e a este cabe o direito de recobrar posse, e, até a efetiva entrega dos bens ao ausente, será de responsabilidade dos herdeiros sua guarda e manutenção.
	Sucessão definitiva
Dez anos após julgada a sentença que concede abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer sucessão definitiva e o lançamento das cauções prestadas.
Pode-se requerer também tal sucessão provando-se que o ausente conta-se com 80 anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele (Art 38).
Uma vez ocorrida a transmissão de patrimônio aos herdeiros, haverá morte presumida do ausente.
	Regressando o Ausente
Durante a Sucessão provisória, sendo a ausência voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos;
Regressando nos 10 anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aqueles ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados naquele tempo.
OBS: Será pelo procedimento comum a discussão do destino dos bens arrecadados, posto que haverá contestação do ausente que regressa ou de algum ascendente ou descendente seu.
7-Coisas Vagas
Coisa vaga é coisa perdida por alguém e achada por outrem. Embora esteja perdida, ela não deixa de pertencer ao seu dono, tendo em vista que a propriedade não se extingue pela perda.
Art 746 – Recebendo do descobridor coisa alheia perdida, o juiz mandará lavrar o respectivo auto, do qual constará a descrição do bem e a declarações do descobridor.
OBS: Coisa perdida e esquecida não se confundem, coisa perdida sumiu por causa estranha à vontade do proprietário ou possuidor, que não mais a encontra; a esquecida saiu da sua esfera de vigilância e disponibilidade por lapso de memória, embora o dono saiba onde encontrá-la.
A pessoa que achar o bem perdido deverá comparecer perante a autoridade judiciária ou policial para entrega do bem. O Juiz fará a descrição da coisa perdida e as circunstâncias em que foi encontrada.
Se o objeto for entregue à autoridade policial, esta deverá encaminhar ao juiz competente o auto com as respectivas informações, todavia, durante a lavratura, verificando ter conhecimento de quem seja o dono do bem, a autoridade comunicará a este e o caso será encerrado.
O juiz determinará a expedição de edital p/ cientificar aquele que perdeu a coisa, preferencialmente pela internet.
8-Interdição
Por meio deste mecanismo declara-se que uma pessoa com mais de 18 anos de idade é incapaz para a prática dos atos da vida civil, nomeando-se um curador ao interditado.
A interdição é ato de proibir a prática dos atos da vida civil, bem como impedir a livre disposição de seus bens por um indivíduo, quando se reconhece que ele não está em estado de saber ou poder governar-se, ou seja, tem caráter protetivo, sendo uma medida drástica para tal.
	Quem pode promover:
Art 747 – O cônjuge ou companheiro (TENDO PREFERÊNCIA); os parentes ou tutores; pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando; pelo MP.
A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que acompanhe a Petição Inicial.
O domicílio do interditando é, em regra, o foro competente p/ julgamento da interdição.
Conforme o Art 748, o MP só promoverá interdição em caso de doença mental grave, e em caso das pessoas designadas no art anterior não promoverem

Continue navegando