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Anatomia Patológica Especial – Doenças do Sistema Tegumentar (Aula 1)

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Anatomia Patológica Especial – Doenças do Sistema Tegumentar (Aula 1)
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Medicina Veterinária
Paulo Henrique da Silva Barbosa
Calendário de Provas
29/09 – 1ª Teórica
10/10 – 2ª Teórica
13/11 – 1ª Prática (Necrópsia)
01/12 – 3ª Teórica
04/12 – 2ª Prática (Museu)
15/12 – Optativa
Cerca de 70% dos casos clínicos no dia a dia do médico veterinário são doenças cutâneas. Numa agressão, a pele torna-se mais espessa, pigmentada, tem uma resposta muito limitada a vários tipos de agentes.
Exemplo: Genodermatose do Dachshund – específica da raça. Hipotricose, pele espessada e hiper pigmentada.
Acantose – Hiperplasia do extrato espinhoso.
Para queratose (?): Hiper queratose com células nucleadas.
Hiper pigmentação.
Pústula eosinofílica: encontrada em casos de DAP (dermatite alérgica a pulga). É uma reação de hipersensibilidade. 
Alterações Congênitas e/ou Hereditárias
Epiteliogênese imperfeita (aplasia cutânea): Áreas na pele da face, ou mucosas, onde há falta do crescimento da pele. Muita das vezes quando o casco é afetado e o animal não consegue caminhar, ou então quando é muito extensa e leva a frequentes infecções secundárias, pode fazer com que o animal venha a morrer.
Paraqueratose Hereditária (doença de Adema): É letal no bovino. Acrodermatite letal do Bullterrier é uma doença similar a do bovino. Produção exacerbada de queratina. O animal não absorve zinco, o que é muito importante na maturação dos linfócitos T. O timo do animal é muito pequeno, sua imunidade é alterada, é um animal suscetível a muitas doenças, o que acaba levando o animal à morte. A doença em si não mata o animal, mas sim as outras doenças que são favorecidas pelo sistema imune depreciado. Num animal adulto, não observa-se hipoplasia do timo, e sim em animais jovens. O Bullterrier não responde bem a suplementação de zinco, os bovinos sim, porém esse tratamento não mostra-se economicamente viável.
Ictiose: Pele fica espessada, com aspecto de escamas. Hiperadesividade dos queratinócitos que não se renovam frequentemente. Há formação de placas de queratinócitos.
Dermatosparaxe – Cútis Hiperplásica: Pele com maior elasticidade, menos colágeno. Pode-se ter problemas articulares devido à maior flexibilidade articular. A pele pode romper-se em alguns locais devido à fragilidade cutânea pela não formação do colágeno.
Dermatose mecanobolhosa acantolítica suprabasilar hereditária dos búfalos: Também genética, ocorreu numa criação de búfalos da embrapa onde houve cosanguinidade. Faz-se um trauma, forma-se a bolha (vesícula). Se eles tiverem num piquete e encostarem na parede ou em outro animal, neste local de contato irá formar-se uma bolha.
Hipotricose/Hipertricose: Hipotricose o animal nasce com pouco pelo. Quando a fêmea gestante desenvolve hipotireoidismo, os filhotes podem nascer com hipotricose. É importante fazer a reposição de T3 e T4 em casos de hipotireoidismo gestacional para que não haja má formação dos filhotes. Hipertricose é o excesso da produção de pelo, é mais raro que a hipotricose. Equinos com tumores hipofisários podem apresentar hipertricose. Animal gestante com aftosa pode levar o filhote a nascer com hipertricose também.
Desordens de Queratinização
Seborréia: Hiperqueratose. Produção exacerbada de queratina. Pode ser primária ou secundária. A secundária é mais comum. A seborreia primária é tida como doença idiopática e é mais frequente no Coker Spenell. A seborreia secundária é secundária a vários distúrbios como um animal com sarna, um animal com alergia, um animal que tenha hipotireoidismo, fungo, entre outros. O tratamento da seborreia secundária será feito de acordo com o agente. Se for alergia, anti histamínico, se for sarna, tratamento contra sarna. 
Queratose: Produção localizada e exacerbada de queratina sobre um ponto é chamada de queratose. Pode ser pbservada em papilomas.
Desordens de Pigmentação
Hiperpigmentação
Acromelanismo(Gato Siamês): Hiperpigmentação de extremidades. Gato Siamês criados em locais mais frios tem as pontinhas dos pêlos mais escuras. O frio ativa uma enzima que transforma a tirosina em melanina. No Brasil não observa-se isso devido ao calor. Isso também é visto em algumas espécies de chinchilas. 
Melanotriquia: Pelo mais pigmentado. Pode ocorrer nos processos inflamatórios crônicos. Se tenho um Boxer caramelo que tem uma área com inflamação crônica como por exemplo na foruncolite pode ter essa área com aspecto mais escuro, até negro pois a pele responde com maior formação de melanócitos. Pigmenta a pele e o pelo.
Acantose Nigricante: Genodermatose no Dachshund. É específica para esta espécie, porém esse termo foi extrapolado para outras desordens em outras espécies.
Hipopigmentação
Albinismo: Ausência completa ou pouca produção de melanina. Pode afetar cabelo, pelo, formação da íris. Tem que ter uma menor exposição ao sol.
Vitiligo: O indivíduo nasce normal, com pigmentação normal, mas ao longo da vida, apresenta áreas progressivas de despigmentação. É uma desordem imunológica. O indivíduo apresenta anticorpos contra melanócitos. Também há alterações psicológicas interferindo com o sistema imunológico e levando ao vitiligo. Nos cães, observa-se com maior frequência na raça Rotweiller.
Deficiência de Cobre: “Bovino de óculos”. Ausência de cor no pelo. O rebanho terá relatos de diarreia, anemia, alterações reprodutivas, animais que nascem com distúrbios locomotores pois o cobre é importante na formação da mielina. É um sinal para a deficiência de cobre na propriedade. Pode sr observado também em búfalos, caprinos. O pelo fica mais espesso.
Intoxicações
Selênio (alkali disease): A dose tóxica e letal do selênio é muito próxima, o que é perigoso. Há uma propaganda muito grande, ou seja, um super estímulo ao consumo de selênio, o que leva a intoxicação. Deve-se ter cuidado com a dose. A chamada Alkali Disease causa queda dos pelos. Doses muitos elevadas prejudicam coração e pulmão, o animal pode ter morte súbita. 
Mimosina: Na semente da leucena (forrageira) tem substância depilatória. Mimosina causa efeito depilatório. Mais observado em ruminantes, mas também em equinos, ovinos, etc.
Doenças Endócrinas
Hipotireoidismo: Mais frequente nos cães. Sintomas como letargia, alopecia ou hipotricose geralmente simétrico ou bilateral, obesidade, termofilia, bradicardia, anemia, excesso de colesterol são observados em animais com esta doença. Tem maior propensão a formação de placas ateromatosas e infartos. Pode ocorrer diminuição da fertilidade, nascimento de natimorto. Muitas das vezes nem todos os sintomas são apresentados e sim parte deles. Para fazer o diagnóstico deve-se juntar vários parâmetros da clínica, da dosagem hormonal e da biopsia cutânea. A resistência a infecções é prejudicada. Apresenta problemas cutâneos muito frequentemente. É um diagnóstico difícil. Na microscopia da pele observa-se acantose, hiperqueratose e outros achados mais sugestivos de hipotireoidismo como mixedema o que pode levar a “face triste” quando há esse acúmulo na região das bochechas, e hipertrofia e vacuolização de músculo pioeretor.
Hiperadrenocorticismo: Observa-se hepatomegalia e a musculatura do abdômen fica mais fraca, pendular. Queda de pelos. Atrofia da epiderme e da derme, propiciando a visualização dos vasos. A pele fica mais seca também, é chamada de pele de pergaminho. Polidipicia. A causa mais frequente da hiperadreno é medicamentosa. Cachorro que tem alergia, sarna e o veterinário passou corticoide, o proprietário mantém, dá em doses erradas, aumentadas e induz ao hiperadrenocorticismo iatrogênico, a adrenal estará diminuída neste caso. Observa-se mineralização da pele também.
Hiperestrogenismo: Excesso de estrogênio envolvido nas lesões. Pode ter alopecia simétrica, mais frequente ter envolvimento da parte posterior do corpo. Como é uma doença ligada a hormônio sexual, pode estar associada a cistos ovarianos, medicamentos em excesso. O machopode apresentar devido a tumores testiculares. A característica do macho é o aumento das mamas e não vai montar fêmea no cio, além de deixar-se montar por outros machos (síndrome paraneoplásica). A fêmea, com isso, tem distúrbios reprodutivos, aumento da vulva e da mama além da queda de pelo. As alterações na pele são em sua maioria infecções secundárias acompanhadas da alopecia. Não há alterações tão características.
Doenças Imunomediadas
Alergias, reações de hipersensibilidade e doenças auto imunes.
Dermatite Alérgica de Contato
Desinfetante, cera, ou outro produto químico com o qual o animal entra em contato e apresenta sinais alérgicos nos locais de maior contato com o produto. 
DAP
Dermatite alérgica à pulga. Muito frequentemente o proprietário do animal faz banhos com anti parasitários e, na inspeção no veterinário, não encontra-se os parasitos. Deve-se então procurar sinais da presença deste parasito. Formam-se lesões crostosas que iniciam-se com hiperemias, pústulas, normalmente dorso apresenta pele mais espessa com mais queratina e até formação de nódulos fibro pruriginosos. 
Atopia
Animal alérgico a numerosos alergenos. “Pessoa que entra na sala e já começa a espirrar, lacrimejar, por causa da poeira”. Prurido constante, pele avermelhada, no poodle vê-se pêlos amarronzados ao redor de olhos e boca, queda de pêlos devido ao ato de coçar.
Alopecia pós-vacial
Animal pode coçar um pouco na região. Muito frequente entre escápulas e no dorso, locais onde faz-se a vacinação. Poodle tem pré disposição. O antígeno inoculado leva a uma reação imunológica e os pelos são agredidos, levando ao prejuízo dos folículos e até mesmo sua destruição. Normalmente não volta a nascer pelo na região.
Complexo Eosinofílico do Gato
“Granuloma eosinofílico”. Esses complexos podem ser confundidos com neoplasias. Lesão grande que pode ser ulcerada ou não que regride com corticoterapia. A neoplasia não regrediria com esse tratamento. 
Doenças Auto Imunes
São similares com as doenças auto imunes do homem. Tem que haver com trabalho conjunto entre proprietário e veterinária, o proprietário deve alertar ao médico veterinário assim que surgir a vesícula. Despigmentação é um achado de doenças auto imunes devido á destruição dos melanócitos.
Pênfigo Vulgar
Produção de anticorpos contra proteínas dos desmossomos dos queratinócitos. Ocorre formação inicialmente de uma fenda que, posteriormente, se romperá e formará uma vesícula. O diagnóstico é a formação de uma fenda suprabasilar. Algumas horas depois tudo se solta, as células tornam-se mais fracas e pode ulcerar, deixando o local propício a infecções secundárias, por isso é importante fazer o diagnóstico quando ainda há vesículas. As lesões das doenças auto imunes geralmente aparecem na face, principalmente junção muco cutânea , região genital e algumas doenças tendem a se estender para outras áreas da pele.
Pênfigo Foleáceo
Mais superficial. Pústula entre a epiderme e a queratina. Vai ocorrer o despendimento de células epiteliais que se solta, entram pra dentro da pústula e essas células chamam-se queratinócitos acantolíticos. O diagnóstico é feito ao observar-se pústula subcorneal com queratinócitos acantolíticos e eosinófilos. As lesões em cães e gatos são frequentes em pontas de narina e orelha. Carcinoma epidermóide em gatos de pelagem branca são muito semelhantes às lesões de pênfigo foleáceo. 
Penfigóide Bolhoso
Ocorre a formação de auto anticorpos contra desmossosmos de células da camada basal e a fenda será infra basilar.
Lúpus Eritematoso Sistêmico e Lúpus Eritematoso Discoide
Em doenças autoimunes pode-se observar crescimento desordenado de unhas, o que se pode confundir com outras doenças como leishmaniose. Existem dois tipos de lúpus, o eritematoso sistêmico e o eritematoso discoide. O discoide tem lesões mais na face/focinho e ficam restritas. O sistêmico, além da face, observa-se lesões em outras áreas do corpo e vísceras. O discoide tem melhor prognóstico. A lesão do lúpus eritematoso sistêmico também pode ser dada por deposição de imuno complexos. A membrana basal do glomérulo apresenta muita deposição de imuno complexos, o que aumenta a permeabilidade deste glomérulo, o animal apresentará proteinúria, e diminuição da osmolaridade sanguínea com edema generalizado (síndrome nefrótica).
Outro exemplo de formação de edema, mas não devido ao lúpus é o fígado quando lesado difusamente (cirrose) apresenta a produção de proteínas plasmáticas diminuída, o que acaba também produzindo edemas.
Doenças Víricas
Geralmente os poxvirus estão relacionados com zoonoses.
Ectima Contagioso dos Ovinos (Parapoxvírus – ofr)
Lesão de pequenos ruminantes normal em região da boca, teto e transmissão pelo contato. Lesões proliferativas, pele espessada, formação de vesículas. Bastante contagioso. É uma zoonose. Ordenhador pode desenvolver lesões de mão e ante-braço.
“Varíola” Bovina (Vaccinia vírus)
Esse vírus teve origem numa cepa utilizada para fazer vacina, por isso o nome. Lesão típica são vesículas no teto da vaca. Quem teve contato (veterinário, ordenhador) com os animais também pode desenvolver as lesões.
“Varíola Suína (Suipoxvirus)
Crostas na região central posterior à formação de vesículas. 
Bouba Aviária / Epitelioma Contagioso (Avipoxvirus)
Corpúsculos de Bollinger. Epitelioma contagioso das aves. Lesões proliferativas devido a hiperplasia de queratinócitos.
Mixomatose (Leporipoxvirus)
Formação de pequenos nódulos edematosos na pele. A mais diferente com relação a macroscopia. Coelhos de várias faixas etárias são afetados.
Mamite Herpética Bovina (Herpesvirus)
Febre Aftosa (Picornavírus)
Vesículas na língua, boca, etc.
Peste Suína Clássica (pestvírus)
Formação de petéquias devido a inflamação da parede dos vasos. Petéquias na face são bem características.
Doenças Bacterianas
Impetigo
Cães com má alimentação, com verminose, com alguma doença que faça com que haja queda de resistência como cinomose. Mais comum em filhotes, comum com pústulas no abdômen. 
Epidermite Exsudativa dos Suínos
Pele amarronzada, mal cheirosa, oleosa. Epidermite gera mal cheiro característico. Leitões bem novos, por volta da terceira semana. Condições de manejo muito ruins, granjas muito sujas, desmame precoce, pode estar associado ao aparecimento da lesão. Formação de pústulas na fase inicial.
Dermatofilose
Lesão típica são lesões crostosas superficiais. Ocorre exsudação, o pelo fica molhado inicialmente, depois isso seca e fica o aglomerado. O pelo fica duro. Cuidado para não confundir com dermatofitose.
Erisipela
Hemorragia sob formas geométricas na pele. Causa inflamação dos vasos da papila dérmica. Vasculite e hemorragia grave. O vaso é lesado, tem hemorragia, a pele não recebe sangue normalmente e ocorre necrose. Cuidado para não confundir com lesões da peste suína clássica. 
Leprose Felina
Nódulos no subcutâneo dos gatos. Faz-se confusão com neoplasias como linfomas, sarcomas, e outros. Não é uma doença muito comum.
Doenças Parasitárias
Sarnas (Demodex canis, Sarcoptes scabiei)
A sarcoptica é zoonótica, é superficial. A Demodex fica na queratina dentro do folículo, é mais profunda. O prurido da demodex é secundário da infecção bacteriana. A sarcoptica por si só já faz com que haja coceira. A sarna demodex apresenta alopecia.
Habronemose
O parasito na forma adulta fica em estômago de cavalo mas a larva migra pela pele. A lesão é observada de forma exuberante, inflamação granulomatosa. Muito confundida com pitiose, sarcóide equino. Cuidado com corpos estranhos que geram inflamação granulomatosa, podem formar lesões parecidas. Os grânulos de enxofre presentes nas lesões da pitiose e os túneis são diferenciais no diagnóstico.
Pododermatite por Ancylostoma
Provoca anemia e diarreia, a forma adulta fica no intestino, mas a larva migra na pele, principalmente nos coxins docão e pode levar a uma reação inflamatória.
Leishmaniose
As lesões cutâneas podem ser nodulares ulcerativas, em outros animais começa com descamação (dermatite seborreica de aspecto prateado). Pode levar a crescimento exagerado das unhas (onicogrifose). Tem a forma mucocutânea (Leishmania brasiliense) e a forma visceral (Leishmania chagazi). Muito mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.
Doenças Fúngicas
Dermatofitose
Lesões alopécicas circulares são mais comuns.
Malassezia
Afetam mais comumente o conduto auditivo, porém pode se espalhar para região do pescoço e outras. Fungo superficial que fica na queratina.
Esporotricose
Mais comum em gatos. Zoonose. Afeta a pele e os linfáticos posteriormente. Um achado típico no gato é grande quantidade de fungos nos raspados. Em cães, o número de fungos costuma ser menor. É mais rara nos cães. Muito comum nas patas e focinho do gato. Diagnóstico diferencial com doenças autoimunes e carcinoma (pontinho pontinho nos gatos de pelagem branca, ver acima).
Pitiose
Criptococose
Distúrbios Físicos
Dermatite Acral por Lambedura
A lesão faz-se pela lambedura constante, mordiscadas e que levam até mesmo à auto mutilação. Isso vem junto com doença crônica que cause limitação de movimentos ou outras, alteração de comportamento por separação do proprietário por exemplo. Situações de estresse em geral. É a lambedura constante que exerce o trauma.
Alopecia Psicogênica Felina
O gato tende a lamber constantemente a região do flanco. Doenças crônicas principalmente e alterações de comportamento estão associadas.
Intertrigo (Dermatite das Pregas Cutâneas)
Inflamação das pregas cutâneas por umidade ou calor. Normalmente em raças com maior presença de pregas cutâneas ou em animais obesos. Ocorre a umidificação do local, propicia o crescimento de microrganismos causando inflamação. Alopecia por infecção bacteriana secundária que causa coceira.
DUA (Dematite Umida Aguda)
Animais de pelagem longa principalmente como pastor alemão. Coceira por picada de pulga, umidade, e outros fatores que influenciam a entrada de bactérias e desenvolvimento da DUA. As lesões podem se recuperar sozinhas ou por uso de tópicos. As lesões se instalam rapidamente (está bem num dia e a lesão aparece instalada no próximo dia).
Neoplasias Cutâneas
Mastocitoma
Pode formar placa edematosa na pele do animal mas pode formar nódulos e imita vários processos, desde inflamatórios, até tumorais. Formado por mastócitos, não é um tumor benigno. Boxer é predisposto. Por ele conter mastócitos, pode desenvolver gastrite devido a grânulos de heparine e histamina. A palpação pode causar o aumento do tumor que depois de um tempo diminui. A margem para mastocitoma deve ser maior porque costuma fazer placas edematosas e por isso deve-se ter certeza que as células foram retiradas para não haver retorno do tumor.
Melanoma, Carcinoma escamoso
Histocitoma canino, Tumor de Células Basais, TVT
Hemangioma, lipoma, tumores foliculares, papiloma
Melanoma de boca e de dígito devem ter uma atenção especial devido a rápida evolução e prognóstico ruim. O melanoma de pele não tem prognóstico tão ruim. Cães de pele pigmentada ou mucosa pigmentada podem ter predisposição. Cavalo tordilho tem predisposição a melanoma de base da causa, mas geralmente a evolução no cavalo tordilho não é tão rápida.
Carcinoma Escamoso também conhecido como carcinoma epidermóide. Carcinogênese física – exposição a radiação solar altera a formação de proteína no núcleo da célula e a célula se transforma numa célula maligna. Animais mais pigmentados, com maior cobertura de pelo seriam mais resistentes. Gato com pelo branco, animais de produção com pelo branco ou pouco pelo em algumas áreas como a vulva das vacas ou ao redor dos olhos – Predisposição ao desenvolvimento de carcinoma escamoso. Tem fase inicial que é localizada nas áreas de exposição, a lesão inicial chama-se queratose actínica que é uma lesão pré-cancerosa. É recorrente, promove metástases tardias. O gato tem predisposição além da face, de desenvolver em tonsila. Cavalo tem pré disposição ao desenvolvimento em prepúcio e pênis e confunde-se com sarcóide equino.
Histocitoma Canino é um tumor normalmente em forma de botão geralmente na ponta de orelha de cães novos. Existe um tumor muito similar na microscopia que atinge cães acima de dois anos, por isso a idade é importante para auxiliar no diagnóstico. O prognóstico é bom.
Tumor de células basais – mais de 90% desses tumores são benignos. Também pode ser chamado de tricoblastoma. Comum na região posterior do pescoço.
Hemangioma – Tende a ser avermelhado, tumor de vasos sanguíneos. Acredita-se que a radiação solar tem participação no desenvolvimento dessa neoplasia. Mais comum em regiões de pele fina e pouco pelo.
Lipoma – Tumor de tecido adiposo que geralmente desenvolve-se no subcutâneo. A maioria é benigno. A parte maligna seria liposarcoma. Muito frequente em cães e gatos. Aparência similar ao tecido adiposo. 
Tumores Foliculares – A maioria é benigno. Tendem a crescer na região posterior do pescoço.
Papiloma – Podem ter origem vírica ou não. Geralmente quando o animal tem numerosos papilomas, esses tumores têm associação a vírus e outra correlação com queda de resistência, má alimentação, e outros. Pode-se observar a melhora do quadro quando melhora-se fatores como alimentação, depende de animal para animal.
TVT – Tumor venéreo transmissível. Tumor transplantável (passa de um animal para outro). Comum no cão. Geralmente ocorre área genital mas pode ocorrer em outras áreas como dentro da região nasal e olhos. O prognóstico é bom, o tumor responde bem à quimioterapia. 
OBS: Mastocitoma não é do testículo, é tumor da pele da bolsa escrotal.
Leucose Bovina (retrovírus)
Linfonodo aumentado, tumor costuma crescer atrás do globo ocular e empurra um olho pra fora (exolftamia), alguns animais desenvolvem deficiência cardíaca pois o tumor pode crescer no átrio direito. Pode crescer no canal da medula espinhal, causando paresia.

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