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Diagnóstico Por Imagem – Cavidade Abdominal. Sistema Gênito Urinário Parte 2

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Diagnóstico Por Imagem – Cavidade Abdominal. Sistema Gênito Urinário Parte 2
Indicações
Alteração na bioquímica renal.
Dor abdominal.
Urina com sangue, com odor ou coloração alterados.
Secreções vaginais.
Oligúria/estrangúria.
Suspeita de processo obstrutivo.
Cálculos.
Neoplasias.
Pacientes geriátricos.
Procedimentos guiados.
Sistema Urinário
Rins
Ureteres
Vesícula urinária
Uretra
Rins e Ureteres
O rim direito é mais cranial que o esquerdo, órgãos retroperitoniais com formato de feijão no cão e gato. Tamanho 2,5 a 3,5 vezes L2. Melhor visualizado se tiver gordura perirrenal.
Ureteres são órgãos tubulares muito finos, normalmente sobrepostos f=por alças intestinais que normalmente tem conteúdo fecal ou gasoso que normalmente sobrepõem os ureteres. Quando conseguimos visualizar os ureteres na USG, normalmente são os ureteres proximais e na inserção com a vesícula urinária.
O rim do gato é normalmente mais globoso/arredondado quando comparado ao do cão, que tem o rim mais alongado.
Avaliação Radiográfica
Radiografia simples – LL/VD
Visualização limitada: cerca de 50% dos rins são visualizados.
Método de baixo custo.
Preparo: Jejum 12h – Principalmente o rim direito é sobreposto se houver gás.
Radiografia Contrastada
Usada em determinados casos quando a USG não é possível ou quando não consegue-se chegar ao resultado esperado pela USG. A radiografia contrastada do rim é chamada de urografia excretora (intravenosa). Permite estudos mais detalhados dos rins, avaliação anatômica e funcional. É somada aos outros exames, dando mais essa resposta para o clínico.
Contraste
Iônico (diatrizado e iotalamato de sódio)
Não iônico (iohexol, iopamidol e iversol) – Cuidado ao usar com pacientes urêmicos pois pode haver piora do quadro.
Só deve realizar esse exame em pacientes hidratados que encontram-se com a bexiga esvaziada.
Preparo – Jejum de 24h.
Pode haver efeitos colaterais ao contraste que são raros como vômitos, dor de cabeça (humanos), prostação. Por isso é necessária a disponibilidade de produtos anafiláticos à mão ao fazer esse tipo de exame.
Aplica-se o medicamento por via intravenosa no animal preparado previamente e vai radiografando o animal ao longo do tempo, em períodos pré-estabelecidos (5, 10, 15 e 30 minutos).
Fases da Urografia Excretora
Nefrograma – 5 minutos – Contorno liso e regular. Preenchimento, tamanho, forma e posicionamento dos rins.
Pielograma – 10 minutos – Divertículos e pelves devem ser evidenciados.
Drenagem – 15 minutos – Ureteres (trajeto e inserção) e bexiga devem ser evidenciadas.
Ultrassonografia
Método de escolha pois vê com muito detalhe e fornece muito mais detalhes para a gente sobre os rins. Complementa os resultados de outros exames, tem mais acurácia que a radiografia e é referência para visualização de tamanho, topografia e outros aspectos. Apesar disso, não avalia funcionalidade.
Avaliação ultrassonográfica
Transdutor – 5 a 7,5 MHz
Decúbito lateral direito e esquerdo, dorsal. Planos transversais, sagitais e dorsais.
Região do Córtex: 
Ecogenicidade – Hipoecóica. Mais clara que o parênquima do fígado. O baço é mais claro que a cortical do rim.
Ecotextura – Fina, levemente granular.
Região Medular
Hipo, anecóica em relação a cortical. É dividida em segmentos pelos divertículos e vasos.
Pelve
Hiperecóica (gordura e tecido fibroso). Só é visualizada em corte transversal.
Consegue-se avaliar uma série de estruturas renais que não é possível na radiografia.
Com o Doppler consegue-se avaliar, mapear a arquitetura renal, podendo visualizar as artérias externas e internas.
Alterações de Rins e Ureteres
Ruptura Renal
Pode ocorrer por atropelamento, trauma e a maneira de diagnosticar num primeiro momento é o exame fast, USG. Esse exame fast tem 4 posições, visualizando o diafragma, bexiga, baço, rim e fígado. O pessoal do SAMU faz esse exame fast quando tem atropelamento, por exemplo. (Chama o SAMU, chama o SAMU!!!!!!!!!).
Consegue-se ver o contraste extravasando para a cavidade através da ultrassonografia contrastada, podendo chegar ao diagnóstico. 
Ureter Ectópio
Alteração congênita de animais em que o ureter fica localizado fora do local onde deveria estar.
Ruptura de Ureter
Cisto
A USG muita das vezes permite a visualização da alteração porém não permite fechar o diagnóstico. Tem que complementar com outros exames.
PKD (Doença Renal Policística) 
Comum em gatos persas e siameses. Doença autossômica dominante nessas raças que afeta um ou ambos os rins e devem ser submetidos precocemente ao exame USG para identificação dessa lesão. A partir do momento que identifica essa doença no gato reprodutor, este deve ser retirado pois é uma doença que passa para os descendentes. 
Abscesso Renal
Nefropatia Crônica
São lesões com duração maior do quadro onde tem perda da funcionalidade e arquitetura do órgão. Não consegue-se fazer delimitação do rim, perda da região medular.
Neoplasias
Massas, tumores de características homogêneas ou heterogêneas, mistas, de maior ou menor vascularização, fazendo com que o órgão perca sua arquitetura. Normalmente, o tumor mais comum a nível de rim é o carcinoma. 
Cálculos
Estrutura hiperecóica, formadora de sombra acústica. Nos rins, na maioria das vezes, ocorre na região cortical, podendo migrar para a região da pelves.
Pielectasia
Dilatação da pelves renal. Normal até 2mm. Quando está dilatada, consegue-se visualizar bem o conteúdo. Sempre ligada a quadros obstrutivos.
Ureterocele
Bexiga e Uretra
Anatomia
A bexiga é um órgão oco e piriforme.
Grau de repleção é importante – avaliação da espessura da parede. Janela acústica para outros órgãos.
Regiões anatômicas: Trígono vesical, porção médica e polo cranial.
Localização: Abdome caudal.
Uretra não é visualizada em radiografia simples. No macho consegue-se visualizar melhor do que na fêmea pelo fato da uretra se diferenciar em uretra prostática, perineal e peniana, e também pelo fato de poder se guiar pelo osso peniano.
Técnicas Especiais
Pneumocistografia
Cistografia de contraste positivo
Cistografia de duplo contraste
Uretrocistografia retrógrada
Pneumocistografia
Utilização de substância gasosa, normalmente dióxido de carbono, injeta-se por uma sonda na bexiga. Normalmente usa-se de 6 a 12mL/Kg de ar. Seringa de 60mL, dependendo do porte do animal, preenchendo de ar a bexiga. O ar é um meio de contraste onde consegue-se preencher o órgão, dilatando-o e caracterizar a parede desse órgão. Técnica para mapear e ver detalhadamente a parede da bexiga. Normalmente não é muito usado pela facilidade da USG.
Cistografia de Contraste Positivo
Importante esvaziar a bexiga por cistocentese ou passagem de sonda e retirada de conteúdo. Usa-se de 6 a 12mL/kG de contraste a base de iodo diluído em água estéril. Faz delimitação da parede e toda estrutura da uretra. Usa-se esse método para diagnosticar alterações de parede, alterações e rupturas de órgãos com mais facilidade. 
Cistografia de Duplo Contraste
Contraste positivo e negativo. Também esvazia a bexiga, coloca 2mL/kG de contraste a base de iodo não diluído, vira o animal para um lado e para o outro para o contraste impregnar a parede, depois esvazia a bexiga e coloca em torno de 1 a 5ml/Kg de ar, aí faz uma imagem de duplo contraste, contraste positivo e negativo. Muito bom para visualizar cálculos, neoplasias de paredes, pólipos.
Alterações Vesicais
Parede
Cistite – Parede espessada, acima de 0,2cm
Ruptura
Neoplasia
Conteúdo
Sedimentos/Cristais
Coágulos
Urólitos
Cistite
Diagnosticada como espessamento de parede. Ideal diagnosticar pelo ultrassom.
Ruptura de Bexiga
Visualizado pelo extravasamento de contraste.
Urólitos (Cálculos) 
Urólito é cálculo na bexiga. Nefrólito é cálculo no rim. É mais formal usar o termo “urólito” mas são sinônimos.
UretrocistografiaRetrógrada
Feita com contraste a base de iodo, 10 a 15mL no cão e 5 a 10mL no gato. Injeta iodo através de uma sonda e, a medida que vai injetando, vai puxando a sonda para que ela vá margeando a uretra, conseguindo mapear toda a extensão da uretra. Possível fazer diagnóstico de estenose, presença de cálculo, obstrução.
Estenose da Uretra
Ruptura Uretral
Urólitos Uretrais
Padrão Ultrassonográfico
Consegue dar informações sobre a forma da vesícula urinária, conteúdo. Bexiga repleta com conteúdo anecóico – padrão normal de cão e gato.
Bexiga com parede irregular, conteúdo com pontos hiperecóicos que podem ser células, urólitos, o que deve ser confirmado pelo EAS, mas pode-se dizer que é uma bexiga com parede irregular, mensurar se tem acima de 0,2cm e conteúdo não límpido, o que pode, provavelmente, ser uma cistite.
Urólito
Estrutura hiperecóica circunscrita com sombra na USG.
Neoplasia
Normalmente visto como um espessamento focal na parede da bexiga.
Sistema Genital Feminino
Útero e ovário são os únicos órgãos do sistema reprodutor feminino rotineiramente visualizados na USG. Tubas são muito pequenas, já vagina e vulva são intra-pélvicas, o que dificulta visualização.
Aparência dos ovários – Fases do Ciclo
A cadela, de uma forma geral, ficam no cio duas vezes por ano, diferente dos outros animais que ciclam praticamente o ano inteiro. Isso dificulta a visualização do aprelho reprodutor, principalmente em anestro, quando os órgãos apresentam-se pequenos e ovais e difíceis de serem visualizados.
Anestro – Pequenos e ovais, podem não ser visualizados. Contornos regulares, ecogenicidade uniforme.
Proestro – Aumento gradual, pequenos cistos na periferia (0,1 a 0,3cm).
Estro – Contornos irregulares, maior dimensão. Ovulação – CL (hipoecogênicos).
Diestro – Contornos irregulares, redução do tamanho. CL – parede espessada.
Padrão Ultrassonográfico Ovário
Para visualizar: Bexiga repleta, localiza-se o corpo do útero e bifurcação dos cornos, posteriormente visualizando os ovários caudais aos respectivos rins. Estrutura ovalada, hipoecóica. Mensuro o diâmetro do corno e mensuro comprimento e largura do ovário. Classifico essas estruturas. Pode se apresentar com corpos lúteos ou não, dependendo da fase.
Tumor de Células da Granulosa
Estrutura enorme, heterogênea, cheia de cavidades – imagem de má formação cística no ovário onde o ideal seria encaminhamento para cirurgia e citologia. Muito comum em égua, menos comum em cadela, mas aparece. Tem distúrbio hormonal, começa a ter aspecto masculino pela produção de testosterona, engrossamento do pescoço.
De uma forma geral, alterações no ovário são associados a neoplasias e presença de cistos. Não tem muito tratamento para cisto folicular em cadelas, o ideal é castração.
Útero
Dividido em colo, corpo e cornos uterinos. Estrutura tubular homogênea e hipoecóica. Espressura aproximada de 0,5cm em cornos. Sua aparência depende da fase do ciclo estral. 
Padrão Ultrassonográfico Útero
Linha hiperecóica 
Hiperplasia Endometrial Cística
Espessamento da parede e aumento do tamanho, podendo apresentar estruturas císticas, normalmente associado ao aumento de hormônios. O ovário também estará aumentado. 
Piometra
Acúmulo de pus no útero. Exacerbação nas concentrações de progesterona pós ovulação. Essa cadela entrou no cio há 30 – 40 dias atrás? Precisa abrir a cérvix para entrar contaminantes e precisa ter alta de progesterona para facilitar instalação do conteúdo purulento. Característica normal de cadelas com piometra é ter tido cio previamente. Aumento do volume uterino com grande volume de secreção sanguinolenta, purulenta. Se o conteúdo for anecóico, totalmente límpido, pode-se confundir com hidrometra ou mucometra. Se tiver pontos hiperecóicos, piometra. 
Ultrassom Gestacional
Diagnóstico Gestacional
Estimar número de fetos
Monitorar gestação
Viabilidade fetal
Possíveis anormalidades.
Melhor método para avaliação gestacional. No início da gestações observa-se vesículas anecóicas e, com o passar do tempo, tem na literatura estipulado o que acontece em cada fase estacional. 
Estimativa da Idade Fetal
Cadelas (desvio padrão = 3 dias)
Para gestação abaixo de 30 dias
IG = 6 x DSG + 20
Para mais de 30 dias
IG = 15 x DCra + 20
Gatas (desvio padrão = 2 dias)
IG = 25 x DCra + 3
Após 45 dias pode-se usar radiografia para estimar número de fetos e viabilidade fetal através da curvatura da coluna. Estima-se com muito mais precisão o número de fetos.

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