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DIREITODASSUCESSOESTOPICO13dasdisposiestestamentrias 20160418134149

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18/04/2016
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DIREITO CIVIL
DIREITO DAS SUCESSÕES
DAS DISPOSIÇÕES 
TESTAMENTÁRIAS
ESTRUTURA DO TÓPICO
• 1. REGRAS GERAIS
• 2. Formas de nomeação
• I. Nomeação pura e simples
• II. DA NOMEAÇÃO CONDICIONAL
• III. DA NOMEAÇÃO MODAL OU COM ENCARGO
• IV. NOMEAÇÃO POR MOTIVO CERTO
• V. Nomeação à termo
• 3. Cláusula de inalienabilidade
• 4. Outras cláusulas testamentárias
• 5. REGRAS INTERPRETATIVAS DAS DISPOSICOES
TESTAMENTÁRIAS
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1. REGRAS GERAIS
• I) Todas as disposições concernentes ao elemento
intrínseco do testamento emergem diretamente do ato
causa mortis, sendo impossível o recurso a
instrumentos particulares, declarações judiciais ou
extra judiciais. Assim, o que porventura faltar no ato
testamentário não pode ser suprido com outros
subsídios, devendo a nomeação de herdeiro ou
legatário obrigatoriamente constar do ato de última
vontade.
• Excepcionalmente é possível o uso do codicilo para
disposições post mortem de pequena monta, assunto
que trataremos em tópico próprio.
REGRAS GERAIS (cont)
• II) A instituição de legatário é sempre expressa, mas a de
herdeiro pode ser expressa, quando constar no testamento,
ou tácita, quando a lei assim o entender.
• P. ex.: quanto aos bens que não forem compreendidos no
testamento, que serão transmitidos aos herdeiros legítimos
do testador (CC art. 1.788);
• quando forem determinadas as quotas de cada herdeiro
testamentário e não absorverem toda a herança, pois o
remanescente será devolvido aos herdeiros legítimos do de
cujus, segundo a ordem de vocação hereditária (CC, art.
1.906);
• quando, existindo herdeiro necessário, o testador só em
parte dispuser de sua metade disponível, entender-se-á
que instituiu os herdeiros legítimos no remanescente (CC,
art. 1.966).
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REGRAS GERAIS (cont)
• III) O testamento comportará:
• a) na seara pessoal (CC, art. 1.857, §2):
• nomeação de tutor para filho menor (CC, arts. 1.634, IV, e
1.729) ou de testamenteiro (CC, art. 1.976);
• reabilitação de indigno (CC, art. 1.818);
• disposição do próprio corpo para fins altruísticos ou
científicos (CC, art.14);
• reconhecimento de filho havido fora do casamento (CC, art.
1.609, IlI);
• estipulação sobre a educação de prole; deserdação;
recomendações relativas ao funeral etc., e
• b) no campo patrimonial: instituição de herdeiro ou
legatário; substituições de herdeiros; pagamento de
obrigações civis ou naturais; gravames impostos a bem legado
ou à legítima etc.
REGRAS GERAIS (cont)
• IV) As disposições testamentárias só podem, como
dissemos alhures, beneficiar pessoas naturais ou jurídicas,
embora possam favorecer nascituro (CC, art. 1.798), prole
eventual ou pessoa jurídica em formação, constituindo, p.
ex., uma fundação (CC, art. 1.799, I e III).
• A herança deve ser atribuída expressa e diretamente a
determinada pessoa ou pessoas, mesmo que a disposição
seja contumeliosa ou insultante; p. ex., quando o testador
institui herdeiro em tom ofensivo ou áspero, como: "Seja
meu herdeiro meu impíssimo filho, que de mim só merece o
mal".
• Todavia, não pode ser transmitida a gerações inexistentes,
salvo em caso de fideicomisso, de instituição condicional, e
de prole eventual de certa pessoa, designada pelo testador
e existente por ocasião da abertura da sucessão (CC, arts.
1.799, I, e 1.952).
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2. Formas de nomeação
• I. Nomeação pura e simples (CC, art. 1.897).
• Pura e simples, quando efetuada sem imposição de
qualquer cláusula, de modo que, não havendo qualquer
limitação, a instituição de herdeiro ou legatário produzirá
efeitos no instante em que a sucessão do de cujus se abrir,
independentemente de qualquer fato.
• Portanto, o beneficiado adquirirá a propriedade e a posse da
herança desde o momento da morte do testador; por
conseguinte, se o herdeiro ou legatário vier a falecer em
seguida ao auctor successionis, transmitirá esse direito
adquirido aos seus sucessores.
• Todavia, o legatário não poderá entrar, por autoridade
própria, na posse da coisa legada, que deverá reclamar do
herdeiro, a não ser que o testador, expressa ou tacitamente,
lhe permita (CC, art. 1.923, § 1º,CC).
II. DA NOMEAÇÃO CONDICIONAL
• Se seu efeito estiver subordinado a evento futuro ou incerto
(CC, art. 121). O herdeiro ou legatário instituído sob condição é
titular de direito eventual.
• Se sua instituição estiver subordinada a uma condição
suspensiva (p. ex., verba "x" a legatário para abrir consultório, se
se formar em Odontologia) - que tem por fim criar um direito,
suspendendo temporariamente a eficácia do ato jurídico -
somente produzirá efeitos após o seu implemento; antes de sua
verificação o direito não foi adquirido (CC, art. 125)
• Se a nomeação de herdeiro legatário estiver sob condição
resolutiva (p. ex., quantia "x" paga a legatário, enquanto for
estudante de direito) - que tem por escopo extinguir um feito,
depois de certo tempo, criado pelo ato jurídico - enquanto esta
não se verificar, vigorará o testamento, podendo exercer-se desde
a abertura sucessão, de modo que o direito do beneficiário se
extinguirá, para todos efeitos, com o seu implemento, sendo
resolúvel a sua propriedade dos bens da herança que lhe
couberem em razão de disposição testamentária
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III. DA NOMEAÇÃO MODAL OU COM ENCARGO
• Modal ou com encargo, se se impuser ao beneficiado uma
contraprestação (CC, art. 1.897), p. ex.: ficar obrigado por certo débito
(RT, 183:297), ou a levantar um mausoléu para o autor da herança, ou a
alimentar determinada pessoa, pois o modo ou o encargo é a cláusula
pela qual se impõe uma obrigação àquele em cujo proveito se constitui
um direito nos atos de liberalidade.
• A herança ou o legado podem, portanto, vir subordinados a um
encargo, que o herdeiro ou o legatário terão de cumprir em
decorrência natural da aceitação, sendo obrigados, ainda, a prestar
caução muciana, se assim o exigirem os interessados no cumprimento
do encargo.
• Exemplo de condição ilícita: instituo Maria como herdeira, se não casar,
se mudar de religião ou se se divorciar; de condição imoral: nomeio
Paulo meu herdeiro, se viver na ociosidade; de condição fisicamente
impossível: instituo José meu legatário, se ele tocar o céu com o dedo;
de condição juridicamente impossível: nomeio João meu herdeiro, se
ele contrair matrimônio antes da idade legal; de condição potestativa:
Antônio será meu herdeiro, se minha mulher concordar, por estar
sujeita ao mero arbítrio de outrem.
IV. NOMEAÇÃO POR MOTIVO CERTO
• Por certo motivo (CC, art. 1.897), quando
acompanhada da razão que a determinou, visto que a
disposição testamentária está preordenada a uma
circunstância do passado, p. ex., instituição de herdeiro
por ter salvo a vida do testador.
• Se o motivo invocado foi o determinante do ato (CC,
art. 140), apurada a sua falsidade o testamento não
prevalecerá, presumindo-se que o testador não teria
feito essa disposição se tivesse ciência da situação real.
Entretanto, se o motivo não é expresso como razão
determinante da instituição do herdeiro ou legatário, a
disposição subsistirá .
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V. Nomeação à termo
• Nomeação a termo de herdeiro apenas nas disposições fideicomissárias (CC,
art. 1.898), sendo que a de legatário é permitida em disposição
fideicomissária ou não (CC, arts. 1.924 e 1.928).
• A termo, apenas nas disposições fideicomissárias, caso em que o
fideicomissário é herdeiro ex die (termo inicial ou suspensivo), e o fiduciário,
herdeiro ad diem (termo final ou resolutivo); logo, com o advento do termo, o
fideicomissário investe-se no domínio e posse da herança, resolvendo-se o
direito do fiduciário.
• Isto é assim porque pelo Código Civil, art. 1.898, ter-se-á por não escrita,
salvo no fideicomisso, a designação do tempo em que deva começar ou
cessar o direito do herdeiro, proibição essa quenão alcança o legatário, já que
o legado pode ser deixado sob termo inicial ou final, em disposição
fideicomissária ou não (CC, arts. 1.924 e 1.928).
• É preciso ressaltar que a nomeação de herdeiro a termo não tem o condão de
anular a sua instituição; ter-se-á somente por não escrita a cláusula
testamentária que designa o termo - evento futuro e certo a que se subordina
a eficácia do ato jurídico - entendendo-se que houve nomeação pura e
simples.
3. Cláusula de inalienabilidade
• A cláusula de inalienabilidade é um meio de vincular, absoluta ou
relativamente, vitalícia ou temporariamente, os próprios bens em relação
a terceiro beneficiário, que não poderá dispor deles, gratuita ou
onerosamente, recebendo-os para usá-Ios e gozá-Ios (CC, arts. 1.911,
parágrafo único)
• O testador pode impor aos bens deixados cláusula de inalienabilidade:
• A. vitalícia (durando enquanto viver o beneficiado) ou
• B. temporária (vigorando por certo tempo),
• I. absoluta (prevalecendo relativamente a qualquer pessoa) ou
• II. relativa (possibilitando alienação em certos casos, para determinadas
pessoas, sob certas condições) - impedindo assim que sejam, sob pena
de nulidade, alienados, salvo em caso de desapropriação por necessidade
ou utilidade pública ou de sua alienação, por conveniência econômica do
donatário, ou herdeiro, autorizada judicialmente.
• Se porventura o bem gravado for alienado, em caso de desapropriação,
ter-se-á a sub-rogação no preço pago pelo expropriante, podendo ser
aplicado na aquisição de outro imóvel ou títulos da dívida pública, que
ficarão clausulados.
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Cláusula de inalienabilidade (cont)
• Permite a lei que o testador imponha a inalienabilidade dos seus
bens quando ele tiver razões justas para temer que sejam
dilapidados por herdeiros, conduzindo-os à miséria.
• Entretanto, autores há, como Perreira Alves, que a condenam por
se opor à lei fundamental da economia política, que exige a livre
circulação dos bens; outros entendem que ela é um elemento de
insegurança nas relações jurídicas.
• Com o óbito do beneficiado, cessa o ônus (RF, 90: 153), passando
os bens inteiramente livres aos seus sucessores, cancelando-se a
cláusula de inalienabilidade com uma petição dirigida ao juiz
competente, que a deferirá após ouvir o curador de resíduos.
• Convém esclarecer que, embora a herança esteja gravada com
inalienabilidade, não há impedimento a que o herdeiro a
renuncie em favor do acervo, hipótese em que os bens serão
transmitidos a outros herdeiros, que, por sua vez, terão de
suportar a inalienabilidade imposta na cláusula testamentária
(RT, 98: 175)179. I
Inalienabilidade de frutos e 
rendimentos
• É mister salientar que os frutos e rendimentos dos bens da
legítima não podem ser clausulados com a inalienabildiade,
pois se inalienáveis seriam inúteis ao proprietário.
• Apesar de serem alienáveis, tais frutos e rendimentos podem
ser gravados de impenhorabilidade, caso em que não
poderão ser penhorados, arrestados ou seqüestrados em
executivos ou execuções movidas por terceiro contra o
devedor, mesmo que ele não possua outros bens livres,
sobre os quais possa incidir a execução, desde que haja
cláusula expressa. Se não houver estipulação expressa,
poderão ser penhorados, exceto se destinados a alimentos
de incapazes, ou de mulher viúva ou solteira.
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4. Outras cláusulas testamentárias
• I. Impedir a conversão dos bens da legítima em outras
espécies (CC, arts. 2.017 e 2.019).
• p. ex.: a venda de imóvel para aquisição de títulos da dívida
pública ou de ações de uma sociedade anônima.
• Essa cláusula, admitida no Código Civil de 1916, cerceava a
disposição do patrimônio e era tida como simples
aconselhamento. Muitos doutrinadores entendiam que,
sendo a legítima parte reservada dos bens da herança,
deveria guardar identidade específica, relativamente a ela;
logo, a conversão deveria ser vedada. Outros a acatavam
tendo em vista o interesse dos herdeiros, argumentando que
a identidade entre a legítima e a herança era meramente
valorativa; logo, nada impediria a conversão desde que não
se diminuísse o valor da quota legitimária.
I. Clausula de conversão da legitima 
(cont)
• Pelo novo Código Civil nula será cláusula testamentária que
ordene a conversão dos bens legitimários em outros. A
conversão, gerada por determinação de alienação dos bens
gravados da legítima, em outras espécies, que ficarão sub-rogadas
nos ônus dos primeiros, entendemos, só poderá ser efetuada
havendo justa causa (CC, art. 1.848, § 2º), mediante autorização
judicial, antes da partilha
• Além desse caso não será permitido estabelecer a conversão dos
bens da legítima em outros de espécie diversa, visto que poderá
reduzir os direitos dos herdeiros necessários cujos interesses a lei
visa proteger; assim sendo, nula será a cláusula que exigir tal
conversão estipulando que os móveis sejam vendidos após a
abertura da sucessão, para com o produto da venda adquirir
imóveis, que serão entregues ao herdeiro necessário, visto que
este tem o direito de receber os bens da legítima no estado em
que se encontrarem por ocasião da abertura da sucessão
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II. Incomunicabilidade
• Prescrever a incomunicabilidade dos bens
constitutivos da legítima apenas se declarar na
cédula testamentária o motivo justo, excluindo-os
da comunhão universal, impedindo, assim, que se
comuniquem ao cônjuge herdeiro necessário, que
passará a ter propriedade exclusiva, evitando-se
por exemplo, que com a dissolução da sociedade
conjugal tais bens sejam divididos com o consorte,
ou que, com a pré-morte do cônjuge, sejam esses
bens partilhados com os seus sucessores.
III. impenhorabilidade
• A clausula de impenhorabilidade, determina que, havendo justo motivo,
os bens não poderão ser penhorados, arrestados ou seqüestrados em
executivos ou execuções movidas por terceiro contra o devedor, mesmo
que ele não possua outros bens livres, sobre os quais possa incidir a
execução, desde que haja cláusula expressa.
• Todavia, como vimos, pelo art. 1.848, § 2º, do Código Civil, havendo
autorização judicial e justa causa, os bens gravados poderão ser
alienados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-
rogados nos ônus dos primeiros.
• Cumpre salientar que os frutos e rendimentos não podem ser gravados
com clausula de inalienabilidade, mas poderão ser impenhoráveis.
• Destaque-se que segundo o Art. 1.911, CC. “A cláusula de
inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica
impenhorabilidade e incomunicabilidade.”
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IV. Administração dos bens pela 
mulher casada
• - Confiar os bens da legítima à administração da
mulher herdeira casada, se o pacto antenupcial
estabelecer que a administração compete ao marido.
• Confiar os bens da legítima à administração da mulher
herdeira casada, diante da competência do marido,
determinada por pacto antenupcial (CC, arts. 1.665 e
1.670), para administrar os bens do casal e os
particulares da mulher.
• Dessa maneira protegem-se os bens herdados pela
mulher casada, evitando-se que sejam dissipados pelo
marido administrador.
V. Exclusão de herdeiros legítimos não 
necessários (colaterais)
• Para afastar da sucessão os colaterais, basta que o
testador disponha da totalidade de seus bens, sem os
contemplar (CC, art. 1.850).
• VI. Disposição conjunta
• Se houver no testamento disposição conjunta, em que
vários herdeiros ou legatários são chamados
coletivamente para receber os bens do testador ou
uma certa porção deles, observar-se-á os arts 1904 à
1908, CC
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Clausulas nulas e anuláveis
• O tema será tratado em tópico próprio em conjunto
com as demais hipóteses de inexecução do
testamento.
5. REGRAS INTERPRETATIVAS DAS 
DISPOSICOES TESTAMENTÁRIAS
• I. Na interpretação do testamento dever-se-á buscar areal intenção do testador e não o sentido literal da
linguagem (CC, arts.112 e 1.899).
• II. Havendo dois sentidos na cláusula testamentária,
considerar-se-á o que pode produzir efeito.
• III. O prazo deve ser presumido em favor do herdeiro (CC,
art 133).
• IV. Cláusula obscura, truncada ou incompleta, que
impossibilitem determinar a vontade do testador, será
tida como não escrita.
• V. Dúvida relativa ao quantum da dívida será decidida do
modo menos prejudicial ao que prometeu.
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5. REGRAS INTERPRETATIVAS DAS 
DISPOSICOES TESTAMENTÁRIAS (cont)
• VI. Se o disponente beneficiar certa categoria de pessoas, p. ex.,
seus empregados, entender-se-á que apenas contemplou os que
estavam às suas ordens no momento da abertura da sucessão.
• VII. Se o objeto da disposição constituir-se de universalidade,
abarcará todas as coisas que a compõem, mesmo se
desconhecidas do testador, por serem descobertas
posteriormente.
• VIII. Se o disponente legar à mesma pessoa duas vezes a mesma
quantia, restringir-se-á o legado a uma só quantia, salvo se se
apurar que a sua vontade era multiplicar o legado.
• IX. Se nos legados pecuniários a quantia tornar-se irrisória, em
razão de inflação, em atenção ao fim do legado, à intenção do
testador, dever-se-á entender que a liberalidade está sujeita a
corrigir-se quantitativamente.
• X. Em certos casos dever-se-á verificar que o testador considerou 
os usos locais de onde vivia, a qualidade do legatário, a amizade 
etc.
5. REGRAS INTERPRETATIVAS DAS 
DISPOSICOES TESTAMENTÁRIAS (cont)
• XI. Se não se puderem solucionar as dúvidas, procurar-
se-á decidir em favor da sucessão legítima.
• XII. Compete a interpretação do testamento ao juízo do
inventário.
• XIII. Deve-se afastar restrição de inalienabilidade dos
rendimentos dos bens legados, gravados de
inalienabilidade, impenhorabilidade e
incomunicabilidade.
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