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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEOREMA DE GAUSS MILENA C. FERNANDES RA: 94821 ANDRÉ F. BÓSIO RA: 93625 MARCOS V. DE MORAES RA: 93762 PROFª: JAMILE LORENA DE PAULA 29\02\2016 Definição Teorema da divergência (Gauss) O teorema de Gauss, ou da divergência, relaciona a integral tripla sobre um sólido de com a integral sobre a superfície formada pelo bordo do sólido. Intuitivamente, uma superfície é fechada e limitada e separa o espaço numa parte interna e outra externa, como por exemplo o elipsóide ou a esfera (Figura 1). Uma supefície fechada e limitada é bordo de um sólido no espaço.Seja Q um sólido simples e seja a superfície que limita Q ( = fronteira de Q), orientada positivamente (para fora). Se F é um campo vetorial cujas funções componentes têm derivadas parciais contínuas em uma região aberta que contém Q, então: eq. 01 Figura 1: Superfície gaussiana centrada em Q. Se pegarmos o somatório dos divergentes em um volume, teremos uma integral de superfície. Considere infinitos pontos, de modo que formem algo contínuo, todos eles dentro de uma superfície, se fizermos o somatório de todos os seus divergentes, seria considerar apenas as setas divergentes em sua superfície, uma vez que todos os elementos internos se cancelariam pela soma de vetores. O somatório do volume de todos os divergentes será igual ao somatório da função na superfície que rodeia o volume. Portanto, o fluxo de um campo vetorial F através de uma superfície fechada é igual ao divergente de F sobre a região limitada por . Estabelecendo uma relação entre o fluxo do campo elétrico que passa através de uma superfície fechada com a carga elétrica que existe dentro do volume limitado por esta superfície. 3. Aplicações O teorema de Gauss é muito importante pois através dele, podemos calcular o fluxo de campos vetoriais. Na Física esse teorema é muito usado, pois descreve fenômenos como fluxo de fluidos, fluxo de campos magnéticos ou elétricos ou fluxo de calor. Esse teorema aplicado a a campos de quadrado inverso resulta na Lei de Gauss para Campos de Quadrado Inverso. Então, consideremos 𝐹(r)=𝑐||𝑟||³𝑟 como um campo de quadrado inverso no espaço tridimensional e σ uma superfície que envolve a origem. Então, o fluxo de F através de σ é: 𝜙 =𝐹⋅𝑛 d𝑆 = 4𝜋𝑐 Como F não é continua na origem, não podemos aplicar o teorema de Gauss. Mas, podemos considerar uma esfera de raio a centrada na origem, e que seja tão pequena que esteja totalmente dentro da região σ. Denotaremos essa esfera por σ0 e G será a região compreendida entre σ0 e σ. Então: (𝐝𝐢𝐯 𝐅) d𝑉 =𝐹.𝑛𝑑𝑆 +𝐹.𝑛𝑑𝑆 Mas, div F=0, logo: 𝐹.𝑛𝑑𝑆= −𝐹.𝑛𝑑𝑆 ∬𝐹.𝑛𝑑𝑆= − 𝑐\|𝑟|^3𝑟.(−𝑟\|𝑟|)𝑑𝑆 =𝑐\|𝑟^|4(𝑟.𝑟)𝑑𝑆 =𝑐\|𝑟|²𝑑𝑆 =𝑐\𝑎²𝑑𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑜 |𝑟| =𝑎 𝑒𝑚 σ0: = 𝑐\𝑎² (4𝜋𝑎^2) =4𝜋𝑐. Agora, considere uma carga Q unitária isolada, que cria um campo de quadrado inverso, então, utilizando o que foi visto a cima: 𝜙=𝐹⋅𝑛 d𝑆= 4𝜋(𝑄\4𝜋𝜖)= 𝑄\𝜖 Essa é a Lei de Gauss para Campos Elétricos, fundamental no eletromagnetismo. Agora, considere um campo vetorial F, G será uma região esférica pequena, centrada no ponto Po, seu volume será Vol (G) e sua superfície σ(G) será orientada para fora. Então, se div F for continua em G, isso implica que div F ≈ div F(Po). Então, o fluxo será dado por: Φ(G) =F⋅n dS =∇⋅F dV = divF(p0) dV = divF(p0).Vol(G) 𝐷𝑖𝑣 F(p0) = Φ(G)\Vol(G). O lado direito da equação acima é conhecida por densidade do fluxo de F para fora através de G. Da equação acima, obtemos também que: Φ(G)=divF(p0).Vol(G) Agora, se P0 for um ponto de um fluido incompressível onde Div F(P0) > 0, Φ(G) > 0. Então, há um volume de fluido maior saindo através da superfície do que entrando. Do mesmo modo, se Div F(P0) < 0, há um ponto do interior da esfera que no qual o fluido está saindo do fluxo. Os pontos em que Div F(P0) > 0, são chamados de fontes e os pontos em que Div F(P0) < 0 são chamados de poços. O fluido entra no fluxo de uma fonte e é drenado num poço. Se não há nem poços nem fontes, então: Div F(P)=0 para qualquer ponto P. Em hidrodinâmica essa equação é conhecida como equação da continuidade para fluidos incompressíveis. Bibliografia Cálculo com geometria analítica de Earl Swokowski - Vol. 2; Cálculo um novo horizonte de Howard Anton - Vol. 2; Cálculo Volume 03 - MAURICIO A. VILCHES - MARIA LUIZA CORRÊA; http://www.professores.uff.br/paulab/M13_aluno.pdf ; http://www.ime.uerj.br/~calculo/LivroIII/cap9.pdf ; http://www.fmatrm.if.usp.br/~mlima/teaching/4320292_2012/Cap2.pdf ; Anton, Howard; Cálculo – Um novo horizonte; vol. 2; 5ª edição
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