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Resumo 1° Bimestre - Demetrius

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Direito Tributário II - DEMETRIUS NICHELE MACEI
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
	Bibliografia básica:
Luciano Amaro - Direito Tributário Brasileiro – Ed. Saraiva, 2011. Capitulo V – Fontes do direito tributário pgs- 189 - 216
- Tributo – competência de instituição na CF (discriminação de competência) + definição em Lei Complementar (norma geral) + efetiva instituição (criação) por lei ordinária (ou simplesmente lei) 
“A lei ordinária tem uma força própria: a força de lei. A força de lei consiste na possibilidade que ela tem de inovar na ordem legislativa não-constitucional (conjunto de normas de nível legal) preexistente (força de lei ativa) e, ao mesmo tempo, de não ser afetada por normas de inferior hierarquia (força de lei passiva)”. RAC
			Art. 59 CF
Emenda Constitucional (-cláusulas pétreas) vide caso da EC 03/93
Medida provisória (com força de lei = lei) discussão/ precedente Decreto-lei (art. 62 CF + EC 32/2001)
Lei Delegada (art. 68 CF)
Art. 153 § 1º. Não é propriamente exceção 
Art. 97 – regulamentação do Princ. Legalidade
Art. 98 – Tratados e convenções internacionais.
Art. 99 e 100 CTN, deveres instrumentais tributários (obrigações acessórias)
“Entendemos que os decretos, as portarias, os atos administrativos em geral, só podem existir para tornar efetivo o cumprimento dos deveres instrumentais criados por lei. Assim, v. g., se ela obriga uma classe de comerciantes a manter livros fiscais, pode o decreto regulamentar estabelecer o tipo, o tamanho e o modelo dos mesmos, bem como a forma de preenchê-los, de modo a facilitar-lhes o manuseio”. RAC
			- Convênios (artigo 100, IV) x Convênio do ICMS (art 155, 2º, II, g da CF)
Bibliografia específica:
Roque Antonio Carrazza – O regulamento no Direito Tributário Brasileiro, RT, 81.
Artigo 96 CTN (define o que é legislação tributária) e artigo 59 CF (demonstra as figuras legislativas).
Emenda Constitucional está no mesmo patamar da Constituição (vez que a altera).
A CF cria limites ao poder de tributar e discrimina competência tributária. Dá a competência e cria limites, regras para o exercício dessa competência. Limites – princípio da legalidade, irretroatividade, não confisca e imunidades. A limitação ao poder de tributar é uma garantia e direito individual. Nem todos os cidadãos são contribuinte, mas todos os contribuintes são cidadãos. Por isso, a limitação ao poder de tributar é tanto uma garantia do contribuinte, quanto uma garantia do cidadão.
Não pode haver invasão de competência entre os entes federados. O IPMF (depois, CPMF), quando criado, disse que poderia ser cobrado também dos estados e municípios as movimentações financeiras. A imunidade recíproca garante a forma federativa. As garantias individuais da CF podem estar em outros artigos, que não o 5º, o que de fato ocorre.
A EC pode tratar de matéria tributária? Sim. Exceto para extinguir ou limitar (restringir ou revogar) imunidades ou princípios constitucionais tributários ou também que possa interferir na independência entre os entes da federação. (artigo 60, inc. I e IV, da CF – matéria tributária) – os princípios e imunidades tributárias são cláusulas pétreas (entendimento do STF e doutrinário).
Lei Complementar e Lei Ordinária (artigo 59 da CF). Qual a função dessas duas espécies de Lei? Toda vez que a CF usa a expressão “Lei” ela quer dizer “Lei Ordinária”, essa é a regra geral. Em matéria tributária não funciona assim. A “Lei” do artigo 150, inc. I, CF é lei em sentido amplo (LC, LO, LD, MP). 
- A Lei Ordinária é o meio pela qual se institui ou se aumenta um tributo, mas em alguns casos isso só pode ocorrer mediante Lei Complementar (empréstimo compulsório, imposto sobre grandes fortunas, exercício da competência residual da união, novas fontes de custeio da Previdência Social). 
- A principal função da Lei complementar em matéria tributária é o artigo 146, da CF – dirimir conflitos de competência, regulamentar os limites ao poder de tributar (regulamentar princípios constitucionais e imunidades), editar normas gerais de direito tributário e instituir ou majorar determinados tributos.
Lei Ordinária federal trata de tributos da União, mas Lei Complementar, que também é federal, tem efeito no país todo.
Artigo 97 CTN – “lei” -> ordinária Única maneira para revogar uma lei é através de uma lei revogadora de mesmo nível hierárquico. Existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária? Alguns autores entendem que sim e outros que não. A tendência sempre foi entender que há hierarquia, onde a lei complementar é superior. Quando há conflito entre lei ordinária e lei complementar o STF diz que não questão de hierarquia, mas de competência. O Professor acha que há sim hierarquia, e que o maior exemplo disso é o próprio CTN. A Atual jurisprudência do STF entende que não há hierarquia entre essas leis.
Artigo 59, inc. III, CF
Lei Delegada – é uma figura decorativa na CF, não é utilizada, muito menos em matéria tributária (artigo 68, CF). É editada pelo Presidente da República com delegação do Congresso Nacional, mas essa delegação tem limites, como diz o artigo 68, CF. A lei delegada pode tratar de matéria tributária, mas isso não ocorre, porque existe a Medida Provisória, que é basicamente a mesma coisa, tem força de lei, mas não tem limitação e tem o requisito da “relevância e urgência”, o que é mais viável. Medida Provisória pode tratar de matéria tributária.
Medida Provisória – A MP veio para ser provisória e é um “filhote” do Decreto Lei. De competência privativa e exclusiva do Presidente da República, tem força de lei e condições bem amplas para sua instituição (relevância e urgência). O problema é em relação aos requisitos de relevância e urgência – nem sempre há. A MP tem força de lei, mas não é lei.
EC 32 – limitou e reformulou os mecanismos para editar MP. MP não pode tratar de matéria de Lei Complementar.
Nenhum aumento ou redução de tributo pode ser feito por norma que não seja lei. Se houverem normas conflitantes, resolve-se pela hierarquia, antiguidade e especialidade (na sequência).
Ives Gandra da Silva Martins e Paulo de Barros Carvalho defendem que as MPs não tem cabimento em matéria tributária (especialmente no que diz respeito à criação ou aumento de tributo); Luciano Amaro defende que as MPs são cabíveis:
Resoluções: competência do senado, pouca função tributária. Em matéria tributária as resoluções especificarão alíquotas mínimas (ex: ICMS). * Interestaduais: ISS – guerra fiscal (quando um ente da federação cria “atrativos” ficais para irem mais contribuintes para sua região): está aos poucos sendo especificadas pelo senado, também, através de resoluções. ISS: STJ: “à empresa que mesmo estabelecida em um mun., mas presta serviço em outro, a contribuição é devida a esse outro (onde presta serviço).
Princípio da Territorialidade 
Não será cobrado IPTU em São José dos Pinhais de imóvel que se localiza em Curitiba. Existem casos de extraterritorialidade. 
Esse princípio é adotado em todos os países. Os fatos geradores para que sejam alcançados por um país, devem ocorrer dentro do território desse país. Começaram a surgir os paraísos ficais – todo país que tributa renda a menos de 25%.
Nasceu então o princípio da universalidade – vê de forma diferente o princípio da territorialidade. 181 dias que alguém permaneça no Brasil já é considerado residente aqui. (o Brasil adota o critério da residência). O fato de ser residente no Brasil faz com que toda a sua renda mundial seja tributada no Brasil. O problema é que os países nos quais tenho renda, também irão tributar. Isso se chama bitributação. A retenção na fonte (critério para o não residente), de modo geral, para emitir dinheiro ao exterior, tem alíquota de 25 %. São critérios diferentes. Justamente por essa mudança de critério, a solução foram os chamados tratados de bitributação. O critério mais comum é o da residência. Se Brasil e Alemanha firmarem um acordo de bitributação e se privilegiar o critério da residência,o residente do Brasil vai tributar somente no Brasil e, se um dia, for morar na Alemanha, tributará apenas lá.
Renteção a fonte: Solução: Como não há como cobrar, mandar o fiscal até o outro município, retém-se na fonte. Bitributação: 2 municípios cobram o mesmo imposto sobre o mesmo fato gerador. (ex: art. 155, §.1, IV e §.2,IV, CF).
Artigo 97, CTN - Somente a lei pode: 
Instituição e extinção de tributos;
Majoração ou redução;
Definição de fato gerador;
Definição de alíquota e BC;
Penalidades pecuniárias;
Exclusão, suspensão ou extinção de CT.
§1)	 Modificação da base cálculo
§2)	 majoração por atualização monetária
Ex: IPTU ( pode ter a mesma base de calculo, mas de ano a ano pode vir diferente. *correção monetária da base cálculo (valor venal – valorizado – do imóvel). – não fere a constituição e nem o 150, CTN.
Tratados e Convenções Internacionais: Artigo 98, CTN
Tratados (2 países) e convenções internacionais (+2 países) em matéria tributária
Tem hierarquia superior à Lei Ordinária? Não. Tem o mesmo nível. O tratado, uma vez internalizado, tem força de Lei Ordinária. A legislação posterior ao tratado deve respeitá-lo.
Sistemas de recepção: Monista: automaticamente aplicado. Dualista: examinado pelo Congresso, olhando a constituição e legalidade do tratado e após isso será incorporado ao país (após essa análise haverá o decreto legislativo – e só assim o tratado ou convenção passará a ser “alguma coisa”). O Brasil adota a teoria dualista (Presidente e Congresso devem aprovar), o Congresso faz controle de constitucionalizado e o Presidente da República baixa um decreto legislativo internalizando o tratado, com isso terão o mesmo nível hierárquico de Lei Ordinária. Existe uma discussão sobre hierarquia de tratados, a respeito dos tratados que versam sobre direitos e garantias individuais. Estes incorporam as garantias constitucionais para a doutrina. Em matéria tributária isso ainda não ocorreu, pois tratam essencialmente de “evitar a bitributação”.
2ª parte do art. 98, CTN: Parte da doutrina diz que esse artigo altera a posição dos Trat. e Conv. em matéria tributária. Outra parte, dominante, diz que é inconstitucional, porque o CTN não pode tratar de hierarquia de lei. Isso gera um problema política, porque, após firmar o tratado, o CN pode editar uma lei contrária ao DL. Gera insegurança, ainda mais por haver outro país envolvido.
Artigo 98, CTN A lei nova revoga a lei antiga ou a lei especial revoga a lei geral. 
Será observada pela que lhe sobrevenha ( muitos entendem que o artigo 98 está estabelecendo uma regra de hierarquia. Uma lei não poderia alterar um tratado em matéria tributária. Outros entendem que quem estabelece hierarquia de leis é a CF, então a lei complementar está criando algo fora de sua competência. Quem entende que há hierarquia tiveram que enfrentar um problema, pois essa segunda parte do artigo 98 seria inconstitucional. 
A tese que hoje está em vigor, junto com a maioria das decisões, é a de que não há hierarquia e que o artigo 98 não é inconstitucional, mas o tratado internacional em matéria tributária é por excelência matéria de lei especial (que revoga a geral). O texto da norma é que revela que ela é especial ou não. Uma legislação interna nunca será mais especial do que um tratado vigente, mesmo que seu texto seja claramente “mais especial”. O que ocorreu na verdade foi que o STF reconheceu uma hierarquia, mas não disse com essas palavras. 
	Luciano Amaro e Hugo de Brito Machado - o tratado funciona como lei especial (os tratados são prevalentes, mas não por estarem em nível hierárquico superior)
	Luciano Amaro e Heleno Torres - O tratado não revoga a lei interna, nem totalmente (por ab-rogação) nem parcialmente (por derrogação).
	Maria Elizabete Vilaça Lopes e Francisco Rezek defendem que o tratado ocuparia o mesmo nível hierarquico de lei ordinaria da Uniao, se a lei posterior ao tratado divergir deste, este deve ser revogado. Todavia, no plano internacional o país ficaria sujeito às eventuais sanções previstas no tratado.
	Luciano Amaro - os tratados podem influenciar na tributação estadual ou municipal, vez que a União, ao assinar um tratado, atua com soberania, como Estado federal, o tratado não se limita à esfera federal, ele atua na esfera nacional - acho que Sacha Calmon Navarro Coêlho acompanha o pensamento.
Efeito Positivo de um Tratado – o tratado estabelece novos fatos geradores, aumenta tributos, cria tributos, majora. Em matéria tributária é vedado o efeito positivo. Um tratado em matéria tributária só terá efeito negativo (desonerar). Há exceção – se um acordo for revogado e a legislação voltar à situação anterior, onde provavelmente haverá majoração (efeito indireto do tratado). Um tratado pode estabelecer isenção. O único problema é que temos o princípio federativo e só o Presidente pode assinar um tratado. O Presidente pode conceder um isenção estadual ou municipal por meio de um tratado? (isenção heterônoma) Invasão de competência, ofensa ao princípio federativo e por isso não. Ou o Presidente não está lá representando somente a União, mas está representando todo o estado brasileiro. Existe uma imensa discussão, mas o segundo entendimento está prevalecendo, enquanto não está pacificado.
Decreto - Artigo 99, CTN - O Decreto está abaixo das Leis. O decreto existe simplesmente para regulamentar a lei, nunca poderá instituir tributos, aumentar tributos (há uma exceção), e não pode criar situações novas, ampliando o sentido da lei. Decreto é a forma que o chefe do executivo se comunica com os seus administrados. Em matérias tributária são chamados de Regulamentos: RICMS, RIR, RIPTU. Os decretos se referem às leis. Um decreto é a maneira pela qual o chefe do poder executivo se comunica com seus administrados. Respeitado o princípio da legalidade o decreto será traduzido em regulamentos (regulamento ICMS, regulamento IR). O decreto veicula esses regulamentos. Não pode ampliar ou restringir o sentido da lei.
**Artigo 153 §1º CF – são 4 os tributos que o Presidente da República poderá, por meio de decreto, aumentar tributos, aumentar alíquotas, nos limites da lei -> Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IPI e IOF. Não existe exceção ao princípio da legalidade. Para o direito tributário: decreto = nada.
	Costuma-se verificar a legalidade dos atos administrativos e a constitucionalidade dos atos legislativos.
	(Sacha Calmon - se os decretos se apresentarem "contra legem" ou "ultra legem", serão censurados pelo Judiciário como ilegais)
	Luciano Amaro e Roque Carazza - os decretos regulamentares, embora úteis como instrumentos de aplicação da lei, não podem inovar em nenhuma matéria sujeita à reserva da lei.
Normas Complementares - Artigo 100, CTN - As normas complementares são hierarquicamente inferiores aos tratados, na base da pirâmide. São, a rigor, normas internas (ou deveriam ser). Mas, na realidade, são destinadas ao contribuinte. Nisso acabam legislando por lei complementar.
Classificação das normas complementares:
I) atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas: autoridade que tem competência para editar normas internas e que estejam abaixo do Chefe do Executivo. Operacionalizam, estabelecem regras de fiscalização. Portarias ministeriais (expedidas por ministros); Instruções Normativas (expedidas por Secretários).
II) decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa: singulares (órgãos julgadores de primeira instância) coletivos (conselhos ou tribunais). As decisões expedidas por esses órgãos tem efeito inter partes, mas a lei pode atribuir efeito erga omnes, como neste caso.
III) práticas reiteradas: costume fiscal. A doutrina batizou este inciso com essa denominação. Raríssimo de acontecer. Ex.: artigo 155, §2º, inciso XII, alínea “i”, CF -> de modo que o montante do imposto a integre, também na importação – com base nas práticas reiteradas da fiscalização que sempre foi a mesma, os contribuintespuderam vetar que uma norma pior retroagisse.
IV) convênios: contratos celebrados entre entes públicos. Hipótese de extraterritorialidade. Troca de informações, intercambio de informações de fiscalização. Uma vez celebrado o convenio e publicado no diário oficial ele faz parte sim da ordem tributária. Na esfera internacional temos os tratados e convenções internacionais.
O convênio do ICMS é diferente do convênio do artigo 100, CTN. O convênio do ICMS está previsto no artigo 155, §2º, inciso XII, alínea “g”, CF. É o único tributo vigente cuja concessão de isenções depende de um requisito prévio que é a celebração de um convênio prévio.
	Luciano Amaro - "há convênios que são meros acordos entre as diferentes pessoas políticas com vistas à fiscalização ou arrecadação de tributos, à troca de informações de interesse fiscal, etc, vale dizer, as matérias previstas no CTN, art. 7º, caput. Tais convênios compõem as chamadas normas complementares, a que se refere o art. 100 do CTN. (...) e há os convênios firmados pelos Estados e pelo Distrito Federal na forma da LC 24/75, como instrumento das deliberações a que se refere o art. 155, §2º, XII, g, CF, que verdadeiramente inovam o direito tributário, ao definir hipóteses de concessão de isenções, benefícios e incentivos fiscais atinentes ao ICMS ou sua revogação. (...) com a EC 42/2003, a CF previu a figura do convênio para regrar o compartilhamento de cadastros e troca de informações entre os diversos entes políticos, não obstante também faça menção à lei como instrumento regulador dessa troca de dados (art. 37, XXII, acrescido pela EC 42/2003)".
O CONFAZ é um conselho formado por todos os secretários de fazenda do país. Deliberam, apenas por unanimidade, os convênios. Se um secretário não concordar, não é celebrado o convênio. Mas, se for celebrado, deve ser trazido para os estados como se fosse o tratado internacional.
No convênio do ICMS ocorre a mesma coisa. Guerra fiscal ocorre quando os estados começam a criar incentivos, benefícios e isenções sem convênio. Onde estão os convênios do ICMS na pirâmide? Por ser um pré requisito, depende de um ato posterior pela assembleia legislativa de cada estado (lei – infelizmente na prática não tem acontecido), não tem efeito normativo nenhum. Não está na pirâmide.
Se há normas conflitantes, resolve-se, na sequência, pela hierarquia, pela antiguidade e pela especialidade.
VIGÊNCIA DA LEI TRIBUTÁRIA NO TEMPO E NO ESPAÇO
	Bibliografia básica:
Luciano Amaro - Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011. - Capitulo VI – pgs- 219 a 229
Conteúdo:
Irretroatividade (art. 150, III, a, da CF)
anterioridade (art. 150, III, b e c, da CF)
Vigência (CTN)
art. 101 – regra geral = territorialidade
art. 102 – extra-territorialidade
art. 103 – prazos vigência específicos
art. 104 – anterioridade e isenções
Aplicação (CTN)
art. 105 – irretroatividade
art. 106 – lei interpretativa e “retroatividade” benigna
art. 144 – “O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”
3.		Bibliografia específica:
Aliomar Baleeiro - Direito Tributário Brasileiro – Forense, diversas edições, comentários aos artigos 101 a 106 do CTN e art. 144 do CTN
Código Tributário Comentado. Coord. Carlos Valder do Nascimento. São Paulo: Forense, 1999.
Vigência da Legislação Tributária
Vigência: é a aptidão que uma lei tem de produzir seus efeitos. Faz coincidir com a publicação. Também é o momento em que a lei se torna válida, geralmente. A lei pode estabelecer vacatio legis – entre a publicação e a vigência. Relacionada com o princípio da irretroatividade. 
Publicação: o último estágio da edição (processo legislativo). É utilizada pelo legislador como marco inicial da vigência da lei.
Edição: uma lei é editada quando passa por todo o processo legislativo.
Aplicação: relacionada com o princípio da anterioridade. Diferentemente da vigência, depende da ocorrência do fato previsto na norma. O operador do direito aplica a lei. O CTN se dedica à vigência e à aplicação. 
Eficácia: a norma produz efeitos concretos no mundo dos fatos. A norma passou por todas as fases e já produz efeitos no mundo dos fatos. 
Validade: pressupõe que a lei foi editada. Uma vez editada, presume-se que é válida. Cabe o Judiciário retirar a norma do mundo jurídico se ela afronta a CF, por exemplo.
Artigo 101, CTN - O que é diferente com relação à vigência da lei em matéria tributária.
TEMPO E ESPAÇO (territorialidade: 102, CTN e Extraterritorialidade (art. 102, CTN, desde que prevista em convênios – art. 100, CTN).
Vigência no Espaço: * Tratados e convenções: não pode firmar convênios entre estados internacionais. O local onde ocorre o fato gerador é o competente para tributar. – Critério de residência e critério da fonte: princípio da renda mundial. Alguns dirão que é uma exceção à territorialidade. O critério é territorial e não o critério da fonte. Pois, se não, acaba pagando o tributo duplamente ( bitributação internacional ( vetado no Brasil.
Artigo 102, CTN - Vigência da lei no espaço e princípio da territorialidade em matéria tributária (vigência -> relaciona-se com a anterioridade). Se o tributo é instituído pelo DF, sua vigência será dentro desse território. Haverá extraterritorialidade, poderá haver vigência da lei tributária em outro território desde que haja convênio (artigo 100, inciso IV, CTN) ou normas gerais expedidas pela União (lei complementar). 
	Bitributação internacional
Dependendo do elemento de conexão com o território nacional escolhido pela lei, pode-se cobrar tributo em razão de um fato ocorrido no exterior (se, por exemplo, o contribuinte estiver domiciliado no país) ou cobrá-lo em razão de um fato ocorrido no país, ainda que a pessoa (que a lei brasileira elege como contribuinte) esteja no exterior (por meio, por exemplo, de retenção na fonte). Nessas hipóteses, porém, não há aplicação extraterritorial da lei brasileira; aplica-se a lei pátria no território nacional, dado o elemento de conexão escolhido em cada hipótese (domicílio do contribuinte, no primeiro caso; local da produção do fato, no segundo).
Justamente porque a legislacao de vários países costuma combinar esses critérios de conexão, surge o problema da dupla tributação internacional, que tem sido eliminado ou reduzido nos termos de tratados internacionais; outro modo de solução utilizado é o da edição de leis internas que asseguram a compensação de tributos pagos a países estrangeiros, vinculada à demonstração de que a legislacao de outro país dá igualdade de tratamento em situações análogas (cláusula de reciprocidade).
Helêno Torres - pluritributacao (bitributação)
Tratados internacionais não são leis estrangeiras.
Mesmo em situações não sujeitas a tratados (ou em que inexista tratado) a lei estrangeira pode integrar a hipótese de aplicação da lei brasileira.
Tributação internacional é basicamente imposto de renda.
Ao se apurar o imposto devido por contribuinte domiciliado no Brasil, é deduzido o imposto retido no exterior, se a lei do país de origem da renda der igual tratamento ao imposto retido no Brasil.
Pode haver casos em que o fato gerador ocorre no exterior e o Brasil pode tributar, há eficácia da lei e não vigência da lei fora do Brasil.
Só o Presidente pode tratar de tratados e convenções, discute-se se o mesmo pode estabelecer regras para os estados e os municípios.
Vigênca no Tempo: Artigo 103, CTN - A prática geral é a de que a vigência da lei coincide com a data da sua publicação. Se houver vontade de o legislador dar vigência à lei em outra data, deixará isso expresso.
Instituição e majoração: 1° dia do exercício financeiro ( anterioridade (vacatio legis constitucional)
			 90tena
Vigência no tempo - Regra Geral: entra em vigor na data da publicação.
A regra geral é aplicada quando não houve instituição ou majoraçãodo tributo, ou as imposições/exceções do art. 103, CTN.
Artigo 104, CTN É uma espécie de repetição do princípio da anterioridade. Referência – publicação. A aplicação desse artigo é um pouco limitada, utilizar o princípio da anterioridade da CF. O inciso III gerou muita discussão: para os casos em que é aplicado esse artigo (impostos sobre patrimônio ou renda), a revogação de isenção deve observar também o princípio da anterioridade. Daí nasceu uma teoria – não só nos casos desse artigo se aplica essa regra, mas em todos os casos onde ocorre revogação de isenção, para todos os tributos.
Aplicação da Legislação Tributária
Artigo 105, CTN – Aplicação da legislação tributária (aplicação -> relaciona-se com a retroatividade). Aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e pendentes. Irretroatividade da lei tributária – não pode aplicar uma lei a fatos ocorridos anteriormente à vigência dessa lei. Fatos pendentes – o legislador tentou aqui tratar do imposto de renda. Por mais que essa regra exista, nunca poderá haver ofensa ao princípio da anterioridade, logo, a aplicação acaba sendo sempre para fatos futuros, então não há que se falar em aplicação aos fatos pendentes.
Retenção na fonte – antecipação de recolhimento do IR.
Esse artigo só se aplica em casos favoráveis ao contribuinte.
	Artigo 106, CTN – Exceção: Casos em que DEVE retroagir:
Aplicação da lei para o passado, pretérita. Lei deverá retroagir. Sempre que o legislador pretenda que determinada lei retroaja, o legislador deve dizer isso expressamente e deve respeitar o princípios constitucionais. 
2 hipóteses de retroatividade da lei tributária:
I) lei interpretativa; ex: lei que interpreta o CTN retroage 40 anos. Mas a lei só pode interpretar, não pode alterar, de forma a criar ou isentar tributo.
II) atos não definitivamente julgados + extinção ou redução da penalidade (retroatividade benigna em matéria de infrações, ou seja, retroage e autua conforme a lei vigente à época – art. 144, CTN. Retroatividade pró réu). Ex: se antes da decisão final (Transito em julgado) surgir outra lei que altere, por exemplo extingue, será aplicada esta lei retroativamente, mas se diminuir a alíquota ou a base de cálculo, não haverá retroatividade. Pois a retroatividade é benigna em matéria de INFRAÇÕES! 
	Luciano Amaro - Se o fato dito pendente for gerador de tributo e sua ocorrência já tiver tido início, em certa data, a lei tributária posterior a essa data que pretender atingir tal fato será retroativa. Mesmo abstraindo o princípio da anterioridade, a lei editada após ter tido início o período de formação da renda, se aplicada para gravá-lá, lançaria efeitos sobre o passado. Se se trata (como é o caso de imposto de renda) de tributo sujeito ao princípio da anterioridade, com maior razão, a lei só poderá entender-se com fatos não apenas futuros, mas, além disso, ocorrido em exercícios futuros.
Sacha Calmon - não existe fato gerador pendente (é mera força de expressão), o fato gerador ocorre ou não ocorre. Impossível a lei aplicar-se a um fato gerador que não está completo nos termos do art. 116, ou seja, que ainda não se realizou ou que ainda está por realizar-se. Ora, é com a realização do fato gerador que ocorre a obrigação. A lei aplicável é a que estiver em vigor à data da realização do fato gerador, 90 dias antes ou no ano anterior.
Retroatividade benigna em matéria tributária se dá no caso de infrações (art. 106, II, alíneas "a" e "c", CTN)
Fábio Fanucchi - "a" retroatividade incondicional, "b" retroatividade condicional (só se admite a retroatividade benigna em casos de inocente descumprimento de obrigações formais - Luciano Amaro)
Luciano Amaro - "in dubio pro reo" (art. 112, CTN) - prevalência de "a"
Lei interpretativa: expressamente interpreta lei, ou parte da lei anterior, essa lei nova retroage. Se a lei nova inovar o mundo jurídico, essa lei não retroage, pois não será meramente interpretativa. 
Luciano Amaro e Roque Carrazza - não admitem a existência de leis interpretativas.
Paulo da Barros Carvalho - leis interpretativas esclarecem dúvidas. 
Tese dos 5 mais 5 – combinação do artigo 168, I, CTN com o artigo 150, §4º, CTN. 5 anos para a homologação (e consequente extinção) mais cinco anos para pedir a restituição. Essa tese não é mais aplicada por conta dessa lei complementar 118/05.
Artigo 144, CTN - a aplicação é feita com relação à lei vigente à época do fato gerador (lançamento e não fiscalização).
Obrigação Tributária e Fato Gerador 
	1.		Bibliografia básica:
Luciano Amaro - Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2010. - Capítulos VIII e IX (parte) – pgs. 269 a 304
Conceito de Tributo. Compulsório e instituído em lei
Obrigação Tributária e Obrigação Civil – Compulsória x Voluntária, Pela vontade das partes x instituída em Lei.
Obrigação Principal e Acessória x Obrigação de Dar, fazer e não fazer – O acessório NAO segue o principal.
Conversão de obrigação acessória em principal e o conceito de tributo – “sanção de ato ilícito?”
Fato gerador como núcleo da hipótese de Incidência - HI
Fato gerador como aspecto material da HI.
Fato gerador segundo Alfredo Augusto Becker – confusão intelectual?
Fato gerador e base de cálculo – confirmação mutua.
Atos ilícitos x fato gerador
Nascimento da Obrigação Tributária – efeito declaratório ou constitutivo
Bibliografia específica:
Roque Antonio Carrazza - Reflexões sobre a obrigação tributária – São Paulo: Noeses, 2011.
José Souto Maior Borges - Obrigação tributária. 2 ed. São Paulo: Malheiros, 1999.
Amilcar de Araújo Falcão - Fato Gerador da Obrigação Tributária – São Paulo: Revista dos Tribunais, 1977.
Geraldo Ataliba - Hipótese de incidência tributaria – São Paulo : Malheiros, 2009.
Arts. 107 a 111 - regras de interpretação e integração tributária (serão vistos posteriormente)
(Ver especialmente os arts. 109 e 110, CTN)
O credor tem para com o devedor um direito subjetivo e o devedor tem para com o credor um dever jurídico.
O objeto de uma obrigação é sempre uma prestação (dar, fazer, não fazer). Na relação jurídica tributária: o credor é chamado de sujeito ativo (fisco) e o devedor de sujeito passivo (contribuinte); o crédito é do fisco e o débito é do contribuinte, mas quando o contribuinte pede devolução ele passa a ser sujeito ativo (é exceção). 
No direito civil, o objeto de uma relação jurídica obrigacional é sempre uma prestação do devedor para com o credor, a prestação pode ser de dar, fazer e não fazer. O que formaliza a relação é um contrato, o qual é um acordo de vontades. A relação jurídica obrigacional tributária é uma relação entre sujeito ativo e sujeito passivo. O sujeito ativo é o fisco, o Estado, e o sujeito passivo é o contribuinte. Excepcionalmente, o sujeito passivo pode se tornar o credor, mas o CTN não trata disso. O principal objeto é a prestação de dar dinheiro ao Estado.
A obrigação civil é voluntária e instituída mediante contrato. A obrigação tributária é compulsória e instituída por lei.
Existem obrigações tributárias acessórias, que são de fazer ou não fazer algo.
O exemplo de obrigação de não fazer é que a pessoa jurídica não pode impedir o fiscal de ingressar na empresa. Quando se trata de pessoa física, o fiscal só pode adentrar à casa com mandado.
O descumprimento de uma obrigação de fazer pode gerar multa, penalidade pecuniária, a qual faz parte do crédito tributário.
A obrigação aquiliana (quem causa dano a outrem é obrigado a ressarcir), para alguns autores, é semelhante à obrigação tributária, pois ocorreu um fato e, a partir disso, uma consequência. Mas a formalização dessa obrigação é diferente, a cobrança se dá de modo diferente, a partir disso tem-se que nada se compara à obrigação tributária.
Na obrigação tributária, a formalização da obrigação é de competência do Estado.
Artigo 113 CTN – obrigação principal é a obrigação de dar dinheiro ao estado; obrigação acessória é a de fazer ou não fazeralgo ao estado (ex.: preencher declaração de IR ou preencher documentos fiscais / quando o fiscal vai até a empresa não se pode fazer nada).
No direito civil o acessório segue o principal, em tributário não! São independentes. 
Descumprir uma obrigação acessória implica em multa, como se uma obrigação acessória se transformasse em principal.
Se chamam acessórias pois estão sempre relacionadas a um tributo (principal). Mas uma obrigação independe da outra.
O nascimento da obrigação tributária é a lei. A obrigação tributária é compulsória, enquanto a obrigação civil é decorrente de acordo de vontades. Existe uma obrigação no direito civil que se assemelha um pouco com a tributária – obrigação aquiliana -> se causou dano a outrem, automaticamente nasce a obrigação de indenizar.
A obrigação tributária é formalizada – lançamento -> quando nasce o fato gerador nasce a obrigação. O estado faz a formalização. 
Relação entre crédito e obrigação – o lançamento é requisito para que nasça o crédito. O lançamento torna exigível o crédito tributário. O direito subjetivo (a cobrança do tributo) depende do lançamento. O lançamento é poder dever do estado (ato administrativo estatal), se ele não fizer em 5 anos ocorre a decadência do direito de lançar. O crédito nasceu junto com a obrigação e com o fato gerador, mas ele só é exigível a partir do lançamento.
Fato Gerador -> norma jurídica tributária – hipótese de incidência (critério material + espacial + temporal) --------> consequente tributário (critério pessoal – sujeito ativo e passivo + quantitativo – base de cálculo e alíquota)
O fato gerador é o núcleo da norma tributária e é evidenciado pelo critério material. 
Fatos geradores são signos presuntivos de riqueza, não é possível, por exemplo, que respirar seja um fato gerador (Becker). O que está previsto na lei não é um fato gerador, sequer é um fato, é algo que realmente existe, por isso, a legislação deveria se referir a uma hipótese de incidência. De forma unânime, a doutrina defende que a nomenclatura fato gerador no CTN está errada, embora cada doutrinador utilize nomenclaturas diferentes. O que interessa para o direito é a ocorrência do fato gerador, por mais que o mesmo seja desfeito posteriormente.
O consequente é que vai fazer com que nasça crédito e quem tem competência para isso é o estado.
O fato que gera obrigação acessória é um fato que não tem conteúdo econômico.
O fato que gera obrigação principal é um fato que tem conteúdo econômico.
Consultar sempre a base de cálculo e o critério material, se houver algum problema, provavelmente o tributo é inconstitucional.
Para o professor, a obrigação acessória não pode ser instituída por outro meio que não seja a lei (não pode ser por decreto, etc); hoje, o entendimento do STJ é de que não há necessidade de que a obrigação acessória seja instituída por lei, sendo que a penalidade pelo descumprimento deve ser instituída por lei.
Artigo 116 CTN – o §único foi alterado pela lei 104/2001. – Criou a norma antielisiva (anti planejamento tributário). Deve haver lei ordinária.
Se ocorre o fato gerador, deve pagar tributo. Se não ocorre o fato gerador não nasce dever de pagar. A elisão é lícita, pois o fato gerador não ocorre. A evasão é ilícita pois o fato gerador ocorreu e o contribuinte esconde isso para não pagar tributo.
Norma anti-elisiva – a ideia era combater o planejamento tributário prestigiando a interpretação econômica sobre a jurídica.
Simulação (simulação absoluta) é instituto de direito privado (civil) e só pode ser declarada por juiz. Os atos jurídicos presumem-se verdadeiros. Criar algo que não existe (pedir ao médico que faça uma nota fiscal como se eu tivesse tido despesas médicas mesmo que isso não tenha acontecido).
Dissimulação (simulação relativa). Esconder um fato verdadeiro com um ato falso (simular uma compra e venda para “esconder” a doação).
O legislador quis se referir à simulação relativa -> dissimulação.
Só o juiz pode anular um ato ou negocio jurídico. O CC já previa essa situação de nulidade do ato, o CTN, nesse parágrafo, “choveu no molhado”. A autoridade administrativa sozinha não pode anular o ato ou negócio jurídico, não tem competência, depende de decisão judicial.
Essa norma é de eficácia contida (não é autoaplicável), pois necessita de lei ordinária. Essa norma causou uma ruptura no sistema, houve uma mudança de interpretação. Ela veio para evitar o planejamento tributário (antes da ocorrência do fato gerador).
	Evasão fiscal: todo aquele dinheiro que deveria entrar, mas não entra para o cofre público, é o que o Estado deixa de arrecadar. A evasão fiscal pode se dar de maneira lícita ou ilícita. Ilícita: sonegação fiscal, o contribuinte esconde do fisco o fato gerador. Lícita: é chamada de elisão fiscal/ economia de imposto, a qual é o planejamento tributário. Hoje, quando se fala em evasão, trata-se da ilícita e quando se fala em elisão, trata-se da evasão lícita. O planejamento tributário é feito caso a caso.
A CF concede imunidade de ITBI quando o imóvel é capitalizado, o distrato de sociedade não é fato gerador de ITBI.
MP 66/03 - rejeitada pelo Congresso
Art. 116, Parágrafo único, CTN: não é autoaplicável (inibiria determinados planejamentos tributários). É uma norma antielisiva. A interpretação do direito tributário passou a contar com a interpretação econômica, quando o fato ocorreu com o intuito apenas de não pagar tributo, tal fato é um abuso de forma e deve ser desconsiderado.
O fisco tem se utilizado dessa interpretação de maneira indiscriminada.
Tal artigo fala só da simulação relativa.
3 correntes de interpretação a respeito do parágrafo único do art. 116:
- desde sempre a evasão estrito senso é ilícita
- é inconstitucional (pois tenho direito, é lícita)
- teoria do abuso de forma
A obrigação acessória não tem relação com a obrigação principal, tal como se faz no direito civil. Por exemplo, mesmo que não haja imposto devido, é preciso declarar. Para não declarar, é necessária a isenção tanto de pagar quanto de declarar.
Simulação absoluta: ato falso em si. Ex: cria-se um prejuízo que não existe, uma despesa que não existe para diminuir um imposto - não hå previsão legal, não há incidência de tributo.
Simulação relativa: tem-se um ato aparente que é falso e um ato escondido que é verdadeiro - o Estado pode desconstituir o ato e a partir da desconstituição, da nulidade, incide tributo.
Dissimulação é simulação relativa. 
	O fato gerador em si não pode ser um ato ilícito. Se o fato gerador já aconteceu, não existe planejamento tributário, existe sonegação, trata-se de evasão ilícita.
Atos ilícitos (evasão fiscal ilícita) 
Sonegação - esconder um fato gerador e que esteja previsto na lei penal.
Fraude - não é necessariamente um tipo penal, mas também visa esconder um fato gerador, é uma fraude à lei tributária.
Simulação - se houver uma consequência tributária, a simulação é ato ilícito. Falta de correspondência entre o negocio que as partes realmente estão praticando e aquele que elas formalizam.
Atos lícitos no sentido estrito
Abuso de forma/ Negócio jurídico indireto - utiliza-se uma forma quando se utilizaria outra utiliza-se uma forma jurídica atípica, anormal ou desnecessária.
Abuso de direito - utiliza-se de um instituto jurídico quando se deveria utilizar outro, adotam-se procedimentos para outros fins que nao aqueles que normalmente decorreriam de sua prática.
Segundo o professor e a doutrina majoritária (Luciano Amaro), a interpretação tributária é jurídica, não existe margem para interpretação econômica (Alfredo Augusto Becker - a int. Econ. destrói a certeza e a praticabilidade do direito, negando ao dto trib exatamente o que ele tem de jurídico). Interpretação econômica: aplicação do método teleológico, pelo qual se deve buscar o significado econômico das leis tributárias, sempre desprezando a instrumentação jurídica do negócio. (Marco Aurélio Greco defende a teoria doabuso de forma - de direito - solidariedade social, isonomia tributária)
Teoria do abuso de forma: o foco não é a legalidade da forma, é a normalidade.
Luciano Amaro: O contribuinte sempre teria que verificar se aquele modelo é o que mais freqüentemente se utiliza para a realização daquele negócio, o critério jurídico seria substituído pelo critério estatístico.
Luciano Amaro e Sampaio Dória - o que não pode é a simulação, avalia-se o fato concreto e sua correspondência com o modelo abstrato (forma) utilizado. Se a forma não refletir o caso concreto, aí sim teremos campo para a desqualificação da forma jurídica adotada. O fisco poderia, então, cobrar os tributos decorrentes do negócio realmente realizado. 
ARTIGO 117 CTN I)artigo 125, CC
II)artigo 127, CC
Condição suspensiva: o negócio jurídico só vai ocorrer efetivamente quando... (condição) quando ocorrer o fato gerador é que nasce a obrigação tributária. (ex: doação condicionada à determinado ato).
Condição resolutória: o negócio jurídico será desfeito se.... (condição) (ex: doação que é cancelada se determinado ato acontece. Ou seja, a doação já existe desde já, mas é cancelada caso algo ocorra). 
ARTIGO 118 CTN Fato gerador ilícito. O direito tributário é “amoral”. A Hipótese de Incidência não pode ser um ato ilícito, mas se a HI não for em si um fato ilícito não importa o fato efetivamente praticado. Logo, o traficante de drogas paga imposto de renda. A validade jurídica não importa para o fato gerador (tráfico de drogas - lavagem de dinheiro - imposto de renda)
Princípio "non olet": o tributo não tem cheiro
Princípio da Igualdade: Adv com OAB e Adv sem OAB: ambos geram renda. O fato gerador não pode ser ilícito, mas se os fatos que irão decorrer o FG e ele aconteceu é o que importa. O que vem antes e leva-o para tal, não importa.
SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO
	1.		Bibliografia básica:
Luciano Amaro - Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2010. - Capitulo X – Sujeito ativo e passivo da obrigação tributaria pgs- 317 a 333
2. 		Conteúdo da aula
Sujeição ativa – artigo 119 e 120 do CTN.
Competência tributaria x capacidade tributaria ativa
Sucessão da capacidade ativa
Parafiscalidade x extrafiscalidade
Sujeição Passiva – artigos 121 a 123 do CTN
Sujeição passiva direta (contribuinte)
Sujeição passiva indireta (responsável)
Contribuinte de fato x contribuinte de direito (art 166 do CTN)
Convenções particulares
Substituição tributária (art. 150 parágrafo 7º da CF/88)
3.		Bibliografia específica:
Marco Aurélio Greco – Substituição Tributaria – São Paulo: Ed. Malheiros, 2001.
Critério pessoal - ARTIGO 119 CTN Quem é sujeito ativo (capacidade tributária)? Competência (indelegável) é diferente de capacidade (delegável). 
Competência: União, estados, DF e municípios - aptidão para instituir tributos. A competência tributária é indelegável. Capacidade tributária ativa: é delegável. Apesar de ser verídico o que está no art. 119, CTN, ele confunde os dois conceitos, pois, sendo a capacidade delegável, o sujeito ativo pode não ser apenas quem tem competência. O art. 119 não veda a possibilidade de haver um sujeito ativo que não seja a União, os estados, o DF ou os municípios, ele apenas é limitado (Luciano Amaro). (O INSS não cobra mais tributo, a Receita Federal agora arrecada e fiscaliza as arrecadações do INSS)
ARTIGO 120 CTN Sucessão entre contribuintes e sucessão ativa. Em caso de desmembramento o tributo devido em razão do território em que ocorreu o fato gerador, será sucedido pelo nove estado. (Goiás / Tocantins). Transferência, sucessão da capacidade tributária ativa para o novo estado de Tocantins. Mesmo que ainda não haja legislação nesse novo estado. Sujeito passivo: pode ser contribuinte ou pode ser responsável (espécies).
Sucessão hereditária da capacidade tributária ativa: Todos os fatos geradores ocorridos dentro do território desmembrado são concernentes ao novo estado
Recepção legislativa: a legislação aplicável é a legislação do estado originário, até que o novo estado institua a própria legislação (Ex: Goiás e Tocantins).
Por analogia, situações semelhantes também devem respeitar o 120, como, por exemplo, na fusão (Luciano Amaro e Aliomar Baleeiro). No caso de obrigações tributárias, o contribuinte deve exigir da nova entidade política (Luciano Amaro e Rubens Gomes de Souza).
Não é apenas o Estado o sujeito ativo, o fisco é o sujeito ativo.
ARTIGO 121 CTN - Não é só a pessoa quem comete o fato gerador que será obrigada a pagar o tributo. A regra é que quem revela riqueza deve pagar o tributo, mas não é sempre assim.
§único - I)contribuinte – quem comete o fato gerador (quem é proprietário do bem imóvel, quem aufere renda...). A ideia é que o sujeito passivo sempre seja o contribuinte. Em razão do princípio da capacidade contributiva. Quem revela riqueza é que deve pagar tributo.
II)responsável – quem não tem relação pessoal e direta com o fato gerador. A lei lhe atribui a responsabilidade pelo pagamento do tributo. O comprador do imóvel revela que tem capacidade contributiva, pois está comprando, então é ele (o comprador) que paga o ITBI. A lei pode determinar uma terceira pessoa que não tenha nada a ver com o fato gerador para que seja responsável pelo pagamento do tributo. Artigo 128 CTN -> mesmo que a pessoa não tenha relação direta com o fato gerador ela deve estar vinculada de alguma maneira para que a lei possa atribuir responsabilidade de pagar. 
É melhor falar sujeito passivo do que contribuinte, pois algumas vezes pode ser o responsável.
Classificação de Contribuinte (sujeito passivo direto) – artigo 166 CTN 
De fato (tributo indireto): só se aplica ao ICMS e ao IPI. Assume o encargo financeiro (consumidores).
De direito (tributo direto): todos os contribuintes. A Lei determina que paga. É quem tem relação com o Estado.
ICMS e IPI são os únicos dois tributos que se encaixam, apesar de o artigo 166 não dizer isso.
O professor entende que o contribuinte de fato pode restituir tributo em face do Estado. Os tribunais ainda não entendem isso. Se não estamos falando do artigo 166, todos os contribuintes são de direito, obviamente.
Classificação de Responsável (sujeito passivo indireto) – artigo 128 CTN
Por Transferência: deve haver um fato superveniente (depois) que faça com que haja a transferência da sujeição passiva. Houve o fato gerador, ainda não se deu o pagamento, e o agente do fato gerador morre. O sucessor agora é responsável pelo pagamento do tributo por transferência (morte; falência da PJ...). O Estado só pode cobrar desse sucessor se houver lei regulando.
Por Substituição: a lei já prevê, antes da ocorrência do fato gerador, que não será o contribuinte que vai arcar com o tributo. a obrigação tributária já nasce para o responsável, não há fato superveniente, mas lei anterior prevendo. Cerveja – muito mais fácil fiscalizar as distribuidoras do que todos os bares e locais que vendem cerveja. A distribuidora vende cerveja para o comércio – nascem dois fatos geradores: o ICMS da operação que ele está realizando com o comércio e o ICMS da operação que ainda vai incidir, entre comércio e consumidor (a distribuidora é responsável por substituição e contribuinte). Com o combustível ocorre a mesma coisa, o posto não paga ICMS, a distribuidora recolhe por substituição.
Artigo 150, §7º, CF (EC)
Caso não se realize o fato gerador presumido (responsabilidade por substituição). A doutrina critica muito o “fato gerador presumido”, pois para nascer a obrigação deve ocorrer o fato gerador. Esse §7º legitimou esse fato gerador presumido (substituição tributária para frente). Estabelece que pode haver responsabilidade mesmo que o fato gerador ainda não tenha ocorrido e, se não ocorrer, tem preferência para restituir-se. A CF só prevê que pode haver restituição se não houver o fato gerador.
Substituição Tributária
	Para frente – se o fato gerador vai acontecer (exemplos citadosacima).
	Para trás – se o fato já aconteceu (produção rural). O tributo é recolhido por quem compra do produtor rural (mercado).
Bis in idem – cobrar duas vezes o mesmo tributo pelo mesmo sujeito ativo.
Bitributação – dois entes tributantes cobrando mesmo tributo.
Artigo 123 CTN - As disposições particulares não vinculam a Fazenda Pública. (locador / locatário e pagamento do IPTU).
Artigo 124 CTN - Solidariedade – mais de uma pessoa comete o fato gerador.
Mais de uma pessoa tem o dever integral da obrigação e o credor escolhe de quem cobrar. Não tem a ver com responsabilidade. Aqui há dois ou mais sujeitos passivos diretos. Fazendas de 3 pessoas – os 3 são obrigados a pagar o ITR em sua totalidade. Eles são solidários.
Não há benefício de ordem em solidariedade de matéria tributária!
O contribuinte que o fisco entender que é mais fácil cobrar, será cobrado.
Artigo 125 CTN - Não há solidariedade na isenção, mas proporcionalidade.
Artigo 126 CTN - Capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais. Um incapaz pode sim ser sujeito passivo. Pode ser dono de um carro e deve pagar o IPVA, mesmo não podendo dirigir. O menor se defende através de seu pai (representante).
Sociedades de fato (informais), não são registradas, mas se cometer fatos geradores típicos da pessoa jurídica os tributos incidem.
Artigo 127 CTN - Domicílio tributário – pessoa física -> residência habitual / pessoa jurídica -> sede / pessoa jurídica de direito público -> qualquer de suas repartições.
Se a pessoa tiver várias residências habituais – relacionar com o fato gerador ou com o local dos imóveis ou bens sobre os quais estão incidindo tributos.
§1º e 2º - o lugar da situação dos bens.
O contribuinte pode eleger o domicílio, mas se isso impedir ou dificultar a fiscalização o fisco, de ofício, pode mudar.
Artigo 128 CTN - Responsável (pela Obrigação Tributária)
O responsável tem obrigação de pagar o tributo quando a lei estipular. Até onde a lei pode atribuir a responsabilidade para o cumprimento da obrigação tributária?
Limites
CF – capacidade contributiva.
CTN – deve haver algum vínculo com o fato gerador (128). 
Quem estará no polo passivo na execução fiscal?
A responsabilidade é pelo cumprimento da obrigação!
Artigo 129 CTN - Constituição do crédito – lançamento.
Artigo 130 CTN - Bens imóveis: na compra e venda de imóvel o adquirente é sucessor dos tributos relativos àquele imóvel. Responsabilidade por transferência, espécie – sucessão. O fato superveniente é a alienação de bem imóvel.
Se o adquirente tomar o cuidado de trazer as certidões de quitação dos tributos referentes àquele imóvel é uma hipótese de exceção.
Artigo 131 CTN - Bens móveis​: aqui não há exceção 
O adquirente ou remitente
Sucessor a qualquer título e meeiro – só assumem a dívida tributária até o limite de patrimônio que irão receber. Entre a abertura da sucessão e a partilha podem ocorrer fatos geradores.
Espólio
Todos casos de responsabilidade por transferência por sucessão 
Artigo 132 CTN - Pessoa Jurídica - Eventos societários
	-fusão – A e B formando C, A e B deixam de existir.
	-incorporação – A incorpora B, B deixa de existir.
	-transformação – Ltda. transforma-se em S/A
	-extinção - §único – se houver a extinção da pessoa jurídica e o sócio remanescente ou o espólio continua a atividade com nova pessoa jurídica -> não há sucessão quando da extinção, a não ser que continue com a mesma atividade.
	-cisão – oposto da fusão – “A” origina outra(s) pessoa(s) jurídica(s), e não necessariamente a primeira pessoa A se extingue. Divisão patrimonial para constituir outra Pessoa Jurídica. Não está prevista no CTN, mas há sim a sucessão nas mesmas regras das demais, a questão é saber quanto é sucedido.
A Fazenda Pública pode cobrar de ambas. A empresa que ficou com o patrimônio responde pela dívida.
Artigo 133 CTN - Semelhante à extinção. Aquisição de Pessoa Jurídica – como se adquire a PJ? Aquisição do patrimônio e não dela em si. Pode adquirir as quotas da PJ, o fundo de comércio (conjunto de bens fungíveis ou não) ou o estabelecimento.
Se o sujeito adquire o fundo de comércio ou estabelecimento há responsabilidade por transferência por sucessão.
II – exceção à regra geral. A sucessão é integral se o alienante cessar com a atividade. Se o alienante dentro de 6 meses continuar com a atividade, há a figura da responsabilidade subsidiária (cobra primeiro do alienante e, se ele não pagar, cobra do adquirente) -> pesquisar no livro.
§s- recuperação judicial; não haverá sucessão; se for comprovado que a recuperação é fraudulenta (em nome de “laranjas”) há a sucessão.
INTERPRESTAÇÃO E INTEGRAÇÃO 
	Bibliografia básica:
Luciano Amaro
Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011.
Capitulo VI – pgs- 231 a 265
Conteúdo:
Diferença entre interpretação e integração (correção?)
Kelsen e as lacunas no Direito
Espécies de interpretação (Gramatical/literal, autentica, teleológica, histórica, sistemática)
Intepretaçao apriorística, pro fisco, pro contribuinte (exceto 112)...
Literal = estrita (Art. 111) = principio da legalidade
Restritiva – Penalidades (in dúbio pro reo)
Extensiva – regras de analogia
Integraçao todos os aplicadores, não só o fisco
Instrumentos = analogia (dif. Interpretação extensiva)
Hierarquia de princípios??
Interpretação econômica – par único art. 116.
Abuso de forma, negócio indireto, simulação.
3.		Bibliografia específica:
Ricardo Lobo Torres – Normas de Interpretação e Integração do Direito Tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
Interpretação e Integração (a partir do artigo 107, CTN)
Interpretação: há uma norma e verifica-se o alcance da mesma
Integração: não existe uma norma, verifica-se o que o legislador faria naquele caso.
Art. 107, CTN: As regras de interpretação das normas tributárias são as mesmas das outras normas de Direito.
A norma é o resultado da interpretação do texto colocado no papel.
	Interpretação é estabelecer o sentido e o alcance de uma lei. 
	Gramatical / literal - restritiva
	Histórica – qual o contexto da época da lei
	Teleológica – qual a finalidade da lei (muito subjetiva)
	Sistemática – não analisar o texto sozinho, mas todo o sistema do direito
Nenhuma delas é perfeita, mas entende-se que a melhor é a sistemática. Interpretação sistemática: tem-se uma norma, cuja interpretação se busca em harmonia com o sistema jurídico em que nela se insere. O texto é uma coisa e a norma é outra. Muitas vezes o texto é imperfeito, mas o comando dado pelo texto é a norma. Esse é o desafio da interpretação, para saber qual é a norma por trás daquele texto.
	A interpretação pode ser
	Autêntica (próprio legislador)
	Jurisprudencial (tribunais)
	Doutrinária (doutrina)
A doutrina entende que a melhor interpretação é a doutrinária, pois é científica. Se é a doutrina que interpreta e a faz sistematicamente, por que o legislador disse como deve ser interpretada a norma? Esses artigos são muito criticados pela doutrina.
A legislação não trata o contribuinte como desigual na relação jurídica tributária, apesar de o fisco ter uma série de privilégios para a cobrança do tributo, inclusive privilégios processuais. A interpretação não pode ser feita de modo apriorístico em favor do contribuinte (no campo da definição do tributo deve-se caminhar, em regra, para uma interpretação mais estrita)
Art. 108, CTN: Integração são regras que o código coloca no caso de haver lacunas na lei. O código admitindo que podem existir lacunas na legislação. Kelsen não admitia lacunas, acreditava que toda e qualquer resposta pode ser encontrada no sistema. Autoridade competente: Fisco + Juiz
Artigo 108 CTN – na ausência de disposição expressa... regras sucessivas 
1)analogia
2)princípios gerais de direito tributário
3)princípios gerais de direito público
4)equidade – norma válvula,humanização da lei
§1º - limite à analogia
§2º - limite à equidade
Se forem admitidas lacunas no Direito, abre-se margem para a cobrança de tributos com fatos não previstos em lei (Kelsen). O CTN e os tribunais entendem que existem lacunas e, em virtude do princípio da legalidade, a integração deve ser feita com muito cuidado. Luciano Amaro - existem lacunas. A autoridade competente para aplicar a legislação tributária é o fisco e, segundo atual doutrina, o juiz (Luciano Amaro - o aplicados da lei é qualquer pessoa a quem incumba interpretar e aplicar a lei, inclusive o juiz).
	Aliomar Baleeiro - afirma que só se trata dos agentes do fisco.
Luciano Amaro - não há hierarquização entre os instrumentos de integração
Luciano Amaro e Ricardo Lobo Torres - a enumeração do art. 108, CTN, não é taxativa, a plenitude da ordem jurídica é buscada também com os argumentos a contrario sensu e a fortiori, e com os princípios gerais de direito (não apenas com os de direito tributário ou direito público).
A doutrina minoritária acredita que há hierarquia entre os princípios.
A doutrina atual entende que não existe hierarquia entre princípios (Luciano Amaro e Ricardo Lobo Torres - o princípio pode se tornar mais ou menos adensado dependendo do setor jurídico), existem princípios que decorrem de outros. Os incisos II e III do art. 108 trazem a ideia de que existe hierarquia entre princípios.
Dworkin: sopesamento de princípios - cada caso concreto deve ser analisado, sendo que um princípio será mais aplicado que outro, mas ambos serão aplicados
Equidade: aplicação de justiça, é uma questão mais de processo tributário. Preenche vácuos axiológicos, onde a aplicação rígida e inflexível da regra legal escrita repugnaria ao sentimento de justiça da coletividade, que cabe ao aplicador da lei implementar.
Artigos 109 - Para fins tributários não se pode alterar um conceito de direito privado. (O navio se sujeita à hipoteca, não à penhor - ver cobrança do ITBI). É artigo destinado ao aplicador da lei, diante do caso concreto: deve buscar no dto privado a definição para o instituto que seja do dto privado. E não deve criar sua propria definição.
Artigo 110 CTN - é didático, trata de competência tributária, que é matéria constitucional. A lei pode ser abstrata e geral, mas ter uma aplicação tão específica que se torna discriminatória. Também é destinado ao legislador, parecido com o art. 109, pois a lei tributaria não pode alterar institutos de dto privado.
Artigo 111 CTN - Literalmente. Artigo muito criticado pela doutrina. Interpretação gramatical é a mais pobre que existe. Ainda que o CTN não deva restringir a interpretação, se a isenção ofender o princípio da igualdade, o Judiciário não estende a isenção, mesmo que não aplique o art. 111, II, CTN, ele diz que não pode agir de tal forma pois estaria atuando como o legislador positivo e isso seria afronta à repartição dos poderes.
Interesse público prevalece sobre o particular – in dubio pro fisco.
Em razão da vulnerabilidade – in dubio pro contribuinte.
Duas correntes igualmente fortes.
Interpretação econômica do direito tributário – o que interessa é a consequência econômica do ato. O ato deve ser tributado pela sua consequência.
Interpretação econômica X jurídica: substância X forma.
Artigo 112 CTN - Mais favorável ao acusado.

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