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GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ARIVALDO BISPO DOS SANTOS CINTHIA MARIA SANTOS SILVA CLAUDIA BORGES DE MOURA DAIANE CRUZ DA COSTA DIANA ANDRADE BISPO JOSÉ EDUARDO SENA SANTOS LUIS EDUARDO DE JESUS SANTOS NAIRA SOUZA SANTOS NEIDSON NASCIMENTO DE JESUS ROBSON MORAIS DE JESUS ROSEANE SANTOS DA SILVA TATIANE PINHO DA SILVA REDCARD: UM ESTUDO DO CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL. SALVADOR 2016 ARIVALDO BISPO DOS SANTOS CINTHIA MARIA SANTOS SILVA CLAUDIA BORGES DE MOURA DAIANE CRUZ DA COSTA DIANA ANDRADE BISPO JOSÉ EDUARDO SENA SANTOS LUIS EDUARDO DE JESUS SANTOS NAIRA SOUZA SANTOS NEIDSON NASCIMENTO DE JESUS ROBSON MORAIS DE JESUS ROSEANE SANTOS DA SILVA TATIANE PINHO DA SILVA REDCARD: UM ESTUDO DO CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL. SALVADOR 2016 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro Universitário Estácio da Bahia - FIB, como pré-requisito para avaliação da disciplina Práticas de RH II, 4º semestre do Curso de Graduação Tecnológica em Gestão de Recursos Humanos, Campus Fratelli Vita, sob a orientação da Msc. Carolina Pamponet. ARIVALDO BISPO DOS SANTOS CINTHIA MARIA SANTOS SILVA CLAUDIA BORGES DE MOURA DAIANE CRUZ DA COSTA DIANA ANDRADE BISPO JOSÉ EDUARDO SENA SANTOS LUIS EDUARDO DE JESUS SANTOS NAIRA SOUZA SANTOS NEIDSON NASCIMENTO DE JESUS ROBSON MORAIS DE JESUS ROSEANE SANTOS DA SILVA TATIANE PINHO DA SILVA REDCARD: UM ESTUDO DO CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao curso de Graduação Tecnológica em Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário Estácio da Bahia – FIB. Data ___/___/___ Nota __________ Banca Examinadora: _______________________________________________________________ Professora Carolina Pamponet/Orientadora Professora Kelly Lima/Convidada Professora Judnalia Muniz/Convidada Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus por ter concedido força e perseverança necessária para que pudéssemos percorrer com êxito essa percurso. Aos docentes do Curso de Gestão de Recursos Humanos; eles que são, sem dúvidas, itens basilares em nossa jornada acadêmica. AGRADECIMENTOS A Deus, pelas dádivas e benignidades alcançadas. À Estácio/FIB, por se fazer presente em nossas vidas, proporcionado um ensino de qualidade, estruturado no respeito mútuo entre alunos e professores. À nossa orientadora professora Carolina Pamponet, pelo profissionalismo com que conduziu os seus orientandos. À coordenadora do curso, professora Alana Lopes pelos constantes incentivos. À Redcard, pela oportunidade concedida para o desenvolvimento desse trabalho, tão necessário ao nosso encarreiramento. Nosso muito obrigado aos colegas de turma, sempre presentes nos momentos mais difíceis vivenciados por todos, pois nunca se eximiram da vontade de ajudar os semelhantes. À nossa família, pelo fundamental suporte educacional. Suporte esse, que incentivou a busca pelo conhecimento nos fazendo ultrapassar nossos limites e buscar nosso desenvolvimento profissional. Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano. Sempre que alguém descobre esse poder algo antes considerado impossível se torna realidade (Albert Einstein). LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: As fases do Recrutamento ............................................................. 18 FIGURA 2: A Seleção de Pessoal como comparação ...................................... 19 FIGURA 3: Os Processos da Gestão de Pessoas ........................................... 21 FIGURA 4: Organograma ................................................................................. 27 FIGURA 5: Análise SWOT …………………………………………………………. 31 FIGURA 6: Atributos-chave para o sucesso..................................................... 31 FIGURA 7: Plano de Carreira em Y ................................................................. 44 LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS MEC - Ministério da Cultura TCC - Trabalho de Conclusão de Curso FIEB - Federação das Indústrias do Estado da Bahia MTE - Ministério do Trabalho e Emprego ACBEU - Associação Cultural Brasil Estados Unidos CELPE - Companhia Energética de Pernambuco COELBA - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia UCSAL - Universidade Salvador RESUMO O trabalho aqui apresentado constitui a análise das práticas de Recursos Humanos da Redcard Cobranças, a partir da realização de um diagnóstico organizacional. Assim, por meio da aplicação da Pesquisa de Clima e Cultura Organizacional, foram identificados pontos de melhoria no que consiste às práticas de gestão de pessoas da empresa e, ao final do estudo, apresentamos uma proposta de intervenção, que consistiu em plano de carreira para os colaboradores da empresa. Palavras-chave: Redcard Cobranças, Gestão de Pessoas, Clima e Cultura Organizacional, Plano de Carreira. ABSTRACT The work here presented constitutes the analysis of the practices of Human resources of Redcard Cobranças, starting from the accomplishment of an organizational diagnosis. Like this, through the application of the Research of Climate and Organizational Culture, they were identified improvement points in what consists to the practices of peoples of the company administration and, at the end of the study, we presented an intervention proposal, that consisted of career plan for the collaborators of the company. Word-key: Redcard Cobranças, Administration of People, Climate and Organizational Culture, Plan of Career. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 13 2. JUSTIFICATIVA 14 3. OBJETIVOS 14 3.1 Objetivo geral 14 3.2 Objetivo Específicos 14 4. REFERENCIAL TEÓRICO 15 4.1 Gestão de Pessoas 15 4.2 A importância da Gestão de Pessoas 17 4.3 Clima Organizacional 22 5. METODOLOGIA 25 6. DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL 26 6.1 Histórico 26 6.2 Missão\ Visão\ Valores 28 6.3 Cultura Organizacional 29 6.4 Análise de SWOT 30 6.5 Atributos-chave para o sucesso 31 2.6 GESTÃO DE PESSOAS 32 2.6.1 Subsistema de Recrutamento e Seleção 32 2.6.2 Subsistema de Treinamento e Desenvolvimento 32 2.6.3 Subsistema de remuneração 32 7. GRAFICOS 33 7.1 Tempo de serviço na Rede Card 33 7.2 Idade 33 7.3 Nível de Escolaridade 34 7.4 Sexo 34 7.5 Trabalho Realizado 35 7.6 Salário 35 7.7 Liderança 36 7.8 Comunicação Organizacional 36 7.9 Possibilidades de Progresso 37 7.10 Relacionamento Interpessoal 37 7.11 Cultura Organizacional 38 7.12 Gestão de Pessoas 38 7.13 Diversidade 39 7.14 Comprometimento/ Lealdade / Fidelidade 39 7.15 Ambiente de Trabalho 40 7.16 Grau de Satisfação 40 7.17 Gostode Trabalhar na Empresa 41 7.18 Porque as Pessoas deixam de Trabalhar 41 8. INTERVENÇÕES 42 8.1 Modelo de Plano de Carreira em Y 43 8.2 Característica da Carreira em Y 43 8.2.1 Inicio da Carreira 45 8.2.2 Tomada de Decisão 45 8.2.3 Carreira Gerencial Técnica 45 8.2.4 Carreira Gerencial Executiva 46 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 47 REFERÊNCIAS 48 ANEXOS 49 13 1. INTRODUÇÃO O Curso de Graduação Tecnológica em Gestão de Recursos Humanos tem por objetivo formar profissionais de Recursos Humanos que poderão atuar como gestores, consultores internos ou analistas de RH em empresas de diferentes portes e atividade. Poderão ainda assumir a administração da área de recursos humanos ou assessorar outros setores da organização no que se refere à gestão de pessoas. Com o conceito cinco (nota máxima), avaliação feita pelo Ministério de Educação e Cultura – MEC, o curso afirma o alto padrão de qualidade do ensino da instituição. O último semestre do curso contempla a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, objetivando aprimorar nos discentes uma visão crítico-reflexiva da realidade organizacional, por meio do desenvolvimento de um estudo baseado na realidade organizacional, a partir da análise de casos práticos. Assim, considerando os objetivos do curso, é desenvolvido no âmbito do mesmo um trabalho que representa grande relevância para a formação dos concluintes, abrangendo uma análise organizacional que compreende desde o diagnóstico da empresa pesquisada no que se refere às práticas de recursos humanos adotadas até a apresentação de planos de ação, visando à melhoria de processos já existentes ou a implementação de outras práticas das demais disciplinas da matriz curricular, principalmente das disciplinas do 4° semestre letivo, desde que se apliquem à realidade estudada. Desse modo, por meio do Trabalho de Conclusão de Curso aqui apresentado, serão analisadas as múltiplas dimensões organizacionais da empresa Lebre Tecnologia e Informática, buscando assim, contribuir para a ampliação dos níveis de produtividade organizacional, bem como, da satisfação dos seus colaboradores. 14 2. JUSTIFICATIVA Considerando a importância estratégica da Área de Recursos Humanos no atual ambiente empresarial, marcado por intensas transformações e pela concorrência entre mercados, observa-se que, cada vez mais as organizações passam a demandar práticas avançadas de gestão de pessoas. Assim, a pesquisa aqui apresentada se justifica na medida em que possibilitará o melhor entendimento acerca da relação entre uma efetiva Gestão de Recursos Humanos e a construção de um clima organizacional favorável. 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Investigar, por meio da aplicação da ferramenta de Pesquisa de Clima e Cultura organizacional, possíveis pontos de melhoria no que tange à gestão de pessoas na Redcard. 3.2 Objetivos Específicos Compreender quais dimensões interferem negativamente no clima organizacional da Redcard. Propor planos de melhoria visando eliminar/minimizar pontos de insatisfação no clima organizacional da Redcard. 15 4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 Gestão de Pessoas Na concepção de Chiavenato (2008) a Gestão de Pessoas é muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, a cultura organizacional adotada, as características do contexto ambiental, o negócio da organização, a tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de outras variáveis importantes. Vergara (2009) complementa com um conceito similar, quando afirma que: As pessoas que participam do processo de gestão estratégica de uma Organização devem ser consultadas, sobre as mudanças que poderiam ser promovidas, essas pessoas são consideradas o coração da organização. São elas que conhecem realmente os problemas que começam na parte operacional de uma empresa. Por outro lado, além de terem cérebro e coração, as pessoas têm sentimento, o que tem de ser muito respeitado, pois só serão alcançados objetivos estratégicos através de uma ponte que una as metas da organização com os objetivos pessoais de cada uma das pessoas envolvidas no processo. Na implantação de ações estratégicas, é importante levar as pessoas a colaborarem com este processo (pois do contrário elas resistirão), e procurar também perceber o impacto que essa mudança ocasionará na vida de cada uma dela (VERGARA 2009, p.09). Knapik (2008) entende que a Área de Gestão de Pessoas necessita conhecer bem a organização, seu ambiente de trabalho, suas crenças, seus valores, sua missão e visão, o clima de trabalho e a cultura empresarial para que possa gerenciar seus talentos e criar uma relação de ganha-ganha entre empresa e colaboradores. De maneira complementar, Fischer (2002) acredita que a maneira pela qual uma empresa organiza-se para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho é a definição de Gestão de Pessoas. O autor ainda destaca que a empresa estrutura-se definindo princípios, estratégias, políticas e práticas, ou processos de 16 gestão. Por meio desses mecanismos, implementa diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham. Para Dessler (2003) apud Chiavenato (1999, p.8), a gestão de pessoas consiste em “[...] um conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliações de desempenho [...].” De forma semelhante, Marras (2007) afirma que toda organização que tem consciência da importância da Gestão de Talentos e Pessoas, para obtenção de êxitos, preocupa-se em criar um sistema de Gestão de Pessoas que auxilie, de forma independente, a administração de pessoal. De acordo com o referido autor, esse sistema compõe-se de subsistemas, os quais facilitam o desenvolvimento do quadro de pessoal na organização, por responderem individualmente por cada uma das funções da administração de recursos humanos. Esses subsistemas se referem, dentre outras coisas, à questão do recrutamento e seleção, passando pelo treinamento e desenvolvimento, remuneração, ou cargos e salários, até mesmo a vacância desses cargos, além de estabelecer o redirecionamento profissional. Dutra (2004) explana que a gestão de pessoas mais alinhada com as expectativas e as necessidades das organizações e dos indivíduos permitiu o surgimento de competências. Desse modo, a gestão de pessoas por competências (GPPC) é um modelo de gestão que visa reconhecer, formar e ampliar conhecimentos, habilidades e atitudes, de forma que agregam valor à organização e ao indivíduo. Esse modelo é particularmente útil às organizações para as quais o aprimoramento, a inovação e a aprendizagem organizacional são determinantes para a sua competitividade. Sob essa ótica, cabe às organizações criar o espaço, estimular o desenvolvimento e a competitividade das pessoas, comprometendo-se com elas, respeitando-as individualmente, como diferenciais competitivos (DUTRA, 2002). Observa-se assim, que investir no desenvolvimento das pessoas se faz necessário na medida em que quando podem contar com um quadro de profissionais qualificados e motivados, as organizações certamente tornar-se-ão mais competitivas, o que é imprescindível na atualidade. 17 4.2 A IMPORTÂNCIADA GESTÃO DE PESSOAS Dessler (2003, p. 11) destaca a importância das pessoas através de uma afirmação do vice-presidente de recursos humanos da Toyota Motor Manufaturing em Georgetown, Kentucky: Pessoas estão por trás do nosso sucesso. Máquinas não têm ideias, não resolvem problemas, não agarram oportunidades. Somente pessoas que estejam envolvidas e pensando fazem à diferença (...). Todos os fabricantes de automóveis nos Estados Unidos têm basicamente o mesmo maquinário. Mas o modo como as pessoas são utilizadas e envolvidas varia muito de um empresa para outra. A força de trabalho dá a qualquer empresa o seu verdadeiro poder competitivo (DESSLER 2003, p. 11). Já para Gil (2007) a Gestão de Pessoas passa a assumir um papel de liderança para alcançar a excelência organizacional necessária para enfrentar desafios competitivos. O autor exemplifica esses desafios como: a globalização, a utilização das novas tecnologias e a gestão do capital intelectual. Seguindo entendimento similar, Kanaane (1999) trata da importância da Gestão de Pessoas: As organizações têm que estar comprometidas com as pessoas, mostrando-lhes sua principal necessidade. Elas necessitam adotar posturas mais flexíveis com relação às concepções sobre poder e influência, o que implica a adoção de estratégias compatíveis com o envolvimento e o engajamento dos trabalhadores, possibilitando a valorização do potencial humano (KANAANE 1999, p. 25). Por sua vez, Chiavenato (2014) entende que a Gestão de Pessoas é importante, pois, permite a colaboração eficaz das pessoas – colaboradores empregados, funcionários, recursos humanos, talentos ou qualquer denominação que seja utilizada – para alcançar os objetivos organizacionais e individuais. Os nomes como departamento de pessoal, relações industriais, recursos humanos, desenvolvimento de talento, capital humano ou capital intelectual, são utilizados para descrever a unidade, o departamento ou a equipe relacionada com a Gestão de Pessoas. Nesse aspecto, observa-se que a estrutura da Área de Recursos Humanos é item basilar para uma Gestão de Pessoas bem desenvolvida. Para tal desenvolvimento é 18 necessário adentrar em conceitos iniciais desta área como: recrutamento e seleção de pessoal. Para Marras (2000), agregar pessoas é atividade fundamental da estratégia de toda organização que procura aplicar o recrutamento e a seleção como parte de um mesmo processo: a provisão de recursos humanos. Já Chiavenato (2006) considera que as pessoas e seus conhecimentos e habilidades mentais passam a ser a principal base da nova organização. A antiga Administração de Recursos Humanos cedeu lugar a uma nova abordagem: Gestão de Pessoas. Nessa nova concepção, as pessoas deixam de ser simples recursos humanos organizacionais para serem abordadas como seres dotados de inteligência, personalidade, conhecimentos, habilidades, destrezas, aspirações e percepções singulares. São os novos parceiros da organização. Ainda conforme Chiavenato (2010) a finalidade do recrutamento é atrair candidatos para a empresa. Dessa maneira, o recrutamento deve ter em foco quais as oportunidades em aberto na empresa, identificar onde estão situados os candidatos e verificar como informá-los das oportunidades de trabalho que a empresa oferece, além de interessá-los e atraí-los a comparecer à empresa para uma entrevista inicial de triagem. Figura 1- As fases do recrutamento. Autor: Chiavenato, 2006. 19 Em continuidade aos conceitos apresentados, a seleção de pessoal consiste no: O processo de avaliação de candidatos para assegurar a escolha do mais apto ao trabalho. Assim, a seleção de pessoas é, ao mesmo tempo, uma comparação e uma escolha. E termina com uma decisão. Para que possa ser científica e alcançar certa precisão, ela precisa estar baseada nas características pessoais que a oportunidade oferecida exige do seu futuro ocupante (CHIAVENATO 2010, p. 42). Também de acordo com Chiavenato (2006), a seleção de recursos humanos por ser um sistema de comparação e de escolha, deve apoiar-se em algum padrão ou critério para ter validade. O padrão ou critério é obtido a partir das características do cargo a ser preenchido. Dessa maneira, a base para a seleção é a obtenção de informações para o cargo. Figura 2- A seleção de pessoal como uma comparação. Autor: Chiavenato, 2006. Para complementar, Chiavenato (1999) relaciona os Recursos Humanos com as funções do administrador. Ele afirma que a Administração de Recursos Humanos refere-se às políticas e práticas necessárias para se administrar o trabalho das 20 pessoas. Assim pode-se mencionar o trabalho do setor de Recursos Humanos nas seguintes práticas: a) Análise e descrição de Cargos – Atribuição de tarefas ao cargo e desenho do cargo. b) Recrutamento e Seleção – Atividade de agregar pessoas e selecionar. c) Admissão de candidatos selecionados: contrato de trabalho, orientação e integração de novos funcionários. d) Administração de cargos e salários: atribuição de novas tarefas ao cargo, folha de pagamento e remuneração. e) Incentivos salariais e benefícios sociais: recompensas, plano de remuneração e plano de benefícios. f) Comunicação aos funcionários: comunicações internas, Sistema de Informações de RH. g) Treinamento e desenvolvimento de pessoas: diagnóstico das necessidades de treinamento e desenvolvimento de carreiras. h) Desenvolvimento Organizacional: responsabilidade social das organizações. i) Higiene, Segurança e Qualidade de Vida: saúde Ocupacional, Segurança do Trabalho e Programas de bem-estar dos funcionários. j) Relações com Empregados e Relações Sindicais: administração de Conflitos e Disciplina. Além disso, Chiavenato (1999) descreve os seis processos básicos da Gestão de Pessoas, a saber: a) Processos de Agregar Pessoas: são os processos de incluir novas pessoas, de suprimento de novos funcionários. Nesse processo estão as atividades de recrutamento e seleção de pessoas b) Processos de Aplicar Pessoas: processos utilizados para modelar as atividades que os funcionários irão realizar na organização, acompanhar e orientar seu desempenho. As atividades encontradas nesse processo são de desenhos de cargos e avaliação de desempenho. c) Processos de Recompensar Pessoas: processos utilizados para motiva e incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuas. Nesse processo podemos encontrar as atividades de remuneração e benefícios. d) Processos de Desenvolver Pessoas: processos utilizados para capacitar, treinar e desenvolver pessoas. Aqui encontramos as atividades de treinamento, mudanças e comunicação. e) Processos de Manter Pessoas: são os processos de criação de condições ambientais e psicológicas satisfatórias para o trabalho dos funcionários. 21 f) Processos de Monitorar Pessoas: são os processos utilizados para acompanhar e controlar o trabalho dos funcionários e analisar os resultados. Incluem nesse processo os bancos de dados e sistemas de informações gerencias. O referido autor também afirma que todos esses processos estão intimamente relacionados entre si, de tal maneira que se influenciam reciprocamente (CHIAVENATO, 2009), conforme figura a seguir: Figura 3 – Os processos da Gestão de Pessoas Autor: Chiavenato, 2009. Considerando as teorias aqui discutidas, observa-se que a Área de Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas, torna-se gradativamente estratégica para as organizações – sejam elas públicas ou privadas – tendo em vista que são as pessoas os diferenciais competitivos; ativos que contribuem decisivamente para ampliar os meios de produtividade e excelência organizacional.22 4.3 Clima Organizacional No que tange ao estudo do clima organizacional, Xavier (1986) salienta a importância de despertar a atenção de administradores para o estudo do ser humano no ambiente de trabalho, pois ele é o principal fator de produção. Apoiado nas teorias motivacionais dos humanistas e dentro desta visão sistêmica das organizações é que surgiram as técnicas como o desenvolvimento organizacional, de pesquisa de clima organizacional, qualidade de vida no trabalho e outras que se preocupam com a satisfação no trabalho. Sob a nossa ótica, o autor salienta que estas medidas deverão ser adotadas, visando sempre maior produtividade, ou melhor, desempenho no trabalho, uma vez que a administração surgiu no mundo organizacional. Esta ênfase, originada nos teóricos humanistas, em preocupações com a satisfação no trabalho foi sempre apoiada pela suposição de que essa satisfação levaria o melhor desempenho no trabalho, ou seja, uma relação positiva entre satisfação funcional e desempenho (XAVIER, 1986). Seguindo o mesmo pensamento, Litwin (1968) se refere ao termo clima organizacional como um conjunto de propriedades mensuráveis do ambiente de trabalho, percebido diretamente ou indiretamente pelas pessoas que vivem e trabalham neste ambiente e que os assumem para influenciar suas motivações e comportamento. Dessa forma, ele visava a importância do capital-intelectual humano, pois são os representantes de uma organização que serão responsáveis pelo fator lucro da empresa, ou seja, pessoas satisfeitas, trabalho harmonioso e produtivo. Litwin (1968) também propôs um modelo de análise de clima organizacional, baseado nos fatores motivacionais de McClelland. A teoria motivacional de McClelland baseia-se na análise das motivações causadas por três fatores. O de afiliação, que se refere às relações de amizade e afeição; o de realização que se refere à procura em atingir metas e de conclusão de um bom trabalho; e o de poder que se refere à necessidade de influenciar pessoas. Ademais, segundo Chiavenato (2008), toda organização tem clima organizacional que é constituído pelo meio interno, ou seja, uma atmosfera psicológica própria de cada uma delas. Esse clima organizacional está relacionado com a moral e a satisfação daquilo que os membros tem por necessidades podendo ser: saudável ou 23 doentio,quente ou frio,negativo ou positivo,satisfatório ou insatisfatório.Está sujeito ao estado que cada membro se sente em relação à empresa Para Siqueira (2008 p.18): O clima organizacional é importante para compreender o ambiente de trabalho e como está relacionado ao comportamento das pessoas, assim como sua qualidade de vida e o reflexo que isso terá no desempenho das organizações (SIQUEIRA 2008, p. 18). Assim, é essencial investir em atividades que visem à melhoria da qualidade de vida dos funcionários e atitudes que busquem o aperfeiçoamento do ambiente de trabalho. Daí a importância da avaliação do Clima Organizacional (BRUM, 1994). Com o intuito de alavancar novas ideias para o desenvolvimento da organização, se começou a ouvir os colaboradores com a finalidade de conhecê-los, saber o que pensam em referência as diferentes variáveis que engloba a organização. Considerando estes aspectos, o clima organizacional segundo Chiavenato (2006, p. 50). Constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica e característica que existe em cada organização; (...) é o ambiente humano dentro do quais as pessoas de uma organização fazem o seu trabalho; (...) a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e que influencia o seu comportamento (CHIAVENATO, 2006, p. 50). Nesse sentido, percebe-se que a organização passou a ser o foco central na vida dos funcionários, tanto assim que Bittencourt (2008, p. 136) com muita propriedade, assevera que: (...) na medida em que a organização passou a ser o agente central para contribuir com o projeto pessoal de vida e felicidade de seus funcionários, o desafio é investir num clima organizacional positivo e sadio, para que os resultados qualitativos e quantitativos aconteçam (BITTENCOURT, 2008, p. 136). Em complemento, Begnami (2013) relata que vários fatores interferem no clima organizacional, entre eles: equipe desmotivada, falta de sinergia entre os setores, dificuldade no relacionamento entre liderança e funcionários, falta de objetivos, de espírito de equipe, comunicação deficiente, falha na condução das interfaces dos 24 processos, conflitos pessoais, sistemas de funções gratificadas, grau de satisfação dos funcionários. Dessa forma, torna-se necessário compreender e identificar a cultura e o clima organizacional, por meios de pesquisas de satisfação, resultando assim, no real caminho que a empresa deverá seguir (BEGNAMI, 2013). De forma similar, Maximiniano (2009) afirma que o Clima Organizacional em essência é uma medida de como as pessoas se sentem em relação à empresa e seus administradores, tendo seu conceito evoluído para o conceito de qualidade de vida no trabalho. Na mesma perspectiva, Ferreira, Fortuna e Tachizava (2006) afirmam que o Clima Organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente da empresa. Ela é percebida ou experimentada pelos colaboradores da empresa e influencia seus comportamentos. Por outro lado, Chiavenato (2008) revela que a motivação de determinados comportamentos pode ser provocada através do ambiente organizacional que representam algumas propriedades. Assim, o clima organizacional contém a importância do que diz respeito à influência de motivar as pessoas, seus desempenhos e satisfação do trabalho. Percebe-se, desse modo, o quanto o clima organizacional poderá influenciar nas relações entre empresa - colaboradores e colaboradores - colaboradores, impactando assim nos níveis de satisfação interna e, consequentemente, na produtividade e na qualidade dos serviços e/ou produtos ofertados ao mercado. 25 5. METODOLOGIA Segundo Strauss & Corbin (1998), o método de pesquisa é um conjunto de procedimentos e técnicas utilizados para coletar e analisar dados. Assim, o método fornece os meios para se alcançar o objetivo proposto; ou seja, contempla as ferramentas das quais fazemos uso na pesquisa, a fim de responder nossa questão. No presente trabalho foi utilizado o método estudo de caso a partir de uma abordagem qualitativa que é constantemente usado nas pesquisas de dados dos estudos organizacionais. Antes, porém, de realizar essa análise, foi realizada uma revisão minuciosa da literatura pelos componentes da equipe, visando melhor conhecer o nosso objeto de estudo. Assim, as temáticas estudadas foram: gestão de pessoas e clima e cultura organizacional. Ademais, todas as etapas de execução do estudo foram alinhadas por meio de reuniões acompanhadas pela professora orientadora, a qual foi responsável pelas orientações essenciais à realização desse estudo. 26 6. DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL Analisar a empresa é um esforço sistemático de ampliação do conhecimento sobre seus elementos constitutivos e dos sistemas em que está situada. Por meio da ampliação do conhecimento desse sistema em que atua a organização, é que os consultores investigam quais as possibilidades a empresa possui. Sem conhecer bem a empresa, sua história, e o sistema em que está inserida, seria impossível apresentar planos de ação. Para esta etapa, os seguintes dados foram ser levantados sobre a empresa: 6.1A EMPRESA: HISTÓRICO, MERCADO DE ATUAÇÃO, PRODUTOS E OU SERVIÇOS/ CLIENTES/ N. DE FUNCIONÁRIOS/ ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. a) Histórico A Redcard Cobranças situada na Praça da Inglaterra, 6º, 8º Andar, Comércio, Salvador/Bahia, é uma empresa baiana que atua em todo o Brasil para as maiores empresas do país. Tem como filosofia empresarial distinguir-se pela absoluta lisura e transparência, sua área de atuação é marcada pela credibilidade aliada a expressivos resultados, sendo premiada pelos resultados que alcança, oferecendo aos seus clientes qualidade, atendimento, corpo técnico e tecnológico de ponta, sendo que uma das suas metas consiste em buscar constantemente o atendimento com excelência as necessidades dos clientes. Para que isto aconteça ela incorpora ao seu business novos serviços, continuamente. A organização possui 25 anos de trajetória no mercado adquirindo uma vasta experiência de cobranças em geral, consultoria financeira e pesquisa eleitoral e conta, no momento, com 70 colaboradores entre funcionários e estagiários, conforme organograma apresentado a seguir: 27 Figura 4: Organograma, Fonte: Redcard S/A, 2016. A Redcard participa ativamente de programas sociais e convenceu-se da importância em apoiar os movimentos que busquem contribuir para a melhoria das condições de vida da população carente da intervenção estatal, através da inserção, qualificação, treinamento de mão de obra, desenvolvimento de práticas associativistas e geração de emprego e renda. Não pode o Brasil continuar detendo o triste posto de líder mundial da desigualdade social, e da má distribuição de riquezas sem que empresas e empresários atentem para os graves desdobramentos no dia a dia de todos. Dentre os programas sócias da Redcard destacam-se: Apoio ao Consórcio Social da Juventude Em 2005, a Redcard em parceria com a organização não governamental Consórcio da juventude e assinou na Federação das Indústrias do Estado da Bahia - FIEB, um convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego- MTE, aderindo ao Programa Primeiro Emprego do Governo Federal. b) Apoio ao movimento João de Barro A Redcard escolheu apoiar o Movimento João de Barro, que se notabiliza por ser uma organização não governamental que concentra atenções e esforços em comunidades excluídas e pequenos grupos de pessoas que possuem baixa renda e escolaridade dentre pescadores, artesãos, agricultores, etc., disseminando a cultura Diretor Sócio Proprietário Gerente de Cobranças Gerente Administrativa e Financeira Recursos Humanos Tecnologia da Informação Assistentes Administrativos Assistentes Financeiras Supervisores Operacional 28 de cooperação e associativismo através do estímulo ao empreendorismo de interesse social com a prática da cidadania e ganhos coletivos na geração e distribuição de renda. b) Serviços prestados Dentre os serviços oferecidos pela Redcard destacam-se: Cobrança extrajudicial, telefônica e postal. Análise cadastral para clientes de grande porte. Centralização da cobrança com emissão de boletos em substituição ao serviço bancário. Terceirização Completa - Contact Center. Implementação de rotinas de administração na organização de departamentos de cobranças de clientes. Cursos de rotinas de cobrança com carga horária de 12 horas. c) Clientes A empresa possui como clientes: ACBEU, IBI, CELPE, COELBA, COSERN (Grupo Neoenergia), CLARO, GBARBOSA (Cencosud), OAS, OI, UCSAL, UNIVERSIDADE SALVADOR, CONSTRUTORA NORCON. 6.2 MISSÃO/ VISÃO/ VALORES Missão Atender o proposto em seu objetivo social formal, consolidando seus valores éticos para perpetua a empresa como referencial ao mercado de garantia e qualidade, assegurando a seus clientes um elevado nível de confiabilidade. Visão O negocio não é um fim em si mesmo ele obrigatoriamente deverá proporcionar as pessoas que o fazem existir, sensação de gratificação plena, realização e ponto de aprendizado buscando evolução constante. Ser uma empresa reconhecida pelos colaboradores, fornecedores e clientes, ou seja, ser a melhor empresa da área de cobrança, apresentando a excelência com serviços de alta qualidade. 29 Valores Agilidade Confiança Compromisso Social Parceria Retorno garantido Solidez Transparência. 6.3 Cultura Organizacional A Redcard Cobranças tem em sua modelagem de cultura organizacional uma estrutura baseada nos moldes da transparência e da lisura. Estrutura essa, que alinhada ao padrão corporativo da empresa reproduz uma imagem de um sistema ordenado e compromissado perante o mercado vigente. Na Redcard a proposta de reconhecimento profissional com os seus colaboradores permite consolidar o capital intelectual com os níveis de satisfação dos seus clientes. Ou seja, a carreira dos seus colaboradores é valorizada devido ao grande potencial oferecido ao trabalho técnico que a empresa necessita, objetivando assim, uma equilibrada proporção nas demandas e alcances de metas. A referida empresa estabelece forte comunicação entre os seus graus hierárquicos, o que assegura um real entendimento das normas e procedimentos preconizados no ambiente de trabalho. Além disso, a Redcard procura sempre aproximar o espaço organizacional a um ambiente familiar. Seus funcionários são dispensados de alguns padrões clássicos como a utilização de uniformes da empresa, pois, visa-se conforto e comodidade nos horários de descanso. Outro ponto de extrema relevância é o incentivo aos estudos, à maioria dos seus colaboradores gozam de horário flexível para estudar; uma concessão muito importante nos dias atuais. Outro aspecto notado são os importantes programas sociais apoiados pela Redcard. Entre eles está o projeto João de Barro; uma organização não governamental que concentra atenções e esforços em comunidades excluídas e pequenas organizações compostas por pessoas de baixa renda e escolaridade dentre pescadores, artesãos 30 e agricultores, disseminando a cultura de cooperação e associativismo através do estímulo ao empreendorismo de interesse social com a prática da cidadania e ganhos coletivos na geração e distribuição de renda. 6.4 Análise de SWOT Pontos fortes Práticas de Gestão de Pessoas Marca consolidada no mercado Know-how nos serviços prestados Pontos fracos Custos operacionais elevados Falta de investimento em novas tecnologias Resistencia dos colaboradores ao treinamento Oportunidades Mercado de clientes em expansão Disponibilidade de novas tecnologias no mercado de atuação Ameaças Oscilações nas taxas de câmbio Crise econômica que impacta na procura dos serviços prestados 31 FORÇAS FRAQUEZAS Práticas de Gestão de Pessoas Marca consolidada no mercado Know-how nos serviços prestados Custos operacionais elevados Falta de investimento em novas tecnologias Resistência dos colaboradores ao treinamento OPORTUNIDADES AMEAÇAS Mercado de clientes em expansão Disponibilidade de novas tecnologias no mercado de atuação Oscilações nas taxas de câmbio Crise econômica que impacta na procura dos serviços prestados Figura 5: Análise de SWOT da Redcard Fonte: autoria própria. 6.5 ATRIBUTOS-CHAVE PARA O SUCESSO ORDEM LISTAGEM DOS ATRIBUTOS-CHAVE PARA O SUCESSO 1 Eficiêncianos processos 2 Treinamento e atualização intensivos 3 Investimento em novas tecnologias 4 Gestão Estratégica de Pessoas 5 Pesquisa de mercado, visando mapear novas tendências. 6 Criatividade nas buscas de novas soluções Figura 6: Atributos-chave para o sucesso Fonte: autoria própria 32 6.6 Gestão de Pessoas 6.6.1 Subsistema de recrutamento e seleção: a principal forma de suprir a empresa de futuros colaboradores é feita através do Recrutamento Interno, ou seja, muitos candidatos são indicados pelos próprios funcionários. No entanto, a Redcard também se utiliza do Recrutamento Externo, por meio da contratação de empresa especializada – a Soul RH. 6.6.2 Subsistema de treinamento e desenvolvimento: embora a organização não disponha de uma área específica de treinamento e desenvolvimento, a mesma investe em alguns tipos de treinamento, principalmente nas áreas de atendimento e vendas; além da capacitação dos colaboradores quanto aos padrões operacionais. 6.6.3 Subsistema de remuneração: a empresa adota um modelo tradicional de remuneração, composta por salário fixo e benefícios: vale transporte; vale refeição, seguro de vida e assistência Médica/Odontológica. Além disso, para a área comercial, adota-se a remuneração variável, comissionada, para os colaboradores que atingirem as metas estipuladas mensalmente. 33 7. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA DE CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL Segue abaixo os gráficos obtidos dos resultados da pesquisa de clima e cultura organizacional aplicada na Redcard: 7.1 Tempo de Serviço na Empresa Redcard: 7.2 Idade: 34 7.3 Nível de Escolaridade: 7.4 Sexo: 35 7.5 Trabalho Realizado: 7.6 Salário: 36 7.7 Liderança: 7.8 Comunicação Organizacional: 37 7.9 Possibilidades de Progresso Profissional: 7.10 Relacionamento Interpessoal: 38 7.11 Cultura Organizacional: 7.12 Gestão de Pessoas: 39 7.13 Diversidade: 7.14 Comprometimento/ Lealdade/ Fidelidade: 40 7.15 Ambiente de Trabalho: 7.16 Grau de Satisfação com Relação aos Benefícios: 41 7.17 De modo geral, gosta de trabalhar na empresa: 7.18 Opinião porque as pessoas deixam de trabalhar: 42 8. INTERVENÇÕES Diante da análise dos resultados obtidos na pesquisa de clima e cultura organizacional aplicada na empresa Redcard, verificou-se que o plano de carreira da referida empresa necessita de alguns pontos de melhorias e aperfeiçoamento visando ampliar os níveis de competitividade organizacional. Um Plano de Carreira consiste em uma ferramenta organizacional que possibilita aos colaboradores evoluírem e assumirem novos cargos e posições na empresa. Desse modo, é considerado item basilar na estruturação de uma empresa competitiva, que possui uma política de valorização do capital humano. Nesse sentido, o suporte técnico e metodológico a profissionais do nível estratégico e tático desenvolverá o conhecimento necessário para construir um plano de carreira de médio e longo prazo, o qual possibilitará o desenvolvimento dos mesmos em conformidade com os macros objetivos da empresa. Assim, evidencia-se, portanto, a necessidade de implementação um Plano de Carreira para a Redcard, em resposta aos anseios verificados por parte dos colaboradores, na pesquisa de clima e cultura organizacional. Tal Plano deverá iniciar-se a partir de um auto diagnostico a ser realizado pelos profissionais envolvidos, contemplado: a) Auto Conhecimento: chamamos de auto análise. Reflete valores, sonhos, desejos, dons, habilidades, gostos pessoais, idéias, tendências, crenças e traços de personalidade. b) Análise da Situação Atual: é a análise do contexto atual. Reflete onde estamos neste momento frente aos nossos desejos. Reflete o estoque de recursos atual, as competências percebidas, qualidades, potenciais, defeitos e limites. c) Estabelecimento de objetivos: descreve metas específicas, a síntese das competências desejáveis. É o desdobramento de nossos valores, sonhos, etc. Neste 43 momento, sugerimos que se faça o “Mapeamento de Competências” atual X Mapa da situação ideal. d) Definição de metas e estratégias: este é o momento crucial. Esta etapa deve ser feita por meta, por atividade. Ex: Inglês – Quais são as possibilidades para que eu aprenda inglês? Quanto custa cada uma delas? Em quanto tempo estarei falando? Item por item, sucessivamente. e) Gerenciamento do planejamento: este é o momento de avaliar o andamento de seus projetos e checar como vão seus esforços para atingir suas metas. Após a realização desse processo de auto - reflexão, os profissionais serão orientados a seguirem o plano de Carreira em Y, o qual sugerimos que seja adotado pela Redcard. 8.1 Modelo de Plano de Carreira em Y Na Carreira em Y, o profissional pode optar entre seguir para o cargo gerencial ou escolher ser um especialista na área técnica de um determinado setor. Caso o profissional tenha aspirações gerenciais, pode dar continuidade em seu plano de carreira habitual, podendo também aperfeiçoar os conhecimentos. O profissional que deseja ser especialista em determinado setor pode optar por ficar responsável também por buscar soluções alternativas no desenvolvimento de produtos, projetos ou pesquisas. Muitos empreendimentos incentivam o estudo continuado com pós- graduações e MBA. 8.2 Características da carreira em Y Um dos fatores que alavancaram o surgimento da Carreira em Y foi a necessidade de inovação e a conquista da vantagem competitiva da organização, fazendo com que o conhecimento técnico fosse valorizado.Assim, houve a necessidade de “criar” uma nova função para aqueles profissionais de destaque, com alto grau de conhecimento técnico, que gostam realmente de colocar a mão na massa e que 44 sabem propor novas soluções para os mais variados problemas, com o status e a remuneração proporcional aos gerentes. Dessa forma, profissionais talentosos e com alta capacidade são aproveitados onde realmente são bons, contribuindo ainda mais com a organização e se sentindo ainda mais valorizados. Esse modelo de carreira é chamado de Y, que de nada tem a ver com a “Geração Y”. O termo Y é ligado apenas ao formato da letra que demonstra um caminho linear até o ponto em que há a bifurcação, indicando a possibilidade de escolha entre um caminho ou outro. Figura 7: Plano de Carreira, Fonte: disponível em www.linhadecodigo.com.br, acesso em: 23/05/2016 Início de Carreira Tomada de Decisão de Carreira Carreira Gerencial Executivo Carreira Gerencial Técnica 45 8.2.1 Início da Carreira: no início da carreira é onde praticamente todos os profissionais se encaixam. Obviamente que o profissional estará na sua área de formação e especialização. Com o passar do tempo nessa carreira, o grau de conhecimento, experiência, lições aprendidas o profissional começa a subir e em determinado ponto já alcança até mesmoum cargo inicial de liderança, coordenação. Durante todo esse tempo ele é avaliado, seu desempenho medido e avaliações são feitos para traçar o perfil profissional em que se mais encaixa (Carreira Técnica ou Carreira Executiva). 8.2.2 Tomada de Decisão: é nesse ponto que profissional terá que fazer a "escolha da sua vida". Geralmente ao chegar nesse ponto, a maioria das pessoas já sabe que caminho vai seguir. É importante lembrar que não é de autoridade do profissional tomar a decisão de qual caminho seguir. Conforme mencionado anteriormente, durante todo o tempo da escalada até chegar a "Tomada de Decisão", muitas avaliações foram feitas e cabe a empresa deixar o profissional decidir ou não que caminho seguir. A escolha geralmente é feita com base nessas avaliações durante o tempo e expectativas profissionais de cada um. Não adianta a empresa forçar uma pessoa a ser um gerente executivo se esse gosta de ser um técnico, a um sempre existirá um equilíbrio das vontades profissionais com o aconselhamento por parte da empresa que carreira seguir. 8.2.3 Carreira Gerencial Técnica: Não é porque um profissional escolhe a carreira gerencial técnica que nunca vai ser um gerente de alto nível na empresa. Geralmente as pessoas associam o gerente com o profissional somente de negócios da empresa, a pessoa que faz as estratégias corporativas e que toma as decisões finais. Não. É possível sim ser um grande gerente de alto nível na empresa, sendo que o único diferencial é o foco. O Gerente Técnico participa da “mão na massa" dos projetos, tem conhecimentos excelentes de gestão de pessoas e um profundo conhecimento técnico, seja qual for a área, por exemplo, banco de dados, programação. 46 8.2.4 Carreira Gerencial Executiva: este é o profissional responsável pelo business direto da empresa. Gerentes executivos estão sempre empenhados no crescimento e lucratividade da empresa ano após ano. A conquista de novos clientes e a preocupação de sempre "ganhar" mais projetos são características dessa função. Esses profissionais estão também ligados diretamente com os diretores, ajudando os mesmos a traçarem a estratégia corporativa e fornecendo informações e relatórios gerenciais dos projetos da empresa. 47 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo aqui apresentado teve como objetivo estudar o clima e a cultura organizacional da Redcard, analisando como estão estruturadas as suas práticas de gestão de pessoas e quais os seus resultados efetivos. Assim, após realização do diagnóstico organizacional, buscou-se propor planos de melhorias/ aperfeiçoamento para uma atuação cada vez mais estratégica da área de gestão de pessoas na empresa. Tendo como base a trajetória de crescimento da Redcard, foram consideradas informações relevantes àquelas que apontavam os aspectos positivos dessa empresa; tais como: a forte valorização do aspecto humano, o espírito de solidariedade, o delineamento das atividades condizentes ao cargo, a qualidade de vida e o investimento no desenvolvimento do seu quadro funcional. Entretanto, verificou-se que, apesar da Redcard possuir muitas práticas eficazes de gestão de pessoas, foi possível indicar alguns pontos de melhoria, a exemplo da construção de um Plano de Carreira para seus colaboradores. Tal Plano poderá ser elaborado com o suporte técnico e metodológico de profissionais do nível estratégico, pois, os mesmos possuem o conhecimento necessário para construir um plano de médio e em longo prazo, o qual possibilite o desenvolvimento dos demais colaboradores em conformidade com os macros objetivos da empresa. Acreditamos que desse modo, a organização poderá se tornar mais produtiva, competitiva e principalmente, um lugar melhor para se trabalhar, atraindo assim, profissionais talentosos. 48 REFERENCIAL AMARAL, R.M. Desenvolvimento e aplicação de um método para o mapeamento de competências em inteligência competitiva. 2006. 209 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2006. CHIAVENATO, Idalberto- Gestão de Pessoas, 1ed, Rio de Janeiro, Campus, 1999, p.18. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações -3. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. ____________________. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações -4. ed. – Barueri-SP: Manole 2014 GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas. Enfoque nos Papéis Profissionais. São Paulo: Atlas, 2006. ____________________. Gestão de Pessoas. Enfoque nos Papéis Profissionais. 1ª ed. São Paulo, Atlas, 2007. KNAPIK, Janete. Gestão de Pessoas e talentos. 2. ed.- Curitiba: Ibpex 2008 LIMA, MJO. As empresas familiares da cidade de França: um estudo sob a visão do serviço social [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. RIBAS, Andréia Lins. SALIM, Cassiano Ramalho. Gestão de Pessoas para Concursos. Editora: Leya Brasil, 2013. VERGARA Sylvia Constant (2004), "Gestão de pessoas e a questão das subjetividades". IN: Bianco, M.F., G.S. Junquilho & C. Waiandt org. Tecnologias de gestão: por uma abordagem multidisciplinar. Vitória, Flor & Cultura. 49 ANEXO A
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