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Universidade Anhanguera – Uniderp Centro de Educação a Distância Desafio Profissional Disciplina: Análise de Investimentos Prof.ª Priscila Calita Salomão Barreira Administração Data de Entrega: 30/05/2016 Pindamonhangaba – SP 2016 Sumário Introdução--------------------------------------------------------------- 03 Desenvolvimento------------------------------------------------------ 04 Conclusão---------------------------------------------------------------- 12 Referêcias---------------------------------------------------------------- 13 1 INTRODUÇÃO O Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira (EVEF) tem como objetivo ajudar o empresário a avaliar o plano de investimento a ser realizado, demonstrando a viabilidade ou inviabilidade do projeto. A grande maioria dos empresários, especialmente aqueles que estão iniciando o seu primeiro empreendimento tem dificuldades em analisar a grande quantidade de fatores que interferem na implantação e no desenvolvimento do empreendimento. Pesquisas comprovam que cerca de 27% dos empreendimentos (SEBRAE 2011) não chegam ao segundo ano de vida, sendo que um dos fatores mais apontados para este resultado desanimador é a falta de planejamento do investimento, aliado ao fato de que a maioria dos empreendimentos não nasce de oportunidades do mercado, mas sim da situação do empreendedor, que muitas vezes não é a de um potencial investidor. Neste contexto, desenvolver uma metodologia de analise de viabilidade de novos empreendimentos e aplicá-las em um estudo de caso pode se transformar em uma ferramenta de grande relevância para aqueles que procuram iniciar um empreendimento. Parte-se do pressuposto que uma análise prévia dos indicadores econômicos e financeiros do empreendimento a ser iniciado é fundamental para seu desenvolvimento. 2 DESENVOLVIMENTO Este desafio profissional tem como objetivo refletir sobre a administração financeira de um empreendimento, considerando as funções primordiais da administração (o ciclo PDCA), que são compostas pelo planejamento, seguido da execução, monitoramento e ações corretivas. Foi divido em 5 passos conforme abaixo relacionado: Passo 01 - Análise da viabilidade econômica do projeto Levantar e analisar a viabilidade econômica do projeto. Para isso,a equipe que montou o projeto da indústria repassou dados referentes ao investimento em infraestrutura, assim como sobre a capacidade produtiva e necessidade de matéria-prima. Além dos custos variáveis, faz-se necessário estimar os custos fixos, assim como a depreciação e a carga tributária de empresa. Fluxo de Caixa do Projeto em 5 anos Anos 1 2 3 4 5 Quantidade de Garrafas 360.000 420.000 420.000 480.000 480.000 Preço por Garrafa (R$) 1,60 1,60 1,80 1,90 2,00 Custo Unitário por Garrafa MP (R$) 0,30 0,30 0,35 0,35 0,35 MOD (R$) 0,15 0,20 0,20 0,20 0,20 CIF (R$) 0,25 0,25 0,25 0,30 0,35 Total (R$) 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 C.Unitário x Qtd de Garrafas (R$) 252.000 315.000 336.000 408.000 432.000 Receita (R$) 576.000 672.000 756.000 912.000 960.000 Anos 1 2 3 4 5 Receita (R$) 576.000 672.000 756.000 912.000 960.000 (-) Custos 252.000 315.000 336.000 408.000 432.000 = Lucro Bruto 324.000 357.000 420.000 504.000 528.000 (-) Despesas 216.000 216.000 216.000 216.000 216.000 (-) Depreciação 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 = LAIR 8.000 41.000 104.000 188.000 212.000 (-) IR 25% 2.000 10.250 26.000 47.000 53.000 = Lucro Líquido 6.000 30.750 78.000 141.000 159.000 (+) Depreciação 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 Fluxo de Caixa 106.000 130.750 178.000 241.000 259.000 Fluxo de Caixa Atende a taxa mínima de atratividade definida pelos investidores. Passo 02 – Projeção do fluxo de caixa para os 4 primeiros meses Nesse período,a empresa estará colocando o projeto em funcionamento.Ainda há vários acertos a serem realizados na nova indústria, e a empresa conta com apenas dois clientes para os quais deverá vender toda sua produção, para elaborar a projeção do fluxo de caixa para os 4 primeiros meses de funcionamento da empresa. Contas 0 1 2 3 4 Total de Entradas (R$) 200.000,00 48.000,00 48.000,00 48.000,00 Saídas (R$) Matéria Prima -9.000,00 -9.000,00 -9.000,00 Outros Custos -12.000,00 -12.000,00 -12.000,00 Impostos -9.912,00 -9.912,00 -9.912,00 Custo Fixo -8.000,00 -18.000,00 -18.000,00 -18.000,00 Total de Saídas (R$) -8.000,00 -48.912,00 -48.912,00 -48.912,00 Saldo Final (R$) -8.000,00 -912,00 -912,00 -912,00 Saldo Acumulado (R$) 200.000,00 192.000,00 191.088,00 190.176,00 189.264,00 PASSO 03 O primeiro ano da indústria PlastSuco se foi,e chegou a hora de avaliar os resultados. Nesse passo, mostramos o demonstrativo de resultado do exercício para o ano e calculará a lucratividade da empresa DRE Receita Operacional Bruta------------------------R$ 594.000,00 (-) Impostos Diretos---------------------------------R$ 122.661,00 = Receita Liquida------------------------------------R$ 471.339,00 (-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV)-------R$ 108.000,00 = Lucro Bruto/Resultado Bruto-------------------R$ 363.339,00 (-) Despesas Operacionais------------------------R$ 144.000,00 = Lucro Operacional---------------------------------R$ 219.339,00 (-) Despesas Não Operacionais------------------R$ 216.000,00 = Lucro Antes do Imposto de Renda (IR)------R$ 3.339,00 (-) Imposto sem resultado ( IRPJ e CSLL )----R$ 333,90 = Lucro ou prejuízo Liquido------------------------R$ 3.005,10 = Lucratividade--------------------------------Lucro Liquido/ Receita Bruta=R$ 0,0051 X 100% = 0,51% PASSO 04 Nesse passo, mostramos o Balanço Patrimonial da PlastSuco e calculamos sua rentabilidade. Ativo Ativo Circulante Caixa R$ 196.251,00 Estoque de produtos R$ 12.000,00 Clientes a Receber R$ 51.000,00 Total do Ativo Circulante R$ 259.251,00 Ativo Não Circulante Infraestrutura da Indústria R$ 500.000,00 (-) Depreciação R$ 23.379,98 Total do Ativo Circulante R$ 476.620,02 Total do Ativo R$ 735.871,02 Passivo Passivo Circulante Fornecedores a Pagar R$ 21.000,00 Impostos a Pagar R$ 11.865,90 Total do Passivo Circulante R$ 32.865,90 Patrimônio Liquido Capital Social R$ 700.000,00 Lucro ou Prejuízo do Exercício R$ 3.005,10 Total do Patrimônio Liquido R$ 703.005,10 Total do Passivo R$ 735.871,02 A rentabilidade foi positiva com um saldo de 0.4%. PASSO 05 Os avanços da tecnologia derrubaram barreiras possibilitando diversos negócios no mundo inteiro. Antigamente as empresas nacionais eram protegidas por barreiras que hoje em dia não existem mais. Isso faz com que empresas estrangeiras possam vir concorrer com as empresas brasileiras dentro de nosso próprio país. A internacionalização leva ao desenvolvimento da empresa, pois a obriga a modernizar-se, seja para conquistar novos mercados, seja para preservar as suas posições no mercado interno. Neste sentido, o comércio exterior adquire cada vez mais importância para o empreendedor que queira realmente crescer, assim como para a economia brasileira, mediante o ingresso de divisas e geração de emprego e renda. A estratégia de destinar uma parcela de sua produção para o mercado interno e outra para o mercado externo permite quea empresa amplie sua base/carteira de clientes, o que significa correr menos riscos, pois, quanto maior o número de mercados ela atingir, menos dependente ela será. A diversificação de mercado permite, ainda, que a sazonalidade do produto seja eliminada, isto é, uma empresa que fabrica produtos voltados para o clima frio, poderá produzí-los o ano inteiro, porque terá diferentes mercados onde vendê-los, e não dependerá somente das estações nacionais. Quando uma empresa começa a exportar, sua produção aumenta numérica e qualitativamente. Isso ocorre devido à redução da capacidade ociosa existente, que é obtida por meio da revisão dos processos produtivos. Com o aumento da produção, naturalmente, aumenta também a capacidade de negociação para a compra de matéria-prima. Com isso, o custo da fabricação das mercadorias tende a diminuir, tornando-as mais competitivas e aumentando a margem de lucro. Outra vantagem bastante perceptível é a melhoria da qualidade do produto. Esta também tende a aumentar, pois a empresa tem que adaptá-lo às exigências do mercado ao qual se destina, o que a obriga a aperfeiçoá-lo. Ao ingressarem no mercado internacional, as empresas adquirem tecnologia, pois os países desenvolvidos exigem dos seus fornecedores normas e procedimentos que, com o tempo, são internalizadas e passam a ser rotineiras e, assim, todos os seus negócios posteriores com o exterior, ou com o mercado interno serão feitos dentro dessas normas. As empresas que exportam podem utilizar mecanismos que contribuem para uma diminuição dos tributos que normalmente são devidos nas operações no mercado interno, são chamados de incentivos fiscais. Os incentivos fiscais são benefícios destinados a eliminar os tributos incidentes sobre os produtos nas operações normais de mercado interno. Quando se trata de uma exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço e, por isso, ela pode compensar o recolhimento dos impostos internos: IPI - Os produtos exportados não sofrem incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados; ICMS - O Imposto Sobre circulação de Mercadorias e Serviços não incide sobre operações de exportações; COFINS - As receitas decorrentes da exportação, na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social são excluídas; PIS - As receitas decorrentes da exportação são isentas da contribuição para o Programa de Integração Social; IOF - As operações de câmbio vinculadas à exportação (serve também para outros bens e serviços) têm alíquota zero no Imposto sobre Operações Financeiras. Geralmente, quando uma empresa passa a exportar ela obtém melhoras significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão de obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem: frente a clientes, fornecedores e concorrentes). Ao tornar-se uma empresa exportadora, a sua imagem muda. O seu nome e a sua marca passam a ser uma referência em relação à concorrência, e ela passa a ser vista como uma empresa de produtos de qualidade. Os compradores no exterior são bastante exigentes, e tanto os clientes quanto os fornecedores sabem que a empresa que está exportando consegue colocar seu produtos no exterior graças ao seu esforço em se tornar mais competitiva. A empresa passa a gerar novos empregos, devido ao aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos. Desse modo o setor externo é fator determinante das fases de crescimento e recessão do País e tem capacidade efetiva de resposta ao sucesso ou insucesso da política econômica. 3 CONCLUSÃO Por meio do presente estudo foi possível ilustrar as determinações gerenciais para a tomada de decisão visando maximizar os lucros que são os objetivos a curto prazo de uma empresa. Através dos relatórios descritos acima, o administrador financeiro pode executar e monitorar as operações diárias da empresa com mais eficiência, sem perder o foco das metas a serem alcançadas no futuro. Em casos de necessidade, ele tem as informações necessárias para tomar ações de correção de rumo. Este é o ciclo PDCA, uma importante ferramenta para o continuo melhoria da empresa. Por fim, é importante lembrar que o processo de melhoria contínua deve sempre continuar, não precisando necessariamente ter uma conclusão. O processo de melhoria proporcionado pelo PDCA deve ter por base as ações corretivas do ciclo primário, por isso, sempre ao final de cada ciclo deve-se iniciador um novo circuito, tendo em vista uma melhoria ainda mais específica do processo e de suas etapas. Teoricamente esse é o grande segredo do sucesso do Ciclo PDCA, pois as melhorias que ocorrem a partir de outra feita anteriormente ajudam a gerar um processo de qualidade e ao mesmo tempo altamente produtivo para a empresa em si. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006. DAMASCENO, Aderbal O. D. et al. Desenvolvimento Econômico. 2. ed. Campinas: Átomo / Alínea, 2012. DE FARIA OLIVO, Rofolfo Leandro. Análise de Investimentos. 2. ed. Campinas: Alínea, 2009. GROPPELLI, Angélico A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira. São Paulo: Saraiva, 2012. VASCONCELLOS, Marco A. S. Manual de Economia e Negócios Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2011.Payback : 4 anos e 28 dias TMA : 15% TIR : 16,1% VPL : 23.791,91 Capital Físico + Capital de Giro R$ 559.000 R$ 241.000 R$ 178.000,00 Fluxo de Caixa + Valor Residual Capital Físico + Valor Residual Capital de Giro R$ 130.750,00 R$ 106.000,00 R$ 700.000,00 Ano 0
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