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Aulas de Nutrição

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Aulas de Nutrição
Aula 1 
Após os alimentos sofrerem, ou não, processamentos caseiros ou industriais, eles devem ser inicialmente ingeridos, para que os nutrientes sejam digeridos, absorvidos e, por fim, distribuídos as células, onde serão metabolizados ou armazenados.
Para que o organismo funcione bem, ele precisa receber quantidades adequadas de cada nutriente.
Não existe um alimento que contenha todos os nutrientes necessários. Há alimentos ricos em determinados nutrientes e pobres em outros, na sua composição.
Por isso, é necessário ter uma dieta variada, equilibrada e colorida, para que a falta de nutriente em certo alimento seja compensada em outro alimento.
Para que o organismo possa utilizar os nutrientes, os alimentos devem passar por uma série de transformações químicas.
Moléculas grandes impossíveis de serem absorvidas no intestino, devido ao seu tamanho, devem ser degradadas, quebradas em parte menores. Esse processo é chamado de digestão. 
Processo voluntario e consciente, pelo qual o ser humano obtém produtos para seu consumo.
Lei da quantidade- os alimentos que compõem a dieta deverão ser suficientes para cobrir as necessidades energéticas.
Lei da qualidade- a dieta deverá ser completa, para fornecer todos os nutrientes que se precisa.
Lei da harmonia- os nutrientes que integram a dieta devem guardar entre si uma relação harmônica (proporcional).
Lei da adequação- a dieta deve estar adequada ao período fisiológico atual do organismo ao qual se destina.
Nutriente- São compostos químicos presentes nos alimentos, os quais exercem funções importantíssimas que nutrem as células, fornecem energia e tudo o mais de que precisamos para o nosso crescer e viver saudável.
Nutrição- é a ciência que estuda os alimentos e o modo como os nutrientes agem no organismo. É o “fenômeno” que permite as células a constante obtenção de novas reservas de nutrientes, a fim de supri o continuo consumo de matéria, na incessante busca de energia para a vida. É a combinação de uma série de processos químicos relacionado ao sistema digestório, pelos quais o organismo recebe e utiliza os nutrientes fornecidos pelos alimentos.
Portanto, o alimento é imprescindível para o perfeito funcionamento do organismo.
Macronutrientes- São nutrientes que necessitam ser hidrolizados (digeridos) a menores frações, para que possam ser absorvidos e metabolizados para fornecer energia. Além disso, são necessários em maiores quantidades diariamente. Por isso, são denominados macronutrientes.
São eles: Glicídios (carboidratos); Lipídios (gorduras); Protídeos (proteínas).
Micronutrientes- São nutrientes que não fornecem energia e são necessários em pequenas quantidades diárias; entretanto, são fundamentais para regular as funções básicas dos macronutrientes.
São eles: Vitaminas; Minerais; Água.
Aula 2
Estudo dos macronutrientes
Carboidratos (glicídios, hidratos de carbono ou açúcares)
Definição -Os carboidratos representam a maior fonte de energia na dieta de humanos, fornecendo o maior aporte calórico total na dieta (50 a 55%). São ingeridos na forma de moléculas complexas ou simples e são transformados pela digestão em monossacarídeos. Estão disponíveis em abundância nos alimentos e são obtidos principalmente nos alimentos de origem vegetal.
As melhores fontes alimentares de CHO são as de origem vegetal:
Frutas, hortaliças, cereais – de preferência os integrais: arroz, trigo, aveia, milho, centeio, cevada e os alimentos feitos com farinha (pão, biscoito, macarrão etc.);
Leguminosas - feijão, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico;
Raízes e tubérculos - batata, aipim, cará, cenoura, beterraba etc., devido à presença de importantes micronutrientes (vitaminas e minerais) e fibras.
A maior parte dos carboidratos consumidos numa dieta vem de alimentos de origem vegetal, com exceção do mel e da lactose (dissacarídeos), que vem do leite e seus derivados.
A dieta ocidental, rica em calorias vazias – só açúcar, como os alimentos refinados e doces (balas, guloseimas e refrigerantes), isentos de nutrientes importantes –, tem contribuído para o aumento nos casos de obesidade, diabetes, coronariopatias (cardiopatias), distúrbios intestinais, deficiências nutricionais e cáries dentárias.
Gorduras (lipídeos)
Definição - Lipos: palavra de origem grega que significa “gordura”.
Correspondem a uma classe heterogênea de compostos orgânicos de origem vegetal ou animal, que incluem os óleos, as gorduras e as ceras; Possuem os mesmos elementos estruturais dos CHO (consistem em átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio); São solúveis em solventes orgânicos e insolúveis (imiscíveis) em água; Os óleos tornam-se líquidos em temperatura ambiente, enquanto as gorduras permanecem sólidas; 98 a 99% das gorduras ingeridas: triglicerídeos (constituídos por 3 moléculas de ácidos graxos e 1 molécula de glicerol - ésteres de ácidos graxos e glicerol); 2 a 1% são fosfolipídeos (lecitina de soja), colesterol, sitosterol e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K).
Transporte e armazenamento: Quase todos os lipídeos da dieta (exógenos) são absorvidos a partir da mucosa intestinal para o sistema linfático. Apenas os triglicerídeos de cadeia curta (TCC) e média (TCM) são absorvidos diretamente para a circulação portal, desviando do sistema linfático. Como essas substâncias apresentam relativa insolubilidade em água, o metabolismo lipídico é extremamente dependente de proteínas ligantes (apolipoproteínas) para se  tornarem solúveis.
Proteínas
Definição - Palavra de origem grega que significa “de primordial importância”. São compostos orgânicos nitrogenados, ou seja, as moléculas contêm átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio (cerca de 16% de nitrogênio). As proteínas foram as principais substâncias a serem reconhecidas como parte vital dos tecidos vivos, presentes em todas as células de organismos vivos. Tirando a água, a maior parte do corpo é feita de proteína, ela faz parte da construção da célula e do próprio organismo. A estrutura dos protídeos é semelhante à dos glicídios e dos lipídios, ou seja, também possuem em cada molécula átomos de carbono, oxigênio  e hidrogênio. A principal diferença é que os protídeos contêm nitrogênio (16% da molécula) juntamente com enxofre, fósforo e ferro. A presença do nitrogênio faz com que as proteínas assumam as centenas de formas diferentes que caracterizam a vida.
Minerais
Estudo dos micronutrientes (vitaminas e minerais) e da água
Vitaminas -O controle eficaz dos processos metabólicos requer uma sutil mistura dos micronutrientes alimentares, logo, são fundamentais para a manutenção da homeostase corporal.
Grupos vulneráveis à deficiência de micronutrientes:
• Lactentes;
• Crianças e adolescentes;
• Gestantes;
• Vegetarianos;
• Idosos.
Importância das vitaminas no organismo
Participam do metabolismo como coenzimas (pequenas moléculas que ativam as enzimas), regulando as reações químicas do organismo, como as de produção de energia na oxidação dos carboidratos, proteínas e lipídios.
Aula 3
A percepção da saúde como direito de cidadania é um dado novo na história das políticas sociais brasileiras. Neste contexto, a noção de saúde tende a ser percebida como um conjunto de condições coletivas de existência com qualidade de vida.
É preciso ensinar a comer, dentro do poder aquisitivo e do estado de saúde de cada um, para evitar distúrbios nutricionais relacionados tanto à carência quanto ao excesso nutricional.
O comportamento alimentar dos indivíduos não corresponde apenas aos hábitos alimentares, mas também à seleção, conservação e preparo dos alimentos.  Ele é:
• Determinado na infância;
•. Transmitido pela família;
•. Sustentado pelas tradições, crenças e tabus que passam de geração para geração.
A capacidade de persuadir as pessoas a mudarem seu comportamento alimentar para melhor é uma missão do nutricionista, que atua como educador (responsabilidade educativa do nutricionista).
O corpo humano necessita de mais de 50 nutrientes diferentes para se manter funcionandobem. Todos esses nutrientes precisam ser consumidos através da alimentação.
Nesse sentido, surge a necessidade de uma alimentação balanceada, que é aquela capaz de:
Fornecer todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento dos tecidos, aos processos de regulação metabólica;
Fornecer energia apenas o suficiente para manter o peso corporal controlado.
A pirâmide de alimentos foi desenvolvida para ilustrar os três principais conceitos do Guia de Dietas para americanos saudáveis acima de sete anos de idade:
• Variedade;
• Moderação;
• Proporcionalidade.
Foi também desenvolvida para pessoas que consomem regularmente alimentos de todos os cinco maiores grupos alimentares.
Portanto, os indivíduos vegetarianos e aqueles que possuem padrões alimentares bem diferentes necessitam de adaptações.
No Guia Alimentar da Pirâmide, os alimentos estão agrupados primariamente de acordo com os nutrientes que eles fornecem, e não apenas pela quantidade de calorias.
Os alimentos contêm combinações de nutrientes e outras substâncias saudáveis.
Nenhum único alimento pode suprir todos os nutrientes nas quantidades que necessitamos. Isso explica por que precisamos variar os alimentos na nossa alimentação.
Com o objetivo de orientar para uma alimentação saudável, foi elaborado em 2006 o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Este guia é um instrumento oficial, que contém as primeiras diretrizes alimentares oficiais sobre os hábitos alimentares saudáveis para a nossa população.
Você deve refletir sobre a importância da promoção da educação nutricional infantil. Vários pontos podem ser destacados, como a excelente estratégia para a conscientização sobre a alimentação saudável através da educação nutricional.
Um ponto imprescindível relacionado à nutrição infantil que deve ser levado em consideração, tanto pelos pais quanto pelos profissionais da saúde, é sobre a formação dos hábitos alimentares, que ocorre principalmente na infância.
Desta forma, a educação nutricional infantil desempenha um impacto significativo na saúde da criança. As atividades lúdicas sobre alimentação e nutrição com crianças proporcionam excelentes resultados. Nada melhor do que promover a educação nutricional infantil de forma criativa, alegre e divertida.
Entretanto, não basta apenas ter a presença dos alunos, mas também de toda a comunidade escolar. O envolvimento com os profissionais de saúde é imprescindível.
Dentro desse contexto, destaca-se o PSE (Programa Saúde na Escola), lançado em setembro de 2008. O programa é resultado de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação, com o objetivo de reforçar a promoção da saúde e a prevenção de doenças dos alunos brasileiros, construindo uma cultura de paz nas escolas.
Aula 4
Conceito de estado nutricional- É o estado de equilíbrio/ desequilíbrio, no indivíduo, decorrente da relação entre a ingestão e a necessidade de nutrientes.
Avaliação do estado nutricional- É uma avaliação feita no indivíduo/ paciente para verificar se a necessidade fisiológica por nutrientes está sendo alcançada.
Objetivos:
Identificar os indivíduos que necessitam de cuidado nutricional, para restaurar ou manter o estado nutricional;
Diagnosticar a natureza, extensão e causas dos problemas nutricionais;
Estabelecer medidas de controle preventivas ou curativas (dietoterapia).
Índice nutricional prognóstico- Na avaliação nutricional de pacientes hospitalizados, o resultado de vários índices permite caracterizar o prognóstico nutricional de um paciente.
Para calcular o índice nutricional prognóstico, são utilizados os seguintes parâmetros:
Prega cutânea triciptal;
Albumina;
Transferrina;
Testes cutâneos.
Aula 5
Dietas hospitalares
Dieta normal- Também chamada de “livre”. Dieta balanceada em nutrientes. Não há restrições específicas de alimentos. Adequada para indivíduos sem exigência de modificações alimentares.
Dieta especial- Apesar de também ser balanceada em nutrientes, apresenta modificação de características físicas e químicas, para atender a necessidades específicas do indivíduo.
Modificações quanto à consistência
Branda- Facilita a digestão. Todos os alimentos são modificados por cozimento ou mecanicamente (picados, ralados, moídos) para abrandar as fibras. As frituras estão excluídas. Ex.: salada de legumes cozidos, vegetais refogados, carnes grelhadas ou assadas, frutas sem casca e bem maduras, biscoitos e pães.
Pastosa- Mínimo de mastigação, fácil trânsito e digestibilidade. Indicada para pacientes sem dentes, com dificuldade de deglutição ou de respiração ou com anorexia. Ex.: purê de legumes, creme de vegetais, suflê, arroz “papa”, feijão liquidificado, carne moída, frango desfiado, ovo, pão macio ou biscoito amolecido, doces em pasta ou em calda, frutas cozidas ou sucos.
Semilíquida- Dieta de fácil deglutição e digestibilidade (não necessita de mastigação), indicada quando alimentos sólidos não são tolerados. Menor valor calórico devido à limitação de alimentos e tipo de preparação. Ex.: purê de legumes, cremes de vegetais, sopas espessadas, feijão liquidificado, carnes liquidificadas, mingaus, gelatina, doces em pasta, purê de frutas, sorvete, sucos coados.
Líquida restrita- Também chamada de dieta de prova. Indicada para pré e pós-operatórios e preparo de exames. Composta apenas por líquidos fluidos, cristalinos, facilmente absorvidos, com o mínimo estímulo do TGI e resíduo mínimo. Inadequada em calorias, proteínas e fibras. O leite não é permitido, pela presença da lactose. Ex.: chás, sucos coados, caldos de legumes e carne coados, gelatina.
Líquida completa- Composta totalmente por preparações líquidas. Indicada para dar repouso ao trato gastrintestinal (pós-operatórios, transtornos gastrintestinais), por exigir mínimo esforço nos processos de digestão e absorção. Dificuldade de adequação calórica, devido à limitação de alimentos e tipo de preparação. Ex.: sopas liquidificadas, caldos, vitaminas, sucos, mingaus, iogurtes, sorvete, gelatina.
Modificações quanto à quantidade de resíduos
Modificações quanto ao teor de nutrientes
Hipopotassêmica: restrição de alimentos ricos em potássio (frutas e vegetais). Indicada para pacientes com insuficiência renal, em tratamento conservador.
Hipolipídica: restrição de frituras e alimentos gordurosos, principalmente os ricos em gordura saturada. Indicada para pacientes com sobrepeso, doenças cardiovasculares, dislipidemia, diabetes e doenças hepáticas.
Hiperproteica: enriquecida com alimentos ricos em proteínas ou com complementos industrializados. Indicada para pacientes com desnutrição, trauma, sepse, queimaduras.
Hipossódica: restrição de sal de adição e de alimentos industrializados, embutidos ou enlatados. Indicada para pacientes com hipertensão arterial, insuficiências cardíaca, hepática ou renal.
Hipercalórica: suplementada com alimentos calóricos. Indicada para pacientes com desnutrição.
Hipoproteica: restrição de alimentos proteicos. Indicada para pacientes com insuficiência renal ou com encefalopatia hepática.
Hipocalórica: restrição de alimentos ricos em carboidratos simples e gorduras. Indicada para pacientes com sobrepeso.
Suporte nutricional enteral
Conjunto de procedimentos terapêuticos nutricionais, empregados para a manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de nutrição enteral ou parenteral.
Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não. Utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” (ANVISA/MS RCD nº 63).
Monitoramento
É imprescindível monitorar o balanço hídrico dos pacientes sob suporte nutricional enteral, para a avaliação da hidratação. A cor e ovolume urinário são indicativos da hidratação: quanto mais frequente e clara for a urina, mais hidratado está o organismo. A verificação de sinais de edema e desidratação devem ser monitorados diariamente. Pacientes em coma, traqueostomizados, incapazes de expressar sua sede são típicos entre os que podem desidratar. Pacientes com doenças renais e cardiovasculares são os mais susceptíveis a desenvolver ou agravar o edema.
Suporte nutricional parenteral
Definição: Infusão por via intravenosa de uma solução estéril de nutrientes, por meio de um acesso venoso periférico ou central, de forma que o TGI é completamente excluído do processo.
Nutrição parenteral periférica (NPP):
• Utiliza veia periférica;
• Indicada para períodos curtos (3 a 7 dias);
• Não atinge as necessidades nutricionais do paciente.
Nutrição parenteral total (NPT):
• Utiliza veia central (subclávia ou jugular interna);
• Maior período de tempo; maior aporte energético.
Aula 6
Obesidade- Doença crônica que se caracteriza pelo acumulo excessivo de gordura em vários compartimentos corporais. 
Formas clínicas: a obesidade pode ser classificada de acordo com a distribuição regional de gordura em:
Tipo I- Caracterizada pelo excesso de massa adiposa corporal (massa gorda), sem concentração particular;
Tipo II- Caracterizada pelo excesso de gordura subcutânea na região abdominal e do tronco, também conhecida como obesidade do tipo androide ou central. Esta obesidade está associada ao aumento da fração LDL-colesterol, estimulando o desenvolvimento de problemas cardiovasculares e a resistência à ação da insulina.
Tipo III- Caracterizada pelo excesso de gordura visceroabdominal, que também está associada a problemas cardiovasculares e à resistência à ação da insulina.
Tipo IV- Caracterizada pelo excesso de gordura gluteofemoral, também conhecida como obesidade tipo ginoide ou periférica. Esta obesidade está mais suscetível a alterações nos períodos de gestação (principalmente repetidas) e desmame precoce.
Avaliação antropométrica
Permite distinguir categorias de obesidade, predizer os níveis de gordura corporal e estimar os riscos da doença.
IMC (índice de massa corpórea): método utilizado para avaliar a obesidade, mas não distingue o aumento de gordura ou músculo e não informa o percentual de gordura corpórea. Não é fidedigno.
Dobras (pregas) cutâneas: determinam os depósitos de gordura subcutânea. Utiliza-se equações para estimar o percentual de gordura corpórea (% GC).
Circunferência da cintura: correlação entre a distribuição da gordura e riscos de comorbidades (hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, resistência à insulina).
Índice cintura/ quadril: é expresso pelo quociente entre valores da circunferência abdominal e do quadril, podendo caracterizar dois tipos de obesidade: tipo II e tipo IV.
Dietoterapia
Objetivo: reduzir a gordura corporal para melhorar o estado de saúde ou reduzir os riscos de complicações.
Metas realistas.
Longo período de tratamento.
Dietas nutricionalmente balanceadas.
Obesidade mórbida
Fracassos recorrentes com dietas; 
Impossibilidade de realizar atividade física;
Oscilações ponderais agravando o quadro clínico;
Baixa qualidade de vida;
Instabilidade emocional.
Intervenção cirúrgica
Cirurgia bariátrica ou gastroplastia redutora
Objetivo: aumentar a adesão à dieta, induzindo à saciedade após um pequeno volume de alimento;
Cuidado nutricional no pré-operatório: perda ponderal para reduzir o risco cirúrgico;
Cuidado nutricional no pós-operatório: evolução gradual da consistência da dieta, volume limitado, prevenção à desidratação, avaliar a necessidade de suplementos polivitamínicos e minerais;
Acompanhamento psicológico pré-operatório e pós-operatório;
Complicações pós-operatórias: peritonite, obstrução gástrica, vômitos prolongados, diarreia, pneumonia;
Cirurgia plástica: remoção de depósitos de gordura e excessos de dobra de pele abdominal;
Acompanhamento fisioterápico pré-operatório e pós-operatório: a assistência fisioterápica é fundamental no pós-operatório imediato, diminuindo o risco de complicações respiratórias através de exercícios fisioterápicos eventuais. Essa assistência deverá estender-se por toda a internação. Sua principal função é o preparo fisioterápico pré-operatório, tendo como objetivo a melhora da capacidade de ventilação, muito prejudicada nos pacientes obesos mórbidos.
Diabetes Mellitus
O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
Epidemiologia
É um importante problema de saúde pública, uma vez que é de alta prevalência;
Está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, além de envolver altos custos no seu tratamento e das suas complicações;
É a principal causa de amputação de membros inferiores;
É também a principal causa de cegueira adquirida;
Representa 30% dos pacientes que se internam em unidades coronárias intensivas com dor precordial.
Diabetes tipo I: (insulinodependente):
Resulta da destruição das células betapancreáticas, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, de natureza autoimune ou idiopática. Apenas 5 a 10% dos casos de diabetes são do tipo I. Os pacientes geralmente desenvolvem a doença antes dos 30 anos (diabetes juvenil); de início geralmente súbito, é causada por deficiência de insulina, seja por componente genético, seja por fator autoimune, este desencadeado por infecções virais, elementos químicos etc. (encontram-se anticorpos anti-insulina endógena ou anticélulas das ínsulas pancreáticas).
Diabetes tipo II:
Manifesta-se geralmente após os 40 anos de idade;
Resulta, em geral, de graus variáveis de resistência à insulina e deficiência relativa de secreção de insulina;
A maioria dos pacientes tem excesso de peso. A cetoacidose ocorre apenas em situações especiais, como durante infecções graves;
Atinge 90% dos diabéticos;
Relaciona-se com morbidade e mortalidade relevantes;
Corresponde à maioria dos casos (90 a 95%);
Também chamado de não insulinodependente;
Associa-se a história familiar, obesidade e idade avançada. Aqui, dois são os defeitos principais:
Diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina (resistência à insulina);
Alteração na função das células beta do pâncreas (liberação retardada ou inadequada de insulina).
Tais alterações resultam numa lenta e deficiente supressão da produção de glicose pelo fígado e na redução da captação de glicose pelos tecidos.
Diabetes gestacional:
É a diminuição da tolerância à glicose, de magnitude variável, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto; abrange os casos de DM e de tolerância à glicose diminuída, detectados durante a gravidez; atinge de 2 a 4% das grávidas.
Intolerância à glicose:
Afeta mais pessoas que o tipo 1 e 2 juntos;
Pode ter relação com o excesso de peso e com a obesidade.
Diagnostico
Material: sangue
                                                         Valores de referência
Glicemia de jejum*:                                   70 a 99 mg/dl
Intolerância à glicose:                            100 a 125 mg/dl
Diabetes:                   2 amostras em dias diferentes: igual ou superior a 126 mg/dl
 
TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE
Material: sangue
Curva glicêmica após a ingestão de 75 g de dextrosol:
 
                                                               Valores de referência
Glicemia de jejum*:                                      70 a 99 mg/dl
60 minutos:                                                 < 140 mg/dl
90 minutos:                                                 < 140 mg/dl
120 minutos:                                               < 140 mg/dl
 
Intolerância à glicose:
Glicemia de jejum*: 100 a 125 mg/dl
Glicemia no testede tolerância: 140 a 199 mg/dl
 
Diabetes mellitus (presença dos sintomas clássicos de DM***):
Exame em duas amostras com jejum*, em dias diferentes: superior ou igual a 126 mg/dl
Glicemia aleatória**: superior ou igual a 200 mg/dl
Glicemia no teste de tolerância após duas horas: superior ou igual
Aula 7
Dietoterapia nas doenças do aparelho locomotor
A expectativa de vida vem aumentando ao longo dos anos, no Brasil.
Atualmente existem 11 milhões de idosos no país, e daqui a 20 anos serão 32 milhões.
Quanto maior a expectativa de vida, maior o risco de desenvolvimento de doenças do aparelho locomotor.
Alvos:
• Ossos
• Osteoporose; 
• Articulações.
Doenças reumatológicas:
• Artrite reumatoide;
• Osteoartrite;
• Gota. 
Osteosporose
O número crescente de mulheres com osteoporose em todo o mundo tem estimulado pesquisadores a explorar novas intervenções para sua prevenção, uma vez que os tratamentos disponíveis não restauram significativamente a massa óssea já perdida.
Apesar de as doenças ósseas terem etiologias complexas, o desenvolvimento de algumas pode ser minimizado pelo fornecimento de nutrientes adequados em períodos apropriados durante o ciclo da vida.
A intervenção nutricional como tentativa de prevenção da osteoporose é potencialmente mais importante no momento da formação e maturação do esqueleto (infância e adolescência), no qual a taxa de acúmulo de massa óssea atinge seu auge.
A aquisição de massa óssea depende da complexa interação entre fatores genéticos, fisiológicos e ambientais (destacando-se os fatores nutricionais, porque estes podem ser modificados).
A prevenção está relacionada ao adequado estado nutricional de cálcio e de outros nutrientes que participam da manutenção do esqueleto.
O interesse em entender o metabolismo ósseo vem aumentando muito. Dos nutrientes necessários para a manutenção da saúde óssea, o cálcio é o que tem recebido a maior atenção.
Definição- A osteoporose é uma condição clínica caracterizada por um decréscimo na massa óssea (matriz osteoide e componente macrocristalino inorgânico).
Essa condição resulta em uma redução na densidade mineral óssea, principalmente da coluna lombar e do fêmur proximal, além de uma maior incidência a fraturas.
Torna-se importante prevenir, ou pelo menos retardar, o aparecimento da osteoporose através de medidas que potencializem o acúmulo máximo de massa óssea durante a infância e adolescência. Quanto maior for o PMO, maior será a reserva óssea com o avanço da idade, minimizando o impacto da perda óssea.
Determinantes da densidade minerálica óssea- Pico de massa óssea (PMO): acúmulo máximo de massa óssea durante os períodos de crescimento, infância e adolescência. A deposição óssea supera a reabsorção (90 a 95% da massa óssea é alcançada no final da adolescência).
• Fatores que influenciam o PMO: sexo, raça, fatores genéticos, fatores hormonais, fatores nutricionais, exercícios físicos.
Fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose-
• Histórico familiar de osteoporose;
• Mulheres;
• Brancas ou asiáticas;
• Estrutura corporal frágil;
• Depleção de estrogênio/estado menstrual;
• Fatores nutricionais: ingestão inadequada de cálcio e vitamina D, consumo excessivo de fibras, cafeína, proteínas;
• Medicamentos;
• Álcool;
• Fumo;
• Inatividade física.
Funções do cálcio
• Formação de ossos e dentes;
• Coagulação sanguínea;
• Contração muscular;
• Transmissão de impulsos nervosos;
• Regulação dos batimentos cardíacos;
• Ativação de enzimas;
• Transporte através da membrana celular
Homeostase do cálcio
A regulação do metabolismo de cálcio no organismo está relacionada à manutenção da concentração plasmática do cálcio, principalmente da fração ionizada, em conjunto com o rigoroso controle do cálcio extracelular.
A homeostase de cálcio depende de mecanismos complexos, principalmente relacionados à integração hormonal em nível intestinal, ósseo e renal, envolvendo os hormônios calciotrópicos: os hormônios peptídicos paratormônio (PTH) e calcitonina (CT) e o hormônio esteroide calcitriol.
Outros hormônios, como estrôgenio, tiroxina e outros, desempenham um papel adicional na manutenção da homeostase de cálcio, através de mecanismos que envolvem modificação e regulação da resposta de diversos tecidos aos principais hormônios calciotrópicos.
A porosidade afeta as características mecânicas do tecido ósseo. Com seu conteúdo mineral mais elevado, o osso cortical é mais rígido, suportando um maior estresse, porém menos sobrecarga ou deformação que o trabecular. Em média, cerca de 30% de matriz orgânica e 70% de sais contribuem para o peso total do osso cortical.
Devido à natureza do osso trabecular, a relação superfície/ volume deste tipo de osso é substancialmente maior que a do osso cortical, fazendo com que várias patologias que afetam o processo de remodelação óssea, incluindo a osteoporose, sejam detectadas mais precocemente nos locais de predomínio de osso trabecular, como o fêmur proximal e a coluna lombar L2-L4.
Aula 8 
Complicações da gestação
Sintomas de desconforto gastrointestinal: náuseas, vômitos, refluxo gastroesofágico levando à “azia”, constipação intestinal;
Diabetes gestacional;
Edema suave e grave;
Hipertensão induzida pela gravidez ou DHEG (pré-eclâmpsia e eclâmpsia) - Sintomas: hipertensão, edema e proteinúria (sobretudo albuminúria, levando à hipoalbuminemia).
Avaliação Nutricional
A avaliação nutricional durante o período pré-natal tem como objetivo identificar, o mais precocemente possível, gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso.
A nutrição deficiente durante a gestação - ganho de peso insuficiente, má nutrição intrauterina, recém-nascido de baixo peso e com chances reduzidas de sobrevivência.
O estado nutricional pré-gestacional afeta a evolução da gestação.
O ganho de peso durante a gestação depende do estado nutricional pré-gestacional:
gestantes de baixo peso = 15 kg; 
eutróficas = 10 a 12 kg; 
sobrepeso = 6 a 7 kg.
Fisiologia da lactação
Vários hormônios estão envolvidos no reflexo neuroendócrino da sucção, destacando-se:
• Prolactina (produção do leite);
• Ocitocina (ejeção do leite).
O contato afetivo entre nutriz e lactente exerce influência positiva na performance lactacional, estimulando a hipófise  anterior e posterior a liberar prolactina e ocitocina respectivamente.
A ansiedade na nutriz diminui a produção de prolactina e  prejudica a produção de leite.
Composição do leite humano
Colostro
Características do leite materno em relação ao leite de vaca:
• maior quantidade de carboidrato (lactose);
• menor quantidade de proteína e minerais (facilitando a digestão);
• maior quantidade de ácidos graxos essenciais;
• menor quantidade de ferro, porém este é mais bem-absorvido;
• maior quantidade de vitaminas A, C e E;
• menor quantidade de vitaminas K e D (recomenda-se a exposição à luz solar);
• relação cálcio: fósforo do leite materno é 2:1 vs 1,2:1 (leite de vaca).
A composição do leite materno pode variar de acordo com a dieta da nutriz, principalmente no que diz respeito à ingestão de ácidos graxos. O ácido graxo linoleico é essencial para o crescimento e integridade dermatológica do lactente que devendo estar presente na dieta da nutriz. É comum lactentes com menos de 6 meses que fazem uso apenas de leite de vaca integral apresentarem anorexia, irritabilidade, deficiência de crescimento e inflamação gengival devido à deficiência de ácido ascórbico (vitamina C)
Aula 9 
Nutrição na infância
Nutrição da criança em idade pré-escolar (2 a 6 anos)
Crescimento e desenvolvimento – Características
Orgânicas
Maior exposição a doenças contagiosas;
Diminuição das resistências orgânicas;
Aparecimento de doenças carenciais/ parasitoses;
Diminuição do ritmo de crescimento;
Imaturidade do aparelho digestivo.
Físicas
Relação peso/ estatura alterada;
Desarmonia do crescimento linear;
Crescimento muscular;
Já apresenta alguma diferença na composição corpórea.
Alimentares
Inapetência com preferências alimentares;Hábitos alimentares ainda indefinidos;
Começa a alimentar-se sozinho.
Psíquicas
Boa coordenação motora;
Desenvolvimento da inteligência;
Dificuldade de controlar impulsos;
Afirmação da personalidade;
Capacidade de seleção (pessoas, alimentos etc.).
Pré-escolares têm pouco apetite devido à desaceleração do ritmo de crescimento. Cinco pequenas refeições são mais aceitáveis do que três grandes tradicionais. A refeição da noite deve ser leve, pois caso a criança esteja cansada, tem pouca vontade de comer.
Crianças com Kwashiorkor apresentam hipoalbuminemia. Por isso, a dieta da criança deverá ser hiperproteica.
Nutrição da criança em idade escolar (7 a 12 anos)
Orgânicas
• Ritmo de crescimento maior do que o pré-escolar;
• Aumento nas resistências orgânicas, comparado ao pré-escolar;
• Sistema digestório mais desenvolvido.
Físicas
• Aumento nas diferenças entre meninos e meninas, em termos de massa corporal;
• Ganho de gordura corpórea, ou “retomada da adiposidade”, preparando o organismo para o estirão de crescimento da puberdade.
Alimentares
• Aumento nas preferências alimentares;
• Hábitos alimentares mais definidos;
• Aumento da influência dos colegas.
Psíquicas
•Já se alimentam sozinhos;
• A refeição assume significado social;
• A importância da alimentação para a saúde já pode ser compreendida;
• Conflitos na escolha dos alimentos podem ocorrer (valor nutricional x preferências não nutritivas).
Recomendações nutricionais
Por estarem em um período de crescimento e desenvolvimento ósseo, muscular e tissular, as crianças necessitam de mais alimentos nutritivos em proporção ao seu peso do que os adultos.
Importância da educação nutricional das crianças
• Fornecimento de uma dieta adequada;
• Aquisição de bons hábitos alimentares;
• Prevenção de doenças (obesidade, diabetes, cardiopatias, osteoporose);
• Prevenção da deficiência de ferro;
• Prevenção do atraso no crescimento;
• Melhora do desempenho na escola;
• Prevenção da cárie dental.
Nutrição na adolescência (12 a 19 anos)
Crescimento e desenvolvimento
• Mudanças fisiológicas
• Mudanças psicológicas
Veja abaixo as características:
Orgânicas
• Puberdade, marcada pela maturidade de todo o organismo;
• Desenvolvimento das características sexuais secundárias;
• O ritmo de crescimento aumenta, como nos primeiros anos de vida.
Físicas
• Ocorre o “estirão do crescimento”, e após a aquisição da maturidade sexual, o crescimento linear e a aquisição de peso continuam em menor intensidade;
• A composição corpórea já é bem diferenciada;
• Meninos nesta fase ganham duas vezes mais peso do que as meninas.
Psíquicas
• Marcada pela maturidade mental, intelectual e emocional;
• Preparo do indivíduo para um papel na sociedade adulta;
• Distúrbios emocionais afetam os hábitos alimentares.
Alimentares
• Passam a manipular o consumo dietético;
• Rápido aumento de peso: mais desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários levam as mulheres jovens a ingerir menos comida;
• Os homens jovens tendem a usar suplementos nutricionais para obter aparência muscular de adultos.
Necessidades nutricionais dos adolescentes
Situações especiais:
• Gravidez;
• Distúrbios alimentares de natureza psicológica:
*a Anorexia;
*a Bulimia nervosa.
• Obesidade;
• Hiperlipidemias (dislipidemias);
• Problemas comportamentais (tabaco, álcool, maconha e outras drogas).
As adolescentes que ficam preocupadas com ganho de peso geralmente seguem dietas extremamente restritas e perigosas. O desenvolvimento de distúrbios psicológicos é muito frequente. Adolescentes femininas com anorexia nervosa podem apresentar comprometimento na massa óssea. Devido à diminuição intensa no percentual de gordura corporal, ocorre amenorreia, decorrente de uma hipoestrogenemia, promovendo aumento na reabsorção óssea e perda de massa óssea. Tal fato compromete o pico de massa óssea (acúmulo máximo de massa óssea) característico da adolescência. O uso de anticoncepcionais orais aumenta a necessidade de ácido fólico, piridoxina, vitamina C, tiamina e riboflavina. O uso de DIU aumenta o fluxo menstrual e intensifica a necessidade de ferro.
Aula 10
Dados sobre o envelhecimento
Definição (OMS – Terceira idade – Início: 65 anos)
Conceitos atuais:
• Envelhecimento usual;
• Envelhecimento bem-sucedido;
• Envelhecimento catastrófico.
Epidemiologia do envelhecimento:
• Panorama mundial - Age boom;
• Panorama nacional - Em 2025, o Brasil será o sexto país no mundo em número de idosos.
Avaliação do estado nutricional de idosos 
Alterações do envelhecimento que influenciam o estado nutricional do idoso:
• Taxa de mudanças catabólicas ou degenerativas4taxa de regeneração celular anabólica;
• Perda progressiva de massa corpórea.
Sensoriais
• Redução dos sentidos do paladar, olfato, visão, audição e tato;
• Atrofia das papilas gustativas, por volta dos 50 anos;
• Diminuição da sensibilidade dos gostos doce e salgado;
• Possível interferência de medicamentos no paladar.
Gastrointestinais
• Xerostomia (diminuição da salivação: boca seca);
• Disfagia (dor ao deglutir);
• Hipocloridria (diminuição no número de células parietais produtoras de HCL);
• Constipação intestinal.
Metabólicas
• Diminuição na tolerância à glicose, por redução na secreção de insulina ou resistência periférica à insulina;
• Redução da taxa de metabolismo basal devido à diminuição da massa magra;
• Cardiovasculares:
• Redução da elasticidade dos vasos sanguíneos (arteriosclerose), com resistência periférica total aumentada, levando à hipertensão arterial sistêmica;
• Tendência à hipercolesterolemia.
Musculoesqueléticas
• Alterações na composição corporal:
• Substituição da massa magra pela adiposa e por tecido conjuntivo;
• Perda proteica, tanto muscular como visceral;
• Maiores depósito da gordura no tronco e ao redor das vísceras;
• Redução da densidade óssea e consequente osteoporose;
• Encurtamento da coluna espinhal → perda de estatura: - redução no conteúdo de água corporal.
Renais
• Redução da função renal em 50% entre os 30 e 80 anos;
• Possibilidade de nefropatia geriátrica, como resultado da supernutrição proteica crônica.
Neurológicas
• Estados de confusão mental por doenças degenerativas.
Imunológicas
• Imunocompetência aumenta a prevalência de doenças infecciosas.
Psicossocial
• Isolamento social pode interferir na obtenção de uma dieta adequada.
Outras Alterações
• Uso de próteses dentárias;
• Ausência de dentes; 
• Uso de medicamentos.
Necessidades nutricionais do idoso saudável
Carboidratos, proteínas e gorduras-Para evitar a nefropatia geriátrica (processo de esclerose glomerular renal) e o desenvolvimento e/ou agravamento da osteoporose, a dieta do idoso deve ser normoproteica.
Vitaminas, minerais, líquidos- Deve-se estimular a ingestão hídrica no idoso para evitar a desidratação e a constipação intestinal.
Fracionamento e consistência da dieta

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