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aula_1___SISTEMA_URINARIO_

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SISTEMA URINÁRIO
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LÍQUIDOS CORPORAIS
Importantes para o funcionamento básico do organismo.
A quantidade total de água em um indivíduo com peso médio (70kg) é de 40 l (cerca de 57% do peso corporal).
Recém nascido pode chegar à 75% do peso corporal.
Obesos – 45%
Ingestão – 2300ml diárias
1400 ml – urina
100 ml – suor; 100ml – fezes
700 ml – respiração e difusão através da pele
Temperatura
20 grau
Pode aumentar com o calor – 200ml
Aumenta a perda com exercício intenso (FR)
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OS RINS CONTRIBUEM COM A PERDA OU A CONSERVAÇÃO DE ÁGUA E ELETRÓLITOS, DE ACORDO COM AS NECESSIDADES DO ORGANISMO.
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 O sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina, os rins e as vias de condução da urina: ureteres, bexiga urinária, e uretra.
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rins
ureteres
bexiga urinária
uretra
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RIM – ANATOMIA
ESTRUTURA:
Orgãos avermelhados em forma de feijão;
Possui cerca de 11/13 cm de comprimento; 5/7,5 de largura e 2,5/3 cm de espessura
Peso: 125/170g em homens e 115/155g em mulheres.
LOCALIZAÇÃO:
Um de cada lado da coluna vertebral, entre o peritónio e a parede posterior da cavidade abdominal;
Polo superior ao nível da 12 vértebra torácica;
Polo inferior ao nível das três primeiras vertebras lombarsres;
Protegidos, em parte pelas costela XI XII;
RIM DIREITO é levemente inferior, em contato com:
glândula supra-renal
fígado
porção descendente do duodeno
ângulo direito do cólon
parte do intestino delgado
RIM ESQUERDO em contato com:
glândula supra-renal
estômago 
baço
pâncreas
cólon descendente
jejuno
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APRESENTA AS FACES, ANTERIOR E POSTERIOR, E SUAS BORDAS MEDIAL E LATERAL. SUAS DUAS EXTREMIDADES, SUPERIOR E INFERIOR.
 O rim é envolvido por:
cápsula fibrosa (membrana fibrosa, lisa e transparente) – dá forma e auxilia na proteção; 
cápsula adiposa (massa de tec. gorduroso) – protege contra traumas /acolchoamento.
fáscia renal – (lâmina de tec. conjuntivo denso) – liga o rim às estruturas adjacentes e à parede do abdome.
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RIM – ANATOMIA
Córtex renal – região externa
Medula renal – região interna
Pirâmides renais (8 a 18 estruturas);
Colunas renais (entre as pirâmides);
Pelve renal (para onde drena a urina – cálices renais menores: 8-18, e cálices renais maiores: 2-3)
Pirâmides renais
Pelve 
renal
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FISIOLOGIA DO RIM
O RIM TEM 3 FUNÇÕES BÁSICAS:
FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA - manutenção do volume e composição do líquido extra-celular
FUNÇÃO EXCRETORA - eliminação dos produtos finais do metabolismo celular
FUNÇÃO ENDÓCRINA - secreção e modulação metabólica de alguns hormonios. O rim produz calcitriol (forma ativa da vitamina D – regula homeostase do cálcio) e eritropoietina (estimula produção de glóbulos vermelhos).
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A manutenção do meio interno pelos rins
O equilíbrio entre a perda e a ingestão de água
adaptado de “Fisiologia: texto e atlas”, Silbernagl e Despopoulos, 2003
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A manutenção do meio interno pelos rins
Quando ocorre um aumento da ingestão de água, os rins aumentam a formação urinária.
adaptado de “Fisiologia: texto e atlas”, Silbernagl e Despopoulos, 2003
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adaptado de “Fisiologia: texto e atlas”, Silbernagl e Despopoulos, 2003
A manutenção do meio interno pelos rins
O aumento da excreção urinária provocará desidratação e sede. Enquanto não houver a reposição da água necessária, os rins diminuirão a formação urinária.
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SUPRIMENTO SANGUÍNEO
débito sanguíneo de 1,2 litros/minuto (20/25%).
artérias renais derivam da aorta
veias renais convergem para veia cava inferior 
AORTA
artéria renal
artérias segmentares
artérias interlobares
artérias arqueadas 
artérias interlobulares
arteríolas aferentes
vasos capilares glomerulares
(±50 capilares anomastomasados e ramificados) 
arteríolas eferentes
vasos capilates peritubulares
(extremamente porosos)
veias interlobulares
veias arqueadas
veias interlobares
veias renais
VEIA CAVA
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Os vasos sangüíneos renais
modificado de: http://academic.kellogg.edu/herbrandsonc/bio201_McKinley/Urinary%20System.htm
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CONTROLE NERVOSO
Os nervos renais são controlados pelo Sistema Nervoso Autônomo – Simpático.
-nervos vasomotores que inervam os vasos sanguíneos – regulam o fluxo de sangue pelo rim e a resistência renal.
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Córtex
renal
Medula 
renal
Ducto 
coletor
NÉFRONS
São as unidade funcionais dos rins.
Em conjunto os dois rins
possuem cerca de dois milhões
 de néfrons.
Cada néfron tem a capacidade
 de formar urina por si só, logo, 
entender a função de um único
 néfron, entende-se a função do 
rim.
Função: limpar ou “depurar ”o
plasma sanguíneo de
substâncias indesejadas na
sua passagem pelo rim.
O número de néfrons é cte desde o nascimento
Um rim pode assumir 80% da função renal
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O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo coletor. 
São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.
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NÉFRON
Corpúsculo renal
Túbulo renal
 corticais (80%)
 justamedulares (20%)
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NÉFRON E OS TÚBULOS COLETORES
Mecanismos de formação da urina:
Filtração glomerular (primeira etapa da produção de urina, ocorre no corpúsculo renal, o filtrado passa do glomérulo para a cápsula de Bowman) 
Reabsorção tubular (ocorre na passagem do filtrado pelo túmulo renal para o túbulo coletor; as células de ambos os túbulos reabsorvem cerca de 99% da água filtrada)
Secreção tubular (também ocorre ocorre na passagem do filtrado pelo túmulo renal para o túbulo coletor; as células do túbulos liberam no filtrado resíduos removidos do sangue)
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Filtração: pressão hidrostática do sangue sobre as paredes do glomérulo. São barradas as células sangüíneas e proteínas plasmáticas, passando água e alguns solutos = Filtrado Glomerular.
Reabsorção: água, Na, Cl, glicose, aminoácidos.
Secreção: algumas moléculas estranhas passam direto do sangue para os túbulos. Ex.: drogas, remédios.
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FILTRAÇÃO GLOMERULAR
- processo que ocorre pela membrana de filtração: podócitos (células) e endotélio glomerular;
ocorre por diferença de pressões:
- a pressão hidrostática do sangue - é a principal causadora da filtração (55 mm Hg);
- duas pressões se opõem à filtração: pressão osmótica coloidal sanguínea (30mm Hg) – devido a presença de proteínas no plasma sanguíneo; e a pressão da cápsula glomerular (15mm Hg) - fluido interno da cápsula.
- quando uma delas aumenta, diminui a filtração.
Normalmente a pressão sanguínea é maior = pressão de filtração efetiva - 10 mmHg = resulta no volume de fluido passando pelo espaço capsular de 150 a 180 litros diários.
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FILTRAÇÃO GLOMERULAR
A taxa de filtração glomerular (TFG) - quantidade de filtrado formado nos corpúsculos de ambos os rins. Os valores são de aproximadamente 105 ml/min nas mulheres e 125 ml/min nos homens = cerca de 20% do fluxo de sg que passa pelos rins (1200ml/mim)
A constância dessa TFG é importante para evitar que as substâncias passem rápido demais pelo túbulos e não sejam reabsorvidas ou lento demais levando a reabsorcão de substâncias que deveriam ser excretadas.
A TFG está ligada a variações de pressão: hemorragias – pressão baixa – diminui a TGF. Pressão alta não altera significativamente essa taxa.
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Mecanismos de controle da TFG
Auto regulação renal: mecanismo miogênico e feedback tubuloglomerular. Controle realizado pela vasoconstrição ou vasodilatação da arteríola aferente
Mecanismo Miogênico – resposta das células musculares lisas presentes nos vasos aferente. 
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- Feedback tubuloglomerular – túbulo renal gera um feedback para o glomérulo.
* aumento da pressão – gera aumento do TFG - células específicas dentro dos túbulosdetectam a variação na reabsorção de Na, Cl e água – células estimulam a liberação de vasoconstritores – arteríolas aferentes se contraem – diminuindo a TFG.
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b) Regulação neural – regulação feitas pelo sistema nervoso autônomo SIMPÁTICO (norepinefrina – ativa receptores alfa, freqüentes nos músculos, levando a vasoconstrição das arteríolas aferentes e eferente).
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c) Regulação hormonal.
Angiotensina II 
– a diminuição da PA ou volume sanguíneo estimula a produção de Angiotensina II (enzima renina);
- provoca contrição das arteriolas aferentes e eferentes - diminui o TFG; 
estimula a reabsorção de ions de Na e Cl e aumenta a secreção de ions de H; estimula a supra real para liberar a aldosterona.
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Sistema Renina - Angiotensina
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Aldosterona 
Aumento da concentração de angiotensina no sg provoca aumento da produção/liberação da aldosterona pela supra renal; 
estimula a reabsorção de ions de Na e Cl e aumenta a secreção de ions de K (urina concentrada) = aumenta o volume sanguíneo.
PNA (Peptídeo natriurético atrial)
– aumento do volume sanguíneo provoca estiramento dos átrios do coração (células especiais);
Provoca relaxamento de células glomerulares, aumenta do a área da superfície dos capilares, aumentando a filtração e aumentando a TGF; 
inibe a reabsorção de ions de Na (e Cl e água por consequência); diminui o volume sanguíneo – diminuindo o volume sanguíneo.
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Hormônio Antidiurético (ADH ou Vassopressina) – regulador da reabsorção de água – estimula o rim a secretar solutos e reabsorver a água (urina concentrada).
Sua liberação pode ser estimulada por: quantidade de água diminuida, o hipotálamo estimula a neuro-hipófise liberar ADH; diminuição do volume sanguíneo (hemorragia); presença de angiotensina II no sg.
A secreção de ADH é inibida pelo alcool (diminui liberação de ADH), café, chás e refrigerantes (inibe a reabsorção do Na) – diuréticos “naturais”.
= na ausência de ADH, o rim excreta urina diluída (perde água do corpo).
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REABSORÇÃO TUBULAR – permite que pos rins retenham subst. que são essenciais e regulam seus níveis no plasma
ocorrem no tubo proximal, alça de Henle, tubo distal e tubo coletor;
as substâncias passam para a rede capilar peritubular;
líquido final (urina) com características muito diferentes do plasma;
mais reabsorção que secreção; 
substâncias reabsorvidas:
aproximadamente 99% de água
sódio
glicose
aminoácidos
ions cálcio, fosfato e sulfato
potássio
ureia
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SECREÇÃO - substâncias sujeitas a secreção:
Potássio
amônia
Medicamentos (penicilina)
ions hidrogênio
ions urato
creatinina
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Glomérulo
Alça descendente
GLICOSE
Aminoácidos
Ca++
Alça ascendente
Tubo 
Coletor
Alça de Henle
ORGANIZAÇÃO BÁSICA DO NÉFROM 
Reabsorção ativa (gasto de energia): glicose, aminoácidos, sais
Reabsorção passiva (difusão): água
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FISIOLOGIA
REABSORÇÃO DA ÁGUA
tubo proximal - 65%
alça de Henle - 15%
tubo distal - 10%
tubo colector- 9.3%
apenas 0.7% faz parte da urina
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TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E ELIMINAÇÃO DA URINA
Ureteres
Bexiga Urinária
Uretra
Toda urina produzida nos NÉFRONS e drenada via túbulos para os cálices renais menores que se unem e formam os cálices renais maiores formando a pelve renal de onde a urina segue para os ureteres, bexiga e uretra
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URETERES
- Da pelve renal, a urina é transportada para a bexiga urinária através dos ureteres (25/30cm).
- Descem entre o peritônio parietal e a parede da cavidade pélvica e se dirigem medialmente e penetram nas faces postero-laterais da bexiga urinária.
- As paredes dos ureteres são cobertas por um muco que impedem o contato com a urina (ph diferentes);
- A urina é transportada por dois mecanismos: contrações peristálticas; ação da gravidade e pressão hidrostática da urina.
- Pregas da mucosa da bexiga semelhantes a válvulas se formam ao redor dos óstios dos ureteres e auxiliam na prevenção do refluxo de urina durante a micção.
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Túnica mucosa
Túnica muscular
Túnica adventícia
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BEXIGA URINÁRIA
- A bexiga urinária é um órgão oco com função de armazenar urina, situada no assoalho da cavidade da pelve;
- Nos homens, sua localização é anterior ao reto e, nas mulheres, está situada anteriormente ao útero e à porção superior da vagina.
- Quando a bexiga está cheia, apresenta-se de forma esférica, mas, quando vazia, seu formato assemelha-se a uma pirâmide invertida.
- A bexiga pode conter 600 a 800 ml de urina, mas ela geralmente se esvazia antes que atinja a plenitude de sua capacidade (menor nas mulheres).
- A distensão das paredes da bexiga, estimulam os receptores no interior da parede a transmitir números crescentes de impulsos sensitivos para a região sacral da medula espinhal (S2 e S3).
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Túnica mucosa
Túnica muscular
Túnica adventícia 
Túnica serosa
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- Quando a bexiga atinge aproximadamente 200-400ml de urina, os músculos de sua parede se contraem, o esfíncter externo da uretra se relaxa, e a bexiga se esvazia (reflexo de micção) – sist. parassimpático.
 - No entanto, com algum treino, é possível induzir ou transferir a micção para um momento oportuno. Todavia, até que o controle esteja desenvolvido e o treinamento se complete (4 anos), a resposta reflexa é o fator dominante. Assim sendo, uma criança urina sempre que sua bexiga se encontre suficientemente cheia para ativar o reflexo espinhal.
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URETRA
 Porção terminal do sistema urinário = via de condução/eliminação da urina.
A uretra é um tubo muscular (túnica muscular), forrado por uma túnica mucosa que sai da face inferior da bexiga urinária e transporta a urina para o meio externo.
Na junção da uretra com a bexiga, a musculatura lisa da bexiga circunda a uretra e atua como um esfíncter (esfíncter interno da uretra - involuntário).
Como a uretra atravessa o assoalho da pelve (diafragma urogenital), ela é circundada por musculatura esquelética que forma o esfíncter externo (voluntário).
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