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RESUMO SISTEMA URINÁRIO

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RESUMO SISTEMA URINÁRIO – N1 
 
ANATOMIA 
RINS 
 
• Funções: retiram o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo protéico do sangue e devolvem 
ao sangue nutrientes e substâncias químicas importantes. 
• Localizados no retroperitônio, lateralmente à coluna vertebral (T-12 a L3). 
• Relações anatômicas: 
o Superiormente: diafragma 
o Inferiormente: m. psoas maior medialmente e quadrado lombar 
o Anteriormente ao rim direito: fígado (recesso hepatorrenal), duodeno e cólon ascendente 
o Annteriormente ao rim esquerdo: estômago, baço, pâncreas, jejuno e cólon descendente 
• Apresenta faces (anterior e posterior), Margens (lateral e medial) e polos (superior e inferior) 
• Margem medial apresenta o hilo renal onde a artéria renal entra e a veia renal e a pelve renal deixam o 
seio renal. No hilo a veia renal encontra- se anteriormente a artéria renal, que está anterior a pelve 
renal. 
• Seio renal: espaço ocupado pela pelve renal, cálices, vasos, nervos e por uma quantidade variável de 
gordura. 
• Pelve renal: expansão afunilada, achatada da extremidade superior do ureter. O ápice é continuo com 
o ureter. A pelve recebe 2 a 3 cálices maiores, e cada um recebe 2 a 3 cálices menores. 
o Cada cálice menor é entalhado por uma papila renal, o ápice da pirâmide renal. 
• É recoberto de tecido fibroso e possui duas camadas: córtex e medula 
Mariana de Jesus Oliveira, 4°p - FESAR 
• Córtex renal é subcapsular, arqueando-se sobre as bases das pirâmides e se estendendo entre elas 
para o seio renal como colunas renais. 
• Medula renal: camada interna formada por 8 a 15 pirâmides renais. 
• Segmentos renais: apical, antero-superior, antero-inferior, inferior e posterior. 
 
Vascularização dos rins 
Irrigação 
Artéria renal direita e esquerda - elas se originam lateralmente da aorta logo abaixo da origem da artéria 
mesentérica superior. 
• A artéria renal direita é mais longa e frequentemente mais alta, e passa posteriormente à veia cava 
inferior, à veia renal direita, à cabeça do pâncreas e à porção descendente do duodeno. 
• A artéria renal esquerda é mais curta e mais baixa, e passa atrás da veia renal esquerda. 
Artéria renal divide-se perto do hilo em 5 
artérias segmentares (artérias terminais, 
não se anastomossam entre si): 
• Artéria segmentar apical 
• Artéria segmentar antero-superior 
• Artéria segmentar antero- inferior 
• Artéria segmentar inferior 
• Artéria segmentar posterior 
 
 
As artérias interlobares são ramos das segmentares e fluem entre as pirâmides renais ascendendo até o 
córtex renal e arqueando-se (artérias arqueadas) sobre a base de cada pirâmide. As artérias interlobulares 
surgem das artérias arqueadas e ascendem no córtex renal. 
Das artérias interlobulares surgem as arteríolas aferentes que terminam nos glomérulos. As arteríolas 
eferentes surgem dos capilares glomerulares. 
As arteríolas eferentes se ramificam para formar os capilares peritubulares nos túbulos contorcidos 
proximais e distais. 
As arteríolas glomerulares eferentes que passam para a medula são relativamente longas, correm 
diretamente para profundidades variadas na medula renal, contribuindo com ramos colaterais para um plexo 
capilar alongado radialmente aplicado aos ramos descendentes e ascendentes das alças renais e aos ductos 
coletores. 
90% da irrigação do córtex é pela artéria interlobular e a maior parte da irrigação da medula é pela arteríola 
eferente. 
 
Drenagem venosa 
Finas radículas das terminações venosas dos plexos peritubulares convergem para se unir às veias 
interlobulares, cada uma com sua arteríola interlobular. Muitas veias interlobulares iniciam abaixo da cápsula 
renal fibrosa pela convergência de muitas veias satélites, que drenam as zonas mais superficiais do córtex 
renal e assim são nomeadas a partir de seu aparecimento na superfície. Veias interlobulares passam para a 
junção corticomedular e também recebem alguns vasos retos ascendentes antes de terminar nas veias 
arqueadas (que acompanham as artérias arqueadas), e se anastomosam com veias vizinhas. As veias 
arqueadas drenam para as veias interlobares, que se anastomosam e formam a veia renal. 
• A veia renal esquerda é três vezes maior que a veia renal direita (7,5 cm e 2,5 cm, respectivamente). 
• A veia renal esquerda recebe a v. suprarrenal esquerda, a v. gonadal esquerda e a v. lombar 
ascendente. 
 
Drenagem linfática 
Saída através do hilo → Linfonodos lombares → Ducto torácico 
 
Inervação 
• Tem origem no plexo nervoso renal 
• Formada por fibras simpáticas e parassimpáticas originadas dos nervos esplâncnicos 
abdominopélvicos 
 
URETERES 
Ductos musculares que medem de 25 a 30 cm de 
comprimento com luzes estreitas que conduzem urina 
dos rins para a bexiga. As partes abdominais dos 
ureteres são aderidas ao peritônio parietal e têm trajeto 
retroperitonial. 
Localiza-se numa linha que vai do ponto 5 cm lateral ao 
processo espinho de L I até a espinha ilíaca 
posterosuperior. 
Normalmente apresentam 3 constrições variáveis: 
o Na junção dos ureteres e das pelves renais 
o Onde os ureteres cruzam a margem da abertura 
superior da pelve 
o Durante a passagem através da parede da bexiga 
• As porções abdominais são retroperitoneais 
• Ao cruzarem a bifurcação da artéria ilíaca comum, penetram na cavidade pélvica 
• Seguem nas paredes laterais da pelve, entre o peritônio parietal e as artérias ilíacas internas 
• Curvam-se anteromedialmente próximo à espinha isquiática e entram na bexiga de forma oblíqua 
 
Irrigação arterial 
Vascularização arterial da porção abdominal dos 
ureteres: 
• Originam-se das artérias renais 
• Podem se originar também das artérias 
gonadais, parte abdominal da aorta e das 
artérias Ilíacas comuns 
• Aproximam-se medialmente dos 
ureteres 
Dividem-se em ramos ascendente e descendente 
Vascularização arterial da porção pélvica dos 
ureteres: 
• Variável 
• Originam-se das artérias ilíacas comuns, 
ilíacas internas e ováricas 
• Nas mulheres pode haver ramos das artérias uterinas 
• Nos homens ramos semelhantes partem das artérias vesicais inferiores 
 
 Drenagem venosa 
• Veias que drenam da porção abdominal dos ureteres dirigem-se para as veias renais e gonadais 
• A drenagem da parte pélvica geralmente é paralela à irrigação arterial 
 
Drenagem linfática 
Linfonodos lombares, ilíacos comuns, ilíacos internos e ilíacos externos. 
 
BEXIGA 
A bexiga urinaria é um recipiente oco, muscular, que 
se situa na cavidade pélvica posterior a sínfise 
púbica, sendo que nos homens é anterior ao reto e 
nas mulheres, é anterior à vagina e inferior e 
anterior ao útero. 
• Trígono: triângulo formado pelos óstios dos 
ureteres e uretra 
Um epitélio de transição é encontrado nos dois 
ureteres e na bexiga urinária. O resto das paredes 
dessas estruturas consiste em uma lâmina própria, uma túnica muscular e uma adventícia fibrosa 
A bexiga está relativamente livre, sendo fixada em seu colo pelos ligamentos laterais vesicais e arco tendíneo 
da fáscia da pelve (ligamentos puboprostático no homem e pubovesical em mulheres) 
Paredes da bexiga: formada pelo m. detrusor 
• A parede da bexiga urinária é mais espessa do que a parede do ureter, pois consiste em principalmente 
de camadas de músculo liso chamadas de músculo detrusor, externo ao epitélio, sendo que a 
contração desse musculo força a urina para fora da bexiga. 
 
Irrigação 
Ramos das artérias ilíacas internas 
• Partes anterossuperiores: artérias vesicais superiores 
• Fundo e colo da bexiga: 
o Nos homens: artérias vesicais inferiores 
o Nas mulheres: artérias vaginais 
Drenagem venosa 
As veias que drenam a bexiga correspondem às artérias e drenam para as veias ilíacas internas 
Inervação 
O principal suprimento nervoso da bexiga é feito pelos nervos pélvicos que se conectam à medula espinhal 
pelo plexo sacro. 
• A bexiga é inervada pelo sistema nervoso autônomoe pelo sistema nervoso somático. 
• O sistema nervoso somático atua na bexiga através do nervo pudendo, promovendo a contração 
voluntária. 
• O sistema nervoso autônomo, por sua vez, é dividido em simpático e parassimpático. 
• Inervação simpática: se dá pelas fibras torácicas inferiores e lombares superiores, que vão até os 
plexos vesicais através dos nervos hipogástricos e é responsável pelo relaxamento do músculo 
detrusor da bexiga e pela contração do esfíncter urinário. 
• Inervação parassimpática: se dá pelas fibras parassimpáticas sacrais, que são conduzidas pelos 
nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico inferior e são responsáveis por antagonizar as 
fibras simpáticas, ou seja, promovem a contração do músculo detrusor da bexiga e relaxamento do 
esfíncter urinário, causando a micção. 
Reflexo de micção 
Esse reflexo permite a micção quando a bexiga está 
cheia o suficiente. Enquanto a bexiga recebe urina e 
se enche, a pressão dentro dela aumenta até atingir 
uma pressão máxima. Isso faz com que a medula 
espinhal, através do plexo hipogástrico inferior, 
entenda que há necessidade de urinar. 
A medula espinhal envia sinais através desse plexo, 
que causam a contração do músculo detrusor e 
relaxamento do esfíncter interno da uretra 
(mecanismo parassimpático). O córtex cerebral, 
todavia, consegue controlar esse reflexo, controlando voluntariamente o relaxamento do esfíncter urinário 
(mecanismo somático). 
URETRA 
Uretra Masculina 
Tubo muscular de 18 a 22 cm de comprimento. 
Conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga até o óstio 
externo da uretra. Também conduz sêmen 
(espermatozoides e secreções glandulares) 
Possui 4 porções: 
• Intramural (pré-prostática): comprimento e 
diâmetro variáveis 
• Prostática: crista uretral e seios prostáticos 
o Abertura dos ductúlos prostáticos e ductos 
ejaculatórios 
• Membranácea: começa no ápice da próstata e vai até a membrana do períneo (bulbo do pênis) 
• Esponjosa: discretamente mais estreita (5mm de diâmetro); possui a dilatação intrabulbar e a fossa 
navicular 
Uretra Feminina 
• Cerca de 4 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro 
• Anteroinferiormente do óstio interno da uretra na bexiga 
• Posterior e depois inferior à sínfise púbica até o óstio externo da 
uretra, no vestíbulo da vagina, anterior ao óstio da vagina 
• Não possui um esfíncter interno organizado 
 
IRRIGAÇÃO 
Masculina: 
Partes intramural e prostática: ramos prostáticos das artérias vesicais inferirores e retais médias 
Porções membranácea e esponjosa: ramos da artérias dorsal do pênis 
Feminina 
Artérias pudenda interna e vaginal 
DRENAGEM 
Masculina: 
Drenagem venosa para o plexo venoso prostático e veia dorsal do pênis 
Feminina 
Drenagem venosa segue as artérias e têm mesmos nomes 
INERVAÇÃO URETRAL 
Masculina 
Plexo prostático: fibras simpáticas, parassimpáticas e aferentes viscerais mistas 
• A inervação simpática provém dos níveis lombares da medula espinal través dos nervos 
esplâncnicos lombares 
• A inervação parassimpática provém dos níveis sacrais através dos nervos esplâncnicos pélvicos 
Parte esponjosa da uretra: inervação somática pelo nervo dorsal do pênis 
Feminina 
Plexo vesical e nervo pudendo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA 
O rim é constituído pela cápsula, de tecido conjuntivo denso, a zona cortical e a zona medular (formada por 10 
a 18 pirâmides medulares), cujos vértices provocam saliência nos cálices renais. Essas saliências são as 
papilas. Da base de cada pirâmide partem os raios medulares, que penetram a cortical. 
Região cortical do rim 
A região cortical do rim apresenta grande quantidade de: 
• Túbulos renais de vários tipos, seccionados nos mais diversos planos de corte. 
• Corpúsculos renais. 
 
Observe conjuntos de túbulos renais dispostos em feixes paralelos. São raios medulares, ressaltados em azul 
claro. 
RAIOS MEDULARES: Os raios diminuem gradualmente em direção à circunferência do rim e consistem em 
uma série de prolongamentos externos a partir da base de cada pirâmide renal. 
 
Região medular do rim 
Esta região não contém corpúsculos renais. O parênquima desta região é 
constituído somente por túbulos renais. 
PAPILAS RENAIS 
As papilas renais são as porções mais internas das regiões medulares de 
cada uma das pirâmides renais. 
Formam saliências convexas que se projetam nos cálices renais. 
• A papila é constituída por porções finas da alça de Henle, por dutos coletores e por dutos papilares. 
• Cada duto papilar resulta da reunião de alguns dutos coletores. 
Veja alguns dutos papilares ressaltados em azul. Observe que os dutos papilares se abrem nos cálices e 
transferem urina para seus espaços. 
 
A imagem abaixo mostra a porção mais interna de uma papila renal. 
A papila é revestida por um epitélio simples cuboide → ressaltado em azul. 
Um epitélio de transição reveste a parede oposta do cálice → ressaltado em vermelho 
 
 
VISÃO GERAL DAS CAMADAS 
 
CORPÚSCULO RENAL 
O corpúsculo renal tem cerca de 200 µm de 
diâmetro e é formado por um tufo de capilares, o 
glomérulo, que é envolvido pela cápsula de 
Bowman. 
A cápsula contém dois folhetos, um interno, ou 
visceral, junto aos capilares glomerulares, e outro 
externo, ou parietal, que forma os limites do 
corpúsculo renal. Entre os dois folhetos da cápsula 
de Bowman existe o espaço capsular, que recebe o 
líquido filtrado através da parede dos capilares e do 
folheto visceral da cápsula. 
Cada corpúsculo renal tem um polo vascular pelo 
qual penetra a arteríola aferente e sai a arteríola 
eferente, e um polo urinário, no qual tem início o 
túbulo contorcido proximal. 
O folheto externo ou parietal da cápsula de Bowman 
é constituído por um epitélio simples pavimentoso, 
que se apoia na lâmina basal e em uma fina camada 
de fibras reticulares. 
As células do folheto interno ou visceral modificam-se durante o desenvolvimento embrionário, adquirindo 
características próprias → chamadas de podócitos → de onde partem diversos prolongamentos primários 
que dão origem aos prolongamentos secundários → Seus prolongamentos envolvem completamente o 
capilar. 
Os capilares glomerulares são do tipo fenestrado, sem diafragmas nos poros das células endoteliais. 
Os corpúsculos renais ou corpúsculos de Malpighi estão presentes somente na região cortical do rim. 
Observe alguns componentes de um corpúsculo na imagem abaixo: 
 
• Uma cápsula denominada cápsula de Bowman, ressaltada em verde. 
• Um novelo de capilares sanguíneos, denominado glomérulo renal, ressaltado em vermelho. 
• Um espaço entre a cápsula e o glomérulo, denominado espaço de Bowman. 
o Observe que o espaço de Bowman é revestido externamente por um epitélio simples 
pavimentoso. 
• Alguns núcleos de suas células estão ressaltados em azul escuro. O corpúsculo está circundado por 
túbulos renais. 
 
• Na imagem acima, observe o tufo de capilares que constitui o glomérulo renal – ressaltado em cor de 
rosa. 
• Ele está preso à superfície interna da cápsula de Bowman por um pedúnculo que é o polo vascular do 
corpúsculo – ressaltado em azul claro. Pelo pedúnculo passam as arteríolas aferente e eferente do 
glomérulo. O espaço de Bowman se situa entre o glomérulo e a cápsula de Bowman. 
• As setas indicam núcleos das células epiteliais que revestem internamente a cápsula de Bowman 
Observe a imagem abaixo: 
 
O polo urinário do corpúsculo renal é o local de saída do filtrado glomerular do espaço de Bowman para o 
lúmen de um túbulo contorcido proximal. 
• Glomérulo ressaltado em azul 
• Espaço de Bowman ressaltado em amarelo. 
• Início de túbulo contorcido proximal ressaltado em vermelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PODÓCITO 
Micrografia eletrônica de varredura que 
mostra prolongamentos primários (1) e 
secundários (2) quepartem de célula do 
folheto visceral da cápsula de bowman ou 
podócitos (P), e circundam capilares 
glomerulares. Os espaços delgados 
situados entre prolongamentos 
secundários adjacentes são as fendas d e 
filtração. 
MACROMOLÉCULAS NÃO PASSAM DA 
BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
 
 
 
 
CÉLULAS MESANGIAIS 
As células mesangiais são contráteis e têm receptores 
para angiotensina II → A ativação desses receptores reduz 
o fluxo sanguíneo glomerular. 
Contêm ainda receptores para o hormônio ou fator 
natriurético produzido pelas células musculares do átrio 
do coração. Esse hormônio é um vasodilatador e relaxa as 
células mesangiais, aumentando o volume de sangue nos 
capilares e a área disponível para filtração. 
 
 
TÚBULO RENAIS 
A maior parte do parênquima renal é ocupado pelos túbulos contorcidos proximais e túbulos contorcidos 
distais. 
CONTORCIDOS PROXIMAIS 
No polo urinário do corpúsculo renal, o 
folheto parietal da cápsula de Bowman se 
continua com o epitélio cuboide ou colunar 
baixo do túbulo contorcido proximal. Esse 
túbulo é maior do que o túbulo distal e, por 
isso, suas secções são vistas com mais 
frequência nas proximidades dos 
corpúsculos. 
O citoplasma apical das células dos túbulos 
proximais contém canalículos que partem da 
base dos microvilos e aumentam a 
capacidade de o túbulo proximal absorver 
macromoléculas. Nos canalículos se formam vesículas de pinocitose, que introduzem na célula 
macromoléculas que atravessaram a barreira de filtração glomerular. 
BOMBA DE Na/K → (Na•/K' ATPasc) localiza-se nessas membranas celulares basolaterais e é responsável 
pela absorçào de certos íons encontrados no filtrado e pelo transporte deles até o interstício. 
 
ALÇA DE HENLE 
• Estrutura em forma de U 
• Segmentos delgados (epitélio pavimentoso simples) interposto a dois segmentos espessos (epitélio 
cúbico simples) 
• Participa da retenção de água 
• Segmento delgado descendente permeável e ascendente completamente impermeável 
• Segmento ascendente espesso → reabsorção de cloreto de sódio 
 
CONTORCIDOS DISTAIS 
É revestido por epitélio cúbico simples. 
Nos cortes histológicos, a distinção entre os túbulos contorcidos distais e os proximais, baseia-se nos 
seguintes dados: suas células são menores (maior número de núcleos em cada corte transversal), não têm 
orla em escova e são menos acidófilas (contêm menor quantidade de mitocôndrias). 
As células dos túbulos distais têm 
invaginações da membrana basolateral 
nas quais se encontram mitocôndrias. 
Na imagem, fotomicrografia da camada 
cortical do rim, que mostra um corpúsculo 
renal, túbulos contorcidos proximais (TCP) 
e distais (TCD). A seta aponta uma mácula 
densa do túbulo distal encostado ao polo 
vascular de corpúsculo renal do mesmo 
néfron. A mácula é formada por células 
epiteliais do TCD mais estreitas, cujos 
núcleos ficam muito próximos. 
Note também membranas basais dos 
capilares glomerulares e as dos túbulos 
renais (pontas de seta). 
TÚBULOS E COLETORES 
• A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores, que desembocam em tubos 
mais calibrosos, os ductos coletores, que se dirigem para as papilas. 
• Túbulos coletores mais delgados são revestidos por epitélio cúbico 
• Os ductos coletores da medula participam dos mecanismos de concentração da urina (retenção de 
água). 
Aparelho Justaglomerular 
Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente (às vezes também a eferente) não tem membrana elástica 
interna e suas células musculares apresentam-se modificadas. 
Essas células são chamadas justaglomerulares e têm núcleos esféricos e citoplasma carregado de grânulos 
de secreção. Também fazem parte do aparelho justaglomerular células com citoplasma claro, denominadas 
células mesangiais extraglomerulares e a mácula densa. 
• Células justaglomerulares + mácula densa = aparelho justaglomerular 
• As células justaglomerulares produzem a enzima renina. 
A renina não atua diretamente. Ela aumenta a pressão arterial e a secreção de aldosterona (um hormônio da 
cortical da glândula adrenal), por intermédio do angiotensinogênio (globulina do plasma). 
• Atuando sobre o angiotensinogênio, a renina libera um decapeptídio, angiotensina I. 
• Uma enzima do plasma remove dois aminoácidos da angiotensina I, formando a angiotensina II 
(octopeptídio). 
Os principais efeitos fisiológicos da angiotensina II são aumentar a pressão sanguínea e a secreção de 
aldosterona pela glândula adrenal. A aldosterona é um hormônio que inibe a excreção do sódio pelos rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Mucosa (MC) 
o Tecido epitelial polimorfo 
o Lâmina própria de tecido conjuntivo. 
• Muscular (MS) 
o Formada por tecido muscular liso com duas camadas 
pouco definidas: longitudinal interna e circular externa. 
• Adventícia (AD) 
o Tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
 
• Mucosa (apresenta pregas ou dobras) 
o Tecido epitelial de transição (urotélio) 
o Lâmina própria de tecido conjuntivo 
• Muscular 
o Está formada por três camadas (long. Interna, circular 
média, ling. externa) -> Musculo detrusor 
• Serosa 
o Tecido conjuntivo revestido por mesotélio, 
• Adventícia (parte superior da bexiga) 
o Constituída apenas por tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Possuem glândulas secretoras de muco chamadas glândulas de Littré. 
Distingue-se em uretra masculina e feminina: 
Uretra Masculina: Subdivide-se em parte prostática, membranosa e cavernosa. 
 
Uretra Feminina: 
 - Revestimento = Epitélio de transição 
- Lamina própria =Tc. Frouxo / denso 
- Muscular = 2 a 3 camadas de musculo liso 
- Adventícia 
 
 
 
FORMAÇÃO E EXCREÇÃO DA URINA 
PRINCIPAL FUNÇÃO DO RIM: 
Controle da excreção de água, dos eletrólitos e dos resíduos metabólicos. 
Outras funções: 
• Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo; 
• Excreção de substâncias químicas estranhas; 
• Regulação do equilíbrio de água e eletrólitos; 
• Regulação da osmolalidade dos líquidos corporais e da concentração de eletrólitos; 
• Regulação da pressão arterial; 
• Regulação do equilíbrio ácido-base; 
• Regulação da produção de hemácias; 
• Secreção, metabolismo e excreção de hormônios; 
• Gliconeogênese. 
 
IMPORTANTE: Fluxo sanguíneo renal corresponde a 22% do débito cardíaco 
VASOS DO PARÊNQUIMA RENAL 
Artéria renal, que se ramificou da artéria aorta abdominal e entra no seio renal de cada rim 
Artérias segmentares divergem da artéria renal e formam artérias interlobares que ascendem dentro das 
colunas renais em direção ao córtex 
Os ramos das artérias interlobares divergem próximo da base das pirâmides e se arqueiam sobre elas para 
formar as artérias arqueadas 
Artérias interlobulares se projetam a partir das artérias arqueadas, para o córtex, derivando assim em 
arteríolas aferentes 
Após cada arteríola eferente sair do glomérulo, elas dão origem a um plexo de vasos capilares chamados de 
capilares peritubulares e eles ficam envolta dos túbulos contorcidos 
Existe associado aos néfrons justamedulares um conjunto de capilares peritubulares especializados 
chamados de vasos retos 
Os capilares peritubulares drenam para as veias interlobulares que drenam para as veias arqueadas que se 
esvaziam nas veias interlobares que drena para a veia renal que sai do rim e conecta-secom a veia cava 
inferior 
Sequência do fluxo sanguíneo renal até o néfron: 
A. renal → aa. segmentares → aa. interlobares → aa. arqueadas → aa. interlobulares (radiais) → arteríolas 
aferentes → capilares glomerulares (néfrons) 
 
Regulação da pressão hidrostática nos capilares 
• Alta pressão hidrostática nos capilares glomerulares → filtração 
• Pressão hidrostática nos capilares tubulares → reabsorção 
Alterações da resistência nas arteríolas levam a modificações da pressão hidrostática nos capilares 
glomerulares e tubulares aumentando ou diminuindo a filtração glomerular e a reabsorção tubular 
 
NÉFRON 
• Unidade histológica e funcional do rim 
• Não podem ser regenerados pelos rins 
• 800 mil a 1 milhão de néfrons em cada rim 
• Lesão renal, doença renal ou envelhecimento reduz número de néfrons 
• Estrutura: 
o glomérulo (capilares glomerulares) – filtragem do sangue 
o cápsula de Bowman – envolve o glomérulo e recebe o liquido filtrado 
o túbulo – liquido filtrado é convertido em urina 
 
Tipos de néfrons: 
Néfrons justamedulares 
• Corpúsculos renais se encontram perto da medula 
• Têm longas alças de Henle, que se estendem profundamente na medula 
• Longas arteríolas eferentes se estendem dos glomérulos para a região externa da medula e então 
formam os capilares peritubulares especializados chamados de vasa recta 
 
Néfrons corticais 
• Suas alças de Henle não se estendem profundamente na medula 
• Todo o sistema tubular é envolvido por extensa malha de capilares peritubulares 
 
FORMAÇÃO DA URINA 
A urina é responsável por mandar embora do corpo vários produtos indesejados como a ureia que vem do 
metabolismo dos aminoácidos, a creatinina da creatina muscular, ácido úrico da degradação de ácidos 
nucleicos, produtos finais da degradação da hemoglobina tais como a bilirrubina e metabolitos de vários 
hormônios, assim como substâncias estranhas como toxinas e fármacos. 
Resulta da: 
• Filtração glomerular 
• Reabsorção de substâncias dos túbulos para o sangue 
• Secreção de substâncias do sangue para os túbulos 
 
O glomérulo é constituído por cerca de oito lobos capilares (tufo capilar) e é envolto pela cápsula de Bowman, 
funcionando como um filtro NÃO seletivo de substâncias plasmáticas com peso molecular inferior a 70000. 
1. Os capilares enovelados do glomérulo deixam o sangue (que circula em ALTA PRESSÃO) extravasar 
para a cápsula renal. 
a. Sangue que passa pelos capilares glomerulares é filtrado 
2. A Cápsula de Bowman recebe o filtrado com composição semelhante ao plasma, exceto proteínas 
3. O filtrado flui para os túbulos onde ocorre reabsorção de água e solutos para os capilares e secreção 
de outras substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos. 
 
 
 
Transporte da urina 
A composição da urina é aquela que sai dos ductos coletores; 
• A urina cai nos cálices renais causando sua distensão 
• Iniciam contrações peristálticas que se propagam para pelve renal e ureteres, impulsionando a urina 
em direção à bexiga 
• As contrações peristálticas são estimuladas pela estimulação parassimpática e inibidas pela 
estimulação simpática (REFLEXO DE MICÇÃO) 
Depuração renal 
A. substância é livremente filtrada, mas não 
reabsorvida. Certas substâncias indesejáveis no 
corpo, tais como a creatinina, são depuradas 
pelos rins dessa maneira 
B. A substância é livremente filtrada, mas parte da 
carga filtrada é reabsorvida de volta ao sangue. 
Ex: eletrólitos corporais, como os íons sódio e 
cloreto. 
C. A substância é livremente filtrada, mas não é 
excretada na urina porque toda a quantidade 
filtrada é reabsorvida dos túbulos para o sangue. 
Esse padrão ocorre para algumas substâncias 
nutricionais que estão presentes no sangue, 
como aminoácidos e glicose. 
D. A substância é livremente filtrada, não é 
reabsorvida e é secretada do sangue capilar 
peritubular para os túbulos renais. Esse padrão 
frequentemente ocorre com os ácidos e as bases 
orgânicos e permite que essas substâncias 
sejam rapidamente retiradas do sangue, para 
serem excretadas, em grande quantidade, na 
urina. 
 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
• Alta filtração glomerular retira rapidamente substâncias indesejáveis do corpo 
• Cerca de 180 litros/dia 
• Depende da alta taxa de fluxo sanguíneo renal; 
• Componentes plasmáticos ligados às proteínas não são filtrados – cálcio e ácidos graxos. 
Concentração do filtrado glomerular: livre de proteínas e desprovido de elementos celulares como as 
hemácias. 
A filtração glomerular é determinada por: 
• Balanço das forças hidrostáticas e coloidosmóticas, atuando através da membrana capilar; 
• Coeficiente de filtração capilar (Kf ) → produto da permeabilidade e da área de superfície de filtração 
dos capilares 
A fração de filtração é, em média, de 0,2 → 20% do plasma, que fluem pelos rins, são filtrados pelos capilares 
glomerulares 
Fração de filtração = FG/Fluxo plasmático renal 
MEMBRANA CAPILAR GLOMERULAR 
Possui 3 camadas: 
• Endotélio capilar 
• Membrana basal 
• Camada de células epiteliais (podócitos) 
O aumento da espessura da membrana capilar glomerular diminui o coeficiente de filtração glomerular. 
• Ex. HAS crônica não controlada e DM2 
Filtrabilidade 
A filtrabilidade de 1,0 significa que a substância é filtrada tão livremente quanto a água; filtrabilidade de 0,75 
significa que a substância é filtrada apenas 75% tão rapidamente quanto a água. Note que eletrólitos, tais como 
sódio e pequenos compostos orgânicos como a glicose, são livremente filtrados. 
Conforme o peso molecular da molécula se aproxima ao da albumina, a filtrabilidade rapidamente diminui em 
direção ao de zero. 
OU SEJA: quanto MAIOR o peso molecular, MENOR a filtrabilidade!!! 
 
Grandes moléculas, com carga negativa, são filtradas menos facilmente que moléculas com carga positiva 
com igual dimensão molecular. 
Por exemplo: a albumina tem filtração restrita por causa da sua carga negativa e da repulsão 
eletrostática exercida pelas cargas negativas dos proteoglicanos presentes na parede dos capilares 
glomerulares. 
Determinantes da Filtração Glomerular 
A pressão efetiva de filtração representa a soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas que favorecem 
ou se opõem à filtração através dos capilares glomerulares. Essas forças são: 
• Pressão hidrostática glomerular (PG): é a pressão hidrostática, nos capilares glomerulares que 
promove a filtração. 
• Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (PB): por fora dos capilares que se opõe à filtração 
• Pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas (pG): se opõe à filtração; 
• Pressão coloidosmótica das proteínas na cápsula de Bowman (pB ): promove a filtração. 
Então, a filtração glomerular (FG), é calculada assim: 
FG = Kf × (PG − PB − pG + pB ) 
Forças Favoráveis à Filtração (mmHg) 
• Pressão hidrostática glomerular 60 
• Pressão coloidosmótica na cápsula de Bowman 
Forças que se Opõem à Filtração (mmHg) 
• Pressão hidrostática na cápsula de Bowman 18 
• Pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares 32 
• Pressão efetiva de filtração = 60 − 18 − 32 = +10 mmHg 
 
A pressão hidrostática glomerular é influenciada por: 
• Pressão arterial 
• Resistência arteriolar aferente 
• Resistência arteriolar eferente 
Importante: 
A PRESSÃO HIDROSTÁTICA AUMENTADA NA CÁPSULA DE BOWMAN DIMINUI A FG 
A PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA CAPILAR AUMENTADA REDUZ A FG 
A PRESSÃO HIDROSTÁTICA CAPILAR GLOMERULAR AUMENTADA ELEVA A FG 
 
 
 
 
FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
• Corresponde a 22% do débito cardíaco – 1.100 ml/min 
• Alto fluxo → filtração glomerular → regulação de volume dos líquidos corporais e solutos 
• Rins consomem 2 vezes mais O2 que o cérebro 
• Fluxo sanguíneo é quase 7 vezes maior 
• Oxigênio fornecido excede suas necessidades metabólicas 
• Consumo de O2 diretamente relacionado a reabsorção de sódio nos túbulos renais 
↓Fluxo renal ↓ FG ↓Na filtrado ↓Na reabsorvido↓O2 consumido 
Determinantes do fluxo sanguíneo renal 
Gradiente de pressão ao longo da vascularização renal dividido pela resistência vascular renal total: 
 
Maior parte da resistência vascular renal está nas aa. interlobulares, arteríolas aferentes e arteríolas 
eferentes 
• O fluxo é inversamente proporcional a resistência vascular 
• Autorregulação renal mantem fluxo renal e FG relativamente constantes 
A pressão na artéria renal é aproximadamente igual à pressão arterial sistêmica, 
Controle fisiológico da FG 
Sistema nervoso simpático 
• Ativação de fibras nervosas simpáticas → constrição das arteríolas → ↓ fluxo e FG 
• Estímulos simpáticos são importantes em distúrbios agudos graves (reação de defesa, isquemia 
cerebral, hemorragia grave) 
• Elevam a reabsorção tubular renal de sódio e água, causando diminuição em sua excreção 
Hormônios e autacoides 
• Norepinefrina, epinefrina e endotelina → constrição das arteríolas aferentes e eferentes → redução 
de fluxo e FG 
• Angiotensina II – vasoconstritor renal 
o Atua principalmente nas arteríolas eferentes, aumenta pressão hidrostática glomerular 
preservando a FG e a excreção de produtos indesejáveis e aumenta a reabsorção tubular de 
sódio e água 
o Óxido nítrico – autacoides que diminui a resistência vascular renal 
o Prostaglandinas e Bradicininas – causam vasodilatação e aumento do fluxo renal e FG 
Feedback intrínseco do rim ou Autorregulação 
• Mantêm fluxo e FG constantes 
• Permite controle da excreção de água e solutos 
• Mesmo grandes variações de pressão arterial alteram pouco a FG 
FG diminuída → fluxo lento na alça de Henle → reabsorção aumentada de Na e Cl 
Diminuição da concentração de sódio na mácula densa: 
↓ resistência nas arteríolas aferentes 
↓ pressão hidrostática glomerular 
↑ liberação de renina pelas células justaglomerulares das arteríolas aferentes e eferentes → ↑ 
formação de angiotensina I que é convertida em angiotensina II → contração das arteríolas eferentes 
→ ↑ pressão hidrostática → retorno da FG normal 
 
Reabsorção 
• Íons sódio, cloreto e bicarbonato; 
• Substâncias nutricionais – aminoácidos e glicose. 
 
Secreção 
• Potássio, íons hidrogênio 
• Algumas outras substâncias excretadas na urina: fármacos e substâncias estranhas 
 
Reabsorção e Secreção Tubular Renal 
▪ A reabsorção tubular é seletiva 
▪ Glicose e aminoácidos são quase completamente reabsorvidos pelos túbulos 
▪ Íons (Na, Cl, HCO3) são reabsorvidos em intensidades variáveis, dependendo das necessidades do 
organismo 
▪ Resíduos de produtos são pouco reabsorvidos pelos túbulos, 
 
 
Após o filtrado glomerular entrar nos túbulos renais, ele flui pelas porções sucessivas do túbulo — túbulo 
proximal, alça de Henle, túbulo distal, túbulo coletor e, finalmente, ducto coletor — antes de ser excretado 
como urina. 
 
REABSORÇÃO TUBULAR 
A reabsorção através do epitélio tubular para o liquido intersticial pode ocorrer através de transporte ativo ou 
passivo. Após a absorção através das células epiteliais tubulares, a água e os solutos são transportados para 
o sangue através das paredes dos capilares peritubulares. 
Transporte Ativo 
• Ao longo do túbulo renal funciona a bomba de 
sódio/potássio de ATPase e o transporte 
ligado indiretamente à fonte de energia 
• A água é sempre reabsorvida de forma 
passiva → osmose 
• Sódio se move pelas vias transcelular e 
paracelular 
• No túbulo proximal a água é absorvida pela 
via paracelular juntamente com íons 
dissolvidos (K, Mg e Cl) 
• Outras bombas que fazem transporte ativo 
no rim são hidrogênio ATPase, hidrogênio-
potássio ATPase e a cálcio ATPase 
 
Reabsorção passiva de água 
Acompanha o transporte ativo de solutos 
• Nas junções oclusivas entre as células epiteliais 
dos túbulos proximais ocorre maior parte do 
fluxo de água 
• Porções mais distais dos túbulos são menos 
permeáveis e sofrem influência do ADH para 
aumentar a permeabilidade 
• O transporte de Na+ deixa o interior do lúmen 
tubular com carga negativa e provocam a difusão 
de íons Cl- pela via paracelular 
• A reabsorção de água por osmose também aumenta a concentração de íons Cl- no lúmen tubular, 
criando um gradiente que promove a reabsorção adicional; 
• Ureia também é reabsorvida passivamente em menor grau através do gradiente de concentração 
criado pela reabsorção de água 
• 90% do nitrogênio residual resultante do metabolismo das proteínas é excretado na urina na forma de 
ureia. 
 
 
REABSORÇÃO TUBULAR PROXIMAL 
 
• Elevada capacidade de reabsorção ativa e passiva. 
• Cerca de 65% da carga filtrada de sódio e água e porcentagem ligeiramente menor do cloreto filtrado 
são reabsorvidos pelo túbulo proximal, antes do filtrado chegar às alças de Henle. 
• Células epiteliais têm alto metabolismo e grande número de mitocôndrias 
• Extensa borda em escova no polo luminal e muitos canais intercelulares e basais 
• Possui muitas moléculas proteicas carreadoras que transportam sódio e outros nutrientes na forma 
de cotransporte 
Na primeira metade do túbulo: 
• Sódio reabsorvido por cotransporte com glicose, aminoácidos e outros solutos 
Na segunda metade do túbulo: 
• Glicose e alguns aminoácidos são reabsorvidos 
• Sódio reabsorvido com íons cloreto 
• A concentração mais elevada de cloreto favorece a difusão desse íon do lúmen do túbulo pelas junções 
intercelulares para o líquido intersticial renal 
TRANSPORTE NA ALÇA DE HENLE 
Possui três segmentos: 
• Segmento descendente fino: permeável à água e moderadamente permeável à maioria dos solutos, 
incluindo ureia e sódio 
o Função: permitir a difusão simples de substâncias através de suas paredes. 
o Reabsorve a maior parte dos 20% da água 
• Segmento ascendente fino: é praticamente impermeável à água, 
o não reabsorve quantidades significativas de solutos. 
• Segmento ascendente grosso: é praticamente impermeável à água, 
o Tem células epiteliais espessas com alta atividade metabólica 
o Reabsorve ativamente sódio, cloreto e potássio. 
o Nesse segmento, há o cotransportador de 1-sódio, 2-cloreto, 1-potássio que realiza o 
transporte através da membrana luminal → há uso da energia para transportar sódio para 
conduzir potássio contra o gradiente de concentração 
o Diuréticos de alça (furosemida, etc) inibem a ação desse cotransportador 
o Nessa membrana também há o contratransportador de sódio e hidrogênio 
 
TRANSPORTE NO TÚBULO DISTAL INICIAL 
• Na primeira porção encontra-se a mácula 
densa 
• O restante tem características de reabsorção 
do segmento espesso da alça de Henle, 
reabsorvendo Na+, K+ e Cl-, mas impermeável 
à agua. 
• Possui o cotransportador sódio-cloreto 
• Diuréticos tiazídicos inibem esse 
cotransportador 
 
 
TRANSPORTE NO TÚBULO DISTAL FINAL E TÚBULO COLETOR 
• Formados por células principais e células intercaladas 
Células principais: reabsorvem sódio e água e secretam potássio para o lúmen através da bomba Na-K 
ATPase 
• Células principais sofrem ação dos diuréticos poupadores de potássio 
 
Células intercaladas tipo A: reabsorvem potássio e secretam íons 
hidrogênio através de bomba hidrogênio-potássio ATPase 
• Para cada H+ secretado, um íon bicarbonato fica disponível 
para reabsorção na acidose 
Células intercaladas tipo B: apresentam funções opostas às do 
tipo A, reabsorvendo H+ na alcalose. 
 
 
DUCTO COLETOR MEDULAR 
Permeabilidade à água controlada pelo ADH 
É permeável à ureia devido à presença de transportadores da 
ureia que atuam na concentração da urina 
Desempenha importante papel no equilíbrio ácido-base devido 
à reabsorção de H+ contra gradiente de concentração 
 
 
Concentração e Diluição da Urina 
Excreção do excesso de água 
• Os rins têm a capacidade de regular a excreção de água 
• Os rins excretam o excesso de água pela produção de urina diluída → osmolaridade 
• Controle feito pelo ADH (vasopressina) 
A osmolaridade é determinada pela quantidadede soluto (principalmente, cloreto de sódio) dividida pelo 
volume do líquido extracelular. 
A água corporal é controlada por: 
• Ingestão de líquido → regulada por fatores determinantes da sede 
• Excreção renal de água → controlada por múltiplos fatores que influenciam a filtração glomerular e a 
reabsorção tubular. 
Excesso de água no corpo e queda da osmolaridade do líquido corporal → rins excretam urina com 
osmolaridade de até 50 mOsm/L, 
Déficit de água no corpo e a osmolaridade do líquido extracelular se eleva → rins excretam urina com 
concentração de 1.200 a 1.400 mOsm/L. 
 
↑ Osmolaridade → Hipófise posterior secreta ADH → ↑ Permeabilidade dos túbulos distais e coletores → 
↑ Reabsorção de água → ↓ Volume urinário 
A formação de urina diluída é decorrente da reabsorção continua de solutos sem reabsorção de água 
Na ausência de ADH ocorre diluição maior da urina no túbulo distal final e ductos coletores com eliminação de 
urina diluída em grande volume. 
Formação da urina concentrada 
• Ocorre em situações de baixa ingestão hídrica 
• Continua a excreção de solutos, mas com reabsorção de água 
• Com elevação do ADH o túbulo coletor torna-se permeável à água que passa a ser reabsorvida do 
túbulo para o interstício e dali para os capilares peritubulares. 
A osmolaridade plasmática é determinada pela concentração de sódio, glicose e ureia. O controle é feito por: 
• Sistema osmorreceptor-ADH; 
• Mecanismo da sede. 
Déficit de água promove elevação da osmolaridade → Há o murchamento das células osmorreceptoras 
(hipotálamo anterior) → Estimulo aos neurônios nos núcleos supraópticos → Estímulo a hipófise posterior 
→ ↑Liberação de ADH → ↑Permeabilidade da porção final dos túbulos distais, dos túbulos coletores → 
↑Reabsorção de água 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGULAÇÃO ÁCIDO-BASE 
Os processos metabólicos produzem continuamente ácidos e, em menor grau, bases. 
• Para manter a função celular, o corpo possui mecanismos que mantem a concentração sanguínea de 
H+ 
• Está intimamente ligado ao metabolismo de líquidos e equilíbrio de eletrólitos. 
 
ÍON H+ 
A concentração do íon H+ é avaliada pela medida do pH 
• Manutenção do pH dentro da normalidade é necessário para evitar desnaturação de proteínas 
• A maior parte dos ácidos produzidos no organismo provem de ingestão e metabolismo 
• Manutenção do pH é feita pela integração da função dos tampões e dos sistemas respiratório e renal. 
TAMPÕES 
• Reação com íons H+ e OH- (ÁCIDO-BASE) 
• Sais dissolvidos no plasma: Bicarbonato e Fosfato 
• Tampões celulares → movimento de íons entre o extra e intracelular 
• Trocas entre H+ e K+, H+ e Ca+2 ou Cl- e HCO3- 
• A equação a seguir mostra a reação química do sistema tampão do bicarbonato 
anidrase carbônica 
H+ + HCO3– ↔ H2CO3 ↔ CO2 + H2O 
 
TAMPONAMENTO QUÍMICO 
• Soluções que resistem a alterações de pH; 
• Tampão é feito de um ácido fraco e sua base conjugada; 
• A base conjugada pode aceitar H+ e o ácido fraco pode ceder o íon; 
• O sistema tampão fisiológico mais importante é o HCO3-/CO2 
o HCO3: controle feito pela FUNÇÃO RENAL 
o CO2: controle feito pela VENTILAÇÃO PULMONAR 
É constituído pelo bicarbonato (HCO3), ossos, hemoglobina, proteínas plasmáticas e intracelulares. Estas 
substâncias são capazes de doar ou receber íons H+ minimizando alterações do pH e têm por objetivo deslocar 
a reação para maior produção de CO2 e água que podem ser eliminados pela respiração. 
→ O sistema tampão ocorre instantaneamente à alteração ácido-básica constituindo, assim, a primeira linha 
de defesa para variações do pH. 
 
 
REGULAÇÃO PULMONAR 
Concentrações de CO2 são reguladas por alterações do volume corrente e da frequência respiratória. 
→ Regula a concentração de CO2 sanguíneo através de sua eliminação ou retenção na acidose e alcalose, 
respectivamente. O controle respiratório é exercido por variações na concentração de íons H+ sobre o bulbo, 
→ O componente pulmonar inicia-se minutos após a alteração ácido-básica, sendo o segundo componente 
na linha de defesa para variações do pH. 
• Redução do pH → estímulo em quimiorreceptores arteriais → ↑ Volume corrente ou ↑Frequência 
respiratória → CO2 expirado → aumento do pH 
 
REGULAÇÃO RENAL 
Os rins controlam o pH através da quantidade de HCO3- reabsorvida ou excretada. 
• A reabsorção de HCO3- ocorre principalmente no túbulo proximal e no túbulo coletor; 
Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico ao excretarem urina ácida ou básica. Tal controle se dá através dos 
seguintes mecanismos: reabsorção de bicarbonato filtrado e regeneração do bicarbonato através da 
excreção de H+ ligada a tampões e na forma de amônia (NH4). 
Ao contrário dos sistemas dos tampões e respiratório, o sistema renal responde inicialmente de maneira le
nta, mas com grande eficiência para a regulação do pH sanguíneo. 
→ Apesar de ser o terceiro componente na linha de defesa contra alterações do equilíbrio ácido-básico, 
levando horas a dias para agir, é o mais duradouro de todos os mecanismos regulatórios. 
 
Distúrbios Primários do Equilíbrio Ácido-básico 
Acidose e alcalose são modificações do pH sanguíneo decorrentes do aumento ou da diminuição da 
concentração sanguínea de íons H+. 
Para manter o pH em limites compatíveis com os processos vitais, o organismo lança mão de uma série de 
mecanismos regulatórios que são: sistema tampão (instantâneo), componente respiratório (minutos) e 
componente renal (horas a dias). 
pH = 6,1 + log ( [HCO3-] ) 
 [0,03xPCO2] 
Distúrbios primários: o desajuste do pH acontece devido: 
• Alterações da ventilação 
• Incapacidade de eliminar prótons 
• Incapacidade de manter bicarbonato 
Causas metabólicas: acidose e alcalose metabólica 
Causas respiratórias: acidose e alcalose respiratória. 
 
Ânion gap – Intervalo Aniônico 
Ânion GAP são íons não mensurados → carga positiva = carga negativa 
• Na+ é o principal cátion do liquido extracelular 
• Cl- e HCO3- são os principais ânions 
• Carga do Na+ maior que soma dos ânions Cl- e HCO3- 
[Na+] – ([Cl-] + [HCO3-]) = ânion gap (10 ± 2 mEq/l) 
• Excesso de ácidos diminui HCO3- (tamponamento/consumo) sem alterar Cl- e ânion gap aumenta 
ACIDOSE METABÓLICA 
pH abaixo de 7,35 e concentração do bicarbonato plasmático menor do que 24 mEq/ ℓ . 
→ Concentração de Cl- normal ou aumentada 
• Quando um ácido é adicionado ao sangue, o bicarbonato do tampão reage com ele, formando ác. 
carbônico que se dissocia em CO2 e H2O. O CO2 é eliminado nos pulmões. 
A compensação é pela respiração. 
• O ácido carbônico dissocia em CO2, estimula o centro respiratório e aumenta a respiração, 
eliminando o CO2. 
• Hiperventilação compensatória é limitada. 
PCO2 esperado = (1,5 x HCO3-) + 8 ± 2 
A correção acontece pelo rim, ele vai aumentar a absorção de HCO3- e excretar o H+. 
 
Acidosese metabólicas normoclorêmicas ou com elevação do ânion gap 
• Ocorrem pelo acumulo de prótons (↑ produção ↓ capacidade de eliminar) 
• Acidose láctica, cetoacidose diabética, intoxicações por ânions externos (nitroglicerina, 
sulfametoxazol-trimetoprim, lorazepan, diazepan), IRA. 
 
Acidemias metabólicas hiperclorêmicas ou com ânion gap normal 
• Ocorrem quando há perda de HCO3- ou infusão de grandes quantidades de Cl- (NaCl, aminoácidos) 
• Diarreias, fístulas pancreáticas e/ou biliares, incapacidade dos túbulos renais reabsorver 
bicarbonato. 
 
 
 
ALCALOSE METABÓLICA 
pH sanguíneo acima de 7,45 e a concentração do bicarbonato plasmático maior do que 24 mEq/ℓ. 
Quando uma base invade o organismo, o ác. carbônico reage com ela produzindo bicarbonato e água, ou seja, 
aumenta o HCO3- e diminui H2CO3. 
A compensação é respiratória, diminuindo a velocidade da respiração (hipoventilação) para reter C02 no 
organismo. 
• Mecanismo pouco expressivo. 
Calculo do PCO2 esperado: 
PCO2 esperado = 15 + HCO3- ± 2 
• Poderesultar em alcalose mista devido risco de hipóxia com aumento da FR. 
A correção é pelos rins que aumentam a eliminação de bicarbonato. 
Alcalemias metabólicas hipoclorêmicas 
• Causadas pelas perdas de cloro 
• Perdas extrarrenais (vômitos, uso de sondas nasogástrica aberta, diarreias) 
• Perdas renais (diurese osmótica, uso de diuréticos tiazídicos e poupadores de potássio) 
Alcalemias metabólicas resistentes ao cloro 
• Ocorrem por excesso de mineralocorticóide 
• Medicamentoso 
• Hiperaldosteronismo 
• Excesso de corticoides endógenos – síndrome de Cushing; 
Alcalemias metabólicas por excesso de ingestão de bases 
• Alterações renais podem diminuir a eliminação de excessos de bases ingeridas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS 
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO 
COMPARTIMENTOS HÍDRICOS 
→ Intracelular: líquido intracelular (LIC) corresponde aproximadamente a 40% do peso corporal de um adulto 
jovem do sexo masculino. 
→ Extracelular: líquido extracelular (LEC) corresponde a 20% do peso corporal e compreende dois 
subcompartimentos: o intravascular (5% do peso corporal) e o intersticial (15% do peso corporal). 
→ Água e eletrólitos estão em equilíbrio dinâmico e são separados através de membranas semipermeáveis: 
o intracelular do interstício pela membrana celular e o interstício do intravascular pelo endotélio. 
 
Osmolalidade e Osmolaridade 
Osmolalidade 
• Define a pressão osmótica de uma solução 
• Razão entre a massa total dos solutos e a massa dos solventes 
𝑂𝑠𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝑀 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
 𝑚𝑂𝑠𝑚/𝐾𝑔 á𝑔𝑢𝑎; 
Osmolaridade 
• Também utilizada para definir a pressão osmótica; 
• Razão entre a massa total dos solutos e o volume dos solventes; 
𝑂𝑠𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝑀 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑉 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
 𝑚𝑂𝑠𝑚/𝑙 á𝑔𝑢𝑎; 
• Osmolalidade plasmática = [2 x (Na+)] + [glicose/18] + [ureia/6] (280-320 𝑚𝑂𝑠𝑚/𝑙 á𝑔𝑢𝑎 
Homeostase da água e concentrações de Na+ 
• Balanço entre: 
o a quantidade de água livre ingerida – sede 
o e a quantidade de água perdida pelo organismo – via renal e vias extrarrenais 
Água total 
→ A água corresponde à 60% do peso corporal no homem adulto normal com idade entre 18 e 40 anos (varia de 
acordo com sexo, idade e biótipo) 
→ Quantidade é maior na criança (até 12 meses de idade) e menor no idoso. 
→ A mulher adulta normal tem em média 50% de água, 30% de gordura e 20% de outros tecidos 
 
 
 
 
DISTÚRBIOS DA SEDE 
Polidipsia 
• Psicogênica 
• Primária – alterações nas integrações dos impulsos osmóticos e não osmóticos; 
• Doenças do SNC – encefalites, sarcoidoses, trauma; 
• Elevação da angiotensina – hipovolemia e queda da pressão arterial; 
• Fármacos – anticolinérgicos, clorpromazina; 
• Hipopotassemia e hipercalcemia – poliúria devido alteração da função tubular. 
Hipodipsia 
• Resposta deficiente – depressão mental, função motora deficiente; 
• Idade – idosos; 
• Destruição de osmorreceptores – lesões próximas ao hipotálamo; 
• Psicogênica. 
 
HORMÔNIO ADH 
• Sintetizado no hipotálamo 
• Liberação por estímulos osmóticos e pressovolumétricos 
• Osmorreceptores - sensíveis a variação da osmolaridade plasmática 
• Baroreceptores - redução de volume plasmático ou pressão arterial 
• Aumenta a permeabilidade dos ductos coletores à água → aumenta a reabsorção de água e diminui o 
volume da urina 
Excesso de secreção 
• Síndrome da secreção inapropriada do HAD 
• Aumenta reabsorção de água – diluição plasmática; 
• Reduz a osmolaridade; 
• Produção em tumores pulmonares ou aumento da secreção hipotalâmica. 
Diminuição de secreção 
• Diabetes insipido central; 
• Causas: familiar, idiopática, pós-cirúrgica, traumática, tumores cerebrais. 
Diminuição de ação 
• Diabetes insipido nefrogênico; 
• Defeitos genéticos; 
• Doenças obstrutivas urinárias, IRA, IRC, amiloidose, mieloma múltiplo, leptospirose, uso de drogas. 
HIPONATREMIA 
• Sódio é o principal cátion do líquido EC; 
• Falha em eliminar água resulta em HIPONATREMIA; 
• Diagnóstico – concentração de Na plasmático < 135 mEq/l; 
• Osmolaridade reduzida; 
• Risco de edema cerebral com redução da perfusão; 
• São classificadas de acordo com a volemia: 
o Hipovolêmica → são decorrentes da perda de água e SÓDIO 
▪ Tratamento: 
• Tratar a causa do distúrbio; 
• Repor perdas hidroeletrolíticas: 
• Expansão com solução fisiológica 0,9%; 
• Suplementação dietética; 
• Repor bicarbonato quando associada a acidose metabólica. 
o Euvolêmica → reabsorção excessiva de água 
▪ Tratamento: 
• Instalação aguda – menor que 48 horas: 
• Administração de solução hipertônica – NaCl 3% (510 mEq/l); 
• Cuidado com aumento rápido – risco de mielinólise – síndrome de 
desmielinização; 
• Aumento de até 8 – 10 mEq/l/24 horas; 
• Déficit de Na+ = 0,6 x peso x (Na+ desejado – Na+ do paciente); 
• Risco maior de desmielinização em alcoólatras, desnutridos, 
hipocalêmicos, queimados e mulheres idosas em tratamento com 
tiazídicos; 
 
 
 
 
 
• Hiponatremia crônica: 
• Tratamento com NaCl 3% somente em pacientes sintomaticos; 
• Sintomas: náuseas, vômitos, tontura, confusão mental, fraqueza, rebaixamento 
do nível de consciência e coma; 
• “Vaptans” – inibidores das aquaporinas. 
o Hipervolêmica → Hiponatremia dilucional → Ganho combinado de ÁGUA e sódio 
▪ Tratamento: 
• Tratar causa do distúrbio; 
• Restrição hídrica – até 500 ml/dia; 
• Diuréticos de alça – furosemida; 
• Diálise na insuficiência renal. 
HIPERNATREMIA 
Concentração do sódio plasmático superior a 145 mEq/l; 
são classificadas em: 
• Hipovolêmica; 
• Euvolêmica; 
• Hipervolêmica. 
 
HIPERNATREMIA HIPOVOLÊMICA 
Perdas de ÁGUA e sódio 
• Decorrem de perdas renais (diurese osmótica, pós-obstrução, doença tubulointersiticial) e 
extrarrenais (queimadura, diarreia, fistulas digestivas) 
• DM 2 descompensado 
Tratamento: 
• Correção da glicemia – insulinoterapia; 
• Expansão do volume EC com solução salina isotônica: 
• Diluição de solução fisiológica em solução glicosada; 
• Água livre por via oral ou sonda nasoenteral. 
Cálculo do déficit de água: 
• Alteração do sódio de acordo com a solução utilizada: 
• NaCl 0,45% (1:1) = 77 mEq/l 
• SG 5% = 0 mEq/l 
• Alteração de sódio = ( 
𝑁𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 −𝑁𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 
𝐴𝐶𝑇+1
 ) 
• Redução de 0,5 mEq/l/hora 
 
 
 
 
 
• Na = 152 mEq/l 
• Peso 60 kg e sexo masculino 
ACT = 60 * 0,6 = 36 l 
Déficit de água = [ ( 
152
140
 ) − 1 ] 𝑥 36 = 3,08 l 
Alteração de sódio = ( 
77 −152
36+1
 ) = - 2,02 mEq/l 
Alteração de sódio = ( 
0 −152
36+1
 ) = - 4,10 mEq/l 
Regra de Três 2,02 mEq ___ 1 litro NaCl 0,45% 
 10 mEq _____ V 
 V = 4,95 l de NaCl 0,45% 
Infundir 247,5 ml/h durante 20 horas 
HIPERNATREMIA EUVOLÊMICA 
Ocorrem quando há diminuição da água no organismo; 
• Ocorre na baixa ingestão, na diminuição do HAD (diabete insipido central) ou na redução da ação do 
HAD (diabete insipido nefrogênico); 
Tratamento: 
• Administração de água por via oral; 
• Administração do HAD: 
• DDAVP (desmopressina) – 10 a 20 mcg de 1 a 2 vezes/dia (spray nasal); 
• Diuréticos tiazídicos – aumentam permeabilidade dos ductos coletores 
 
HIPERNATREMIA HIPERVOLÊMICA 
Ganho excessivo de SÓDIO e água; 
• Incapacidade dos rins eliminarem sobrecarga de sal; 
• Ocorre na insuficiência renal; 
• Administração de bicarbonato de sódio – iatrogênica; 
Tratamento: 
• Suspensão da solução hipertônica; 
• Tratamento dialítico. 
 
HIPOPOTASSEMIA OU HIPOCALEMIA 
Potássio plasmático < 3,5 mEq/l; 
Ocorre em: 
• Indivíduos com diarreia e vômitos, má absorção intestinal; 
• Uso de insulina no tratamento das hiperglicemias; 
• Estímulo ß2-adrenérgico (IAM, uso de drogas na crise asmática); 
• Alcalose metabólica; 
• Hipertireoidismo; 
• Diuréticos tiazídicos e de alça; 
• Antibióticos (penicilinas, Anfotericina B, aminoglicosídeos); 
• Hipomagnesemia; 
• Síndrome de Cushinge tumores produtores de ACTH. 
Sob perspectiva do sistema muscular: 
Células hiperpolarizadas podendo não ocorrer a despolarização e subsequente contração muscular; 
• Fraqueza muscular e paralisia; 
• Íleo paralítico; 
• Retenção urinária; 
• Hipoventilação e acidose respiratória; 
Sob perspectiva do sistema cardiovascular: 
Alterações no músculo cardíaco levam a mudanças 
eletrocardiográficas: 
• Diminui amplitude da onda T; 
• Depressão do segmento ST; 
• Aparecimento de onda U; 
• Aparecimento de extrassístoles. 
Tratamento: 
• Reposição por via oral: 
o Dieta; 
o Medicamentosa – xarope de KCl ou Slow K (drágea); 
• Casos graves com arritmias e/ou manifestações neuromusculares 
o Reposição endovenosa lenta; 
o Solução de KCl 19,1% (2,5 mEq/ml); 
o Velocidade máxima de infusão 40 mEq/h; 
• Diuréticos poupadores de potássio. 
HIPERPOTASSEMIA OU HIPERCALEMIA 
Concentração plasmática de K+ > 5,0 mEq/l; 
Ocorre por: 
• Redistribuição do K do meio IC para o EC – troca de K+ 
por H+; 
• Por menor excreção renal; 
• Deficiência de aldosterona; 
• Diminuição da filtração glomerular (insuficiência 
renal). 
 
Diferença de potencial entre meios IC e EC diminui – células se tornam mais excitáveis; 
• Parestesias, fraqueza e paralisia muscular 
• Arritmias cardíacas são comuns na hiperpotassemia e principal causa de morte; 
• Alterações eletrocardiográficas: 
o Aumento da amplitude da onda T; 
o Alargamento do espaço PR, do complexo QRS e da onda P. 
Tratamento: 
• Gluconato de cálcio – estabilização do potencial de ação prevenindo arritmias; 
• Solução polarizante – glicose com insulina; 
• Correção da acidose metabólica – administração de bicarbonato; 
• Retirada do excesso de potássio – resinas trocadoras: Sorcal® (poliestirenosulfonato de cálcio); 
• Diuréticos de alça – furosemida; 
• Insuficiência renal grave – Hemodiálise; 
• Fludrocortisona (Florinefe®) nos casos de hipoaldosteronismo. 
 
EAS – EXAME DE URINA 
É um exame de TRIAGEM 
AVALIAÇÃO FÍSICA: 
Cor 
• Varia de incolor a preta 
• Influenciada por: funções metabólicas, atividade física, substâncias ingeridas ou condições 
patológicas 
• Cor normal da urina (varia de lab para lab): amarela-clara, amarela, amarelo-escura e âmbar. 
• Cor amarelada devido ao pigmento UROCROMO. 
 
 
Aspecto 
• Se refere a transparência/turvação da urina. 
• Aspecto normal: clara 
• Terminologia: límpido, opalescente, ligeiramente turvo, 
turvo e leitoso. 
 
Densidade 
• Chamada de gravidade específica → avalia a capacidade de 
reabsorção do rim 
• É a densidade de uma solução comparada com a densidade de 
um volume similar de água destilada em mesma temperatura 
• É influenciada pelo número de partículas e pelo tamanho 
destas 
 
Odor 
• Odor ligeiramente aromático 
• Quanto mais o tempo passa, mais o cheiro da amônia se torna 
proeminente 
• A degradação da ureia é responsável pelo odor amoníaco 
 
 
 
AVALIAÇÃO QUÍMICA: 
pH: 
Varia normalmente de aproximadamente 5 a 7, 
 
Proteína 
Não se apresenta normalmente na urina, mas sim no exercício árduo, gravidez, febre e algumas doenças 
(doença renal e nefrite). 
 
 
 
 
 
Glicose 
Poucas quantidades na urina. Quando os rins forem danificados e/ou nível do açúcar no sangue for muito alto 
(diabetes descontrolado), o nível urinário aumenta. 
Cetonas 
Os ácidos graxos são metabolizados nas cetonas, que são expelidas através da urina. As grandes quantidades 
de cetonas na urina podem indicar cetoacidose no diabético. 
 
Sangue 
Podem estar na urina sob forma de glóbulos vermelhos intactos (hematúria) ou como produto da lise desses 
glóbulos, a hemoglobina (hemoglobinúria). Além disso, pode haver mioglobina (mioglobinúria) na 
rabdomiólise. 
 
Bilirrubina 
• Doença hepática 
• Ciclo pertubado por obstrução do ducto biliar ou alteração na integridade do fígado 
 
Urobilinogênio 
• Faz parte do ciclo da bilirrubina 
• Uma pequena quantidade pode ser encontrada na urina 
 
Nitritos 
• As bactérias que causam uma infecção do trato urinário (ITU) possuem uma enzima que converte 
nitratos aos nitritos. 
• Indica bacteriúria 
 
Esterase leucocitária 
• Mulheres podem ter mais que homens → contaminação vaginal 
• Pode indicar infecções bacterianas 
ANÁLISE DA SEDIMENTOSCOPIA 
Glóbulos vermelhos ou brancos 
Presente na urina em infecção ou no ferimento dos órgãos do aparelho urinário. 
Cilindros 
São elementos exclusivamente renais compostos por proteínas e moldados principalmente nos túbulos 
distais dos rins. 
 
Cristais 
Poucos cristais são encontrados na urina saudável. Muitos cristais, ou determinados tipos, podem indicar a 
presença de pedras no rim ou de deficiência orgânica metabólica. 
Bactérias e/ou parasitas 
Presença na urina indicativa de uma infecção.

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