Buscar

SP06 - Rins (Anatomia, Histologia e Fisiologia Renal)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
Situação Problema 06 – SP06 
TERÇA	FEIRA	3-4		
Obj	3:	Explicar	morfofuncionalmente	do	aparelho	geniturinário.	
ANATOMIA	DOS	RINS	
Os	rins	são	um	par	de	órgãos	avermelhados	em	forma	de	feijão,	localizados	logo	acima	da	cintura,	entre	o	peritônio	e	
a	 parede	 posterior	 do	 abdome.	 Por	 causa	 de	 sua	 posição	 posterior	 ao	 peritônio	 da	 cavidade	 abdominal,	 são	
considerados	retroperitoneais.		
Os	rins	estão	localizados	entre	os	níveis	das	últimas	vértebras	torácicas	e	a	terceira	vértebra	lombar	(L	III),	uma	posição	
em	que	estão	parcialmente	protegidos	pelas	costelas	XI	e	XII.	Se	estas	costelas	inferiores	forem	fraturadas,	podem	
perfurar	os	rins	e	causar	danos	significativos,	potencialmente	fatais.	O	rim	direito	está	discretamente	mais	baixo	do	
que	o	esquerdo,	porque	o	fígado	ocupa	um	espaço	considerável	no	lado	direito	superior	ao	rim.	
ANATOMIA	EXTERNA	DOS	RINS	
Um	rim	adulto	normal	tem	10	a	12	cm	de	comprimento,	5	a	7	cm	de	largura	e	3	cm	de	espessura	–	aproximadamente	
do	tamanho	de	um	sabonete	comum	–	e	tem	massa	de	135	a	150	g.	A	margem	medial	côncava	de	cada	rim	está	voltada	
para	a	coluna	vertebral.	Perto	do	centro	da	margem	côncava	está	um	recorte	chamado	hilo	renal,	através	do	qual	o	
ureter	emerge	do	rim,	juntamente	com	os	vasos	sanguíneos,	vasos	linfáticos	e	nervos.		
Três	 camadas	 de	 tecido	 circundam	 cada	 rim.	 A	 camada	 mais	 profunda,	 a	 cápsula	 fibrosa,	 é	 uma	 lâmina	 lisa	 e	
transparente	de	tecido	conjuntivo	denso	não	modelado	que	é	contínuo	com	o	revestimento	externo	do	ureter.	Ela	
serve	como	uma	barreira	contra	traumatismos	e	ajuda	a	manter	a	forma	do	rim.	A	camada	intermediária,	a	cápsula	
adiposa,	é	uma	massa	de	 tecido	adiposo	que	circunda	a	cápsula	 fibrosa.	Ela	 também	protege	o	 rim	de	 traumas	e	
ancorao	firmemente	na	sua	posição	na	cavidade	abdominal.	A	camada	superficial,	a	fáscia	renal,	é	outra	camada	fina	
de	tecido	conjuntivo	denso	não	modelado	que	ancora	o	rim	às	estruturas	vizinhas	e	à	parede	abdominal.	Na	 face	
anterior	dos	rins,	a	fáscia	renal	localiza-se	profundamente	ao	peritônio.	
ANATOMIA	INTERNA	DOS	RINS	
Um	corte	frontal	através	do	rim	revela	duas	regiões	distintas:	uma	região	vermelha	clara	superficial	chamada	córtex	
renal	e	uma	região	interna	mais	escura	castanha-avermelhada	chamada	medula	renal.	A	medula	renal	consiste	em	
várias	pirâmides	renais	em	forma	de	cone.	A	base	 (extremidade	mais	 larga)	de	cada	pirâmide	está	voltada	para	o	
córtex	renal,	e	seu	ápice	(extremidade	mais	estreita),	chamado	papila	renal,	está	voltado	para	o	hilo	renal.	O	córtex	
renal	é	a	área	de	textura	fina	que	se	estende	da	cápsula	fibrosa	às	bases	das	pirâmides	renais	e	nos	espaços	entre	elas.	
Ela	 é	 dividida	 em	 uma	 zona	 cortical	 externa	 e	 uma	 zona	 justamedular	 interna.	 As	 partes	 do	 córtex	 renal	 que	 se	
estendem	entre	as	pirâmides	renais	são	chamadas	colunas	renais.		
Juntos,	o	córtex	renal	e	as	pirâmides	renais	da	medula	renal	constituem	o	parênquima,	ou	porção	funcional	do	rim.	
No	 interior	 do	 parênquima	 estão	 as	 unidades	 funcionais	 dos	 rins	 –	 aproximadamente	 1	 milhão	 de	 estruturas	
microscópicas	chamadas	néfrons.	O	filtrado	formado	pelos	néfrons	é	drenado	para	grandes	ductos	coletores,	que	se	
estendem	 através	 da	 papila	 renal	 das	 pirâmides.	 Os	 ductos	 coletores	 drenam	 para	 estruturas	 em	 forma	 de	 taça	
chamadas	cálices	renais	maiores	e	cálices	renais	menores.	Cada	rim	tem	de	8	a	18	cálices	renais	menores	e	2	ou	3	
cálices	renais	maiores.	Um	cálice	renal	menor	recebe	urina	dos	ductos	coletores	de	uma	papila	renal	e	a	carreia	para	
um	 cálice	 renal	 maior.	 Uma	 vez	 que	 o	 filtrado	 entra	 nos	 cálices,	 tornase	 urina,	 porque	 não	 pode	 mais	 ocorrer	
reabsorção.	O	motivo	é	que	o	epitélio	simples	dos	néfrons	e	túbulos	se	tornam	epitélio	de	transição	nos	cálices.	Dos	
cálices	renais	maiores,	a	urina	flui	para	uma	grande	cavidade	única	chamada	pelve	renal	e,	em	seguida,	para	fora	pelo	
ureter	até	a	bexiga	urinária.		
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
O	hilo	se	expande	em	uma	cavidade	no	interior	do	rim	chamada	seio	renal,	que	contém	parte	da	pelve	renal,	os	cálices	
e	ramos	dos	vasos	sanguíneos	e	nervos	renais.	O	tecido	adiposo	ajuda	a	estabilizar	a	posição	destas	estruturas	no	seio	
renal.	
PARTES	DO	NÉFRON	
Os	néfrons	são	as	unidades	funcionais	dos	rins.	Cada	néfron	consiste	em	duas	partes:	um	corpúsculo	renal,	onde	o	
plasma	sanguíneo	é	filtrado,	e	um	túbulo	renal,	pelo	qual	passa	o	líquido	filtrado	(filtrado	glomerular)	(Figura	26.5).	
Estreitamente	associado	a	um	néfron	está	a	sua	irrigação	sanguínea.	Os	dois	componentes	de	um	corpúsculo	renal	
são	o	glomérulo	e	a	cápsula	glomerular	(cápsula	de	Bowman),	uma	estrutura	epitelial	de	parede	dupla	que	circunda	
os	capilares	glomerulares.	O	plasma	sanguíneo	é	filtrado	na	cápsula	glomerular,	e	então	o	líquido	filtrado	passa	para	
o	túbulo	renal,	que	tem	três	partes	principais.		
Em	ordem	de	recebimento	do	líquido	que	passa	por	eles,	o	túbulo	renal	consiste	em:	
1. túbulo	contorcido	proximal	(TCP);	
2. alça	de	Henle	
3. túbulo	contorcido	distal	(TCD).	
Proximal	denota	a	parte	do	túbulo	ligado	à	cápsula	glomerular,	e	distal	indica	a	parte	que	está	mais	longe.	Contorcido	
significa	que	o	túbulo	é	espiralado	em	vez	de	reto.	O	corpúsculo	renal	e	os	túbulos	contorcidos	proximais	e	distais	se	
localizam	no	córtex	renal;	a	alça	de	Henle	se	estende	até	a	medula	renal,	faz	uma	curva	fechada,	e	então	retorna	ao	
córtex	renal.	
(TÚBULOS	CONTORCIDOS	DISTAIS	E	DUCTO	COLETOR)	Os	túbulos	contorcidos	distais	de	vários	néfrons	drenam	para	
um	único	ducto	 coletor.	Os	ductos	 coletores	 então	 se	unem	e	 convergem	em	várias	 centenas	de	 grandes	ductos	
papilares,	que	drenam	para	os	cálices	renais	menores.	Os	ductos	coletores	e	papilares	se	estendem	desde	o	córtex	
renal	ao	longo	da	medula	renal	até	a	pelve	renal.	Então,	um	rim	tem	aproximadamente	1	milhão	de	néfrons,	mas	um	
número	muito	menor	de	ductos	coletores	e	ainda	menor	de	ductos	papilares.		
(ALÇA	DE	HENLE)	Em	um	néfron,	a	alça	de	Henle	comunica	os	túbulos	contorcidos	proximais	e	distais.	A	primeira	parte	
da	alça	de	Henle	começa	no	ponto	em	que	o	túbulo	contorcido	proximal	faz	a	sua	última	curva	descendente.	Iniciase	
no	córtex	renal	e	estendese	para	baixo	e	para	dentro	da	medula	renal,	onde	é	chamada	ramo	descendente	da	alça	de	
Henle.	Em	seguida,	faz	uma	curva	fechada	e	retorna	para	o	córtex	renal,	onde	termina	no	túbulo	contorcido	distal	e	é	
conhecido	como	ramo	ascendente	da	alça	de	Henle.	Aproximadamente	80	a	85%	dos	néfrons	são	néfrons	corticais.	
Seus	corpúsculos	renais	se	encontram	na	parte	externa	do	córtex	renal,	e	têm	alças	de	Henle	curtas,	que	se	encontram	
principalmente	no	córtex	e	penetram	somente	na	região	externa	da	medula	renal.		
As	alças	de	Henle	curtas	são	irrigadas	por	capilares	peritubulares	que	emergem	das	arteríolas	glomerulares	eferentes.	
Os	outros	15	a	20%	dos	néfrons	são	néfrons	justamedulares.	Seus	corpúsculos	renais	encontramse	profundamente	no	
córtex,	próximo	da	medula	renal,	e	têm	alças	de	Henle	longas	que	se	estendem	até	a	região	mais	profunda	da	medula	
renal.	As	alças	de	Henle	longas	são	irrigadas	por	capilares	peritubulares	e	arteríolas	retas	que	emergem	das	arteríolas	
glomerulares	eferentes.	Além	disso,	o	ramo	ascendente	da	alça	de	Henle	dos	néfrons	justamedulares	consiste	em	duas	
partes:	uma	parte	ascendente	delgada	seguida	por	uma	parte	ascendente	espessa.	O	lúmen	da	parte	ascendente	fina	
é	o	mesmo	que	em	outras	áreas	do	túbulo	renal;	apenas	o	epitélio	é	mais	fino.	Os	néfrons	com	alça	de	Henle	longa	
possibilitam	que	os	rins	excretem	urina	muito	diluída	ou	muito	concentrada.	
IRRIGAÇÃO	DOS	RINS	
Visto	que	os	rins	removem	as	escórias	metabólicas	do	sangue	e	regulam	o	volume	e	a	composição	iônica	do	sangue,	
não	é	 surpreendente	que	eles	 sejam	abundantemente	 irrigados	por	vasos	 sanguíneos.	Embora	os	 rins	constituam	
menos	de	0,5%	da	massa	total	do	corpo,	recebem	20	a	25%	do	débito	cardíaco	de	repousopor	meio	das	artérias	renais	
direita	 e	 esquerda.	 Em	 adultos,	 o	 fluxo	 sanguíneo	 renal,	 o	 fluxo	 sanguíneo	 através	 de	 ambos	 os	 rins,	 é	 de	
aproximadamente	1.200	mℓ	por	minuto.		
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
(ARTÉRIAS	INTERLOBARES)	No	rim,	a	artéria	renal	se	divide	em	várias	artérias	segmentares,	que	irrigam	diferentes	
segmentos	do	rim.	Cada	artéria	segmentar	emite	vários	ramos	que	penetram	no	parênquima	e	passam	ao	longo	das	
colunas	renais	entre	os	lobos	renais	como	as	artérias	interlobares.	Um	lobo	renal	consiste	em	uma	pirâmide	renal,	um	
pouco	da	coluna	renal	em	ambos	os	lados	da	pirâmide	renal,	e	o	córtex	renal	na	base	da	pirâmide	renal.	Nas	bases	das	
pirâmides	renais,	as	artérias	interlobares	se	arqueiam	entre	o	córtex	e	a	medula	renais;	aqui,	são	conhecidas	como	
artérias	arqueadas.	As	divisões	das	artérias	arqueadas	produzem	várias	artérias	interlobulares.	Estas	artérias	irradiam	
para	fora	e	entram	no	córtex	renal.	Neste	local,	emitem	ramos	chamados	arteríolas	glomerulares	aferentes.		
(ARTÉRIA	GLOMERULAR	AFERENTE)	Cada	néfron	 recebe	uma	arteríola	glomerular	aferente,	que	se	divide	em	um	
enovelado	capilar	chamado	glomérulo.	Os	glomérulos	capilares	então	se	reúnem	para	formar	uma	arteríola	glomerular	
eferente,	que	leva	o	sangue	para	fora	do	glomérulo.	Os	capilares	glomerulares	são	únicos	entre	os	capilares	no	corpo,	
porque	 estão	 posicionados	 entre	 duas	 arteríolas,	 em	 vez	 de	 entre	 uma	 arteríola	 e	 uma	 vênula.	 Como	 são	 redes	
capilares	e	também	têm	participação	importante	na	formação	de	urina,	os	glomérulos	são	considerados	parte	tanto	
do	sistema	circulatório	quanto	do	sistema	urinário.	
(ARTÉRIA	GLOMERULAR	EFERENTE)As	arteríolas	eferentes	 se	dividem	para	 formar	os	capilares	peritubulares,	que	
circundam	as	partes	tubulares	do	néfron	no	córtex	renal.	Estendendo-se	de	alguns	capilares	glomerulares	eferentes	
estão	 capilares	 longos,	 em	 forma	de	alça,	 chamados	arteríolas	 retas,	que	 irrigam	porções	 tubulares	do	néfron	na	
medula	renal.	
Os	capilares	peritubulares	por	 fim	se	unem	para	formar	as	veias	 interlobulares,	que	também	recebem	sangue	das	
arteríolas	 retas.	 Em	 seguida,	 o	 sangue	 flui	 pelas	 veias	 arqueadas	 para	 as	 veias	 interlobares,	 que	 correm	entre	 as	
pirâmides	renais.	O	sangue	sai	do	rim	por	uma	veia	renal	única	que	emerge	pelo	hilo	renal	e	transporta	o	sangue	
venoso	para	a	veia	cava	inferior.		
INERVAÇÃO	RENAL	
Muitos	nervos	renais	se	originam	no	gânglio	renal	e	passam	pelo	plexo	renal	para	os	rins,	juntamente	com	as	artérias	
renais.	Os	nervos	renais	integram	a	parte	simpática	da	divisão	autônoma	do	sistema	nervoso.	A	maior	parte	consiste	
em	nervos	vasomotores	que	regulam	o	fluxo	sanguíneo	renal,	causando	dilatação	ou	constrição	das	arteríolas	renais.	
HISTOLOGIA	DO	NÉFRON	E	DO	DUCTO	COLETOR	
Uma	 camada	 única	 de	 células	 epiteliais	 forma	 toda	 a	 parede	 da	 cápsula	 glomerular,	 túbulos	 e	 ductos	 renais.	 No	
entanto,	cada	parte	tem	características	histológicas	distintas	que	refletem	suas	funções	específicas.	Na	ordem	do	fluxo	
do	líquido	há:	cápsula	glomerular,	túbulos	renais	e	ducto	coletor.		
CÁPSULA	GLOMERULAR	
A	 cápsula	 glomerular	 consiste	 em	 camadas	 visceral	 e	 parietal.	 A	 camada	 visceral	 é	 formada	 por	 células	 epiteliais	
pavimentosas	 simples	 modificadas	 chamadas	 podócitos.	 As	 muitas	 projeções	 em	 forma	 de	 pé	 destas	 células	
(pedicelos)	envolvem	a	camada	única	de	células	endoteliais	dos	capilares	glomerulares	e	formam	a	parede	interna	da	
cápsula.	A	camada	parietal	da	cápsula	glomerular	consiste	em	epitélio	pavimentoso	simples	e	forma	a	parede	externa	
da	cápsula.		
O	líquido	filtrado	pelos	capilares	glomerulares	entra	no	espaço	capsular,	o	espaço	entre	as	duas	camadas	da	cápsula	
glomerular,	que	é	o	lúmen	do	tubo	urinário.		
TÚBULO	RENAL	E	DUCTO	COLETOR	
No	 túbulo	 contorcido	 proximal,	 as	 células	 são	 células	 epiteliais	 cúbicas	 simples	 com	 uma	 borda	 em	 escova	
proeminente	de	microvilosidades	em	sua	superfície	apical	(superfície	voltada	para	o	lúmen).	Estas	microvilosidades,	
como	as	do	intestino	delgado,	aumentam	a	área	de	superfície	para	a	reabsorção	e	secreção.	A	parte	descendente	da	
alça	de	Henle	e	a	primeira	porção	da	parte	ascendente	da	alça	de	Henle	(a	parte	delgada	ascendente)	são	compostas	
por	epitélio	pavimentoso	simples.	(Lembrese	de	que	os	néfrons	corticais	ou	de	alça	curta	não	têm	a	parte	ascendente	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
delgada.)	A	parte	espessa	ascendente	da	alça	de	Henle	é	 composta	por	epitélio	 colunar	 cúbico	 simples	a	epitélio	
colunar	baixo.	
(MÁCULA	DENSA)	Em	cada	néfron,	a	parte	final	ascendente	da	alça	de	Henle	faz	contato	com	a	arteríola	glomerular	
aferente	que	irriga	o	corpúsculo	renal.	Como	as	células	colunares	tubulares	desta	região	estão	muito	próximas	uma	
da	outra,	são	conhecidas	como	mácula	densa.	Ao	lado	da	mácula	densa,	a	parede	da	arteríola	glomerular	aferente	(e	
às	 vezes	 a	 arteríola	 glomerular	 eferente)	 contém	 fibras	 musculares	 lisas	 modificadas	 chamadas	 células	
justaglomerulares	(JG).	Em	conjunto	com	a	mácula	densa,	constituem	o	aparelho	justaglomerular	(AJG),	que	ajuda	a	
regular	a	pressão	arterial	no	interior	dos	rins.		
O	túbulo	contorcido	distal	(TCD)	começa	a	uma	curta	distância	depois	da	mácula	densa.	Na	última	parte	do	TCD	e	
continuando	 até	os	 túbulos	 coletores,	 dois	 tipos	 diferentes	 de	 células	 estão	presentes.	A	maior	 parte	 são	 células	
principais,	que	têm	receptores	tanto	para	o	hormônio	antidiurético	(HAD)	quanto	para	a	aldosterona,	dois	hormônios	
que	regulam	suas	funções.	Um	número	menor	é	de	células	intercaladas,	que	atuam	na	homeostasia	do	pH	do	sangue.	
Os	ductos	coletores	drenam	para	os	grandes	ductos	papilares,	que	são	revestidos	por	epitélio	colunar	simples.		
(NÚMERO	DE	NÉFRONS)	O	número	de	néfrons	é	constante	desde	o	nascimento.	Qualquer	aumento	do	tamanho	do	
rim	 se	 deve	 ao	 crescimento	 individual	 de	 néfrons.	 Se	 os	 néfrons	 forem	 lesionados	 ou	 estiverem	doentes,	 não	 se	
formam	novos	néfrons.	Os	sinais	de	disfunção	renal	geralmente	não	se	tornam	aparentes	até	que	a	 função	tenha	
diminuído	para	menos	de	25%	do	normal,	porque	os	néfrons	funcionais	restantes	se	adaptam	para	lidar	com	uma	
carga	 maior	 do	 que	 a	 normal.	 A	 remoção	 cirúrgica	 de	 um	 rim,	 por	 exemplo,	 estimula	 a	 hipertrofia	 do	 rim	
remanescente,	que	acaba	conseguindo	filtrar	o	sangue	com	80%	da	velocidade	de	dois	rins	normais.	
FISIOLOGIA	DO	APARELHO	GENITURINÁRIO	
Os	rins	desempenham	a	principal	função	do	sistema	urinário.	As	outras	partes	do	sistema	são	essencialmente	vias	de	
passagem	e	áreas	de	armazenamento.		
FUNÇÕES	DOS	RINS	
As	funções	dos	rins	incluem:		
1. Regulação	da	composição	 iônica	do	sangue:	os	 rins	ajudam	a	 regular	os	níveis	 sanguíneos	de	vários	 íons,	
sendo	que	os	mais	importantes	são	os	íons	sódio	(Na	+	),	potássio	(K	+	),	cálcio	(Ca	2+	),	cloreto	(Cl	–	)	e	fosfato	
(HPO4	2–	);	
2. Regulação	do	pH	do	sangue:	os	rins	excretam	uma	quantidade	variável	de	íons	hidrogênio	(H	+	)	para	a	urina	
e	preservam	os	 íons	bicarbonato	 (HCO3	–	 ),	que	são	um	 importante	 tampão	do	H	+	no	sangue.	Ambas	as	
atividades	ajudam	a	regular	o	pH	do	sangue;	
3. Regulação	do	volume	de	sangue:	os	rins	ajustam	o	volume	do	sangue	por	meio	da	conservação	ou	eliminação	
de	água	na	urina.	O	aumento	do	volume	de	sangue	eleva	a	pressão	arterial,	enquanto	a	diminuição	do	volume	
de	sangue	reduz	a	pressão	arterial;	
4. Regulação	da	pressão	arterial:	os	rins	também	ajudam	a	regular	a	pressão	arterial	por	meio	da	secreção	da	
enzima	renina,	que	ativa	o	sistema	renina-angiotensina-aldosterona.	O	aumento	da	renina	provoca	elevação	
da	pressão	arterial;	
5. Manutenção	da	osmolaridade	do	sangue:	ao	regular	separadamente	a	perda	de	água	e	a	perda	de	solutos	na	
urina,	 os	 rins	 mantêm	 uma	 osmolaridade	 do	 sangue	 relativamente	 constante	 de	 aproximadamente	 300	
miliosmóis	por	litro	(mOsm/ℓ)*;	
6. Produção	de	hormônios:	os	rins	produzemdois	hormônios.	O	calcitriol,	a	forma	ativa	da	vitamina	D,	ajuda	a	
regular	a	homeostasia	do	cálcio,	e	a	eritropoetina	estimula	a	produção	de	eritrócitos;	
7. Regulação	do	nível	sanguíneo	de	glicose:	tal	como	o	fígado,	os	rins	podem	utilizar	o	aminoácido	glutamina	na	
gliconeogênese,	a	síntese	de	novas	moléculas	de	glicose.	Eles	podem	então	 liberar	glicose	no	sangue	para	
ajudar	a	manter	um	nível	normal	de	glicemia;	
8. Excreção	de	escórias	metabólicas	e	substâncias	estranhas.	Por	meio	da	formação	de	urina,	os	rins	ajudam	a	
excretar	escórias	metabólicas:	substâncias	que	não	têm	função	útil	no	corpo.	Algumas	escórias	metabólicas	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
excretadas	na	urina	resultam	de	reações	metabólicas	no	organismo.	Estes	incluem	amônia	e	ureia	resultantes	
da	 desaminação	 dos	 aminoácidos;	 bilirrubina	 proveniente	 do	 catabolismo	 da	 hemoglobina;	 creatinina	
resultante	da	clivagem	do	fosfato	de	creatina	nas	fibras	musculares	e	ácido	úrico	originado	do	catabolismo	de	
ácidos	nucleicos.	Outras	escórias	metabólicas	excretadas	na	urina	são	as	substâncias	estranhas	da	dieta,	como	
fármacos	e	toxinas	ambientais.	
TRANSPORTE,	ARMAZENAMNETO	E	ELIMINAÇÃODA	URINA	
A	partir	dos	ductos	coletores,	a	urina	flui	para	os	cálices	renais	menores,	que	se	unem	para	se	tornar	os	cálices	renais	
maiores,	que	se	juntam	para	formar	a	pelve	renal.	A	partir	da	pelve	renal,	a	urina	flui	primeiro	para	os	ureteres	e,	em	
seguida,	para	a	bexiga	urinária.	A	urina	é	então	eliminada	do	corpo	por	uma	uretra	única.	
URETERES	
Cada	um	dos	dois	ureteres	transporta	a	urina	da	pelve	renal	de	um	rim	para	a	bexiga	urinária.	Contrações	peristálticas	
das	 paredes	 musculares	 dos	 ureteres	 empurram	 a	 urina	 para	 a	 bexiga	 urinária,	 mas	 a	 pressão	 hidrostática	 e	 a	
gravidade	também	contribuem.	Ondas	peristálticas	que	vão	da	pelve	renal	à	bexiga	urinária	variam	em	frequência	de	
1	a	5	por	minuto,	dependendo	da	velocidade	em	que	a	urina	está	sendo	formada.		
ANATOMIA	DOS	URETERES	
Os	ureteres	têm	25	a	30	cm	de	comprimento.	São	tubos	estreitos	de	paredes	espessas,	que	variam	entre	1	e	10	mm	
de	 diâmetro	 ao	 longo	 do	 seu	 trajeto	 entre	 a	 pelve	 renal	 e	 a	 bexiga	 urinária.	 Como	 os	 rins,	 os	 ureteres	 são	
retroperitoneais.	Na	base	da	bexiga	urinária,	os	ureteres	se	curvam	medialmente	e	atravessam	obliquamente	a	parede	
da	face	posterior	da	bexiga	urinária.		
Embora	não	haja	uma	válvula	 anatômica	na	 abertura	de	 cada	ureter	na	bexiga	urinária,	 uma	válvula	 fisiológica	 é	
bastante	efetiva.	À	medida	que	a	bexiga	se	enche	com	urina,	a	pressão	em	seu	interior	comprime	as	aberturas	oblíquas	
para	os	ureteres	e	impede	o	refluxo	de	urina.	Quando	esta	válvula	fisiológica	não	está	funcionando	corretamente,	é	
possível	que	microrganismos	passem	da	bexiga	urinária	para	os	ureteres,	infectando	um	ou	ambos	os	rins.		
HISTOLOGIA	DOS	URETERES	
Três	camadas	de	tecido	formam	a	parede	dos	ureteres.		
(TÚNICA	MUCOSA)	 A	 camada	 mais	 profunda,	 a	 túnica	 mucosa,	 tem	 epitélio	 de	 transição	 e	 uma	 lâmina	 própria	
subjacente	 de	 tecido	 conjuntivo	 areolar	 com	 uma	 quantidade	 considerável	 de	 colágeno,	 fibras	 elásticas	 e	 tecido	
linfático.	O	epitélio	de	transição	é	capaz	de	se	distender	–	uma	vantagem	importante	para	qualquer	órgão	que	precisa	
acomodar	um	volume	variável	de	líquido.		
O	muco	secretado	pelas	células	caliciformes	da	túnica	mucosa	impede	que	as	células	entrem	em	contato	com	a	urina,	
cuja	concentração	de	soluto	e	cujo	pH	podem	diferir	drasticamente	do	citosol	das	células	que	formam	a	parede	dos	
ureteres.		
(TÚNICA	MUSCULAR)	Ao	longo	da	maior	parte	do	comprimento	dos	ureteres,	o	revestimento	intermediário,	a	túnica	
muscular,	 é	 constituído	 por	 camadas	 longitudinais	 internas	 e	 circulares	 externas	 de	 fibras	 musculares	 lisas.	 Esta	
disposição	é	oposta	à	do	canal	alimentar,	que	contém	camadas	circulares	internas	e	longitudinais	externas.	A	túnica	
muscular	do	terço	distal	dos	ureteres	também	contém	uma	camada	externa	de	fibras	musculares	longitudinais.	Assim,	
a	 túnica	 muscular	 do	 terço	 distal	 do	 ureter	 é	 longitudinal	 internamente,	 circular	 centralmente	 e	 longitudinal	
externamente.	O	peristaltismo	é	a	principal	função	da	túnica	muscular.		
(TÚNICA	ADVENTÍCIA)	O	revestimento	superficial	dos	ureteres	é	a	túnica	adventícia,	uma	camada	de	tecido	conjuntivo	
areolar	que	contém	vasos	sanguíneos,	vasos	linfáticos	e	nervos	que	suprem	a	túnica	muscular	e	a	túnica	mucosa.	A	
túnica	adventícia	mescla-se	a	áreas	de	tecido	conjuntivo	e	mantém	os	ureteres	em	posição.	
	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
BEXIGA	
A	bexiga	urinária	é	um	órgão	muscular	oco	e	distensível	situado	na	cavidade	pélvica	posteriormente	à	sínfise	púbica.	
Nos	homens,	é	diretamente	anterior	ao	reto;	nas	mulheres,	é	anterior	à	vagina	e	inferior	ao	útero.	Pregas	do	peritônio	
mantêm	a	bexiga	em	sua	posição.	Quando	 ligeiramente	distendida	em	decorrência	do	acúmulo	de	urina,	a	bexiga	
urinária	é	esférica.	Quando	está	vazia,	 ela	 se	achata.	Conforme	o	volume	de	urina	aumenta,	 torna-se	piriforme	e	
ascende	para	a	 cavidade	abdominal.	A	 capacidade	média	da	bexiga	urinária	é	de	700	a	800	mℓ.	Ela	é	menor	nas	
mulheres,	porque	o	útero	ocupa	o	espaço	imediatamente	superior	à	bexiga	urinária.	
ANATOMIA	DA	BEXIGA	
No	assoalho	da	bexiga	urinária	encontra-se	uma	pequena	área	triangular	chamada	trígono	da	bexiga.	Os	dois	cantos	
posteriores	do	trígono	da	bexiga	contêm	os	dois	óstios	dos	ureteres;	a	abertura	para	a	uretra,	o	óstio	interno	da	uretra,	
encontra-se	no	canto	anterior.	Como	a	sua	túnica	mucosa	está	 firmemente	 ligada	à	túnica	muscular,	o	 trígono	da	
bexiga	tem	uma	aparência	lisa.	
HISTOLOGIA	DA	BEXIGA	
Três	camadas	formam	a	parede	da	bexiga	urinária.		
(TÚNICA	MUCOSA)	A	mais	profunda	é	a	túnica	mucosa,	uma	membrana	mucosa	composta	por	epitélio	de	transição	e	
uma	 lâmina	própria	subjacente	semelhante	à	dos	ureteres.	O	epitélio	de	transição	possibilita	o	estiramento.	Além	
disso,	existem	pregas	de	mucosa	que	possibilitam	a	expansão	da	bexiga	urinária.		
(TÚNICA	MUSCULAR)	Em	torno	da	túnica	mucosa	está	a	intermediária	túnica	muscular,	também	chamada	músculo	
detrusor	da	bexiga,	que	é	formada	por	três	camadas	de	fibras	de	músculo	liso:	as	camadas	longitudinal	internamente,	
circular	na	parte	intermédia	e	longitudinal	externamente.	Em	torno	da	abertura	da	uretra,	as	fibras	circulares	formam	
o	músculo	esfíncter	interno	da	uretra;	abaixo	dele	está	o	músculo	esfíncter	externo	da	uretra,	composto	por	músculo	
esquelético	e	proveniente	do	músculo	transverso	profundo	do	períneo.		
(TÚNICA	ADVENTÍCIA)	 	O	revestimento	mais	superficial	da	bexiga	urinária	nas	faces	posterior	e	 inferior	é	a	túnica	
adventícia,	uma	camada	de	tecido	conjuntivo	areolar	que	é	contínua	com	a	dos	ureteres.	Sobre	a	face	superior	da	
bexiga	urinária	está	a	túnica	serosa,	uma	camada	de	peritônio	visceral.	
URETRA	
A	uretra	é	um	pequeno	tubo	que	vai	do	óstio	interno	da	uretra	no	assoalho	da	bexiga	urinária	até	o	exterior	do	corpo.	
Em	homens	e	mulheres,	a	uretra	é	a	parte	terminal	do	sistema	urinário	e	a	via	de	passagem	para	a	descarga	de	urina	
do	corpo.		
ANATOMIA	DA	URETRA	
Nos	 homens,	 também	 libera	 o	 sêmen	 (líquido	 que	 contém	 espermatozoides).	 Nos	 homens,	 a	 uretra	 também	 se	
estende	do	óstio	interno	da	uretra	até	o	exterior,	mas	o	seu	comprimento	e	via	de	passagem	através	do	corpo	são	
consideravelmente	diferentes	do	que	nas	mulheres.	A	uretra	masculina	primeiro	atravessa	a	próstata,	em	seguida	o	
músculo	transverso	profundo	do	períneo	e,	finalmente,	o	pênis,	percorrendo	uma	distância	de	aproximadamente	20	
cm.		
A	 uretra	masculina,	 que	 também	 consiste	 em	uma	 túnica	mucosa	 profunda	 e	 uma	 túnica	muscular	 superficial,	 é	
subdividida	 em	 três	 regiões	 anatômicas:	 (1)	 A	 parte	 prostática,	 que	 passa	 através	 da	 próstata.	 (2)	 A	 parte	
membranácea,	a	porção	mais	curta,	que	atravessa	o	músculo	transverso	profundo	do	períneo.	(3)	A	parte	esponjosa,	
a	mais	longa,que	atravessa	o	pênis.		
Nas	mulheres,	a	uretra	encontra-se	diretamente	posterior	à	sínfise	púbica;	é	dirigida	obliquamente,	inferiormente	e	
anteriormente;	e	tem	um	comprimento	de	4	cm.	A	abertura	da	uretra	para	o	exterior,	o	óstio	externo	da	uretra,	está	
localizada	entre	o	clitóris	e	a	abertura	vaginal.	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
HISTOLOGIA	DA	URETRA	
(URETRA	MASCULINA)	O	epitélio	da	parte	prostática	é	contínuo	com	o	da	bexiga	urinária	e	consiste	em	epitélio	de	
transição,	 que	 se	 torna	 epitélio	 colunar	 estratificado	 ou	 epitélio	 colunar	 pseudoestratificado	mais	 distalmente.	 A	
túnica	mucosa	da	parte	membranácea	contém	epitélio	colunar	estratificado	ou	epitélio	colunar	pseudoestratificado.	
O	epitélio	da	parte	esponjosa	é	composto	por	epitélio	colunar	estratificado	ou	colunar	pseudoestratificado,	exceto	
perto	do	óstio	externo	da	uretra.	Neste	local,	é	composto	por	epitélio	pavimentoso	estratificado	não	queratinizado.	A	
lâmina	própria	da	uretra	masculina	é	composta	por	tecido	conjuntivo	areolar,	com	fibras	elásticas	e	um	plexo	de	veias.		
A	túnica	muscular	da	parte	prostática	é	composta	principalmente	por	fibras	de	músculo	liso	circulares	superficiais	à	
lâmina	própria;	estas	fibras	circulares	ajudam	a	formar	o	músculo	esfíncter	 interno	da	uretra	da	bexiga	urinária.	A	
túnica	 muscular	 da	 parte	 membranácea	 consiste	 em	 fibras	 musculares	 esqueléticas	 provenientes	 do	 músculo	
transverso	profundo	do	períneo	dispostas	circularmente,	que	ajudam	a	formar	o	músculo	esfíncter	externo	da	uretra.	
(URETRA	 FEMININA)	 A	 parede	 da	 uretra	 feminina	 é	 constituída	 por	 uma	 túnica	mucosa	 profunda	 e	 uma	 túnica	
muscular	 superficial.	 A	 túnica	mucosa	 é	 uma	membrana	mucosa	 composta	 por	 epitélio	 e	 lâmina	 própria	 (tecido	
conjuntivo	areolar	com	fibras	elásticas	e	um	plexo	de	veias).	Perto	da	bexiga	urinária,	a	túnica	mucosa	contém	epitélio	
de	 transição,	que	é	contínuo	com	o	da	bexiga	urinária;	perto	do	óstio	externo	da	uretra,	é	composto	por	epitélio	
pavimentoso	estratificado	não	queratinizado.	Entre	estas	áreas,	a	túnica	mucosa	contém	epitélio	colunar	estratificado	
ou	colunar	pseudoestratificado.	A	 túnica	muscular	consiste	em	fibras	musculares	 lisas	dispostas	circularmente	e	é	
contínua	com	a	da	bexiga	urinária.	
FISIOLOGIA	DA	URETRA	
Várias	glândulas	e	outras	estruturas	associadas	à	reprodução	liberam	seus	conteúdos	na	uretra	masculina.	A	parte	
prostática	da	uretra	contém	as	aberturas	(1)	dos	ductos	que	transportam	secreções	da	próstata	e	(2)	das	glândulas	
seminais	e	do	ducto	deferente,	que	liberam	os	espermatozoides	para	a	uretra	e	fornecem	secreções	que	neutralizam	
a	acidez	do	sistema	genital	feminino	e	contribuem	para	a	mobilidade	e	a	viabilidade	dos	espermatozoides.	Os	ductos	
das	glândulas	bulbouretrais	se	abrem	na	parte	esponjosa	da	uretra.	Eles	 liberam	uma	substância	alcalina	antes	da	
ejaculação,	que	neutraliza	a	acidez	da	uretra.	As	glândulas	também	secretam	muco,	que	lubrifica	a	extremidade	do	
pênis	durante	a	excitação	sexual.	Ao	longo	da	uretra,	mas	especialmente	na	parte	esponjosa	da	uretra,	as	aberturas	
dos	ductos	das	glândulas	uretrais	liberam	muco	durante	a	excitação	sexual	e	a	ejaculação.	
INCONTINÊNCIA	URINÁRIA	
A	falta	de	controle	voluntário	sobre	a	micção	é	chamada	incontinência	urinária.	Em	lactentes	e	crianças	menores	de	2	
a	3	anos	de	idade,	a	incontinência	é	normal,	porque	os	neurônios	para	o	músculo	esfíncter	externo	da	uretra	não	estão	
completamente	 desenvolvidos;	 a	 micção	 ocorre	 sempre	 que	 a	 bexiga	 urinária	 é	 suficientemente	 dilatada	 para	
estimular	 o	 reflexo	 de	 micção.	 A	 incontinência	 urinária	 também	 ocorre	 em	 adultos.	 Existem	 quatro	 tipos	 de	
incontinência	urinária	–	por	estresse,	de	urgência,	por	transbordamento	e	funcional.		
A	 incontinência	urinária	por	estresse	é	o	tipo	mais	comum	de	 incontinência	em	mulheres	 jovens	e	de	meia-idade.	
Resulta	da	fraqueza	dos	músculos	profundos	do	assoalho	pélvico.	Como	resultado,	todo	esforço	físico	que	aumenta	a	
pressão	abdominal,	como	tossir,	espirrar,	rir,	fazer	exercícios,	fazer	força,	levantar	objetos	pesados	e	a	gestação,	levam	
à	perda	de	urina	da	bexiga	urinária.		
A	incontinência	urinária	de	urgência	é	mais	comum	em	pessoas	idosas	e	é	caracterizada	por	desejo	súbito	e	intenso	
de	urinar,	seguido	por	perda	involuntária	de	urina.	Pode	ser	causada	por	irritação	da	parede	da	bexiga	urinária	por	
infecção	 ou	 cálculos	 renais,	 acidente	 vascular	 cerebral	 ou	 encefálico,	 esclerose	 múltipla,	 lesão	 raquimedular	 ou	
ansiedade.		
A	incontinência	por	transbordamento	se	refere	à	perda	involuntária	de	pequenos	volumes	de	urina	causada	por	algum	
tipo	 de	 bloqueio	 ou	 contrações	 fracas	 da	musculatura	 da	 bexiga	 urinária.	 Quando	 o	 fluxo	 de	 urina	 é	 bloqueado	
(p.ex.,por	 aumento	da	 próstata	 ou	 cálculos	 renais)	 ou	 quando	os	músculos	 da	 bexiga	 urinária	 não	 conseguem	 se	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
contrair,	a	bexiga	cͅa	sobrecarregada	e	a	pressão	em	seu	interior	aumenta	até	que	pequenos	volumes	de	urina	gotejem	
para	fora.		
A	incontinência	urinária	funcional	é	a	perda	de	urina	decorrente	da	incapacidade	de	chegar	a	um	banheiro	a	tempo,	
como	resultado	de	condições	como	AVC,	artrite	grave	ou	doença	de	Alzheimer.	A	escolha	do	tratamento	adequado	
depende	do	diagnóstico	correto	do	tipo	de	incontinência.	Os	tratamentos	incluem	exercícios	de	Kegel,	treinamento	
da	bexiga	urinária,	medicação	e,	possivelmente,	até	mesmo	uma	cirurgia.	
ENVELHECEMENTO	E	SISTEMA	URINÁRIO	
Com	o	envelhecimento,	os	rins	diminuem	de	tamanho	e	o	fluxo	sanguíneo	renal	assim	como	a	filtração	sanguínea	
diminuem.	Estas	mudanças	no	tamanho	e	na	função	renal	parecem	estar	ligadas	à	redução	progressiva	no	suprimento	
sanguíneo	para	os	rins	conforme	o	indivíduo	envelhece;	por	exemplo,	vasos	sanguíneos	como	os	glomerulares	tornam-
se	danificados	ou	em	quantidade	reduzida.	A	massa	dos	dois	rins	diminui	de	uma	média	de	aproximadamente	300	g	
em	jovens	de	20	anos	para	menos	de	200	g	aos	80	anos,	um	decréscimo	de	aproximadamente	um	terço.	Do	mesmo	
modo,	o	fluxo	sanguíneo	renal	e	a	TFG	diminuem	em	50%	entre	os	40	e	70	anos	de	idade.		
Aos	80	anos,	aproximadamente	40%	dos	glomérulos	não	estão	funcionando	e,	portanto,	a	filtração,	a	reabsorção	e	a	
secreção	diminuem.	As	doenças	renais	que	se	tornam	mais	comuns	com	a	idade	incluem	as	inflamações	renais	agudas	
e	crônicas	e	os	cálculos	renais.	Em	decorrência	da	redução	na	sensação	de	sede	com	a	idade,	os	 indivíduos	idosos	
também	são	sensíveis	à	desidratação.	Alterações	vesicais	que	ocorrem	com	o	envelhecimento	incluem	uma	redução	
no	tamanho	e	na	capacidade	da	bexiga	e	o	enfraquecimento	dos	músculos.	As	infecções	urinárias	são	mais	comuns	
nos	 adultos	mais	 velhos,	 assim	 como	 poliúria	 (produção	 excessiva	 de	 urina),	 nictúria	 (micção	 excessiva	 à	 noite),	
aumento	da	frequência	urinária	(polaciuria),	a	disúria	(dor	à	micção),	retenção	ou	incontinência	urinária	e	hematúria.	
Referências	Bibliográficas:	livro	Princípios	de	Anatomia	e	Fisiologia	-	Tortora	
ANATOMIA	DOS	ÓRGÃOS	DO	SISTEMA	URINÁRIO	
Os	órgãos	urinários	pélvicos	 são:	 parte	pélvica	dos	ureteres,	 bexiga	urinária	 e	 a	uretra,	 fora	os	 rins	que	estão	na	
cavidade	abdominal.	
URETERES	
Os	ureteres	 são	 tubos	musculares,	 com	25	 a	 30	 cm	de	 comprimento,	 que	 conectam	os	 rins	 à	 bexiga	urinária.	Os	
ureteres	são	retroperitoneais.	Ao	cruzarem	a	bifurcação	da	artéria	ilíaca	comum	(ou	o	início	da	artéria	ilíaca	externa),	
os	ureteres	passam	sobre	a	margem	da	pelve,	deixando	o	abdome	e	entrando	na	pelve	menor.	As	partes	pélvicas	dos	
ureteres	 seguem	nas	paredes	 laterais	 da	pelve,	 paralelas	 à	margem	anterior	 da	 incisura	 isquiática	maior,	 entre	o	
peritônio	 parietal	 da	 pelve	 e	 as	 artérias	 ilíacas	 internas.	 Próximo	 à	 espinha	 isquiática,	 eles	 se	 curvam	
anteromedialmente,	acima	do	músculo	levantador	do	ânus,	e	entram	na	bexiga	urinária.	As	extremidades	inferiores	
dos	ureteres	são	circundadaspelo	plexo	venoso	vesical.	
Os	ureteres	passam	obliquamente	através	da	parede	muscular	da	bexiga	urinária	em	direção	inferomedial,	entrando	
na	face	externa	da	bexiga	urinária	distantes	um	do	outro	cerca	de	5	cm,	mas	suas	aberturas	internas	no	lúmen	da	
bexiga	urinária	vazia	são	separadas	por	apenas	metade	dessa	distância.	Essa	passagem	oblíqua	através	da	parede	da	
bexiga	urinária	forma	uma	“válvula”	unidirecional,	e	a	pressão	interna	ocasionada	pelo	enchimento	da	bexiga	urinária	
causa	o	fechamento	da	passagem	intramural.	Além	disso,	as	contrações	da	musculatura	vesical	atuam	como	esfíncter,	
impedindo	o	refluxo	de	urina	para	os	ureteres	quando	a	bexiga	urinária	se	contrai,	o	que	aumenta	a	pressão	interna	
durante	a	micção.	A	urina	é	transportada	pelos	ureteres	por	meio	de	contrações	peristálticas,	sendo	levadas	algumas	
gotas	a	intervalos	de	12	a	20	segundos.		
Nos	homens,	a	única	estrutura	que	passa	entre	o	ureter	e	o	peritônio	é	o	ducto	deferente,	que	cruza	o	ureter	na	prega	
interuretérica	 do	 peritônio.	 O	 ureter	 situa-se	 posterolateralmente	 ao	 ducto	 deferente	 e	 entra	 no	 ângulo	
posterossuperior	da	bexiga	urinária,	logo	acima	da	glândula	seminal.		
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
Nas	mulheres,	o	ureter	passa	medialmente	à	origem	da	artéria	uterina	e	continua	até	o	nível	da	espinha	isquiática,	
onde	 é	 cruzado	 superiormente	 pela	 artéria	 uterina	 (ver,	 no	 boxe	 azul,	 “Lesão	 iatrogênica	 dos	 ureteres”,	
anteriormente).	Em	seguida,	passa	próximo	da	parte	lateral	do	fórnice	da	vagina	e	entra	no	ângulo	posterossuperior	
da	bexiga	urinária.	
IRRIGAÇÃO	ARTERIAL	E	DRENAGEM	VENOSA	DA	PARTE	PÉLVICA	DOS	URETERES	
A	irrigação	arterial	das	partes	pélvicas	dos	ureteres	é	variável,	proporcionada	por	ramos	uretéricos	originados	das	
artérias	ilíacas	comuns,	ilíacas	internas	e	ováricas.	Os	ramos	uretéricos	anastomosam-se	ao	longo	do	trajeto	do	ureter,	
formando	 uma	 vascularização	 contínua,	 embora	 não	 necessariamente	 vias	 colaterais	 efetivas.	 As	 artérias	 mais	
constantes	que	 irrigam	as	partes	 terminais	do	ureter	nas	mulheres	são	ramos	das	artérias	uterinas.	As	origens	de	
ramos	semelhantes	nos	homens	são	as	artérias	vesicais	inferiores.	A	vascularização	dos	ureteres	é	uma	questão	de	
grande	preocupação	para	cirurgiões	que	operam	na	região.	
A	drenagem	venosa	das	partes	pélvicas	dos	ureteres	geralmente	é	paralela	à	irrigação	arterial,	drenando	para	veias	
de	nomes	correspondentes.	Os	vasos	linfáticos	seguem	principalmente	para	os	linfonodos	ilíacos	comuns	e	internos.	
INERVAÇÃO	DOS	URETERES	
Os	 nervos	 para	 os	 ureteres	 são	 provenientes	 de	 plexos	 autônomos	 adjacentes	 (renais,	 aórticos,	 hipogástricos	
superiores	 e	 inferiores).	Os	ureteres	 estão	 situados,	 em	 sua	maior	parte,	 acima	da	 linha	de	dor	pélvica.	As	 fibras	
aferentes	 (de	 dor)	 dos	 ureteres	 seguem	 as	 fibras	 simpáticas	 em	 sentido	 retrógrado	 para	 chegarem	 aos	 gânglios	
sensitivos	de	nervos	espinais	e	aos	segmentos	T10–L2	ou	L3	da	medula	espinal.	A	dor	ureteral	geralmente	é	referida	
para	o	quadrante	inferior	ipsilateral	do	abdome,	principalmente	na	região	inguinal.		
BEXIGA	URINÁRIA	
A	bexiga	urinária,	uma	víscera	oca	que	tem	fortes	paredes	musculares,	é	caracterizada	por	sua	distensibilidade.	A	
bexiga	é	um	reservatório	temporário	de	urina	e	varia	em	tamanho,	formato,	posição	e	relações	de	acordo	com	seu	
conteúdo	e	com	o	estado	das	vísceras	adjacentes.	Quando	vazia,	a	bexiga	urinária	do	adulto	está	localizada	na	pelve	
menor,	 situada	 parcialmente	 superior	 e	 parcialmente	 posterior	 aos	 ossos	 púbicos.	 É	 separada	 desses	 ossos	 pelo	
espaço	retropúbico	(de	Retzius)	virtual	e	situa-se	principalmente	inferior	ao	peritônio,	apoiada	sobre	o	púbis	e	a	sínfise	
púbica	anteriormente	e	sobre	a	próstata	(homens)	ou	parede	anterior	da	vagina	(mulheres)	posteriormente.		
A	bexiga	urinária	está	relativamente	livre	no	tecido	adiposo	subcutâneo	extraperitoneal,	exceto	por	seu	colo,	que	é	
fixado	firmemente	pelos	ligamentos	laterais	vesicais	e	o	arco	tendíneo	da	fáscia	da	pelve,	sobretudo	seu	componente	
anterior,	o	ligamento	puboprostático	em	homens	e	o	ligamento	pubovesical	em	mulheres.	Nas	mulheres,	como	a	face	
posterior	da	bexiga	urinária	está	diretamente	apoiada	na	parede	anterior	da	vagina,	a	fixação	lateral	da	vagina	ao	arco	
tendíneo	da	fáscia	da	pelve,	o	paracolpo,	é	um	fator	indireto,	mas	importante	na	sustentação	da	bexiga	urinária.	
Em	lactentes	e	crianças	pequenas,	a	bexiga	urinária	está	no	abdome	mesmo	quando	vazia.	Em	geral,	a	bexiga	urinária	
entra	na	pelve	maior	aos	6	anos	de	idade;	entretanto,	só	depois	da	puberdade	está	completamente	localizada	na	pelve	
menor.	A	bexiga	urinária	vazia	no	adulto	situa-se	quase	toda	na	pelve	menor,	estando	sua	face	superior	no	mesmo	
nível	da	margem	superior	da	sínfise	púbica.	À	medida	que	se	enche,	a	bexiga	urinária	entra	na	pelve	maior	enquanto	
ascende	no	tecido	adiposo	extraperitoneal	da	parede	abdominal	anterior.	Em	alguns	indivíduos,	a	bexiga	urinária	cheia	
pode	chegar	até	o	nível	do	umbigo.		
Ao	fim	da	micção,	a	bexiga	urinária	de	um	adulto	normal	praticamente	não	contém	urina.	Quando	vazia,	a	bexiga	
urinária	tem	um	formato	quase	tetraédrico	e	externamente	tem	ápice,	corpo,	fundo	e	colo.	As	quatro	superfícies	da	
bexiga	urinária	(superior,	duas	inferolaterais	e	posterior)	são	mais	aparentes	na	bexiga	urinária	vazia	e	contraída	que	
foi	removida	de	um	cadáver,	quando	o	órgão	possui	o	formato	semelhante	ao	de	um	barco.		
	
	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
REGIÕES	DA	BEXIGA	
O	ápice	da	bexiga	aponta	em	direção	à	margem	superior	da	sínfise	púbica	quando	a	bexiga	urinária	está	vazia.	O	fundo	
da	bexiga	é	oposto	ao	ápice,	formado	pela	parede	posterior	um	pouco	convexa.	O	corpo	da	bexiga	é	a	parte	principal	
da	bexiga	urinária	entre	o	ápice	e	o	fundo.	O	fundo	e	as	faces	inferolaterais	encontram-se	inferiormente	no	colo	da	
bexiga.		
O	leito	da	bexiga	é	formado	pelas	estruturas	que	têm	contato	direto	com	ela.	De	cada	lado,	os	púbis,	a	fáscia	que	
reveste	o	músculo	levantador	do	ânus	e	a	parte	superior	do	músculo	obturador	interno	estão	em	contato	com	as	faces	
inferolaterais	da	bexiga	urinária.	Apenas	a	face	superior	é	coberta	por	peritônio.	Consequentemente,	nos	homens	o	
fundo	da	bexiga	é	separado	do	reto	centralmente	apenas	pelo	septo	retovesical	fascial	e	lateralmente	pelas	glândulas	
seminais	 e	 ampolas	 dos	 ductos	 deferentes.	 Nas	 mulheres,	 o	 fundo	 da	 bexiga	 tem	 relação	 direta	 com	 a	 parede	
anterossuperior	da	vagina.	A	bexiga	urinária	é	revestida	por	uma	fáscia	visceral	de	tecido	conjuntivo	frouxo.	
As	paredes	da	bexiga	urinária	 são	 formadas	principalmente	pelo	músculo	detrusor.	 Em	direção	ao	 colo	da	bexiga	
masculina,	as	fibras	musculares	formam	o	músculo	esfíncter	interno	da	uretra	involuntário.	Esse	esfíncter	se	contrai	
durante	 a	 ejaculação	 para	 evitar	 a	 ejaculação	 retrógrada	 (refluxo	 ejaculatório)	 do	 sêmen	 para	 a	 bexiga	 urinária.	
Algumas	fibras	seguem	radialmente	e	ajudam	na	abertura	do	óstio	interno	da	uretra.	Nos	homens,	as	fibras	musculares	
no	colo	da	bexiga	são	contínuas	com	o	tecido	fibromuscular	da	próstata,	ao	passo	que	nas	mulheres	essas	fibras	são	
contínuas	com	fibras	musculares	da	parede	da	uretra.		
Os	 óstios	 do	 ureter	 e	 o	 óstio	 interno	 da	 uretra	 estão	 nos	 ângulos	 do	 trígono	 da	 bexiga.	 Os	 óstios	 do	 ureter	 são	
circundados	por	alças	do	músculo	detrusor,	que	se	contraem	quando	a	bexiga	urinária	se	contrai	para	ajudar	a	evitar	
o	 refluxo	 de	 urina	 para	 o	 ureter.	 A	 úvula	 da	 bexiga	 é	 uma	 pequena	 elevação	 do	 trígono;	 geralmente	 é	 mais	
proeminente	em	homens	idosos	em	razão	do	aumento	do	lobo	posterior	da	próstata.	
IRRIGAÇÃO	ARTERIAL	E	DRENAGEM	VENOSA	
As	principais	artérias	que	irrigam	a	bexiga	urinária	são	ramos	das	artérias	ilíacas	internas.	As	artérias	vesicais	superiores	
irrigam	as	partes	anterossuperiores	da	bexiga	urinária.	Nos	homens,	as	artérias	vesicais	inferiores	irrigam	o	fundo	e	o	
colo	dabexiga.	Nas	mulheres,	as	artérias	vaginais	substituem	as	artérias	vesicais	inferiores	e	enviam	pequenos	ramos	
para	as	partes	posteroinferiores	da	bexiga	urinária.	As	artérias	obturatória	e	glútea	inferior	também	enviam	pequenos	
ramos	para	a	bexiga	urinária.		
As	 veias	 que	 drenam	 a	 bexiga	 urinária	 correspondem	 às	 artérias	 e	 são	 tributárias	 das	 veias	 ilíacas	 internas.	 Nos	
homens,	o	plexo	venoso	vesical	é	contínuo	com	o	plexo	venoso	prostático,	e	o	conjunto	de	plexos	associados	envolve	
o	fundo	da	bexiga	e	a	próstata,	as	glândulas	seminais,	os	ductos	deferentes	e	as	extremidades	inferiores	dos	ureteres.	
Também	recebe	sangue	da	veia	dorsal	profunda	do	pênis,	que	drena	para	o	plexo	venoso	prostático.	O	plexo	venoso	
vesical	é	a	rede	venosa	que	tem	associação	mais	direta	à	própria	bexiga	urinária.	Drena	principalmente	através	das	
veias	vesicais	inferiores	para	as	veias	ilíacas	internas;	entretanto,	pode	drenar	através	das	veias	sacrais	para	os	plexos	
venosos	vertebrais	internos.	Nas	mulheres,	o	plexo	venoso	vesical	envolve	a	parte	pélvica	da	uretra	e	o	colo	da	bexiga,	
recebe	sangue	da	veia	dorsal	do	clitóris	e	comunica-se	com	o	plexo	venoso	vaginal	ou	uterovaginal.	
INERVAÇÃO	DA	BEXIGA	
As	fibras	simpáticas	são	conduzidas	dos	níveis	 torácico	 inferior	e	 lombar	superior	da	medula	espinal	até	os	plexos	
vesicais	(pélvicos),	principalmente	através	dos	plexos	e	nervos	hipogástricos,	enquanto	as	fibras	parassimpáticas	dos	
níveis	sacrais	da	medula	espinal	são	conduzidas	pelos	nervos	esplâncnicos	pélvicos	e	pelo	plexo	hipogástrico	inferior.	
As	fibras	parassimpáticas	são	motoras	para	o	músculo	detrusor	e	inibitórias	para	o	músculo	esfíncter	interno	da	uretra	
na	bexiga	urinária	masculina.	Portanto,	quando	as	fibras	aferentes	viscerais	são	estimuladas	por	estiramento,	ocorre	
contração	reflexa	da	bexiga	urinária,	relaxamento	do	músculo	esfíncter	interno	da	uretra	(nos	homens)	e	a	urina	flui	
para	a	uretra.	Com	treinamento,	nós	aprendemos	a	suprimir	esse	reflexo	quando	não	desejamos	urinar.	A	inervação	
simpática	que	estimula	a	ejaculação	causa	simultaneamente	a	contração	do	músculo	esfíncter	interno	da	uretra	para	
evitar	refluxo	de	sêmen	para	a	bexiga	urinária.	Uma	resposta	simpática	em	outros	momentos	diferentes	da	ejaculação	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
(p.	ex.,	constrangimento	ao	estar	no	mictório	na	frente	de	uma	fila	de	espera)	pode	causar	contração	do	músculo	
esfíncter	interno,	prejudicando	a	capacidade	de	urinar	até	que	haja	inibição	parassimpática	do	esfíncter.		
As	fibras	sensitivas	da	maior	parte	da	bexiga	urinária	são	viscerais;	as	fibras	aferentes	reflexas	seguem	o	trajeto	das	
fibras	 parassimpáticas,	 do	 mesmo	 modo	 que	 aquelas	 que	 transmitem	 sensações	 de	 dor	 (como	 a	 resultante	 da	
hiperdistensão)	da	parte	 inferior	 da	bexiga	urinária.	A	 face	 superior	 da	bexiga	urinária	 é	 coberta	por	peritônio	 e,	
portanto,	está	acima	da	linha	de	dor	pélvica;	assim	as	fibras	de	dor	da	parte	superior	da	bexiga	urinária	seguem	as	
fibras	 simpáticas	 retrogradamente	 até	 os	 gânglios	 sensitivos	 de	 nervos	 espinais	 torácicos	 inferiores	 e	 lombares	
superiores	(T11–L2	ou	L3).	
PARTE	PROXIMAL	DA	URETRA	MASCULINA	
A	uretra	masculina	é	um	tubo	muscular	(18	a	22	cm	de	comprimento)	que	conduz	urina	do	óstio	interno	da	uretra	na	
bexiga	urinária	até	o	óstio	externo	da	uretra,	 localizado	na	extremidade	da	glande	do	pênis	em	homens.	A	uretra	
também	é	a	via	de	saída	do	sêmen	(espermatozoides	e	secreções	glandulares).	Para	fins	descritivos,	a	uretra	é	dividida	
em	quatro	partes:	intramural,	prostática	da	uretra,	membranácea	(intermédia)	e	esponjosa.		
O	diâmetro	e	o	comprimento	da	parte	intramural	(pré-prostática)	da	uretra	variam	quando	a	bexiga	urinária	está	se	
enchendo	(há	contração	tônica	do	colo	da	bexiga	de	modo	que	o	óstio	interno	da	uretra	apresenta-se	pequeno	e	alto;	
o	óstio	interno	da	uretra	de	enchimento)	ou	esvaziando.	(O	colo	da	bexiga	é	relaxado	de	modo	que	o	óstio	apresenta-
se	largo	e	baixo;	o	óstio	interno	da	uretra	de	esvaziamento.)	A	característica	mais	proeminente	da	parte	prostática	da	
uretra	 é	 a	 crista	 uretral,	 uma	 estria	mediana	 entre	 sulcos	 bilaterais,	 os	 seios	 prostáticos.	Os	 dúctulos	 prostáticos	
secretores	abrem-se	nos	seios	prostáticos.	O	colículo	seminal	é	uma	elevação	arredondada	no	meio	da	crista	uretral	
com	um	orifício	semelhante	a	fenda	que	se	abre	em	um	fundo	de	saco	pequeno,	o	utrículo	prostático.	O	utrículo	é	o	
vestígio	 remanescente	 do	 canal	 uterovaginal	 embrionário,	 cujas	 paredes	 adjacentes,	 na	 mulher,	 constituem	 o	
primórdio	do	útero	e	uma	parte	da	vagina.	Os	ductos	ejaculatórios	se	abrem	na	parte	prostática	da	uretra	através	de	
pequenas	aberturas	semelhantes	a	fendas	localizadas	adjacentes	ao	orifício	do	utrículo	prostático	e,	às	vezes,	logo	
dentro	dele.	Assim,	os	tratos	urinário	e	reprodutivo	se	fundem	nesse	ponto.	
IRRIGAÇÃO	ARTERIAL	E	DRENAGEM	VENOSA	DA	PARTE	PROXIMAL	DA	URETRA	MASCULINA	
As	partes	intramural	eprostática	da	uretra	são	irrigadas	por	ramos	prostáticos	das	artérias	vesicais	inferiores	e	retais	
médias.	As	veias	das	duas	partes	proximais	da	uretra	drenam	para	o	plexo	venoso	prostático.	
INERVAÇÃO	DA	PARTE	PROXIMAL	DA	URETRA	MASCULINA	
Os	nervos	são	derivados	do	plexo	prostático	(fibras	simpáticas,	parassimpáticas	e	aferentes	viscerais	mistas).	O	plexo	
prostático	 é	 um	 dos	 plexos	 pélvicos	 (extensão	 inferior	 do	 plexo	 vesical)	 que	 se	 originam	 como	 extensões	 órgão-
específicas	do	plexo	hipogástrico	inferior.	
URETRA	FEMININA	
A	uretra	 feminina	 (com	cerca	de	4	cm	de	comprimento	e	6	mm	de	diâmetro)	segue	anteroinferiormente	do	óstio	
interno	da	uretra	na	bexiga	urinária,	 posterior	 e	depois	 inferior	 à	 sínfise	púbica,	 até	o	óstio	 externo	da	uretra.	A	
musculatura	que	circunda	o	óstio	interno	da	uretra	da	bexiga	urinária	feminina	não	está	organizada	em	um	esfíncter	
interno.	O	óstio	externo	da	uretra	feminina	está	localizado	no	vestíbulo	da	vagina,	a	fenda	entre	os	lábios	menores	
dos	 órgãos	 genitais	 externos,	 diretamente	 anterior	 ao	 óstio	 da	 vagina.	 A	 uretra	 situa-se	 anteriormente	 à	 vagina	
(formando	uma	elevação	na	parede	anterior	da	vagina);	seu	eixo	é	paralelo	ao	da	vagina.	A	uretra	segue	com	a	vagina	
através	do	diafragma	da	pelve,	músculo	esfíncter	externo	da	uretra	e	membrana	do	períneo.		
Há	glândulas	na	uretra,	sobretudo	em	sua	parte	superior.	Um	grupo	de	glândulas	de	cada	lado,	as	glândulas	uretrais,	
é	homólogo	à	próstata.	Essas	glândulas	têm	um	ducto	parauretral	comum,	que	se	abre	(um	de	cada	lado)	perto	do	
óstio	externo	da	uretra.	O	músculo	esfíncter	externo	da	uretra	está	 localizado	no	períneo	e	é	abordado	na	 seção	
correspondente.	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
IRRIGAÇÃO	ARTERIAL	E	DRENAGEM	VENOSA	DA	URETRA	FEMININA	
A	 uretra	 feminina	 é	 irrigada	 pelas	 artérias	 pudenda	 interna	 e	 vaginal.	 As	 veias	 seguem	 as	 artérias	 e	 têm	 nomes	
semelhantes.	
INERVAÇÃO	DA	URETRA	FEMININA	
Os	nervos	que	suprem	a	uretra	têm	origem	no	plexo	(nervo)	vesical	e	no	nervo	pudendo.	O	padrão	é	semelhante	ao	
masculino,	tendo	em	conta	a	ausência	de	um	plexo	prostático	e	de	um	músculo	esfíncter	interno	da	uretra.	As	fibras	
aferentes	viscerais	da	maior	parte	da	uretra	seguem	nos	nervos	esplâncnicos	pélvicos,	mas	a	terminação	recebe	fibras	
aferentes	somáticas	do	nervo	pudendo.	As	 fibras	aferentes	viscerais	e	 somáticas	partem	dos	corpos	celulares	nos	
gânglios	sensitivos	de	nervos	espinais	S2–S4.	
RINS,	URETERES	E	GLÂNDULAS	SUPRARRENAIS	
Os	rins	produzem	urina	que	é	conduzida	pelos	ureteres	até	a	bexiga	urinária	na	pelve.	A	face	superomedial	de	cada	
rim	normalmente	está	em	contato	com	a	glândula	suprarrenal.	Um	septo	fascial	fraco	separa	as	glândulas	dos	rins;	
assim,	 eles	 não	 estão	 realmente	 fixados	 um	 ao	 outro.	 As	 glândulas	 suprarrenais	 atuam	 como	 parte	 do	 sistema	
endócrino,	com	função	completamente	separada	dos	rins.	Os	órgãos	urinários	superiores	(rins	e	ureteres),	seus	vasose	as	glândulas	suprarrenais	são	estruturas	retroperitoneais	primárias	na	parede	posterior	do	abdome	(Figura	2.76)	—	
isto	é,	foram	originalmente	formados	como	vísceras	retroperitoneais	e	assim	permanecem.		
A	cápsula	adiposa	(gordura	perirrenal)	circunda	os	rins	e	seus	vasos	enquanto	se	estende	até	suas	cavidades	centrais,	
os	seios	renais.	Os	rins,	as	glândulas	suprarrenais	e	a	gordura	que	os	circunda	estão	encerrados	(exceto	inferiormente)	
por	uma	camada	membranácea	e	condensada	de	fáscia	renal,	que	continua	medialmente	e	envolve	os	vasos	renais,	
fundindo-se	com	as	bainhas	vasculares	desses	últimos.	 Inferomedialmente,	uma	extensão	delicada	da	 fáscia	 renal	
prolonga-se	ao	longo	do	ureter	como	a	fáscia	periureteral.	Externamente	à	fáscia	renal	está	o	corpo	adiposo	pararrenal	
(gordura	pararrenal),	a	gordura	extraperitoneal	da	região	lombar,	que	é	mais	visível	posteriormente	ao	rim.	A	fáscia	
renal	envia	feixes	colágenos	através	do	corpo	adiposo	pararrenal.		
Os	 feixes	 de	 colágeno,	 a	 fáscia	 renal	 e	 a	 cápsula	 adiposa	 e	 o	 corpo	 adiposo	 pararrenal,	 juntamente	 com	 o	
aprisionamento	proporcionado	pelos	vasos	renais	e	ureter,	mantêm	os	rins	em	posição	relativamente	fixa.	No	entanto,	
os	rins	se	movem	durante	a	respiração	e	ao	passar	da	posição	de	decúbito	dorsal	para	a	posição	ortostática,	e	vice-
versa.	A	mobilidade	renal	normal	é	de	cerca	de	3	cm,	a	altura	aproximada	de	um	corpo	vertebral.	Superiormente,	a	
fáscia	 renal	 é	 contínua	 com	 a	 fáscia	 na	 face	 inferior	 do	 diafragma	 (fáscia	 diafragmática);	 assim,	 as	 glândulas	
suprarrenais	fixam-se	principalmente	ao	diafragma.	Inferiormente,	as	lâminas	anterior	e	posterior	da	fáscia	renal	não	
estão	fixadas	ou	apresentam	apenas	união	frouxa.	
RINS	
Os	 rins,	 que	 têm	 formato	 oval,	 retiram	 o	 excesso	 de	 água,	 sais	 e	 resíduos	 do	metabolismo	 proteico	 do	 sangue,	
enquanto	devolvem	nutrientes	e	substâncias	químicas	ao	sangue.	Estão	situados	no	retroperitônio	sobre	a	parede	
posterior	do	abdome,	um	de	cada	lado	da	coluna	vertebral,	no	nível	das	vértebras	T	XII	a	L	III.		
Na	margem	medial	côncava	do	rim	há	uma	fenda	vertical,	o	hilo	renal.	O	hilo	renal	é	a	entrada	de	um	espaço	no	rim,	
o	seio	renal.	As	estruturas	que	servem	aos	rins	(vasos,	nervos	e	estruturas	que	drenam	urina	do	rim)	entram	e	saem	
do	seio	renal	através	do	hilo	renal.	O	hilo	renal	esquerdo	situa-se	perto	do	plano	transpilórico,	a	cerca	de	5	cm	do	
plano	mediano.	O	plano	transpilórico	atravessa	o	polo	superior	do	rim	direito,	que	está	por	volta	de	2,5	cm	mais	baixo	
do	que	o	polo	esquerdo,	provavelmente	por	causa	do	fígado.		
Posteriormente,	 as	 partes	 superiores	 dos	 rins	 situamse	 profundamente	 às	 costelas	 XI	 e	 XII.	 Os	 níveis	 dos	 rins	
modificam-se	durante	a	respiração	e	com	mudanças	posturais.	Cada	rim	move-se	2	a	3	cm	em	direção	vertical	durante	
o	movimento	do	diafragma	na	respiração	profunda.	Como	o	acesso	cirúrgico	habitual	aos	rins	é	através	da	parede	
posterior	do	abdome,	convém	saber	que	o	polo	inferior	do	rim	direito	está	aproximadamente	um	dedo	superior	à	
crista	ilíaca.	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
Durante	a	vida,	os	rins	têm	coloração	marrom-avermelhada	e	medem	cerca	de	10	cm	de	comprimento,	5	cm	de	largura	
e	2,5	cm	de	espessura.	Superiormente,	os	rins	estão	associados	ao	diafragma,	que	os	separa	das	cavidades	pleurais	e	
do	 12o	 par	 de	 costelas.	 Inferiormente,	 as	 faces	 posteriores	 do	 rim	 têm	 relação	 com	 os	 músculos	 psoas	 maior	
medialmente	 e	 quadrado	 do	 lombo.	 Ver,	 no	 boxe	 azul,	 “Dor	 na	 região	 pararrenal”,	 adiante.	 O	 nervo	 e	 os	 vasos	
subcostais	e	os	nervos	ílio-hipogástrico	e	ilioinguinal	descem	diagonalmente	através	das	faces	posteriores	dos	rins.	O	
fígado,	o	duodeno	e	o	colo	ascendente	 são	anteriores	ao	 rim	direito.	Esse	 rim	é	 separado	do	 fígado	pelo	 recesso	
hepatorrenal.	O	rim	esquerdo	está	relacionado	com	o	estômago,	baço,	pâncreas,	jejuno	e	colo	descendente.		
HILO	RENAL	
No	hilo	renal,	a	veia	renal	situa-se	anteriormente	à	artéria	renal,	que	é	anterior	à	pelve	renal.	No	rim,	o	seio	renal	é	
ocupado	pela	pelve	renal,	cálices,	vasos	e	nervos	e	uma	quantidade	variável	de	gordura.	Cada	rim	tem	faces	anterior	
e	posterior,	margens	medial	e	lateral	e	polos	superior	e	inferior.	No	entanto,	devido	à	protrusão	da	coluna	vertebral	
lombar	 para	 a	 cavidade	 abdominal,	 os	 rins	 estão	 posicionados	 obliquamente,	 formando	 um	 ângulo	 entre	 eles.	
Consequentemente,	 o	 diâmetro	 transverso	 dos	 rins	 é	 reduzido	 em	 vistas	 anteriores	 e	 em	 radiografias	
anteroposteriores	(AP).	A	margem	lateral	de	cada	rim	é	convexa,	e	a	margem	medial	é	côncava,	onde	estão	localizados	
o	seio	renal	e	a	pelve	renal.	A	margem	medial	entalhada	confere	ao	rim	uma	aparência	semelhante	à	de	um	grão	de	
feijão.		
PELVE	RENAL	
A	pelve	renal	é	a	expansão	afunilada	e	achatada	da	extremidade	superior	do	ureter.	O	ápice	da	pelve	renal	é	contínuo	
com	o	ureter.	A	pelve	renal	recebe	dois	ou	três	cálices	maiores,	e	cada	um	deles	se	divide	em	dois	ou	três	cálices	
menores.	Cada	cálice	menor	é	entalhado	por	uma	papila	renal,	o	ápice	da	pirâmide	renal,	de	onde	a	urina	é	excretada.	
Nas	pessoas	vivas,	a	pelve	renal	e	seus	cálices	geralmente	estão	colapsados	(vazios).	As	pirâmides	e	o	córtex	associado	
formam	os	lobos	renais.	Os	lobos	são	visíveis	na	face	externa	dos	rins	nos	fetos,	e	os	sinais	dos	lobos	podem	persistir	
por	algum	tempo	após	o	nascimento.	
URETERES	
Os	ureteres	são	ductos	musculares	(25	a	30	cm	de	comprimento)	com	lumens	estreitos	que	conduzem	urina	dos	rins	
para	a	bexiga.	Seguem	inferiormente,	dos	ápices	das	pelves	renais	nos	hilos	renais,	passando	sobre	a	margem	da	pelve	
na	bifurcação	das	artérias	ilíacas	comuns.	A	seguir,	passam	ao	longo	da	parede	lateral	da	pelve	e	entram	na	bexiga	
urinária.		
As	 partes	 abdominais	 dos	 ureteres	 aderem	 intimamente	 ao	 peritônio	 parietal	 e	 têm	 trajeto	 retroperitoneal.	 Nas	
costas,	a	impressão	superficial	do	ureter	é	uma	linha	que	une	um	ponto	5	cm	lateral	ao	processo	espinhoso	de	L	I	e	a	
espinha	 ilíaca	 posterossuperior.	 Os	 ureteres	 ocupam	 um	 plano	 sagital	 que	 cruza	 as	 extremidades	 dos	 processos	
transversos	das	vértebras	lombares.	Nas	radiografias	contrastadas,	os	ureteres	normalmente	apresentam	constrições	
relativas	em	três	locais:	(1)	na	junção	dos	ureteres	e	pelves	renais,	(2)	onde	os	ureteres	cruzam	a	margem	da	abertura	
superior	da	pelve,	 e	 (3)	 durante	 sua	passagem	através	da	parede	da	bexiga	urinária	 (Figura	2.82).	 Essas	 áreas	de	
constrição	são	possíveis	locais	de	obstrução	por	cálculos	ureterais.	
As	anomalias	congênitas	dos	rins	e	ureteres	são	bastante	comuns.	
Referências	Bibliográficas:	livro	Moore	de	Anatomia	
	
	
	
	
	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
Obj	4:	Entender	a	fisiologia	renal	(filtração	glomerular,	formação	da	urina,	secreção	e	reabsorção	tubular.	
ASPECTOS	GERAIS	DA	FISIOLOGIA	RENAL	
Para	produzir	urina,	os	néfrons	e	os	ductos	coletores	realizam	três	processos	básicos	–	filtração	glomerular,	reabsorção	
tubular	e	secreção	tubular:		
1. Filtração	glomerular:	na	primeira	etapa	da	produção	de	urina,	a	água	e	a	maior	parte	dos	solutos	do	plasma	
sanguíneo	atravessam	a	parede	dos	capilares	glomerulares,	onde	são	filtrados	e	passam	para	o	 interior	da	
cápsula	glomerular	e,	em	seguida,	para	o	túbulo	renal;	
2. Reabsorção	 tubular:	 conforme	 o	 líquido	 filtrado	 flui	 pelos	 túbulos	 renais	 e	 ductos	 coletores,	 as	 células	
tubulares	 reabsorvem	aproximadamente	99%	da	água	 filtrada	e	muitos	 solutos	úteis.	A	água	e	os	 solutos	
retornam	ao	sangue	que	flui	pelos	capilares	peritubulares	e	arteríolas	retas.	Observe	que	o	termo	reabsorção	
se	 refere	ao	retorno	de	substâncias	para	a	corrente	sanguínea.	Por	outro	 lado,	o	 termo	absorção	 indica	a	
entrada	de	novas	substâncias	no	corpo,	como	ocorre	no	sistema	digestório;	
3. Secreção	 tubular:	 conforme	 o	 líquido	 filtrado	 flui	 pelos	 túbulos	 renais	 e	 ductos	 coletores,	 as	 células	 dos	
túbulosrenais	e	dos	ductos	secretam	outros	materiais	–	como	escórias	metabólicas,	fármacos	e	excesso	de	
íons	–	para	o	líquido.	Observe	que	a	secreção	tubular	remove	uma	substância	do	sangue.	
Os	solutos	e	o	líquido	que	fluem	para	os	cálices	renais	menores	e	maiores	e	para	a	pelve	renal	formam	a	urina	e	são	
excretados.	A	taxa	de	excreção	urinária	de	qualquer	soluto	é	igual	à	taxa	de	filtração	glomerular,	mais	a	sua	taxa	de	
secreção,	menos	a	sua	taxa	de	reabsorção.		
Os	néfrons	(por	meio	de	filtração,	reabsorção	e	secreção)	ajudam	a	manter	a	homeostasia	do	volume	e	da	composição	
do	sangue.	A	situação	é	um	pouco	semelhante	a	um	centro	de	reciclagem:	os	caminhões	de	lixo	despejam	lixo	em	um	
alimentador	de	entrada,	onde	o	lixo	pequeno	passa	por	uma	esteira	transportadora	(filtração	glomerular	do	plasma).	
À	 medida	 que	 a	 esteira	 transportadora	 transporta	 o	 lixo,	 os	 funcionários	 removem	 artigos	 úteis,	 como	 latas	 de	
alumínio,	plásticos	e	recipientes	de	vidro	(reabsorção).	Outros	funcionários	colocam	o	lixo	adicional	deixado	na	esteira	
e	itens	maiores	na	esteira	transportadora	(secreção).	No	final	da	esteira,	todo	o	lixo	restante	cai	em	um	caminhão	para	
ser	transportado	para	o	aterro	(escórias	metabólicas	na	urina).	
FILTRAÇÃO	GLOMERULAR	
O	líquido	que	entra	no	espaço	capsular	é	chamado	filtrado	glomerular.	A	fração	de	plasma	sanguíneo	nas	arteríolas	
glomerulares	aferentes	dos	rins	que	se	torna	filtrado	glomerular	é	a	fração	de	filtração.	Embora	uma	fração	de	filtração	
de	0,16	a	0,20	(16	a	20%)	seja	usual,	o	valor	varia	consideravelmente	na	saúde	e	na	doença.	Em	média,	o	volume	diário	
de	filtrado	glomerular	em	adultos	é	de	150	ℓ	nas	mulheres	e	180	ℓ	em	homens.	Mais	de	99%	do	filtrado	glomerular	
regressa	à	corrente	sanguínea	por	meio	da	reabsorção	tubular,	de	modo	que	apenas	1	a	2	ℓ	são	excretados	como	
urina.	
MEMBRANA	DE	FILTRAÇÃO	
Juntos,	os	capilares	glomerulares	e	os	podócitos,	que	circundam	completamente	os	capilares,	formam	uma	barreira	
permeável	conhecida	como	membrana	de	filtração.	Esta	configuração	em	sanduíche	possibilita	a	filtração	de	água	e	
pequenos	solutos,	mas	impede	a	filtração	da	maior	parte	das	proteínas	plasmáticas,	células	sanguíneas	e	plaquetas.	
As	substâncias	filtradas	do	sangue	atravessam	três	barreiras	de	filtração	–	a	célula	endotelial	glomerular,	a	 lâmina	
basal	e	uma	fenda	de	filtração	formada	por	um	podócito.	
(CÉLULAS	ENDOTELIAIS	GLOMERULARES)	As	células	endoteliais	glomerulares	são	bastante	permeáveis,	porque	têm	
grandes	fenestrações	(poros)	com	0,07	a	0,1	μm	de	diâmetro.	Este	tamanho	possibilita	que	todos	os	solutos	do	plasma	
sanguíneo	saiam	dos	capilares	glomerulares,	mas	impede	a	filtração	de	células	sanguíneas	e	plaquetas.	Localizadas	
entre	os	capilares	glomerulares	e	na	 fenda	entre	as	arteríolas	glomerulares	aferentes	e	eferentes	estão	as	células	
mesangiais	(ver	Figura	26.6A).	Estas	células	contráteis	ajudam	a	regular	a	filtração	glomerular.		
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
(LÂMINA	BASAL)	A	lâmina	basal,	uma	camada	de	material	acelular	entre	o	endotélio	e	os	podócitos,	consiste	em	fibras	
colágenas	minúsculas	e	proteoglicanos	em	uma	matriz	glicoproteica;	as	cargas	negativas	na	matriz	impedem	a	filtração	
de	proteínas	plasmáticas	maiores	carregadas	negativamente.		
(PODÓCITOS	 E	 PEDICELOS)	 Estendendo-se	 de	 cada	 podócito	 estão	 milhares	 de	 processos	 em	 forma	 de	 pé	
denominados	pedicelos,	que	envolvem	os	capilares	glomerulares.	Os	espaços	entre	os	pedicelos	 são	as	 fendas	de	
filtração.	Uma	fina	membrana,	a	membrana	da	fenda,	se	estende	através	de	cada	fenda	de	filtração;	isso	possibilita	a	
passagem	 de	moléculas	 que	 têm	 um	 diâmetro	menor	 do	 que	 0,006	 a	 0,007	 μm,	 incluindo	 a	 água,	 a	 glicose,	 as	
vitaminas,	os	aminoácidos,	as	proteínas	plasmáticas	muito	pequenas,	a	amônia,	a	ureia	e	os	íons.	Menos	de	1%	da	
albumina,	a	proteína	mais	abundante	no	plasma,	passa	pela	membrana	da	fenda,	porque,	com	um	diâmetro	de	0,007	
μm,	a	albumina	é	um	pouco	grandes	demais	para	passar.	
PRINCÍPIO	DA	FILTRAÇÃO	
O	princípio	da	filtração	–	o	uso	da	pressão	para	forçar	os	líquidos	e	solutos	através	de	uma	membrana	–	é	o	mesmo	
tanto	nos	capilares	glomerulares	quanto	nos	capilares	sanguíneos	de	outras	partes	do	corpo	(ver	a	lei	de	Starling	dos	
capilares,	Seção	21.2).	No	entanto,	o	volume	de	líquido	filtrado	pelo	corpúsculo	renal	é	muito	maior	do	que	em	outros	
capilares	sanguíneos	do	corpo,	por	três	razões:		
• Os	 glomérulos	 capilares	 apresentam	uma	 grande	 área	de	 superfície	 para	 a	 filtração,	 porque	 são	 longos	 e	
extensos.	As	células	mesangiais	 regulam	a	quantidade	de	área	de	superfície	disponível.	Quando	as	células	
mesangiais	estão	relaxadas,	a	área	de	superfície	é	máxima,	e	a	filtração	glomerular	é	muito	alta.	A	contração	
das	células	mesangiais	reduz	a	área	de	superfície	disponível,	e	a	filtração	glomerular	diminui;	
• A	membrana	de	filtração	é	fina	e	porosa.	Apesar	de	ter	várias	camadas,	a	espessura	da	membrana	de	filtração	
é	de	apenas	0,1	mm.	Os	capilares	glomerulares	também	são	aproximadamente	50	vezes	mais	permeáveis	do	
que	os	capilares	sanguíneos	da	maior	parte	dos	outros	 tecidos,	principalmente	por	causa	de	suas	grandes	
fenestrações;	
• A	pressão	sanguínea	capilar	glomerular	é	alta.	Como	a	arteríola	glomerular	eferente	tem	um	diâmetro	menor	
do	que	o	da	arteríola	glomerular	aferente,	a	resistência	à	saída	do	sangue	do	glomérulo	é	alta.	Como	resultado,	
a	 pressão	 sanguínea	 nos	 capilares	 glomerulares	 é	 consideravelmente	mais	 elevada	 do	 que	 nos	 capilares	
sanguíneos	em	qualquer	outro	local	no	corpo.	
PRESSÃO	EFETIVA	DE	FILTRAÇÃO	
A	filtração	glomerular	depende	de	três	pressões	principais.	Uma	pressão	promove	filtração	e	duas	pressões	se	opõem	
à	filtração:		
1. A	pressão	hidrostática	glomerular	do	sangue	(PHGS)	é	a	pressão	do	sangue	nos	capilares	glomerulares.	Em	
geral,	a	PHGS	é	de	aproximadamente	55	mmHg.	Ela	promove	a	 filtração,	 forçando	a	água	e	os	solutos	do	
plasma	sanguíneo	através	da	membrana	de	filtração;	
2. A	pressão	hidrostática	capsular	(PHC)	é	a	pressão	hidrostática	exercida	contra	a	membrana	de	filtração	pelo	
líquido	que	já	está	no	espaço	capsular	e	no	túbulo	renal.	A	PHC	se	opõe	à	filtração	e	representa	uma	“pressão	
de	retorno”	de	aproximadamente	15	mmHg;	
3. A	pressão	coloidosmótica	do	sangue	(PCOS),	que	é	decorrente	da	presença	de	proteínas	–	como	a	albumina,	
as	globulinas,	o	fibrinogênio	no	plasma	e	no	sangue	–	também	se	opõe	à	filtração.	A	PCOS	média	nos	capilares	
glomerulares	é	de	30	mmHg.	
TAXA	DE	FILTRAÇÃO	GLOMERULAR	
A	quantidade	de	filtrado	formado	em	todos	os	corpúsculos	renais	de	ambos	os	rins	a	cada	minuto	determina	a	taxa	
de	filtração	glomerular	(TFG).	No	adulto,	a	TFG	média	é	de	125	mℓ	/min	em	homens	e	105	mℓ	/min	em	mulheres.	A	
homeostasia	dos	 líquidos	 corporais	 exige	que	os	 rins	mantenham	uma	 taxa	de	 filtração	glomerular	 relativamente	
constante.	Se	a	TFG	for	demasiadamente	elevada,	as	substâncias	necessárias	podem	passar	tão	rapidamente	pelos	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
túbulos	 renais	quealgumas	não	são	 reabsorvidas	e	 são	perdidas	na	urina.	Se	a	TFG	 for	muito	baixa,	quase	 todo	o	
filtrado	pode	ser	reabsorvido	e	determinadas	escórias	metabólicas	podem	não	ser	adequadamente	excretadas.		
A	 TFG	 está	 diretamente	 relacionada	 com	 as	 pressões	 que	 determinam	 a	 pressão	 efetiva	 de	 filtração;	 qualquer	
mudança	na	pressão	de	filtração	efetiva	influencia	a	TFG.	A	perda	importante	de	sangue,	por	exemplo,	reduz	a	pressão	
arterial	média	(PAM)	e	diminui	a	pressão	hidrostática	do	sangue	glomerular.	A	filtração	cessa	se	a	pressão	hidrostática	
do	sangue	glomerular	cair	para	45	mmHg,	porque	as	pressões	de	resistência	somam	45	mmHg.	Surpreendentemente,	
quando	a	pressão	arterial	sistêmica	está	acima	do	normal,	a	pressão	de	filtração	efetiva	e	a	TFG	aumentam	muito	
pouco.	A	TFG	é	quase	constante	quando	a	PAM	está	em	algum	ponto	entre	80	e	180	mmHg.		
Os	mecanismos	que	regulam	a	TFG	operam	por	dois	modosprincipais:	(1)	ajustando	o	fluxo	sanguíneo	para	dentro	e	
para	fora	do	glomérulo	e	(2)	alterando	a	área	de	superfície	disponível	para	filtração	capilar	glomerular.	A	TFG	aumenta	
quando	o	fluxo	sanguíneo	nos	capilares	glomerulares	aumenta.	O	controle	coordenado	do	diâmetro	das	arteríolas	
glomerulares	aferentes	e	eferentes	regula	o	fluxo	sanguíneo	glomerular.	A	constrição	da	arteríola	glomerular	aferente	
diminui	 o	 fluxo	 sanguíneo	 no	 glomérulo,	 enquanto	 a	 dilatação	 da	 arteríola	 glomerular	 aferente	 o	 aumenta.	 Três	
mecanismos	controlam	a	TFG:	a	autorregulação	renal,	a	regulação	neural	e	a	regulação	hormonal.	
AUTORREGULAÇÃO	DA	TFG	
Os	rins	por	si	sós	ajudam	a	manter	o	fluxo	sanguíneo	renal	e	a	TFG	constantes,	apesar	das	mudanças	cotidianas	normais	
na	pressão	arterial,	 como	as	que	ocorrem	durante	o	exercício.	 Esse	 recurso	é	 chamado	autorregulação	 renal,	 e	é	
composto	por	dois	mecanismos	–	o	mecanismo	miogênico	e	o	feedback	tubuloglomerular.	Atuando	em	conjunto,	eles	
são	capazes	de	manter	a	TFG	quase	constante	ao	longo	de	uma	vasta	gama	de	pressão	arterial	sistêmica.		
O	mecanismo	miogênico	ocorre	quando	a	distensão	dispara	a	contração	das	células	musculares	lisas	das	paredes	das	
arteríolas	 glomerulares	 aferentes.	 Conforme	 a	 pressão	 arterial	 sobe,	 a	 TFG	 também	 aumenta,	 porque	 o	 fluxo	
sanguíneo	renal	aumenta.	No	entanto,	a	pressão	sanguínea	elevada	distende	as	paredes	das	arteríolas	glomerulares	
aferentes.	Em	resposta,	as	fibras	de	músculo	liso	da	parede	da	arteríola	glomerular	aferente	se	contraem,	o	que	reduz	
o	lúmen	da	arteríola.	Como	resultado,	o	fluxo	sanguíneo	renal	diminui,	reduzindo	assim	a	TFG	para	o	nível	prévio.	
Inversamente,	quando	a	pressão	arterial	diminui,	as	células	de	músculo	liso	são	menos	distendidas	e	assim	relaxam.	
As	arteríolas	glomerulares	aferentes	 se	dilatam,	o	 fluxo	sanguíneo	 renal	 se	eleva	e	a	TFG	aumenta.	O	mecanismo	
miogênico	normaliza	o	fluxo	sanguíneo	renal	e	a	TFG	segundos	depois	de	uma	alteração	na	pressão	sanguínea.		
O	segundo	contribuinte	para	a	autorregulação	renal,	o	feedback	tubuloglomerular,	é	assim	chamado	porque	parte	dos	
túbulos	renais	–	a	mácula	densa	–	fornece	feedback	ao	glomérulo.	Quando	a	TFG	está	acima	do	normal	em	decorrência	
da	pressão	 arterial	 sistêmica	 elevada,	 o	 líquido	 filtrado	 flui	mais	 rapidamente	 ao	 longo	dos	 túbulos	 renais.	 Como	
resultado,	o	 túbulo	 contorcido	proximal	e	a	alça	de	Henle	 têm	menos	 tempo	para	 reabsorver	Na	+	 ,	Cl	 –	e	água.	
Acreditase	que	as	células	da	mácula	densa	detectem	o	aumento	do	aporte	de	Na	+	,	Cl	–	e	água	e	inibam	a	liberação	
de	óxido	nítrico	(NO)	das	células	do	aparelho	justaglomerular	(AJG).	Como	o	NO	provoca	vasodilatação,	as	arteríolas	
glomerulares	 aferentes	 se	 contraem	 quando	 o	 nível	 de	 NO	 diminui.	 Como	 resultado,	menos	 sangue	 flui	 para	 os	
capilares	glomerulares,	e	a	TFG	diminui.	Quando	a	pressão	do	sangue	cai,	fazendo	com	que	a	TFG	seja	menor	do	que	
o	normal,	ocorre	a	sequência	de	eventos	oposta,	embora	em	menor	grau.	O	feedback	tubuloglomerular	é	mais	lento	
do	que	o	mecanismo	miogênico.	
REGULAÇÃO	NEURAL	DA	TFG	
Como	a	maior	parte	dos	vasos	sanguíneos	do	corpo,	os	dos	rins	são	inervados	por	fibras	simpáticas	do	SNA	que	liberam	
norepinefrina.	 A	 norepinefrina	 causa	 vasoconstrição	 pela	 ativação	 de	 receptores	 α1	 ,	 que	 são	 particularmente	
abundantes	nas	fibras	musculares	lisas	das	arteríolas	glomerulares	aferentes.	Em	repouso,	a	estimulação	simpática	é	
moderadamente	baixa,	as	arteríolas	glomerulares	aferentes	e	eferentes	estão	dilatadas,	e	a	autorregulação	renal	da	
TFG	prevalece.	Com	a	estimulação	simpática	moderada,	tanto	as	arteríolas	glomerulares	aferentes	quanto	eferentes	
se	contraem	com	a	mesma	intensidade.	O	fluxo	sanguíneo	para	dentro	e	para	fora	do	glomérulo	é	restrito	na	mesma	
medida,	 o	 que	 diminui	 apenas	 ligeiramente	 a	 taxa	 de	 filtração	 glomerular.	 Com	maior	 estimulação	 simpática,	 no	
entanto,	 como	 ocorre	 durante	 o	 exercício	 ou	 hemorragia,	 a	 constrição	 das	 arteríolas	 glomerulares	 aferentes	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
predomina.	Como	resultado,	o	fluxo	sanguíneo	para	os	vasos	capilares	glomerulares	é	muito	reduzido,	e	a	TFG	diminui.	
Esta	redução	no	fluxo	sanguíneo	renal	tem	duas	consequências:	(1)	Reduz	o	débito	urinário,	o	que	ajuda	a	conservar	
o	volume	de	sangue.	(2)	Possibilita	um	maior	fluxo	sanguíneo	para	os	outros	tecidos	do	corpo.	
REGULAÇÃO	HORMONAL	DA	TFG	
Dois	hormônios	contribuem	para	a	regulação	da	TFG.	A	angiotensina	II	reduz	a	TFG;	o	peptídio	natriurético	atrial	(PNA)	
aumenta	a	TFG.	A	angiotensina	II	é	um	vasoconstritor	muito	potente	que	estreita	as	arteríolas	glomerulares	aferentes	
e	 eferentes	 e	 reduz	 o	 fluxo	 sanguíneo	 renal,	 diminuindo	 assim	 a	 TFG.	 As	 células	 nos	 átrios	 do	 coração	 secretam	
peptídio	natriurético	atrial	(PNA).	A	distensão	dos	átrios,	como	ocorre	quando	o	volume	sanguíneo	aumenta,	estimula	
a	secreção	de	PNA.	Ao	causar	o	relaxamento	das	células	mesangiais	glomerulares,	o	PNA	aumenta	a	área	de	superfície	
disponível	para	a	filtração	capilar.	A	TFG	aumenta	à	medida	que	a	área	de	superfície	aumenta.	
REABSORÇÃO	E	SECREÇÃO	TUBULAR	
(REABSORÇÃO)	Areabsorção	–	o	 retorno	da	maior	parte	da	água	 filtrada	e	de	muitos	dos	 solutos	 filtrados	para	a	
corrente	sanguínea	–	é	a	segunda	função	básica	do	néfron	e	do	coletor	coletor.		
Normalmente,	cerca	de	99%	da	água	 filtrada	são	reabsorvidos.	As	células	epiteliais	ao	 longo	dos	túbulos	e	ductos	
renais	realizam	a	reabsorção,	mas	as	células	do	túbulo	contorcido	proximal	dão	a	maior	contribuição.	Os	solutos	que	
são	reabsorvidos	por	processos	ativos	e	passivos	incluem	glicose,	aminoácidos,	ureia	e	íons	como	Na	+	(sódio),	K	+	
(potássio),	Ca	2+	(cálcio),	Cl	–	(cloreto),	HCO3	–	(bicarbonato)	e	HPO4	2–	(fosfato).	Uma	vez	que	o	líquido	passa	através	
do	túbulo	contorcido	proximal,	as	células	localizadas	mais	distalmente	aperfeiçoam	os	processos	de	reabsorção	para	
manter	o	equilíbrio	da	homeostasia	de	água	e	íons	específicos.	A	maior	parte	das	proteínas	e	peptídios	pequenos	que	
passam	através	do	filtro	também	é	reabsorvida,	geralmente	via	pinocitose.	Para	avaliar	a	magnitude	da	reabsorção	
tubular,	observe	a	Tabela	26.3	e	compare	as	quantidades	de	substâncias	que	são	filtradas,	reabsorvidas	e	secretadas	
na	urina.	
(SECREÇÃO)	A	terceira	função	dos	néfrons	e	ductos	coletores	é	a	secreção	tubular,	a	transferência	de	materiais	das	
células	do	sangue	e	do	túbulo	para	o	filtrado	glomerular.	As	substâncias	secretadas	incluem	íons	hidrogênio	(H	+	),	K	
+	 ,	 íons	 amônia	 (NH4	 +	 ),	 creatinina	 e	 determinados	 fármacos,	 como	 a	 penicilina.	 A	 secreção	 tubular	 tem	 dois	
resultados	importantes:	(1)	A	secreção	de	H	+	ajuda	a	controlar	o	pH	sanguíneo.	(2)	A	secreção	de	outras	substâncias	
ajuda	a	eliminálas	do	corpo	pela	urina.		
Em	decorrência	da	secreção	tubular,	determinadas	substâncias	passam	do	sangue	para	a	urina	e	podem	ser	detectadas	
pelo	exame	de	urina	(ver	Seção	26.7).	É	especialmente	importante	para	testar	atletas	à	procura	de	substâncias	que	
intensifiquem	o	 desempenho,	 como	esteroides	 anabolizantes,	 expansores	 plasmáticos,	 eritropoetina,	 hCG,	 hGH	e	
anfetaminas.	Os	exames	de	urina	também	podem	ser	usados	para	detectar	álcool	etílico	ou	substâncias	psicoativas,	
como	maconha,	cocaína	e	heroína.	
VIAS	DE	REABSORÇÃO	
Uma	substância	que	está	sendo	reabsorvida	do	líquido	no	lúmen	dos	túbulos	pode	seguir	uma	de	duas	vias	antes	de	
entrar	em	um	capilar	peritubular:	pode	moverse	entre	células	tubulares	adjacentes	ou	através	de	uma	célula	tubular	
individual.	 Ao	 longo	 do	 túbulo	 renal,	 zônulas	 de	 oclusão	 cercam	 e	 unem	 células	 vizinhas	 umas	 às	 outras,	muito	
parecido	com	o	envoltório	plástico	que	mantém	um	pacote	de	seis	latas	de	refrigerante	juntas.	A	membrana	apical	(o	
topo	das	latas	de	refrigerante)	está	em	contato	com	o	líquido	tubular,	e	a	membrana	basolateral	(a	base	e	as	laterais	
das	latas	de	refrigerante)	está	em	contatocom	o	líquido	intersticial	na	base	e	lados	da	célula.		
O	líquido	pode	vazar	entre	as	células	em	um	processo	passivo	conhecido	como	reabsorção	paracelular.	Mesmo	que	
as	células	epiteliais	estejam	ligadas	por	junções	oclusivas,	estas	junções	entre	as	células	dos	túbulos	renais	proximais	
são	 “permeáveis”	 e	 possibilitam	 que	 algumas	 substâncias	 reabsorvidas	 passem	 entre	 as	 células	 para	 os	 capilares	
peritubulares.	Em	algumas	partes	do	túbulo	renal,	acreditase	que	a	via	paracelular	represente	até	50%	da	reabsorção	
de	determinados	íons	e	da	água	que	os	acompanha	por	osmose.	Na	reabsorção	transcelular,	uma	substância	passa	do	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
líquido	no	lúmen	tubular	através	da	membrana	apical	de	uma	célula	do	túbulo,	cruza	o	citosol	e	sai	para	o	líquido	
intersticial	através	da	membrana	basolateral.	
GLICOSÚRIA	
Quando	 a	 concentração	 de	 glicose	 no	 sangue	 é	 superior	 a	 200	mg/mℓ,	 os	 simportadores	 renais	 não	 conseguem	
reabsorver	toda	a	glicose	que	entra	no	filtrado	glomerular.	Como	resultado,	um	pouco	de	glicose	permanece	na	urina,	
uma	condição	chamada	glicosúria.	A	causa	mais	comum	de	glicosúria	é	o	diabetes	melito,	em	que	o	nível	de	glicose	
no	sangue	pode	subir	muito	acima	do	normal	porque	a	atividade	da	 insulina	é	deficiente.	O	excesso	de	glicose	no	
filtrado	glomerular	iniba	reabsorção	de	água	pelos	túbulos	renais.	Isto	leva	a	um	aumento	do	débito	urinário	(poliúria),	
diminuição	do	volume	de	sangue	e	desidratação.	
SECREÇÃO	E	REABSORÇÃO	NO	TÚBULO	CONTORCIDO	PROXIMAL	
A	maior	 quantidade	 de	 reabsorção	 de	 soluto	 e	 água	 a	 partir	 do	 líquido	 filtrado	 ocorre	 nos	 túbulos	 contorcidos	
proximais,	que	reabsorvem	65%	da	água	filtrada,	Na	+	e	K	+	;	100%	da	maior	parte	dos	solutos	orgânicos	filtrados,	
como	a	glicose	e	os	aminoácidos;	50%	do	Cl	–	filtrado;	80	a	90%	do	HCO3	–	filtrado;	50%	da	ureia	filtrada;	e	uma	
quantidade	variável	dos	íons	Ca	2+	,	Mg	2+	e	HPO4	2–	(fosfato)	filtrados.	Além	disso,	os	túbulos	contorcidos	proximais	
secretam	uma	quantidade	variável	de	H	+	,	íons	amônia	(NH4	+	)	e	ureia.		
A	maior	parte	da	reabsorção	de	solutos	no	túbulo	contorcido	proximal	(TCP)	envolve	o	Na	+	.	O	transporte	de	Na	+	
ocorre	via	mecanismos	utilizando	simportadores	e	antiportadores	no	túbulo	contorcido	proximal.	Normalmente,	a	
glicose,	os	aminoácidos,	o	ácido	láctico,	as	vitaminas	hidrossolúveis	e	outros	nutrientes	filtrados	não	são	perdidos	na	
urina.	Em	vez	disso,	são	completamente	reabsorvidos	na	primeira	metade	do	túbulo	contorcido	proximal	por	vários	
tipos	de	simportadores	Na	+	localizados	na	membrana	apical.		
O	simportador	Na	+	glicose	na	membrana	apical	de	uma	célula	do	TCP.	Dois	íons	Na	+	e	uma	molécula	de	glicose	se	
ligam	à	proteína	simportadora,	que	os	transporta	do	líquido	tubular	para	dentro	da	célula	do	túbulo.	As	moléculas	de	
glicose	 então	 saem	 através	 da	 membrana	 basolateral	 via	 difusão	 facilitada	 e	 se	 difundem	 para	 os	 capilares	
peritubulares.	Outros	simportadores	Na	+	no	TCP	recuperam	os	íons	HPO4	2–	(fosfato)	e	SO4	2–	(sulfato),	todos	os	
aminoácidos	e	o	ácido	láctico	filtrados	de	um	modo	semelhante.	
Em	outro	processo	de	transporte	ativo	secundário,	os	contratransportadores	Na	+	H	+	carregam	o	Na	+	filtrado	a	favor	
do	seu	gradiente	de	concentração	para	dentro	de	uma	célula	do	TCP	conforme	o	H	+	é	movido	do	citosol	para	o	lúmen,	
fazendo	com	que	o	Na	+	seja	reabsorvido	para	o	sangue	e	o	H	+	seja	secretado	no	líquido	tubular.	As	células	do	TCP	
produzem	o	H	+	necessário	para	manter	os	contratransportadores	deslocando-se	da	seguinte	maneira.	O	dióxido	de	
carbono	(CO2)	se	difunde	do	sangue	peritubular	ou	líquido	tubular	ou	é	produzido	por	meio	de	reações	metabólicas	
no	 interior	 das	 células.	 Como	 também	ocorre	 nas	 hemácias	 (ver	 Figura	 23.23),	 a	 enzima	 anidrase	 carbônica	 (AC)	
catalisa	a	reação	do	CO2	com	a	água	(H2O)	para	formar	o	ácido	carbônico	(H2CO3);	este,	em	seguida,	dissocia-se	em	
H	+	e	HCO3	–	:	
A	maior	 parte	do	HCO3	–	do	 líquido	 filtrado	é	 reabsorvida	nos	 túbulos	 renais	 proximais,	 salvaguardando	assim	o	
suprimento	do	corpo	de	um	importante	tampão	(Figura	26.13B).	Depois	que	o	H	+	é	secretado	para	o	líquido	no	interior	
do	 lúmen	 do	 túbulo	 contorcido	 proximal,	 ele	 reage	 com	 o	HCO3	 –	 filtrado	 para	 formar	 H2CO3	 ,	 que	 se	 dissocia	
facilmente	em	CO2	e	H2O.	O	dióxido	de	carbono	então	se	difunde	para	dentro	das	células	dos	túbulos	e	se	junta	ao	
H2O	para	formar	H2CO3	,	que	se	dissocia	em	H	+	e	HCO3	–	.	À	medida	que	o	nível	de	HCO3	–	no	citosol	sobe,	ele	sai	
via	transportadores	por	difusão	facilitada	na	membrana	basolateral	e	se	difunde	para	o	sangue	com	o	Na	+	.	Assim,	
para	cada	H	+	secretado	no	líquido	tubular	do	túbulo	contorcido	proximal,	um	HCO3	–	e	um	Na	+	são	reabsorvidos.	A	
reabsorção	de	soluto	nos	túbulos	contorcidos	proximais	promove	a	osmose	de	água.	Cada	soluto	reabsorvido	aumenta	
a	osmolaridade,	primeiramente	no	interior	da	célula	do	túbulo,	em	seguida	no	líquido	intersticial,	e	por	fim	no	sangue.	
Assim,	a	água	se	move	rapidamente	do	líquido	tubular	–	tanto	por	via	paracelular	quanto	via	transcelular	–	para	os	
capilares	peritubulares	e	restaura	o	equilíbrio	osmótico	(Figura	26.14).	Em	outras	palavras,	a	reabsorção	dos	solutos	
cria	 um	 gradiente	 osmótico	 que	 promove	 a	 reabsorção	 de	 água	 por	 osmose.	 As	 células	 que	 revestem	 o	 túbulo	
contorcido	proximal	e	a	parte	descendente	da	alça	de	Henle	são	especialmente	permeáveis	à	água,	porque	contêm	
AMANDA	FARIA	
01/05/2021	–	3º	PERÍODO	
	
muitas	moléculas	de	aquaporina1.	Esta	proteína	integrante	da	membrana	plasmática	é	um	canal	de	água	que	aumenta	
muito	a	velocidade	do	movimento	da	água	através	das	membranas	apical	e	basolateral.	
Conforme	a	água	deixa	o	 líquido	tubular,	as	concentrações	dos	solutos	 filtrados	restantes	aumentam.	Na	segunda	
metade	do	TRP,	os	gradientes	eletroquímicos	para	o	Cl	–	,	K	+	,	Ca	2+	,	Mg	2+	e	ureia	promovem	a	sua	difusão	passiva	
para	os	capilares	peritubulares	utilizando	tanto	as	vias	paracelular	quanto	transcelular.	Entre	estes	íons,	o	Cl	–	está	
presente	na	concentração	mais	elevada.	A	difusão	do	Cl	–	negativamente	carregado	para	o	líquido	intersticial	por	meio	
da	via	paracelular	torna	o	líquido	intersticial	eletricamente	mais	negativo	do	que	o	líquido	tubular.	Essa	negatividade	
promove	a	reabsorção	paracelular	passiva	de	cátions	como	o	K	+	,	Ca	2+	e	Mg	2+	.		
A	 amônia	 (NH3)	é	um	produto	 residual	 tóxico	derivado	da	desaminação	 (remoção	de	um	grupo	amina)	de	 vários	
aminoácidos,	uma	reação	que	ocorre	principalmente	nos	hepatócitos	(células	do	fígado).	Os	hepatócitos	convertem	a	
maior	parte	desta	amônia	em	ureia,	um	composto	menos	tóxico.	Embora	pequenas	quantidades	de	ureia	e	amônia	
estejam	presentes	no	suor,	a	maior	parte	da	secreção	desses	produtos	residuais	contendo	nitrogênio	ocorre	por	meio	
da	urina.	A	ureia	e	a	amônia	no	sangue	são	filtrados	no	glomérulo	e	secretados	pelas	células	tubulares	proximais	renais	
para	o	líquido	tubular.		
As	 células	 do	 túbulo	 contorcido	 proximal	 podem	 produzir	 NH3	 adicional	 pela	 desaminação	 do	 aminoácido	
glutamina,em	uma	reação	que	produz	igualmente	HCO3	–	.	A	NH3	se	liga	rapidamente	ao	H	+	para	se	tornar	o	íon	
amônio	 (NH4),	que	pode	 substituir	o	H	+	a	bordo	dos	 contratransportadores	Na	+	H	+	na	membrana	apical	e	 ser	
secretado	para	o	líquido	tubular.	O	HCO3	–	produzido	nesta	reação	se	move	através	da	membrana	basolateral	e	então	
se	difunde	para	a	corrente	sanguínea,	fornecendo	tampões	adicionais	ao	plasma	sanguíneo.	
REBSORÇÃO	NA	ALÇA	DE	HENLE	
Como	todos	os	túbulos	contorcidos	proximais	reabsorvem	aproximadamente	65%	da	água	filtrada	(aproximadamente	
80	mℓ/min),	o	líquido	entra	na	parte	seguinte	do	néfron,	a	alça	de	Henle,	a	uma	velocidade	de	40	a	45	mℓ/min.	A	
composição	química	do	líquido	tubular	agora	é	muito	diferente	daquela	do	filtrado	glomerular,	porque	a	glicose,	os	
aminoácidos	 e	 outros	 nutrientes	 não	 estão	mais	 presentes.	 Contudo,	 a	 osmolaridade

Outros materiais