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Aulas de ENFERMAGEM EM SAÚDE AMBIENTAL

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ENFERMAGEM EM SAÚDE AMBIENTAL
Aula 1
Esta disciplina estuda a relação entre o meio ambiente e a saúde de uma população.
As degradações ambientais, ocorridas principalmente após a Revolução Industrial, propiciaram condições insalubres ao homem. Os grandes problemas ambientais devem ser tratados de forma global, pois afetam a vida de todos no planeta.
As questões ambientais se tornam mais evidentes por lidarem diretamente com um ponto de conflito: o desenvolvimento econômico, a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais. 
O enfermeiro, como profissional de saúde, que possui em sua formação histórica a visão integral e holística da relação do meio ambiente (interno e externo) e a saúde do homem, possui competências e habilidades para a assistência ao ser humano, desempenhando papel importante na educação ambiental.
Ambiente- Espaço definido geograficamente; Para os biólogos, ambiente é o espaço que cerca e influencia todos os seres vivos e qualquer coisa em geral.
Meio Ambiente- “O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (Lei n° 6.938 de 31/08/1981); O meio ambiente se divide em seres bióticos e abióticos; Refere-se a todos os aspectos do entorno; “É o sistema de elementos físicos, biológicos e sociais com os quais o homem interage para adaptar-se a ele, para transformá-lo e utilizá-lo para satisfazer suas necessidades vitais” (CEPIS/OPAS, 2001).
A saúde ambiental é o equilíbrio ecológico que deve existir entre o homem e seu meio para fazer possível o seu bem-estar. Tal bem-estar refere-se ao homem em sua totalidade; não somente à saúde física, mas também à saúde mental e a um conjunto de relações sociais ótimas.
Então, a saúde ambiental estuda profundamente todas as relações entre meio ambiente e saúde humana, buscando formular políticas públicas que possam intervir positivamente para a melhoria da qualidade de vida humana sob o ponto de vista da sustentabilidade.
Também chamada de Conferência de Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, em Estocolmo (Suécia), abriu as discussões sobre as questões ambientais no mundo.
Segundo a Conferência, devemos estar atentos “à necessidade de critério e de princípios comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração e guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano”.
Eco-92-Esta Conferência, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, reafirmou a Declaração de Estocolmo e buscou avançar, estabelecendo uma nova e justa parceria, através de novos níveis de cooperação entre os Estados. Conhecido também como Rio-92 ou Eco-92, o evento teve a participação de mais de 35 mil pessoas e 106 chefes de estado. Reconheceu a natureza interdependente e integral da Terra. Neste encontro, os EUA não assinaram os acordos de compromisso com as questões ambientais globais, frustrando todos os países envolvidos.
Enfermagem e a saúde ambiental- “A influência de fatores ambientais na saúde humana, embora já destacada por Hipócrates 400 anos a.C., ganhou importância no último século com a valorização dos efeitos adversos à saúde pela presença de poluentes tóxicos no ar, solo, água e alimentos, levando a risco de exposição a agentes biológicos, químicos/tóxicos e físicos, presentes em diversas situações da vida contemporânea” (TAKAYANAGUI, 2005).
Aula 2
Para esta disciplina, vamos adotar o seguinte conceito de risco:
Risco é entendido pela Epidemiologia como a “probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora) em uma população ou grupo, durante um período de tempo determinado” (Almeida Filho e Rouquayrol, 2002).
O estudo de risco ambiental apareceu formalmente nos Estados Unidos de 1940 a 1950, ao mesmo tempo em que surgiu a indústria nuclear e a segurança das instalações das refinadoras de petróleo, aeroespacial e da indústria química.
As alterações ambientais também podem se tornar fatores de risco à saúde, conhecidas como danos ambientais, como por exemplo, lixo mal acondicionado.
Diante de tantas mudanças ambientais ocorridas no mundo e no Brasil, tornou-se necessário para o país ter uma política que tratasse das questões relacionadas com o meio ambiente. Desta maneira, em 1981 foi criada a Política Nacional do Meio Ambiente, ou Lei 6.938/81.
Degradação da qualidade ambiental é a alteração das características do meio ambiente.
Surge nesse cenário o termo poluidor. O poluidor é a pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
Os recursos ambientais que temos são: a atmosfera, as águas interiores, superficiais ou subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. Será que os recursos ambientais estarão sempre disponíveis se continuarmos com o mesmo modelo de produção adotado pela maioria dos países no mundo? 
Como toda a certeza, não.
Como vimos até agora, a degradação ambiental gera desequilíbrio, que favorece o adoecimento das populações que ali residem ou trabalham.
Para garantimos que as futuras gerações também possam se utilizar dos recursos que hoje temos disponíveis, temos que mudar a forma de produção e também o comportamento das pessoas com relação ao meio ambiente.
Em paralelo, a fim de regular toda e qualquer ação referente ao meio ambiente, o Ministério do Meio Ambiente criou o Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA.
Este órgão consultivo e deliberativo está envolvido em estabelecer normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.
Aula 3
O que é ecologia?
Muitos autores atribuem o termo Oekologie, atual “ecologia”, a Ernest Haeckel, que o teria proposto por volta do ano de 1866 (FRIEDERICHS,1958; GOODLAND, 1975; MCINTOSH,1988).
Entretanto, em 1858, o norte-americano Henry David Thoreau já havia utilizado este termo (GOODLAND, 1975). Merece também destaque Hains Reiter, que publicou um livro com a palavra Oekologie, em 1885.
Foi o pesquisador dinamarquês Johann Eugen Bulow Warming (1841- 1924) quem publicou o primeiro livro, devotado especificamente a estudos ecológicos, tendo iniciado sua carreira no Brasil.
Este termo, no início, era utilizado de forma ampla, e com o passar dos anos foi sofrendo transformações.
Ecologia é o corpo científico que se preocupa com a economia do homem; a investigação das relações totais dos animais e com seu ambiente orgânico.
“É a ciência que envolve todas as relações, amistosas ou não entre o animal e seu ambiente, seja orgânico ou inorgânico, desde que haja contato direto ou indireto por meio de complexas inter-relações”.(MANO, PACHECO, BONELLI, 2005).
Ecologia humana
Existe uma área da ecologia conhecida como Ecologia Humana. Seu interesse está centrado na relação do ser humano como o seu ambiente. O homem é visto como ator relevante no cenário ambiental.
A ecologia humana é uma ciência transdisciplinar e depende de outras disciplinas, como por exemplo: Engenharia; Geografia; Epidemiologia; Sociobiologia.
Ainda existem no planeta áreas praticamente não visitadas ou pouco visitadas pelo homem, conhecidas como áreas preservadas. Estas áreas são exemplos típicos de autossustentabilidade.
A urbanização provoca grandes impactos no meio ambiente. A modificação do ambiente para a construção das cidades gera grandes desequilíbrios ambientais, principalmente em regiões onde não existe planejamento para estas construções.
O ecossistema é um sistema composto pelos seres vivos (meio biótico) e o local onde eles vivem (meio abiótico) e de todas as relações destes com o meio e entre si.
Agora vamos ver o significado das interações ecológicas que vimos na atividade anterior, que podem ser harmônicas (positivas) ou desarmônicas (negativas), intraespecíficas ou interespecíficas.
Competição
 • Competição intraespecífica -Disputa entre indivíduos da mesma espécie por um ou mais recursos do ambiente.
• Competição interespecífica: Disputa entre indivíduos de espécies diferentes, por recurso do ambiente que não existe em quantidade suficiente para todos.
Comensalismo- Associação em que um deles, denominado comensal (+), aproveita restos do alimento ingerido pelo outro, sem prejudicá-lo.
Ecossistemas brasileiros
Em relação aos ecossistemas, no Brasil temos sete:
Floresta Amazônica - Situada na região Norte, possui clima equatorial úmido e uma variedade de fisionomias vegetais. É a maior floresta tropical do planeta e possui características de vários ecossistemas: além da floresta úmida de terra firme, apresenta diferentes tipos de matas, campos abertos e cerrado. Por ser um conjunto de ecossistemas, ela é considerada um bioma. Abriga grande variedade de macacos e aves. Em seu trecho alagado, são comuns os mamíferos aquáticos como o peixe-boi, a lontra e os botos, e répteis como os jacarés, tartarugas e a conhecida jiboia amazônica. Essa grande variedade de espécies vivas se chama biodiversidade. A Amazônia também é fundamental para o equilíbrio da Terra, pois seus rios representam cerca de 20% das reservas de água doce do planeta.
Caatinga- Predominante no nordeste do Brasil. Possui baixa biodiversidade, decorrente do clima semiárido muito severo, com elevado período de seca. Tem vegetação típica seca e espinhosa, por causa da falta de chuvas durante grande parte do ano. Porém, quando chega o período de chuvas, as folhagens voltam a brotar e a paisagem fica mais verde. Vem sofrendo diversas agressões ambientais: substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens, desmatamento e queimadas. A falta de preservação prejudica a sobrevivência da fauna silvestre, a qualidade da água e o equilíbrio do clima e do solo.
Cerrado- Localizado principalmente no Planalto Central, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade: A flora tem 4.400 espécies exclusivas; A fauna apresenta 837 espécies de aves, 67 gêneros de mamíferos, 150 espécies de anfíbios e 120 de répteis. Valores estes que podem sofrem alterações ao longo dos anos. A partir da década de 90, o governo e diversos setores da sociedade começaram a se preocupar com a conservação do que restou do Cerrado devido, principalmente, à ocupação desordenada e aos sucessivos incêndios.
Pantanal- É a maior planície de inundação do planeta, abrigo de uma vasta diversidade biológica. O Pantanal é a ligação entre o Cerrado (no Brasil Central), o Chaco (na Bolívia) e a região amazônica – floresta amazônica (ao norte do país). É uma área de transição, e a região é formada por uma variedade de ecossistemas que são periodicamente inundados, apresentando por isso uma fauna densa e diversificada. A presença de ouro e diamantes na baixada cuiabana e nas nascentes dos rios Paraguai e São Lourenço vem atraindo milhares de garimpeiros, cuja atividade causa o assoreamento e compromete a produtividade biológica de córregos e rios, além de contaminá-los com mercúrio.
Mata Atlântica- É considerada uma das áreas mais ricas em espécies da fauna e da flora mundial. Infelizmente, só restam cerca de 7,3% de sua cobertura florestal original, fator agravado pelo fato de nessa região se localizarem os rios que abastecem cerca de 70% da população brasileira. A Mata Atlântica possui 1.361 espécies de animais. Possui, ainda, cerca de 20 mil espécies de plantas, das quais oito mil são exclusivas desta floresta. A exploração da Mata Atlântica começou com a chegada dos portugueses ao Brasil, cujo interesse principal era a extração da preciosa madeira do pau-brasil.
Campos sulinos- De maneira genérica, os campos da região Sul do país são chamados de "pampas", denominação que corresponde somente aos tipos de campo encontrados no Rio Grande do Sul. Em outras partes da região encontram-se as matas de araucárias e, também, campos semelhantes à savana. As queimadas e o uso inadequado do solo na agricultura têm provocado erosão e empobrecimento das terras que fazem parte desse ecossistema.
O modelo ecológico e o estudo da etiologia das doenças
O estudo desses modelos ajuda a nos aproximar da realidade. A representação visual de que a doença não é resultado de um único fator. 
Os modelos ajudam a conhecer falhas em alguma área do conhecimento. E também permite a visualização de pontos de quebra no processo saúde-doença.
 
Aula 4
Existe uma grande preocupação com o impacto do meio ambiente sobre a atividade humana e as sociedades. Na Grécia antiga, foi Hipócrates que, em sua obra chamada Dos ares, das águas e dos lugares, que trouxe suas preocupações com aspectos ambientais na determinação das doenças.
Hoje, na nossa sociedade contemporânea, o tema permanece atual, e muitos questionamentos ainda não foram respondidos ou solucionados.
Desde uma avaliação local até global, pode-se avaliar como as transformações ambientais modificam os padrões de saúde e doença na face da Terra.
A Enfermagem começou a se preocupar com o meio ambiente na Inglaterra em 1863.
 Na época, a enfermeira Florence Nightingale percebeu a importância de valorizar as condições do paciente e do meio ambiente, iniciando a individualização do cuidado (atenção ao paciente) e aumentando a distância entre os leitos nas enfermarias, e também aumentando a limpeza nestes ambientes.
 Esta atitude de preocupação com o meio reduziu as taxas de mortalidade dos pacientes internados de 42% para índices menores de 2%.
A organização mundial da saúde criou o environmental risk assessment programme, na década de 1980, visando ao gerenciamento de riscos em saúde ambiental, sobretudo aqueles relacionados à população do ar, poluição industrial, ruído, radioatividade e lixo radiativo, segurança química, emergência ambientais e gerenciamento de demanda de água.
Com relação ao hospedeiro, podemos pensar em: susceptibilidade X resistência. Desta forma:
• Barreiras naturais
          • Anatômica: pelos, unhas, secreções
          • Fisiológica: vômitos, tosse, espirro
• Termorregulação
          • Imunológico: resposta humoral e celular
Os componentes socioeconômicos do ambiente refletem a influência do homem, a estrutura social que interage sobre o agente, o hospedeiro e a enfermidade.
Os componentes biológicos do ambiente são: fauna e flora. Componentes esses que merecem atenção, pois servem como fonte de alimentos, manutenção de reservatórios e vetores e também a presença de hospedeiros susceptíveis.
Os componentes físicos do ambiente são: clima, hidrografia, topografia e o solo.
Clima - O clima sofre influência de diversas características, sendo elas: temperatura, umidade relativa do ar, chuvas e secas, ventos e correntes de ar.
Hidrografia - Trata da distribuição e curso de águas, devendo levar em consideração: utilização para bebida e irrigação, veiculação de agentes e proliferação de vetores.
Topografia - Trata das barreiras naturais (presença de serras e montanhas) e altitudes (fator limitante para o desenvolvimento de alguns artrópodes).
Solos - Devemos estar atentos a sua composição, que atua diretamente nos componentes biológicos do ambiente e também da altitude.
Aula 5
Para entendermos o assunto desta aula precisamos voltar um pouco na história!
Há tempos que o homem transforma as matérias-primas em produtos úteis à sua sobrevivência. Os artesãos trabalhavam por conta própria e dominavam todas as etapas do processo de transformação.
 Na Idade Moderna, com o crescimento populacional e do mercado, surgiu a manufatura, onde cada trabalhador desempenhava uma atividade específica para a transformação da matéria-prima.
Com o crescimento do Capitalismo e o aumento do consumo, a produção dos artigos passou a ser realizada em série, com o uso de máquinas.
 Os trabalhadores passam a ser a força de trabalho das indústrias, pois tudo o que é necessário para os meios de produção pertencem à elite industrial (burguesia). 
Podemos citar como exemplos: as instalações, máquinas,capitais e outros.
Por volta de 1970 na Inglaterra, surge o uso das máquinas em grande escala. 
Ocorre então uma grande transformação na economia mundial, com mudanças sociais, políticas e culturais na sociedade desde período.
Este foi o início da Idade Contemporânea, conhecida como Revolução Industrial. Vale lembrar que sua eclosão dependeu da acumulação de capitais entre séculos XV e XVII.
A urbanização é o processo de distanciamento das características rurais de um lugar ou região para características urbanas. Está associado, geralmente, ao desenvolvimento de novas tecnologias.
 No Brasil, a urbanização surgiu no século XVI com a produção do açúcar. Mais tarde, nos séculos XVII e XVIII, com a descoberta do ouro e, no século XIX, com a produção de café.
Do primeiro censo demográfico (1872) ao mais recente, ocorreu alteração radical nos indicadores de mortalidade e natalidade no Brasil.
 De acordo com o Ministério da Saúde em 2006 a taxa de fecundidade manteve sua tendência de queda, atingindo, em 2006, o valor de 1,8 filhos por mulher, em contraste com os 2.5 registrados em 1996.
Dados mais recentes, contudo, divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em outubro de 2008, mostram que há uma queda acelerada das taxas de fecundidade e mortalidade no país.
 De acordo com o Ipea, em 2007, a taxa de fecundidade total foi de 1,83 filho por mulher. A média foi inferior à chamada taxa de reposição (de 2,1 filhos), ou seja, foi inferior ao número mínimo de filhos que cada brasileira deveria gerar para que, no período de trinta anos, a população total do país fosse mantida nos níveis atuais.
Podemos citar duas possíveis consequências: não havendo uma mudança nesse ritmo, a população brasileira, a partir de 2030, estará muito envelhecida. E a tendência, a partir de 2030, é de a população começar a diminuir. 
Aula 6
Há muitos anos, estudiosos têm discutido a importância da mudança de comportamento da sociedade para que possamos continuar a viver neste planeta, causando nele um menor impacto negativo.
O rastro do homem deixado sobre a Terra é percebido por toda parte. O desmatamento, o desaparecimento das florestas, o aumento das áreas de pastagens, as fumaças exaladas pelas chaminés das indústrias são percebidas por todos.
Estamos em pleno século XXI e ainda temos muito a avançar. Grande parcela da população ainda desconhece a importância do seu papel no cotidiano das pequenas e grandes cidades.
Antes de partirmos para os conceitos, vamos ler um pequeno trecho sobre o tema:
A preocupação com os problemas ambientais ganhou escala e maior repercussão no final da década de 60 e início da década de 70.
Tal preocupação parecia ter foco local, e sua solução resumia-se à criação de regulamentações relacionadas ao controle das fontes de poluição.
Discussões formais sobre os impactos ambientais causados pelo desenvolvimento e pela industrialização aconteceram com a criação do Clube de Roma, em 1968, na Itália.
Este Clube foi formado por cientistas preocupados com os impactos provocados pelo crescimento econômico e com a disponibilidade de recursos naturais do planeta.
 Foi fundado por Aurélio Peccei, industrial e acadêmico italiano, e Alexander King, cientista escocês (Hernandez, 2009).
A concepção de desenvolvimento sustentável  tem suas raízes fixadas na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, capital da Suécia, em julho de 1972, segundo Brunacci e Philippi Junior (2009). 
Já para a Comissão Brundtland o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades.
Rio+10- Realizado em 2002, também chamado de Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, discutiu não apenas as questões do meio ambiente, mas também os aspectos sociais. O ponto marcante desta conferência foi o acordo para reduzir em 50% o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza.
Protocolo de Kyoto- Documento implantado 1997, na cidade japonesa de Kyoto, abrangendo o efeito estufa. Seu objetivo foi o acordo de reduzir globalmente a emissão dos principais gases que provocam o efeito estufa. Porém, nem todos os países industrializados concordaram, e os governos que concordaram assumiram diferentes metas percentuais.
Protocolo de Montreal- Realizado em 1987, tratou sobre o buraco na camada de ozônio. Foi o mais efetivo dos acordos internacionais ambientais, por ter alcançado seu objetivo de redução das emissões de substâncias químicas nocivas à camada de ozônio, diminuindo em mais de 90%.
Rio 92- A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento do Rio de Janeiro em 1992 (CNUMAD), também conhecido como Rio 92 ou Eco 92, discutiu uma ampliação na conscientização em nível mundial sobre a necessidade de implantar outro estilo de desenvolvimento. Contou com a participação de 178 países e cerca de 100 chefes de Estados.
Rio + 20- Uma das maiores conferências convocadas pela Organização das Nações Unidas. Realizada em 2012, iniciou uma nova era para promover o desenvolvimento sustentável.
O desenvolvimento sustentável trata das questões entre a economia, a sociedade e o meio ambiente. Através dele, podemos visualizar como está ocorrendo o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental.
A poluição é causada por atividades humanas como:
A Veículos automotores;
A Queimadas;
A Processos de geração de energia elétrica.
A seguir conheceremos alguns tipos de poluição!
Poluição da água-Os recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, podem ser contaminados, por poluentes biodegradáveis ou não biodegradáveis.
Poluentes biodegradáveis da água:
• Adubos e fertilizantes;
• Lançamento de esgotos domésticos ou industriais em coleções  superficiais da água (eutrofização);
• Infiltração de esgoto no solo (água subterrânea). 
Poluentes não biodegradáveis: 
• produtos químicos;
• lixo ou de outros detritos, sejam agrícolas ou industriais.
Vários danos ocorrem com a poluição da água, como por exemplo:
• Transmissão de doenças - microrganismos ou resíduos químicos;
• Redução do oxigênio da água;
• Prejuízos no abastecimento;
• Água imprópria para banho e prática recreativa - eutrofização.
Poluição do solo- O lixo é uma séria questão de saúde pública, por ser a principal fonte indireta de transmissão de doenças. O consumo desenfreado tem aumentado o descarte dia após dia.
Quando os homens observaram que os resíduos sólidos poderiam se constituir um problema ambiental de grandes proporções, surgiu a proposta dos 3Rs, que consistem em: reduzir, reutilizar e reciclar.
As principais fontes de poluição do solo são:
• Aplicação de defensivos agrícolas ou de fertilizantes;
• Despejos de lixo;
• Lançamentos de esgotos domésticos ou industriais;
• Dejetos de animais.
As medidas de controle que podem ser adotadas são:
• Práticas adequadas de destinação de lixo;
• Afastamento adequado entre aterros sanitários e recursos hídricos;
• Execução de sistemas de tratamento de esgoto;
• Controle na aplicação de defensivos agrícolas;
• Controle na utilização de fertilizantes;
• Remoção periódica dos dejetos de animais.
Poluição atmosférica- O lançamento de gases e de pequenas partículas na atmosfera pode alterar sensivelmente a qualidade do ar.
A poluição do ar depende principalmente de:
• Fontes de emissão de poluentes;
• Características climáticas do ambiente;
• Condições topográficas do meio (circulação do ar).
As principais fontes de poluição atmosféricas são:
• Industrial;
• Transporte;
• Incineração de lixo;
• Perdas por evaporação em serviços petroquímicos;
• Queima de combustível.
A maior fonte de poluição atmosférica é a emissão de gases tóxicos por veículos automotores, representando 40% da poluição do ar nas cidades.
Os efeitos causados pela poluição atmosférica são: 
• Inversão térmica;
• Chuva ácida;
• Efeito estufa;
• Destruição da camada de ozônio;
• Efeitos na saúde dohomem.
Poluição sonora (acústica) - É qualquer alteração das propriedades físicas do meio ambiente causada por puro ou conjugação de sons, admissíveis ou não, que direta ou indiretamente seja nociva à saúde, segurança e ao bem-estar da população.
São aspectos em que a poluição sonora difere ao do ar e da água:
• É de difícil controle;
• Não deixa resíduo no ambiente;
• Só é percebido nas proximidades da fonte.
É possível controlar esse tipo de poluição por de ações como:
• Controle na emissão de ruídos;
• Controle da propagação de ruídos;
• Planejamento e estabelecimento de níveis em   diferentes áreas.
Aula 7
Segundo o 4º relatório de avaliação do painel intergovernamental sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas, a temperatura aumentou 0,74%, ou seja, aproximadamente 0,18ºC.
Esse aumento pode parecer pouco, mas é o suficiente para alterar o clima de uma região como o Círculo Polar Ártico ou o Trópico de Câncer.
Parte da radiação solar que incide sobre a Terra é absorvida, e o restante (cerca de30%) é refletido para o espaço. Isso tem proporcionado uma temperatura estável que garante a vida no planeta. Porém, o aumento da concentração de alguns gases, como o gás carbônico, mais calor vem sendo retido na superfície da Terra, provocando um aquecimento global.  Este é o chamado efeito estufa (ALMEIDA FILHO, N.; ROUQUAYROL, M., 1999).
A camada de ozônio que existe na estratosfera absorve a radiação ultravioleta do sol, e não permite que ela chegue até nós em grande intensidade. No entanto, o lançamento de clorofluorcarbonos (CFCs) na atmosfera tem contribuído para a destruição desta camada (ALMEIDA FILHO, N.; ROUQUAYROL9, M. , 1999).
A queima de combustíveis fósseis (petróleo) e de carvão e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre (SO2) e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. Como  resultado, temos as chuvas ácidas (RICKLEFS, ROBERT E., 2003).
O aumento da temperatura pode retardar ou acelerar o desenvolvimento e sobrevivência dos vetores, como os mosquitos, por exemplo.
Veja agora o impacto do aquecimento global em algumas áreas:
Clima: O aumento da temperatura pode trazer enchentes e aumento do nível do mar. Além do que tem acontecido nos últimos anos: secas na região da Amazônia e no sul do país e grandes enchentes em várias regiões do Brasil.
Saúde: As populações mais carentes em todo o mundo são as que mais sofrem com todas estas mudanças. Doenças como a dengue e a malária são exemplos.
Agricultura: Vale lembrar que as enchentes e as secas também trazem consequências para a agricultura.  Com a safra reduzida, o preço do alimento tende a subir e o poder de compra diminui, afetando a vida de milhares de pessoas. A alimentação adequada é importante para a manutenção da saúde das pessoas.
Seres Vivos: O aumento do nível do mar interfere na vida das populações das cidades litorâneas. Este aumento modificará não apenas a vida destas pessoas, mas também provocará a extinção de várias espécies.
Diante de tantos problemas, tem-se pensado em uma produção mais limpa. O objetivo é tornar o processo mais eficiente no emprego de seus insumos, gerando mais produtos e menos resíduos.
A defesa do meio ambiente só poderá ser procedida mediante dois fatores: conhecimento e consciência.
 O desenvolvimento sustentável é um termo que ganha dimensões nesta era de grande produtividade industrial e pouca disponibilidade de recursos naturais.
Aula 8
Diz-se que uma água é potável quando suas impurezas estão abaixo dos valores máximos permitidos, não causando, portanto, malefícios ao homem.
Sua contaminação pode afetar o homem pela ingestão direta, na preparação de alimentos, na higiene pessoal, na agricultura, na higiene do ambiente, nos processos industriais ou nas atividades de lazer.
O primeiro risco está relacionado com os riscos com a ingestão de água contaminada por agentes biológicos (exemplos: bactérias, vírus, parasitas), pelo contato direto ou por meio de insetos vetores que necessitam da água para a realização de seu ciclo biológico.
O segundo risco está relacionado aos riscos de poluentes químicos e radioativos, muito comum em esgotos industriais ou aqueles causados por acidentes ambientais.
Esgoto
A falta de água e esgoto tratado facilita a transmissão de doenças.
 Os dejetos humanos muitas vezes são os veículos de agentes patogênicos de várias doenças (estudaremos detalhadamente cada uma delas mais a frente).
 Por falta de educação sanitária e de medidas práticas de saneamento, a maioria da população acaba ficando vulnerável, pois vive em situações favoráveis à transmissão de doenças.
O esgoto doméstico é aquele que provém principalmente de residências, estabelecimentos comerciais, instituições ou quaisquer edificações que dispõem de instalações de banheiros, lavanderias e cozinhas. Compõe-se essencialmente da água do banho, excretas, papel higiênico, restos de comida, sabão, detergentes e água de lavagens.
Indicadores de poluição
 A presença na água de alguns tipos de organismos indica que ela está poluída.
 Por exemplo: quando queremos indicar se a poluição é de origem humana, usa-se adotar os microrganismos do grupo coliforme como indicador. Você já deve ter ouvido, no noticiário, que uma praia está imprópria para banho devido à presença de coliformes em quantidade superior à permitida.
O serviço de coleta e tratamento de esgotos sanitários é um processo fundamental, que contribui para o equilíbrio ecológico, pois resulta no controle da poluição das águas, recupera a qualidade das águas servidas e diminui o comprometimento do meio ambiente.
O enfermeiro, em suas ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças, tem papel importante.
Ele é o orientador da população quanto aos riscos e importância na mudança de comportamento para evitar a contaminação e adoecimento por agentes presentes na água, esgoto e excretas.
Agora (e não menos importante)  falaremos sobre o lixo, principal fonte de transmissão indireta de doenças. Ele pode ser classificado quanto:
O enfermeiro tem papel importante na orientação correta da população sobre o combate e controle das pragas e vetores. 
Aula 9
Poluição ambiental pode ser definida como toda ação ou omissão do homem que, pela descarga de material ou energia atuando sobre as águas, o solo, o ar, causa um desequilíbrio nocivo, seja ele de curto, seja de longo prazo, sobre o meio ambiente.
A quantidade de resíduos tem aumentado anualmente devido aos processos de industrialização e urbanização.
Fica claro que a urbanização que ocorre acima da capacidade de suporte do ecossistema natural pode ocasionar a poluição dos ecossistemas.
Este tipo de resíduo permanecerá perigoso por milhares de anos.
 O lixo atômico é constituído por isótopos radioativos extremamente perigosos. Alguns exemplos: césio, estrôncio; iodo, criptônio e plutônio.
De acordo com o Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde (Sisvam), a vigilância ambiental é:
Um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco e das doenças ou agravos (Portaria nº 410/MS de 10/10/2000).
Segundo o Programa Marco de Atenção ao Meio Ambiente, da Organização Pan Americana de Saúde (1998), é possível destacar três grupos de fatores ou dados sobre o meio:
O meio físico-biológico (água, ar, solo, flora, fauna);
O meio socioeconômico (população, moradia, situação econômica, infraestrutura urbana, serviços de saúde, saúde do trabalhador, proteção dos alimentos e licenças de funcionamento e avaliação do impacto ambiental em saúde);
Dados que caracterizam o perfil da saúde da população (dados de morbidade, mortalidade, vigilância epidemiológica).
Aula 10
A educação ambiental se coloca numa posição contrária aomodelo de desenvolvimento econômico vigente no sistema capitalista selvagem, em que os valores éticos, de justiça social e solidariedade não são considerados nem a cooperação é estimulada, mas prevalecem o lucro a qualquer preço, a competição, o egoísmo e os privilégios de poucos em detrimento da maioria da população (PHILIPPI Jr.; PELICIONI, 2005).
A Constituição Federal não conceitua educação ambiental, mas traz em seu artigo 225 que: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
A Primeira Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental aconteceu em Tbilisi, na capital da Geórgia (antiga URSS), em outubro de 1977, em parceria organizada pela UNESCO com o Programa das Nações Unidades para o Meio Ambiente (PNUMA).
Na elaboração da Declaração de Tbilisi de 1977, esses objetivos foram divididos nas seguintes categorias:
Consciência- Ajudar grupos sociais e indivíduos a adquirir consciência e sensibilidade para o ambiente e problemas conexos.
Conhecimento- Ajudar grupos sociais e indivíduos a ganhar uma variedade de experiências e adquirir uma compreensão básica do ambiente e problemas conexos.
Atitudes- Ajudar grupos sociais e indivíduos a adquirir um conjunto de valores e sentimentos de preocupação pelo ambiente e motivação para ativamente participarem na melhoria da proteção do ambiente.
Habilidades- Ajudar grupos sociais e indivíduos a adquirir habilidades para identificar e resolver problemas ambientais.
Participação- Providenciar para grupos sociais e indivíduos a oportunidade de ser ativamente envolvido em trabalhos para solução de problemas ambientais.
A lei que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental é a de nº 9.795, de 27 de abril de 1999.
Foi criado também o Projeto de Estruturação do Sistema de Vigilância em Saúde (VIGISUS/Funasa). 
Seu objetivo é cumprir a meta de desenvolvimento institucional nos municípios, através da vigilância em saúde do SUS, buscando fortalecer a capacidade de gestão em Vigilância em Saúde nos estados e municípios. 
 Uma das quatro áreas do projeto é a vigilância ambiental. Esta atenta às atividades relativas às zoonoses e questões sanitárias ligadas ao meio ambiente e riscos à saúde (água, ar e solo).

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