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Controle Microbiano

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CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA
Professora Margarete Dulce Bagatini
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Microbiologia e Parasitologia
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1. Introdução
Esterilização: É a destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo endosporos.
Esterilização comercial: É o tratamento de calor suficiente para matar os endosporos do Clostridium botulinum nos alimentos enlatados.
Desinfecção: É a destruição dos patógenos vegetativos. 
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Introdução
 Anti-sepsia: É a destruição dos patógenos vegetativos em tecido vivo.
Degerminação: É a remoção dos micróbios de uma área limitada.
Sanitização: É o tratamento destinado a reduzir as contagens microbianas nos utensílios alimentares até níveis seguros.
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Ações dos Agentes de Controle Microbiano
 Alteração da permeabilidade de membrana.
 Lesão aos lipídeos e proteínas da membrana. 
 Vazamento do conteúdo celular para o meio circundante, interferindo com o crescimento celular. 
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2. Ações dos Agentes de Controle Microbiano
 Danos às proteínas e aos ácidos nucléicos.
 A lesão produz deformidade na estrutura da proteína e perda de função.
 A lesão aos ácidos nucléicos provoca a interrupção da replicação, de funções metabólicas normais. 	
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3. Condições que Influenciam o Controle Microbiano
 Tipo de micróbio: bactérias Gram (-), principalmente do gênero Pseudomonas, as micobactérias e as bactérias produtoras de endosporos apresentam resistência natural aos meios físicos de controle microbiano.
 Ambiente: a matéria orgânica como fezes, vômitos interfere na ação dos agentes químicos.
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4. Escolha do método de controle
Microrganismo a ser eliminado;
Ambiente;
Tipo de material a ser submetido ao controle;
Custo do método.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.1. Calor
 Calor úmido
 Fervura ou fluxo de vapor
 Ação: Desnaturação das proteínas. 
 Mata os patógenos bacterianos vegetativos e fungos, e quase todos os vírus, dentro de 10 minutos e é menos efetivo em endosporos.
 É utilizado para esterilizar pratos, pias jarras e equipamentos variados.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.1. Calor
 Calor úmido
 Autoclave
 Ação: Desnaturação de proteínas.
 Todas as células vegetativas e seus endosporos são mortos em cerca de 15 minutos quando são submetidos a 15 psi de pressão (121ºC).
 É utilizado para meios microbiológicos, soluções, forros, utensílios, curativos, equipamentos e outros itens que podem suportar temperatura e pressão.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.1. Calor úmido
 Pasteurização
 Ação: Desnaturação de proteínas.
 É o tratamento de calor utilizado no leite para matar todos os patógenos e quase todos os não patogênicos (72ºC por 15seg).
 É utilizado no leite, creme e certas bebidas alcoólicas. 
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.1. Calor
 Calor seco
 Chama direta
 Ação: Efeito de oxidação, queimando os contaminantes até se tornarem cinzas. 
 Utilizados em alças de inoculação.
 Incineração
 Ação: Efeito de oxidação, queimando os contaminantes até se tornarem cinzas.
 Copos de papel, curativos contaminados, carcaças de animais, sacos e panos de limpeza.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.1. Calor
 Calor seco
 Esterilização com ar quente
 Ação: Efeito de oxidação.
 Necessita de temperaturas de 170ºC durante 2h.
 É utilizado para vidros vazios, instrumentos, agulhas e seringas de vidro. 
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Mecanismo de ação e eficiência do calor
Tanto no calor seco quanto no calor úmido, o mecanismo de esterilização envolve a desnaturação e oxidação das proteínas.
Indicadores de esterilização
Uréia – 121ºC
Ácido-Benzóico- 123ºC
Bacillus stearotermophilus
Bacillus subtillis
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.2. Filtração
 Ação: Separação das bactérias do líquido de suspensão. 
 Ocorre a passagem de um líquido ou gás através de um material semelhante a uma tela que aprisiona os micróbios.
 É utilizado para esterilizar líquidos como toxinas, vacinas, enzimas e soluções antibióticas que são destruídos pelo calor.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.3. Frio
 Refrigeração
 Ação: Redução das reações químicas e possíveis alterações nas proteínas.
 Tem efeito bacteriostático.
 É utilizado para a conservação dos alimentos, drogas e culturas.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.3. Frio
 Congelamento profundo
 Ação: Redução das reações químicas e possíveis alterações nas proteínas.
 É efetivo para conservar culturas microbianas, com congelamento rápido a -50 e -95ºC.
 É utilizado para conservação de alimentos, drogas e culturas.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.3. Frio
 Liofilização (Congelamento rápido sob N2)
 Ação: Redução das reações químicas e possíveis alterações de proteínas.
 É efetivo para conservação prolongada de culturas microbianas, onde a água é removida por alto vácuo em baixa temperatura. 
 Conservação dos alimentos, drogas e culturas.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.4. Ressecamento
 Ação: Interrupção do metabolismo.
 Envolve a remoção de água dos micróbios.
 Tem efeito bacteriostático.
 É utilizado na conservação de alimentos.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.5. Pressão osmótica
 Ação: plasmólise 
 Resulta na perda de água das células microbianas.
 É utilizado na conservação dos alimentos.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.6. Radiação (comprimento de onda, intensidade e duração)
 Ionizante (ionização da água, formação de radicais hidroxila reativos)
 Ação: Destruição do DNA por raios gama e feixe de elétrons de alta energia.
 Método não utilizado na esterilização de rotina.
 Usado para esterilizar produtos farmacêuticos e suprimentos médicos e dentários.
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5. Métodos Físicos de Controle Microbiano
5.6. Radiação (comprimento de onda, intensidade e duração)
 Não ionizante
 Ação: Lesão ao DNA (mutação gênica- dímeros de Timina) pela luz ultravioleta com lâmpada UV.
 É uma radiação não muito penetrante.
 É utilizado para controle de ambiente fechado.
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CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA
Métodos químicos:
Desinfetantes
São substâncias ou produtos que atuam somente em artigos inanimados.
Anti-sépticos
São germicidas químicos para utilização na pele e tecidos e não devem ser usados em objetos inanimados.
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6. Critérios de Escolha de Desinfetantes
Responsável: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) considera:
a)Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação;
b)Tipo de contaminação e sua forma de eliminação;
c)Tipo de microrganismo predominante;
d) Presença/Ausência de matéria orgânica;
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6. Critérios de Escolha de Desinfetantes
e) Qualidade da água e sua influência na limpeza: água salobra (carbonatos + polifosfatos) reduz a espuma;
f) Grau de irritação dérmica e toxicidade;
g) Segurança/perigo na manipulação;
h) Princípio ativo e sua concentração;
i) Tempo de contato para ação;
j) Influência da luz;
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6. Critérios de Escolha de Desinfetantes
h) Temperatura e pH
m)Interação com íons;
n) Inativação ou não em presença de matéria orgânica;
0) Prazo de validade;
p) Necessidade de retirar resíduos após seu uso;
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7. Classificação dos Artigos Hospitalares
7.1) Críticos: 
Aqueles que penetram na pele ou mucosas, atingindo o tecido sub-epitelial e sistema vascular, bem como todos os que estão conectados a este sistema;
Ex.: Instrumentos cirúrgicos, implantes, agulhas,
cateteres cardíacos.
Requerem esterilização.
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7. Classificação dos Artigos Hospitalares
7.2) Semi-Críticos: 
Aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e mucosas íntegras.
Ex.: Equipamentos de anestesia, terapia respiratória, inaloterapia, endoscópios.
Requerem desinfecção de alto nível.
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7. Classificação dos Artigos Hospitalares
7.3) Não-Críticos: 
Aqueles que entram em contato com a pele íntegra do paciente.
Ex.: Termômetros, estetoscópio, etc.
Requerem desinfecção de baixo nível, ou somente, limpeza mecânica com água e sabão.
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8. Artigos x Processos
Críticos: Esterilização 
(glutaraldeído 6-10h; H2O2 6%)
Semi-críticos: Desinfecção alto nível 
(glutaraldeído 20 min)
Não-críticos: Desinfecção intermediária
(clorados, álcoois, fenóis, ácido peracético)
Nível baixo: iodados, fenólicos, derivados do amônio quaternário.
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HIV; HBV; BK
O Centro de Controle de Doenças (CDC) recomenda desinfecção de alto nível para qualquer artigo semi-crítico, pois esta, inativa todos os microrganismos, incluindo HIV, HBV e BK.
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9. Conhecendo os Desinfetantes
Regras:
1.Observar concentração indicada, diluição, tempo de exposição.
2.Risco ocupacional: acidentes podem causar intoxicação, despigmentação, dermatite de contato, problemas respiratórios (formol, fenol).
Utilizar EPI (equipamentos de proteção individual). 
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.1.Fenol e compostos fenólicos
 Fenol
 Ação: Ruptura da membrana plasmática, desnaturação de proteínas e desativação de enzimas.
 Raramente usado como desinfetante ou anti-séptico por suas características irritantes e odor desagradável.
 Limpeza e desinfecção de paredes, pisos, superfícies fixas em locais de alto risco;
	
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Em concentrações de 1-7% (20-30min) desinfecção de artigos sensíveis ao calor;
Bacteriostático (0,02- 1%)
Bactericida ( > 1,6%)
Fungicida (> 1,3%)
Não é esporocida; 
Atividade reduzida em presença de lipídios
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.1.Fenol e compostos fenólicos
 Compostos fenólicos
 Ação: Ruptura da membrana plasmática, desnaturação de proteínas e desativação de enzimas.
 Os derivados do fenol são reativos em presença de material orgânico.
 É utilizado em superfícies ambientais, instrumentos, superfícies cutâneas e membranas mucosas.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.2.Biguanidas (clorexidina)
 Ação: Ruptura da membrana plasmática.
 É bactericida contra Gram (+) e Gram (-), atóxico, persistente.
 É utilizado na desinfecção da pele, principalmente escovação cirúrgica.
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Atividade:
pH dependente; reduzida pela matéria orgânica;
Bactericida mas não esporicida;
Não tem ação sobre micobactérias; 
Desinfecção baixo nível;
Atividade antiviral: pobre nos envelopes virais lipídicos e nenhuma nos vírus sem envelope como Rotavírus;
10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.2.Biguanidas (clorexidina)
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.3.Halogênios
Iodo 
Ação: pouco conhecida - combinação com certos AA de enzimas e outras proteínas celulares;
Tintura de iodo - solução álcool aquosa
Iodóforo – iodo + molécula orgânica - Iodopovidona.
Cloro
Ação: impede boa parte do funcionamento do sistema enzimático.
 Gás ou combinado com outras substâncias químicas.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.3.Halogênios
O iodo e o cloro podem agir separadamente ou como componentes de compostos orgânicos e inorgânicos.
 O iodo é um anti-séptico;
 O gás cloro é usado para desinfetar água e os compostos de cloro são usados em plantas de processamento de laticínios, utensílios para refeições, itens domésticos e vidraria.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.4.Álcoois
 Ação: Desnaturação de proteínas e dissolução dos lipídios.
 São bactericidas e fungicidas, não sendo efetivos contra endosporos ou vírus não envelopados.
 Álcoois mais usados são o etanol e o isopropanol.
 Termômetros e outros instrumentos.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.5.Metais pesados e seus compostos
 Ação: Desnaturação das enzimas. 
 Os metais pesados como a prata e o mercúrio são germicidas ou anti-sépticos.
 O nitrato de prata pode ser usado para prevenir as infecções oculares gonocócicas; o mercurocromo desinfeta a pele e as mucosas; o sulfato de cobre é um algicida.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.6.Agentes de superfície
 Sabões e detergentes aniônicos
 Ação: Remoção mecânica dos micróbios através da escovação.
 É utilizado para degerminação da pele e remoção de resíduos.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.6.Agentes de superfície
Detergentes ácido-aniônicos
 Ação: Incerto; pode envolver a inativação ou ruptura das enzimas.
 Tem amplo espectro de atividade; atóxicos, não-corrosivos e de ação rápida, é utilizado na sanitização em indústrias de processamento de laticínios e alimentos.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.6.Agentes de superfície
 Detergentes catiônicos (compostos de amônio quaternário)
 Ação: Inibição de enzimas, desnaturação das proteínas e ruptura das membranas plasmáticas.
 São bactericidas, bacteriostáticos, fungicidas e viricidas contra vírus envelopados. 
 É usado como anti-séptico para pele, instrumentos e objetos de borracha.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.7.Ácidos Orgânicos
 Ação: Inibição metabólica, afetando principalmente os bolores; ação não relacionada à sua acidez.
 Amplamente usados para controlar bolores e algumas bactérias em alimentos e cosméticos.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.8.Aldeídos
 Ação: Desnaturação das proteínas.
 É usado para a desinfecção de equipamentos médicos. 
O glutaraldeído é menos irritante que o formaldeído.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.8.Aldeídos – Glutaraldeído
 Ação: bactericida, micobactericida, viruscida e fungicida. 
 A melhor atividade ocorre em pH alcalino (7,5-8,5)
 Reage com proteínas; logo atua mesmo na presença de até 20% de soro bovino;
 A 2% é desinfetante de alto nível e esterilizante; a concentração mínima utilizada é a 1%.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.8.Aldeídos – Glutaraldeído
Usos: 
Desinfecção de objetos sensíveis ao calor;
Pode ser empregado para qualquer tipo de artigo, pois não possui ação corrosiva para plásticos, metais e endoscópios, não atacando lentes de instrumentos;
Materiais porosos poderão retê-lo, o que requer enxágüe rigoroso;
Não se deve misturar artigos de diferentes metais na solução pois pode ocorrer corrosão eletrolítica.
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.8.Aldeídos – Formaldeído
 Sinonímia: metanol ou monoaldeído
Atividade: 
 Bactericida, viruscida, micobactericida, esporocida.
 É desinfetante de alto nível e esterilizante.
 É apresentado na forma sólida (pastilha de formalina) ou solução aquosa de 37-40% para diluição em água ou alcoólica.
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Atividade: 
Tem ação mais lenta do que o glutaraldeído
Extremamente reativo: reage com proteínas
Considerado esporocida pela sua capacidade de penetrar no interior dos esporos bacterianos;
Baixas concentrações são esporostáticas, inibindo sua germinação
10. Métodos Químicos de Controle Microbiano
10.8.Aldeídos – Formaldeído
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10. Métodos Químicos de Controle Microbiano 
10.9.Esterilizantes Gasosos
 Ação: Desnaturação das proteínas.
 O óxido de etileno é o de uso mais comum.
 É um excelente agente esterilizante, especialmente para objetos que seriam danificados pelo calor.
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10. Métodos Químicos de Controle
Microbiano 
10.10.Peroxigênios
 Ação: Oxidação.
 O ozônio é amplamente usado como suplemento para a cloração;
 O peróxido de hidrogênio é um anti-séptico fraco, mas um bom
desinfetante.
 São usados em superfícies contaminadas; alguns ferimentos
 profundos, em que são muito efetivos contra os anaeróbios 
 sensíveis ao oxigênio.
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Comparação da efetividade de vários anti-sépticos.
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Eficácia dos antimicrobianos químicos contra endosporos e micobactérias.
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