Buscar

Continue navegando


Prévia do material em texto

Prof. Antonio Carlos
design moderno no séc. XX.
Aula 06-07 – séc. XX
O design dos anos 40-50 
O design pós moderno 
O design contemporâneo
• O desenho do mobiliário moderno coincide, 
esteticamente, com o nascimento da pintura abstrata 
de KANDINSKY. 
• As pressões econômicas e a orientação da 
produção em massa serão determinantes 
posteriores. 
• O exemplo desta mudança vem através do suíço 
CHARLES-ÉDOUARD JEANNERET - LE 
CORBUSIER, em colaboração com PIERRE 
JEANNERET e CHARLOTTE PERRIAND, a chaise 
longue (1927), a cadeira de braços de encosto 
ajustável (1929), incorporando questões técnicas, 
sociais e econômicas, contrapondo ao purismo da 
Bauhaus. 
• Em madeira compensada encurvada em moldes, o 
filandes ALVAR AALTO (19343) e MARCEL 
BREUER (1935).
ANOS 40
O MOBILIÁRIO MODERNO.
A Escola de Ulm desenvolveu vários projetos em 
parceria com a indústria, algumas de grande 
porte — como com a empresa de eletro-
doméstico a Braun. 
Os produtos projetados para a Braun ajudaram a 
concretizar a filosofia funcionalista da hfg.
Para desenhar o cartaz do Congresso de Design 
de 1964, que se realizou em Ulm, Otl Aicher, um 
dos motores desta instituição, preferiu usar a 
antiquada Akzidenz Grotesk, em vez das suas 
sucessoras, a Helvetica ou a Univers. 
Alguns preferem ver no trabalho de Otl Aicher 
um refinado “ funcionalismo estrutural”; contudo, 
o design praticado no âmbito de Ulm pecou por 
um rigor exagerado, aliado a uma estética 
pseudo-racional e estéril, desprovida de garra e 
de emoção, para nem falar de paixão.
Cartaz de Stefan May, 1963/64. 
hfg ULM
Estudantes em ULM, 1955.Foto Ernst Hahn
1958
Foto Wolfgang Siol
hfg ULM
1948 – o inicio do 
design brasileiro.
Pietro Maria Bardi (mais tarde 
o diretor do Masp) e a arquiteta
Lina Bo Bardi, chegando ao 
Brasil em 1948...o projeto do 
MASP levaria oito anos para ser 
concluído 1960-1968.
• Assis Chateaubriand que convida Pietro Bardi 
a fundar e dirigir um Museu de Arte Moderna e 
Lina para projetar a sede do museu. 
• Escolhem a cidade de São Paulo como sede, 
por ali estar a elite cafeeira que financiaria o 
museu. 
• Em 2 de outubro de 1947 é fundado o MASP –
Museu de Arte de são Paulo, instalado 
provisoriamente no segundo andar da sede dos 
Diários Associados, na rua Sete de Abril. 
• Neste mesmo período, projeta nova sede para 
os Diários Associados e realiza uma exposição 
de design de jóias “semipreciosas” (brasileiras). 
• No ano seguinte, Lina funda, em São Paulo, 
em sociedade com o arquiteto italiano Giancarlo 
Palanti, o Studio de Arte Palma e dedica-se a 
desenhos de mobiliários.
1948 – o inicio do 
design brasileiro.
• Em 1950, Lina além fundar com Pietro 
Maria Bardi a revista Habitat – Revista das 
Arte no Brasil e dirigi-la, em 1951 
naturaliza-se brasileira e projeta a Casa de 
Vidro, residência do casal, no então 
selvagem bairro do Morumbi, onde fez 
pousar uma elegante estrutura moderna, 
com paredes de vidro suportada por pilotis 
em um declive do terreno. 
• Junto com Bardi, cria e dirige o Curso de 
Desenho Industrial no Instituto de Arte 
Contemporânea (IAC); desenvolve o 
projeto da poltrona Bardi’s Bowl, além de 
outros projetos como o Edifício Taba 
Guaianases; Estudos para “Casas 
Econômicas”; projeto “Museu à beira do 
oceano”, em São Vicente, entre outros.
1950
• No MAM de São Paulo, Lina e Giancarlo oferecem um curso livre 
de desenho industrial
Cadeira projetada por Giancarlo Palanti 
em madeira compensada e corda, Studio 
de Arte Palma. 
Fonte: Habitat n. 1, 1950 
Giancarlo Palanti, estante de livros, Studio de Arte Palma. 
Fonte: Habitat n. 1, 1950
São Paulo ...década 50
Industrialismo
Internacionalização da 
cultura e das artes
Racionalismo x experimentação
O projeto pioneiro do IAC 
Instituto de Arte Contemporânea 
(1950 -51/1954)
• Max Bill faz palestras no MAM – RJ...faz proposta de criação de uma 
Escola Superior da Forma com a idéia de funcionar num anexo do 
museu
• em 1959 e 1962 há a promoção de dois concursos em Desenho 
Industrial pelo IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil.
1952...
1963
• ESDI é criada em 22 de julho de 1963
• ...Flexa Ribeiro (Secretaria da Cultura) e 
• ...Carlos Lacerda (governador) do Estado da Guanabara 
• ...é criada a ESDI – Escola Superior de Desenho Industrial com um 
currículo baseado no modelo da HfG-Ulm. Lecionavam-se dois cursos: 
Comunicação Visual e Desenho Industrial, e que tinham a equivalência 
ao bacharelato com a duração de 4 anos.;
• Na ESDI tinha como obrigação cursar comunicação visual e projeto de 
produto. Em 1968 teve os primeiros indícios de crise assim sendo 
fechada e em 1975 reaberta junto com a Universidade do Estado do Rio 
de Janeiro. 
-
• a escola, seguindo exemplos do que se praticava em outro contexto, 
apregoava estar adaptada à realidade brasileira;
• “o objetivo de formar – através de uma educação técnica, 
científica...artística e cultural – profissionais de nível universitário que 
pudessem atender às duas exigências da nossa sociedade industrial, 
planejamento de produtos industriais (industrial design) e planejamento de 
meios de comunicação visual (graphic design). “ MORAES (1973).
• A Esdi está instalada em um conjunto de prédios na Lapa, centro do Rio, onde 
possui, além de salas de aula, oficinas de madeira, metal, prototipagem rápida, 
gráfica, laboratórios de fotografia e informática, biblioteca especializada e salas 
de pesquisa.
... anos 60
A Pós-Modernidade.
Chama-se de Pós-Modernidade a condição sócio cultural e estética do 
capitalismo contemporâneo, também chamado de pós-industrial. 
É um termo que se tornou de uso corrente, mas bastante disputado. 
Pós Modernidade na arquitetura: É 
usado para demarcar a arquitetura 
surgida nos anos 1950, com ângulos não 
ortogonais, como o prédio da Sydney 
Opera House
O Móvel POP – anos 50 e 60
• O termo “pop” fui usado pela primeira vez nos anos cinquenta para designar a 
emergencia da cultura popular nesta década. 
• Em 1952 se fundou INDEPENDENT GROUP em Londres. Seus membros, foram 
os primeiros a explorar a expansão da cultura popular nos Estados Unidos.
• O design pop criava uma nova 
linguagem e estética, tanto no 
campo gráfico como de produto. 
• Caminhando na direção oposta ao 
modernismo e à racionalidade do 
Estilo Internacional, com sua ênfase 
formal. 
Sofá de George Nelson
O Movimento POP.
Movimento POP
• Plástico 
• Mercado jovem, produtos baratos e pouca qualidade.
• Design radical
• Questiona os preceitos do Good Design
“Use-o hoje e jogue fora amanhã”
• O mobiliário pop usava os materiais plásticos como recurso para explorar novas 
formas, curvas e configurações que antes não eram possíveis. 
• Alguns móveis utilizaram esta linguagem e transformaram-se em símbolos das 
inovações deste período, como a cadeira Sacco, de Gatti, Paolini e Teodoro era 
literalmente um saco feito de poliestireno ou a poltrona inflável de Lomazzi, De Pas & 
d’Urbino (TAMBINI, 1997).
O Movimento POP.
Poltrona Ball Chair, 1963 de Eero Aarnio
• A cadeira Panton, criação do dinamarquês Verner Panton, é outro exemplo de como a 
linguagem pop alterava a percepção sobre as peças de mobiliário como itens comuns do 
cotidiano. 
• Era uma peça inteira sem emendas, feita de plástico vermelho brilhante e empilhável. 
• Verner Panton também criou interiores extravagantes e de inspiração psicodélica, que 
misturavam cores como o vermelho, amarelo e roxo, aplicadas na mobília, paredes ou no 
teto. Os designers pop criavam peças isoladas, sistemas para moradias que estavam 
voltadas para o futuro,cenários para os filmes de ficção científica, etc.
O Movimento POP.
• O Pós-Industrialismo
O Pós-Industrialismo é uma vertente do pós moderno no qual os objetos projetados se 
produzem a margem da corrente industrial. 
O Pós Industrial
No fim dos anos setenta e durante os anos oitenta, as economias 
ocidentais passaram a depender menos da industria e a basear-se mais 
nos serviços.
Muitos designers iniciaram a criar designs únicos e ou edições limitadas 
que refletia o carater pós industrial do período e permitia-se explorar 
mais livremente a sua ciatividade individual, livre das restrições dos 
processos industriais. Philippe Stark, Ron Arad, Tom Dixon.
O DESIGN PÓS INDUSTRIAL
• Designers como Ron Arad y Tom Dixon construiram artefatos improvisados, 
consistentemente distanciados da precisão dos produtos industriais estandartizados.
O DESIGN PÓS INDUSTRIAL
• Designers como Ron Arad y Tom Dixon construiram artefatos improvisados, 
consistentemente distanciados da precisão dos produtos industriais estandartizados.
O SOFT DESIGN
Em meados dos anos oitenta iniciou-se a ser usado o termo soft -tech ou soft-
design para descrever produtos com formas escultóricas e aredondadas ou
“brandas”. 
Uma das primeiras manifestações foi o equipamento eletronico de consumo 
desenvolvido pela SHARP e YAMAHA.
O SOFT DESIGN
O Design “brando” ou soft, foi um novo enfoque, que designers 
como Ross Lovegrove descreveu como um novo naturalismo, pois 
era emocional, gestual e antropocentrico. 
Grande parte da industria automobilistica foi uma das primeiras a 
adotar esta nova tendência, como demostram os automovéis 
TWINGO de RENAULT (1992) y MICRA de NISSAN (1992). 
O SOFT DESIGN
O inicio dos anos noventa deu lugar a um enfoque mais reflexivo, organico e holistico. 
Ross Lovegrove 
Projetar a forma das trocas de mercado - (bens, serviços e experiências).
Ou melhor: Fazendo com que os bens, serviços e experiências tornem-se “mercadorias”.
• O design que está submetido apenas aos interesses econômicos, deixa para segundo 
plano aquilo que é a dimensão cultural. 
• Mas o designer tem de ambicionar e libertar-se, e ir muito além do que o mercado lhe 
oferece e para ir além dos interesses econômicos, deve passar a mergulhar na dimensão 
cultural e emocional. 
O papel do designer é acompanhar a evolução na dimensão política, psicológica, 
social, cultural e ética, e tendo a responsabilidade de contribuir para o crescimento da 
sociedade, transfigurando-se à realidade e àquilo que já existe, e a si mesmo. 
O designer contemporâneo é aquele que está em alerta permanente ao mundo que o 
rodeia. É um conhecedor profundo de todos os fenômenos ocorridos na sociedade. 
A MISSÃO DO DESIGNER CONTEMPORÂNEO
Como são ou deveriam ser 
os produtos do nosso tempo?
• Dualísticos contraditórios;
• Intérpretes;
• Sócio-terapêuticos;
• Psicoterapêuticos.
• Sustentáveis.
O DESIGN CONTEMPORÂNEO
David Redhead - “Os produtos do nosso tempo”, 2000
Basics: minimalismo ostentado = less is more
More: hiper-performance = prótese humana
Control: busca por segurança
Identity: o local no global = mass customization
Crisis: eu sou a mercadoria = “tamagochi”
“Nós os projetamos. Eles nos ilustram”
O DESIGN CONTEMPORÂNEO
Mercadorias sócio-terapêuticas
Do produto ao sistema-produto
Serviço
Comunicação
Produto
Características
materiais
Sistema
Produto
Características
imateriais
Brand
Características
metafísicas
Cozinha Itatiaia
Cozinha Todeschini
Do design material ao design imaterial:
• Sinergia entre produto, serviço e comunicação;
• Características materiais e imateriais;
• Atitude projetual cada vez mais simbólica e 
voltada à experiência.
Essa casa foi projetada da melhor maneira possível para aproveitar a luz natural em 
todos os cômodos. Quase todos os cômodos da casa possuem piso de madeira e 
paredes claras. Sua estrutura foi construída com colunas de madeira reciclada e a sua 
decoração envolve mobília contemporânea. 
• Karin Raschid é representante do design 
contemporâneo, uma espécie de ícone 
conceitual no que diz respeito a mistura de 
estilos. 
• Com mais de dois mil produtos em 
desenvolvimento em escala industrial, tem dois 
novos modelos da marca brasileira Melissa à 
sapatos exclusivos de estrelas hollywoodianas, 
passando por objetos decorativos, móveis 
contemporâneos a arquitetura luxuosa.
• Tem um incrível domínio de cores e formas. 
Faz uso de tons fortes, vivos e brilhantes. Suas 
formas são fluidas, dando a sensação constante 
de movimento. 
• Karin Raschid trabalha muito com acrílico e 
diferentes tipos de resinas plásticas. Nada é 
convencional. Nada é parecido com o de alguém. 
Nada é simples. Tudo é muito impregnado de 
beleza e conceito, sem deixar de lado a 
funcionalidade.