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CULTURA MATERIAL E CULTURA IMATERIAL


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CULTURA MATERIAL E CULTURA IMATERIAL
 KARINA SOARES DOS SANTOS
 UNINTER
RESUMO
O Brasil, como diz o nosso mestre da história, Pellizzari, possui um notável hibridismo cultural. O que isso quer dizer? Quer dizer que nosso país é rico em uma gama de diversidade cultural. A cultura é todo costume de uma sociedade, desde a culinária até mesmo a religião. A vasta extensão do nosso território também contribui em muito para todas essas diferenças internas. Mas é importante lembrar que as diferenças são o que tornam nosso Brasil tão rico e especial. As culturas material e imaterial fazem parte do patrimônio cultural de todo país. Patrimônio histórico e cultural é todo bem móvel, imóvel ou natural. Ele marca de forma significativa cada sociedade. É importante saber que esse patrimônio pode ser classificado tanto como parte da Cultura Material quanto como parte da Cultura Imaterial e abaixo vamos nos situar melhor sobre o que cada uma delas tem como característica.
Palavras-chave: CULTURA, MINAS GERAIS, MATERIAL, IMATERIAL
A nossa cultura, é muito diversa e a História é aquela que pode explicar o porquê disso. As cinco regiões de nosso país são perceptivelmente diferentes culturalmente, mas todos somos considerados brasileiros, pois fazemos parte de uma identidade maior, a identidade nacional de algo que une a todos nós e faz com que sintamos que fazemos parte desse todo. Nossa cultura é influenciada pela herança de nossos índios nativos, por nossos colonizadores portugueses e também pela tão presente cultura africana que vinha da África, trazida tão sofrida no compartimento de um navio negreiro. Vamos ao Maracanã, usamos sapatos e comemos uma boa feijoada.
A cultura material nada mais é que a importância que determinados objetos possuem para determinado povo e sua cultura. É também através da cultura material que se ajuda a criar uma identidade comum. Esses objetos fazem parte de um legado de cada sociedade. Cada objeto produzido tem um contexto específico e faz parte de determinada época da história de um país. A cultura material se aplica a quase toda produção humana.
Todo povo possui um patrimônio que vai além do material, de objetos. Esse patrimônio é chamado de cultura imaterial. Ou seja, cultura imaterial é uma manifestação de elementos representativos, de hábitos, de práticas e costumes. A transmissão dessa cultura se dá muitas vezes pela tradição. Os maiores exemplos de cultura imaterial no Brasil são o folclore, a capoeira etc.
Todos somos parte integrante na cultura de nosso país e por isso devemos respeitar qualquer forma de manifestação cultural. Nossa riqueza cultural, nossas belezas naturais só fazem sentido se forem para serem compartilhadas igualmente com todos que fizeram parte dessa imensidão que é o nosso Brasil.
 
 CULTURA MATERIAL E IMATERIAL DE MINAS GERAIS 
A diversidade cultural de Minas Gerais é uma das riquezas e um dos patrimônios mais importantes do Brasil. É um estado que soube usar todas as suas influências, que soube atrair olhares para sua região, o que resultou na produção de uma sociedade tão autêntica nas suas manifestações e expressões culturais.
O Estado de Minas Gerais detém boa parte do patrimônio histórico nacional e suas cidades centenárias contêm importantes registros materiais que narram episódios importantes da história do Brasil e são palco para manifestações artísticas. O Estado reúne enorme acervo arquitetônico e artístico do período colonial preservado nas cidades de Ouro Preto, Diamantina e Congonhas do Campo, verificado pelas obras em estilo Barroco.
As manifestações folclóricas em Minas têm suas origens nas tradições, nos usos e costumes dos colonizadores portugueses, com forte influência das culturas indígena e africana. Essas influências estão presentes no artesanato, na culinária, nas danças típicas, nas músicas, na literatura, e no folclore, com as manifestações populares. No campo do folclore, as crendices e superstições dos mineiros são cultivadas de geração em geração. 
 A culinária mineira com seus pratos deliciosos (feijão tropeiro, o angu de milho verde ou de fubá com frango, a paçoca de carne seca, farofas) cria hábitos e costumes na sua população e é a mistura de influências das comidas indígenas, dos escravos africanos, dos portugueses, dos tropeiros.
De Minas saíram várias maneiras do mundo, do próprio estado e do Brasil serem lidos, através das páginas de escritores mundialmente conhecidos, como Carlos Drummond de Andrade. De Minas, floresceram os ideais de liberdade que espalharam-se pelo Brasil. Foram feitos pratos ao sabor mineiro para o Estado ser saborosamente degustado, saíram formas do mundo ser representando, pelas mãos de Aleijadinho, e o sonho do homem voar surgiu da criação de Santos Dumont, sem mencionar os grande feitos de Pelé no futebol.
O modo de fazer queijo artesanal de Minas Gerais agora é patrimônio cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Aprovado em 15 de maio de 2008, o registro no Inventário Nacional de Referências Culturais destaca a forma tradicional de se fazer queijo em quatro regiões do estado: Serro, no nordeste; Serra da Canastra, na região central; Salitre/Alto Parnaíba, ou Serra do Oeste; e Araxá, no Triângulo Mineiro.
De acordo com o historiador José Newton Coelho Meneses, da UFMG, que coordenou o estudo que embasa a inclusão no inventário, o registro da tradição técnica é uma vitória para o estado. “Fazer queijo é uma atividade econômica tipicamente familiar em Minas. É a síntese do que é a fazenda. A cultura não é imaterial, ela é materializada nas manifestações”, diz.
Segundo Meneses, os queijos dessas quatro regiões têm características distintas na textura, sabor e carga microbiana, devido ao tipo de pastagem ingerido pelas vacas, o clima e a altitude locais. Já o modo de fazer é muito parecido, apesar de haver diferenças sobre quem faz: na Canastra e no Alto Parnaíba há muitas mulheres na produção; no Serro, elas estão vetadas – diz-se que têm mão quente, ou impregnada de cosméticos, ou que o ciclo menstrual interfere no produto.
Ele acredita que, além do reconhecimento identitário do queijo mineiro, o registro reforçará sua segurança alimentar e seu valor econômico.
Queijo DOC
A pesquisa sobre o modo de fazer queijo mineiro começou em 2004, quando associações de produtores locais pediram ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) o registro da tradição como patrimônio imaterial do estado. O movimento nasceu como resistência à propaganda de que o queijo artesanal faria mal à saúde e que sua produção deveria ser proibida. As associações se uniram numa luta contra a legislação restritiva e a favor da qualidade do produto.
Meneses, que também é veterinário, explica que o leite cru, não pasteurizado, se matura e se transforma num produto melhor. “Os micróbios podem ser benéficos à saúde. Os micróbios próprios do leite dão qualidade, não há risco alimentar, muito pelo contrário”, garante, acrescentando que os únicos riscos seriam a brucelose e a tuberculose, doenças fáceis de controlar no rebanho.
O pesquisador afirma que os produtores hoje têm grande preocupação com a qualidade e querem instituir o selo DOC - Denominação de Origem Controlada - cujo controle seria feito por associações produtoras, como é feito na França, onde o Estado fiscaliza o rebanho e a água. Através de uma associação, o produtor aganha o selo DOC.
Meneses observa ainda que o movimento em favor da produção do queijo artesanal com qualidade se coaduna com a tendência da valorização da ruralidade e o slowfood, movimento internacional, na contramão da tendência do fastfood, defende que as pessoas comam bem e devagar.
Origem portuguesa
Trinta mil famílias trabalham com queijo artesanal em Minas Gerais, segundoa Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A tradição começou de uma colonização portuguesa do século XVIII, que trouxe heranças como o queijo da Serra da Estrela, no centro de Portugal, feito lá com leite de cabra e de ovelha e aqui com a matéria prima local.
Autor de O continente rústico-abastecimento alimentar nas Minas Gerais setecentistas, Meneses conta que em Portugal usava-se a flor do cardo para coagular o leite, enquanto aqui usavam-se fragmentos de estômago de animais, um saber mouro praticado até o início do século XX. Hoje usa-se um produto lácteo coagulante produzido em laboratório, a enzima pepsina.
O pingo e outros segredos
Meneses tem uma relação antiga com seu objeto de estudo: seu pai era produtor na região do Serro. Como legítimo herdeiro cultural, à vontade ele abre o jogo:
“O segredo do queijo artesanal é o pingo, o fermento feito do soro do queijo do dia anterior. O pingo é a unidade identitária do produto.”
Ele conta que há uma tradição de troca de pingos entre fazendeiros. “A troca de informação é uma coisa impressionante. Sempre há discussões sobre o pingo. É motivo de orgulho”, diz. E ensina: o queijo deve ser mantido fora da geladeira, lavado só com água duas vezes ao dia, assim como a tábua, para matar a contaminação externa e hidratá-lo. Deve ser guardado preferencialmente numa queijeira de madeira arejada, ou em queijeira de tampa furada ou ainda sob cobertura de bolo.
  CULTURA EM NOVA SERRANA - MG
Nova Serrana é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Segundo o IBGE, o número de habitantes em estimativa de 2015 é de 89.859 habitantes. Em 2000, a cidade tinha 37.447 habitantes, e chegou aos 73.273 habitantes em 2010, um crescimento vertiginoso de 95,7% em apenas uma década.
Assim como Franca, no interior paulista, e a região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, o centro oeste de Minas Gerais se tornou importante na produção de calçados, sandálias e artigos calçadistas masculino, feminino e infantil.
São realizadas na cidade três feiras, que movimentam o setor e a economia do município que mais cresce no estado.
O turismo em Nova Serrana é uma das áreas que devem ser investidas ao longo dos anos, sabendo-se que este área gera muito emprego e renda. Deve-se criar áreas de preservação permanente na cidade, como parques ou jardins públicos.
Pontos turísticos
Serra da Capelinha, Igreja da Matriz, Praça da Matriz, Igreja do Rosário, Praça Jardins do Lago.
Principais eventos
Aniversário da cidade, festa do padroeiro São Sebastião, Feira do Calçado e da Moda – Festa do Peão, Festa do Migrante, Febrac – Feira de Máquinas e Componentes para Calçados, Festa do Reinado, Jogos da Amizade Intercolegial.
Artesanato
Bordados, tecelagem voltada para a confecção de calçados. Os primeiros calçados produzidos em Nova Serrana eram artesanais. Apenas em 1948 foi implantada a primeira fábrica de botinas, registrada por Geny José Ferreira.
O município, incrustado na região centro-oeste do estado, destaca-se pela sua produção de calçados: em 2004, era responsável pela produção de 55% dos calçados esportivos do Brasil, firmando-se como o terceiro polo calçadista do país, atrás de Franca (SP) e do Rio Grande do Sul.
É importante frisar que, já a algum tempo, a cidade vem se destacando mais pela pesquisa em novas tecnologias, qualidade e design de seus calçados do que pelas cópias e falsificações. Não se pode negar que ainda há calçados falsificados sendo fabricados em fábricas que funcionam irregularmente, mas temos que ponderar que se trata de alguns poucos fabricantes isolados.
O sistema local de produção de Nova Serrana orbita exclusivamente em torno da fabricação de calçados esportivos com preços populares. Segundo um estudo do professor Wilson Suzigan, da Unicamp em 1972 existiam 48 fábricas de calçados de couro na cidade. O número saltou para 400 em 1985, época em que as fábricas passaram a trabalhar com materiais sintéticos, cujas vantagens são o preço mais baixo e o processo de transformação mais simples em relação ao couro. Em 2004, a cidade contava com 854 empresas, que geravam aproximadamente 21 mil empregos diretos e produziam 77 milhões de pares por ano.
Hoje a cidade possui seis escolas estaduais, quatorze escolas municipais, seis escolas particulares sendo uma do ensino especial, uma escola técnica e uma faculdade atendendo o ensino superior nos cursos de administração de empresas e ciências contábeis. A cidade conta ainda com três escolas com o ensino pré-vestibular. Devido ao grande fluxo de pessoas e o número de empregos disponíveis, a educação recebe uma influência negativa, gerando assim um índice de 17% de evasão escolar e 7,10% de analfabetismo. _______________________________________________________________
A importância do trabalho com as culturas material e imaterial na escola se dá ao processo de identificação, crítica e respeito que aluno constrói quando tem conhecimento sobre os tipos de cultura, e percebe sua importância. No ambiente escolar, é necessário que o aluno tenha contato com a gama de diversidade cultural que ele tem a sua volta, e que compreenda essas diversidades afim de analisar seus costumes e as produções humanas daquele contexto. 
Uma proposta de atividades para trabalhar a cultura material e imaterial com os alunos sugiro, por exemplo, o trabalho com música ou fotografia. Nesse segundo caso, pode-se fazer um tour com os alunos ao redor da escola e pedir para que eles fotografem o que lhes chama atenção, indicando assim, o que, para eles, é importante.
 REFERÊNCIAS 
http://desconversa.com.br/historia/o-que-e-cultura-material-e-imaterial/
http://www.descubraminas.com.br/Upload/Biblioteca/0000223.pdf 
http://www.descubraminas.com.br/Biblioteca/Default.aspx?cod_bibliotecacategoria=28
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/patrimonio-imaterial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Serrana