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* Infecção das vias aéreas superiores (IVAS) Prevalência - 10 - 30% em crianças - 5 - 10% em adultos Agente de importância clínica Streptococcus beta-hemolítico do grupo A ( C e G) Complicações – sequelas supurativas (abcessos peritonsilíticos, linfadenite cervical, mastoidite), febre reumática * Gestantes Streptococcus do grupo B (principal Streptococcus agalactiae) Presente em 25% das mulheres grávidas Pesquisa entre a 35ª e 37ª semanas Único suabe vaginal – em meio de Stuart ou Amies com ou sem carvão ativado. * Otite Otite média ou otite externa Candida spp. Trichomonas sp. Gardnerella sp. Nadador – Piscinas Pseudomonas aeruginiosa Staphylococcus aureus Aspergillus sp. Candida sp. * Paciente Queimados Staphylococcus aureus Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter baumannii Escherichia coli Klebsiella spp. Enterococcus spp. Candida spp. Bactérias Anaeróbicas – 30% Peptostreptococcus spp. Bacteroides spp. – tem sido associado a sepse Propionobacterium acnes * ESTAFILOCOCOS E ESTREPTOCOCOS * ESTAFILOCOCOS * Principais Doenças Infecções da pele e de tecidos moles FURÚNCULOS, CARBÚNCULOS INFECÇÕES DE FERIDAS (TRAUMA, CIRÚRGICAS) CELULITE IMPETIGO Musculoesquelético Osteomielite Artrite ENDOCARDITE Trato geniturinário CARBÚNCULO RENAL INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFERIOR Doenças não-relacionadas causadas por toxinas Síndrome do choque tóxico (TSS) Sindrome da pele escaldada Intoxicação alimentar (gastrenterite) * Estafilococos comensais comum na pele, embora algumas espécies possam causar infecções. A enzima coagulase é uma característica do S. aureus, mas há evidências concretas de que seja um fator de virulência. * Estafilococos São patógenos humanos e de outros mamíferos; São divididos em 2 grupos, com base na sua habilidade de coagular o plasma: coagulase + : Staphylococcus aureus (patógenos mais encontrados em infeções humanas); coagulase - : Estafilococos coagulase – (30 espécies descritas até hoje). Staphylococcus epidermidis Staphylococcus saprophyticus * Estafilococos S. aureus S. epidermidis S.saprofiticus S. haemolyticus * ESTAFILOCOCOS 1. MORFOLOGIA 2. ESTRUTURA ANTIGÊNICA 3. TOXINA E ENZIMAS 4. PATOGENIA 5. PATOLOGIA 6. DIAGNÓSTICO 7. EPIDEMIOLOGIA * ESTAFILOCOCOS 1.Morfologia 1.1 Microrganismo Células esféricas que se dispõem em cachos irregulares, cocos isolados, aos pares, em tétrades. Cocos Gram ( + ) Culturas velhas vão perder as caracteristicas de coloração São imóveis Não formam esporos * Microbiologia Clínica Gram + * ESTAFILOCOCOS 1.Morfologia 1.2 Cultura Crescimento rápido em condições aeróbicas ou microaerófilas. Em meios sólidos, as colônias são redondas, lisas, elevadas e brilhantes. As colônias de S.aureus são acinzentadas a amarelo dourado intenso. As colônias de S.epidermidis apresentam coloração de cinza a branca. * ESTAFILOCOCOS 1.Morfologia 1.3 Característica de crescimento Produtores de catalase ( Diferenciação com os estreptococos ) Fermentam carboidratos produzindo ácido láctico, não gás. São relativamente resistentes ao ressecamento e ao calor. Apresentam sensibilidade variável a muitos agentes antimicrobianos ( produção de B-lactamases, resistênncia à meticilina e oxacilina, tolerância e plasmídios ) * ESTAFILOCOCOS 2. Estrutura antigênica 2.1 Peptidoglicano Induz a produção de interleucina 1 e de Anticorpo opsônicos pelos monócitos. Apresenta atividade semelhante a endotoxina. Pode atuar como quimiotático para polimorfonucleares. * ESTAFILOCOCOS 2. Estrutura antigênica 2.2 Ácidos teicóicos Podem ser antigênicos. 2.3 Proteína “A” Componente da parede celular. Liga-se à moléculas de IgG, com exceção da IgG3. * ESTAFILOCOCOS 2. Estrutura antigênica 2.3 Fatores de virulência S. aureus Fatores de virulência da parede celular – inibem a opsonização Exotoxinas citolíticas Exotoxinas super-antígenos Sindrome do choque tóxico Toxina esfoliativa (pele escaldada) * ESTAFILOCOCOS 3.Toxinas e enzimas 3.1 Catalase Conversão do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. 3.2 Coagulase Impede a cascata normal da coagulação do plasma. Deposição de fibrina na superfície dos estafilococos. 3.3 Hialuronidase ou fator de propagação * ESTAFILOCOCOS 3.Toxinas e enzimas 3.4 Estafiloquinase Ação semelhante a estreptoquinase, resultando em fibrinólise. 3.5 Proteinases 3.6 Lipases 3.7 B-lactamases 3.8 Exotoxinas Causam necrose na pele * ESTAFILOCOCOS 3.Toxinas e enzimas 3.8 Exotoxinas Contêm hemolisinas solúveis ( toxina alfa - proteína capaz de lisar eritrócitos e lesar plaquetas; ação sobre musculatura lisa vascular; toxina beta - degrada a esfingomielina; toxina gama e delta). 3.9 Leucocidina Pode destruir leucócitos. São termoestáveis. O gene da enterotoxina pode estar localizado no cromossomo ou ser transportado por plasmídios. * 4. PATOGENIA Os estafilococos são membros da microbiota normal da pele, via respiratórias e trato gastrointestinal. O estado de portador nasal é observado em 40% a 50% dos humanos. Capacidade patogênica – desde a intoxicação alimentar a bacteremia e abscessos em vários órgãos. ESTAFILOCOCOS * ESTAFILOCOCOS 5. Patologia Furúnculo ( modelo da infecção estafilocócica ) S.aureus no folículo piloso Formação de parede + células inflamatórias + tecido fibroso Drenagem Tecido de granulação e cicatrização final Necrose tecidual + produção de fibrina No centro da lesão ocorre liquefação * ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.1.Esfregaços: Indistinguível os microrganismos saprófitas ( S.epidermidis ) dos patogênicos ( S.aureus ). 6.2.Cultura : Semeados em placa de ágar-sangue a 37º C. 6.3.Teste da catalase H2o2 + crescimento bacteriano Formação de bolhas (teste positivo) Diferencia Staphylococcus (+) de Streptococcus(-) * ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.4.Teste da coagulase Plasma citratado de coelho (1:5) + cultura Coágulos 37°C (teste positivo) Diferencia os S. aureus (coagulase +) dos S. epidermidis (coagulase -) * ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.5.Teste de sensibilidade : Difusão de microbianos em discos. 6.6.Provas sorológicas Pouco valor prático. Possibilidade de detectar a presença de anticorpos contra ácidos teicóicos em infecções profundas e prolongadas. * ESTAFILOCOCOS 7.Epidemiologia Principais fontes: Lesões humanas, fômites contaminados, vias respiratórias e pele humana. Importância do estado de portador crônico ( nariz e pele ) de S.aureus resistente a antibióticos. Nos hospitais, as áreas de maior risco de infecções estafilocócicas são berçários, U.T.I., centro cirúrgico e enfermarias de quimioterapia de câncer * ESTREPTOCOCOS * Estreptococos Possui ampla significância na medicina humana. Entre as doenças humanas atribuídas aos estreptococos estão a escarlatina, a febre reumática, a glomerulonefrite e a pneumonia pneumocócica. * Estreptococos Streptoccocus pyogenes Streptococcus agalactiae Streptococcus bovis (grupo D) Streptococcus viridans Streptococcus pneumoniae * ESTREPTOCOCOS 1.MORFOLOGIA 2.ESTRUTURA ANTIGÊNICA 3.TOXINA E ENZIMAS 4.CLASSIFICAÇÃO 5.PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 6.DIAGNÓSTICO 7.EPIDEMIOLOGIA * ESTREPTOCOCOS 1.Morfologia 1.1 Microrganismo Cocos esféricos que se dispõem em cadeias ou em duplas ( Diplococos). São Gram ( + ) Apresentam polissacarídeo capsular ( a maioria das cepas A,B,C) * ESTREPTOCOCOS 1.Morfologia 1.1 Microrganismo Parede celular composta de proteínas ( Ag. M,T,R ), carboidratos ( grupo específicos ) e peptidoglicano. Fímbrias constituídos de proteína M e recobertos de ácido lipoteicóico) * ESTREPTOCOCOS 1.Morfologia 1.2.Cultura Crescimento com a utilização de açúcares Colônias discóides Colônias mucóides : Associado a produção de material capsular. 1.3 Característica de crescimento Crescimento defíciente em meios sólidos ou em caldo Necessita de sangue ou líquidos teciduais para enriquecimento. * ESTREPTOCOCOS 2. Estrutura antigênica 2.1. Antígeno grupo específico da parede celular: Base do grupamento sorológico ( grupos A-Ude LANCEFIELD) 2.2. Proteína M : Importante fator de virulência de S.pyogenes do grupo A. 2.3. Substância T : É ácido - lábil e termolábil, permitindo a diferenciação de certos tipos de estreptococos por aglutinação com anti-soros específicos 2.4. Nucleoproteínas ( substância P ) * ESTREPTOCOCOS 3.Toxinas e enzimas Produtos dos estreptococos do grupo A 3.1. Estreptoquinase ( fibrinolisina ) Transforma o plasminogênio em plasmina ( enzima que digeri a fibrina ) 3.2. Estreptodornase : Despolimeriza o DNA dando viscosidade aos exsudatos. 3.3. Hialuronidase : Cliva o ácido hialurônico. * ESTREPTOCOCOS 3.Toxinas e enzimas 3.4. Exotoxinas pirogênicas : A, B e C provocam a erupção cutânea da escarlatina. 3.5. Difosfopiridina- nucleotidase : Relacionada com a capacidade de destruir leucocitos. 3.6. Hemolisinas Alfa-hemólise : Ruptura parcial do eritrócito Beta-hemólise: Ruptura total do eritrócito Estreptolisina O : S.pyogenes B-hemolítico do grupo A Estreptolisina S : S.pyogenes B-hemolítico do grupo A * ESTREPTOCOCOS 4.Classificação 4.1. Hemólise 4.2. Substância grupo-específico 4.3. Polissacarídeos capsulares 4.4. Reações bioquimicas * ESTREPTOCOCOS 4.Classificação 4.5. Classificação dos estreptococos de interesse clínico S.pyogenes: B. hemolíticos de grupo A S.agalactiae : Estreptococos do grupo B São membros da microbiota normal do trato genital feminino Importante causa de sepse e meningite neonatal * ESTREPTOCOCOS 4.Classificação 4.5. Classificação dos estreptococos de interesse clínico Grupos C e G São beta hemolíticos Podem causar sinusite, bacteremia ou endocardite Enterococcus faecalis : Compõem o grupo D * ESTREPTOCOCOS 4.Classificação 4.5. Classificação dos estreptococos de interesse clínico S.bovis Estreptococos do grupo D não enterocócicos Faz parte da microbiota entérica São não hemolíticos S.pneumoniae Alfa hemolíticos Seu crescimento é inibido pela optoquina * ESTREPTOCOCOS 4.Classificação 4.5. Classificação dos estreptococos de interesse clínico S.viridans São alfa hemolíticos Membros mais prevalentes da microbiota das vias aéreas superiores * ESTREPTOCOCOS 5.Patogenia e Manifestações clínicas Doenças atribuíveis à invasão por estreptococos B- hemolíticos do grupo A ( s.pyogenes ) Erisipela Febre puerperal Sepse Doenças atribuíveis a infecção localizada por S. pyogenes Faringite Piodermite ( impetigo ) * 5.Patogenia e Manifestações clínicas Endocardite infecciosa Endocardite aguda Endocardite subaguda Infecções por estreptococos do grupo A invasivos Síndrome do choque tóxico Febre escarlatina Doenças pós-estreptocócicas Febre reumática Glomerulonefrite aguda ESTREPTOCOCOS * ESTREPTOCOCOS 6.Diagnóstico 6.1. Amostras : Dependente da natureza da infecção estreptocócica. 6.2. Esfregaços Quando os esfregaços apresentam estreptococos mas a cultura não, deve-se suspeitar de anaérobios 6.3. Cultura * ESTREPTOCOCOS 6.Diagnóstico 6.4. Testes para detecção de antígenos Sensibilidade de 60% a 90% Especificidade de 98% a 99% 6.5. Provas sorológicas ASO, anti-Dnase, anti- hialuronidase, anti-estreptoquinase * ESTREPTOCOCOS 7.Epidemiologia, Prevenção e Controle Fonte final de estreptococos do grupo A- homem. O ser humano pode ter infecção clínica, subclínica ou ser um portador do estreptococos. Os procedimentos de controle visam à fonte humana: Detecção e tratamento antimicrobiano precoce das infecções respiratórias e cutâneas; Quimioprofilaxia antiestreptocócica em pacientes que sofreram uma crise de febre reumática; * ESTREPTOCOCOS 7.Epidemiologia, Prevenção e Controle Erradicação de estreptococos do grupo A dos portadores; Controle da poeira, ventilação, filtração do ar e aerossóis; Profilaxia medicamentosa na mãe com culturas positivas em caso de parto prematuro ou ruptura prolongada das membranas. * Antibióticoterapia Penicilina G ESPECTRO: G+: estreptococos, estafilococos não- produtores de penicilinase (< 10%) G- : N. meningitidis, N. gonorrhoeae, algumas cepas de Clostridium spp. T. pallidum, outras espiroquetas e Actinomices spp. INDICAÇÃO CLÍNICA: Antibiótico de escolha para todas as infecções causadas por organismos sensíveis por ser bactericida , barata e praticamente atóxica * Antibióticoterapia PENICILINAS ANTIESTAFILOCÓCICAS Oxacilina ESPECTRO: Estafilococos produtores de penicilinase INDICAÇÃO CLÍNICA: Infecções causadas por estafilococos produtores de penicilinase * Antibióticoterapia AMINOGLICOSÍDEOS Gentamicina, Amicacina,Tobramicina Nefro, neuro e ototoxicidade ESPECTRO: BGN aeróbios, incluindo todas enterobactérias, pseudomonas e Acinetobacter spp. Pouca ação contra G+ ( estafilococos) e nenhuma sobre anaeróbios IC: Infecções graves por BGN, geralmente associado a outro Atb ( meningoencefalites) Gentamicina em infecções comunitárias e amicacina em infecções hospitalares Enterococos resistentes à Vancomicina * GLICOPEPTÍDEOS Vancomicina, Teicoplanina ( Targocid) ESPECTRO: G+, inclusive resistentes IC Estafilococos resistentes à meticilina e infecções graves por estreptococos em alérgicos à penicilina; Endocardite em portadores de válvulas protéticas Colite pseudomembranosa Enterococos ( não resistentes à Vancomicina) Teicoplanina possui menos efeitos colaterais que vanco * LEITURA OBRIGATÓRIA CAPITULO 11 e 12 - STROHL * CASOS CLÍNICOS Leitura complementar ESTES SÃO ALGUNS CASOS CLÍNICOS QUE ENCONTREI NA INTERNET EM QUE SE APLICA OS CONCEITOS ABORDADOS NA NOSSA DISCIPLINA DE BDI -1 LEMBRE-SE O NOSSO FOCO É O MICRORGANISMO!!!!! * Artrites infecciosas UCPel 2008 * Causas de febre e dor articular Artrite infecciosa Gôta e pseudogôta Artrites reativas DDTC –”colagenoses”: LES, d. de Still, vasculites... Reiter, artropatias enteropáticas Sarcoidose aguda Leucemias agudas Endocardite bacteriana * Artrites e agentes infecciosos Classificação Agressão direta: Artrites sépticas (bacterianas) - não gonocócicas - gonocócicas Artrites virais Artrites fúngicas Mecanismo imunológico: Artrites reativas (indiferenciadas, Reiter...) * * Artrites bacterianas não gonocócicas- etiologia > 75 % - cocos gram positivos: estafilococos aureus (mais freqüente), estreptococos (incluindo o pneumococo), Staph. epidermidis (próteses) Haemophilus influenzae – principalmente em crianças < 5 anos Pseudomonas aeruginosa – em usuários de drogas injetáveis * Artrites infecciosas – vias de disseminação Hematogênica – mais comum Inoculação direta – acidentes, punções Contigüidade – foco infeccioso adjacentes * Artrite bacteriana - fatores predisponentes Imunossupressores Diabetes sacarino Neoplasias Hepatopatias crônicas Insuficiência renal Doenças reumáticas prévias (AR) Alcoolismo * Artrites infecciosas agudas Acúmulo de exsudato intraarticular provoca aumento de pressão, que determina isquemia, comprometendo a nutrição da cartilagem articular. Ocorre formação de tecido de granulação e liberação de substâncias condrolíticas, que provocam maior lesão da cartilagem articular, osso subcondral e capsula articular. * Artrites bacterianas não gonocócicas Quadro clínico: Monoarticular em 90 % dos casos Articulações acometidas: joelho, coxofemoral, outras (ombro, cotovelo, punho, tornozelo, esternoclavicular, sacroilíaca...) Febre, calafrios, dor intensa. Presença de foco infeccioso extraarticular (pneumonia, abscesso...) sugere o diagnóstico, assim como a etiologia. * Artrite bacteriana não gonocócica Exames complementares Leucocitose Hemocultura pode ser positiva RX – alterações só surgem após 10-15 dias. Antes apenas edema de partes moles. Líquido sinovial infeccioso, com presença de bactérias ao gram e cultural positivo na maioria das vezes. * * Artrite bacteriana não gonocócica Tratamento Repouso articular Punções articulares com lavagem da cavidade articular para retirar material purulento. Artrotomia nas articulações inacessíveis à punções repetidas. Antibioticoterapia * Artrite bacteriana não gonocócica Antibioticoterapia Guiado pelo gram: Presença de cocos gram positivos: Oxacilina, cefalosporina de primeira geraçào, vancomicina – visa atacar o estafilococo. Presença de cocos gram negativos: Ver artrite gonocócia (eventualmente pode ser por meningococo). * Artrite bacteriana não gonocócica Antibioticoterapia Presença de bacilos gram negativos: - aminoglicosídeo (gentamicina ou amicacina) + cefalosporina de terceira geração. Utilizar a ceftazidima ou outra cefalosporina com atividade antipseudomonas se suspeitar essa etiologia. Esfregaço corado não identifica bactérias: Utilizar oxacilina (ou cefalosporina de primeira geração) + aminoglicosídeo (ou outro antimicrobiano contra gram negativos, como o ciprofloxacino) * Artrite bacteriana não gonocócica Antibioticoterapia NÃO UTILIZAR ANTIMICROBIANO INTRAARTICULAR * Artrite bacteriana aguda não gonocócica Presença de cocos gram positivos Presença de bacilos gram negativos Não realizado ou não esclarecedor Estafilococos Estreptococos Hemophilus Pseudomonas Salmonelas - Oxacilina - Cefalosporina 1ª - Vancomicina Cefalosporina 3ª + (Aminoglicosídeo ou Quinolona) Cobertura atb para as duas situações * Artrite bacteriana não gonocócica Antibioticoterapia Duração do tratamento: No mínimo duas semanas se for por pneumococo ou outro estreptococo Se for estafilococo ou gram negativo ou houver sinais de osteomielite: 4 – 6 semanas. * Artrite gonocócica É a mais comum artrite infecciosa em jovens atualmente Mais comum em mulheres, durante período menstrual / gestação Manifestações de gonococcia uretral é incomum * Artrite gonocócica – quadro clínico Mais típico é um quadro de manifestações bifásico: 1ª fase: febre, mal estar, artralgias, tenossinovite, vesículas / pústulas pequenas em pequeno número (<20) nas extremidades 2ª fase: artrite, geralmente monoarticular mas pode apresentar quadro de oligo / poliartrite * Art gonocócica – lesão palmar * Art gonocócica – lesão petequial * Artrite gonocócica - tratamento Penicilina G cristalina - 6 a 10 milhões de unidades/dia, EV; após melhora, continuar com amoxicilina + clavulanato ou cefixima ou ciprofloxacino oral; Ceftriaxona 1 g/dia / 7-10 dias - em áreas em que seja comum gonococo resistente a penicilina NÃO É NECESSÁRIO LAVAGEM ARTICULAR * Artrites infecciosas crônicas Tuberculosa Brucelose Espiroquetas Sífilis Doença de Lyme Fungos * Artrite tuberculosa - Acometimento do disco intervertebral e corpos vertebrais adjacentes (mal de Pott), determinando deformidade em cunha da vertebra, com cifose, geralmente torácica; - Outras articulações acometidas: joelhos, punhos, coxofemoral...MONOARTICULAR em > 90 % Podem ocorrer: abscessos frios, fistulizações * Artrites virais Hepatite B - na fase pré ictérica, acompanhada de urticária, artrite simétrica Rubéola - rara em crianças. Poliartrite simétrica. Pode ocorrer após vacinação HIV - oligoartrite, Reiter Outros: parvovirus, caxumba * Osteomielites Escola de Medicina Universidade Católica de Pelotas * Osteomielite Aguda Crônica: duração maior que um mês, geralmente decorrentes de osteomielites agudas não curadas, com freqüente formação de fístulas * Osteomielite Hematogênicas: Monobacterianas (estafilococos é o mais comum); ossos longos em crianças e coluna vertebral em idosos Não hematogênicas ou por contiguidade: Mais comum que a hematogênica. Geralmente polimicrobiana. * Osteomielite hematogênica Crianças < 16 anos 85 % dos casos Adultos: Geralte > 50 anos Ossos longos. Pioartrite as vezes Vértebras Agudas: estafilococos, estreptococos, H.influenzae*, salmonelas **; Crônica: tuberculose, brucelose Aguda: estafilococos, estrepcocos, bacilos gram negativos (E.coli, Klebsiela, Pseudomonas...); Crônica: tuberculose, brucelose... * - Crianças < 5 anos ** - Anemia falciforme * Osteomielite por contiguidade Sem insuficiência vascular Com insuficiência vascular Qualquer idade Idosos, diabéticos... Qualquer osso: longos, crânio, mandíbula... Ossos de extremidades ( principalte. inferiores ) Polimicrobianas: Estafilococos, estreptococos, gram negativos, anaeróbios * Osteomielite aguda - Manifestações Dor, febre, calafrios, edema, eritema local. As manifestações podem ser discretas no início Leucocitose neutrofílica, desvio para a esquerda, VHS elevada RX - alterações só após 10-15 dias. Tomografia e ressonância - mais precoces que Rx * Osteomielite aguda da coluna vertebral (espondilite bacteriana) Mais comum em idosos e/ou diabéticos Originária do trato urinário, atingindo coluna vertebral através do plexo venoso de Batson. Acometimento principalmente da coluna lombar. Pode, e costuma, estender-se ao disco intervertebral (Espondilodiscite). * Osteomielite aguda da coluna vertebral (espondilite bacteriana) Diagnóstico inicial difícil, pois as manifestações de dor abdominal / torácica / lombar, febre, podem ser atribuídas a outros problemas Leucocitose: em menos da metade dos casos. Rx - alterações evidentes só após 6 semanas * Osteomielite aguda - diagnóstico bacteriológico Hemoculturas podem ser positivas Punção com estudos bacteriológicos geralmente necessários e dão o diagnóstico * Osteomielite hematogênica aguda - tratamento empírico Até esclarecimento bacteriológico: Oxacilina ou Cefalosporina de 1ª ger ou Vancomicina (suspeita de MRSA) isoladamente ou associado com Aminoglicosídeo ou Cefalosporina de 3ª geração ou fluorquinolona Duração: 4 a 6 semanas * Osteomielite por contiguidade - tratamento empírico Droga com ação anaerobicida : Metronidazol ou Clindamicina... + Fluorquinolona Duração: 4 a 6 semanas * Osteomielite - tratamento cirúrgico Necessário em boa parte das osteomielites por contiguidade e osteomielites crônicas. Retirada de restos necróticos (sequestros) e drenagem de coleções purulentas. Drenagem em osteomielite de CV para evitar compressão medular. Amputações indicadas em casos de osteomielites com insuficiência vascular. * Antimicrobianos na osteomielite Ação sobre estafilococos / estreptococos - Cefalosporinas (1ª geração), Vancomicina, Clindamicina. Quinolonas - agem sobre estafilococos, mas a ação sobre estreptococos é menor que outras drogas. H. influenzae (< 5 anos) e Salmonelas (Drepanocitose) - Ampicilina, Cefalosporinas de terceira geração, Cloranfenicol * Antimicrobianos na osteomielite Bacilos gram negativos: Aminoglicosídeos, Cefalosporinas de terceira geração, Fluorquinolonas Pseudomonas aeruginosa: Cefoperazona, Ceftazidina Anaeróbios: Metronidazol, Clindamicina, Cloranfenicol, Cefoxitina Clindamicina - penetração óssea muito boa Fluorquinolonas - bons resultados na osteomielite crônica * Referência http://www.damedpel.com/CDD/4oAno/CGA/CGA%20-%202008%20-%20ATM%2010/Reumatologia/09.Artrites%20infecciosas%20e%20osteomielites.ppt
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