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Micoses Oportunistas - Candidíase

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS – UNIFIP
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
PROFESSORA: VANESSA ALMEIDA 
ALUNA: FERNANDA CARLA OLIVEIRA DA SILVA
MICOSES OPORTUNISTAS
O sistema Imune é responsável por proteger o organismo contra qualquer tipo de infecção, ou seja, ele reconhece, defende e elimina qualquer microrganismo que invada o organismo que isso se dá ao nome competência imunológica que vai ser a resposta eficaz contra o antígeno (fungo) e completa a eliminação.
 
Micoses Oportunistas são infecções cosmopolita causada por fungos de baixa virulência, mas ao encontrar condições favoráveis como distúrbios do sistema imunológico desenvolvem poder patogênico invadindo os tecidos. 
A diferenciação da etiologia
· Fungos Patógenos (patogenicidade conhecida);
· Fungos Oportunistas (patogenicidade discutida): Ocorre em pacientes com baixa imunidade;
· Fungos Contaminantes. 
Características
· Importância dos fatores predisponentes;
· Relação P/H (parasita/hospedeiro);
· Diversidade de lesões;
· Aumento da incidência e novas espécies;
· Faz parte da microbiota normal.
Fatores predisponentes para infecção fungica oportunistas
Intrínsecos
· Doença base (Leucemia, Linfoma, AIDS, Diabetes, Imunodeficiências primarias, Doenças do trato gastrointestinal);
· Grandes queimados;
· Prematuridade e Idade avançada;
· Avitaminoses e Desnutrição.
Extrínsecos
· Tratamentos (Quimioterapia, Imunossupressores, TB amplo espectro);
· Procedimentos médicos (Transplantes, Quebras de barreiras, Cateteres, Diálise peritoneal, Internamento prolongado, Profilaxia antifúngica).
Candidíase
O termo candidíase tem a conotação genérica, sendo utilizado para denominar a constelação de doenças causadas pela Candida albicans, bem como outras espécies de leveduras relacionadas. 
Infecção causada por Cândida albicans, na região da vulva e da vagina. Cerca de pelo menos 75% das mulheres tiveram ou terão pelo menos 1 episódio de candidíase. É uma vulvovaginite, ou seja, ocorre processo inflamatório. Ocorre devido desequilíbrio entre os fungos comensais e a imunidade. Tem como fatores predisponentes ao seu desenvolvimento o uso de antibióticos, gestação, diabetes, corticoide, contraceptivo hormonal, obesidade, hábitos de higiene e vestuário.
Embora a candidíase vulvovaginal não seja sexualmente transmissível, é mais comum em mulheres sexualmente ativas, podendo ser causada por microrganismo que penetram no epitélio por meio de micro-abrasões. 
Agentes etiológicos
· Candida spp
· C. albicans, C. Tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei, C. glabrata 
· C. albicans é a espécie responsável por mais de 50% dos casos. É a única que, no microcultivo apresenta clamidoconídeos (estruturas de resistência).
A candidíase é a mais frequente infecção fúngica oportunista por que o habitat da Candida albicans é bastante amplo, estando ligado à espécie humana e a todas as espécies de primatas. No homem, essa espécie tem como habitat a mucosa digestiva e a mucosa vaginal. Dificilmente se isola Candida albicans de pele sã. Esse isolamento está relacionado a uma doença de pele preexistente ou se traduz por uma proliferação excessiva no tubo digestivo. As mucosas mais frequentes envolvidas são a boca, vagina e esôfago. 
Patogenia 
O gênero Candida produz diversos fatores de virulência, dentre os quais se destacam proteinases e lipases, que contribuem para a invasão do hospedeiro. Porém, o desenvolvimento das infecções é favorecido por uma combinação de fatores ligados ao hospedeiro e ao microrganismo e não somente por um fator de virulência isolado.
As infecções são iniciadas por modificações de defesas dos hospedeiros que alteram o equilíbrio do binômio parasita/hospedeiros. As infecções de pele e mucosas são principalmente devido a mudanças na hidratação, no PH, nas concentrações de nutrientes, alterações na microbiota da pele e das mucosas, etc. 
As candidíases sistêmicas estão habitualmente associadas a um quadro de imunossupressão do hospedeiro, acometendo pacientes internados em unidades cancerologia, hematologia e UTIs, ou ainda pacientes submetidos a um tratamento com antibióticos de largo espectro.
Fatores de Virulência
· Produção de enzimas como lipases e proteinases.
· Formação de estruturas filamentosas, como hifas e pseudo-hifas com mais de 200um de comprimento. Essas estruturas apresentam um obstáculo à fagocitose, que é o principal mecanismo de defesa do organismo contra essa infecção.
· Apenas espécies capazes de crescer a 37°C são capazes de causar doenças no homem
· A produção de metabolitos pode causar reações de hipersensibilidades imediata e do tipo tardia.
Manifestações clinicas
· Cutânea 
· Mucosa
· Cutâneo-mucosa
· Formas ungueais (Onicomicoses)
· Sistêmica ou Visceral
Candidíase Cutânea
A candidíase cutânea frequentemente ocorre quando há condições de umidade e temperatura, como as dobras da pele, embaixo das fraldas de recém-nascidos, e em climas tropicais ou durante meses de verão. É observada em pacientes com deficiências nutricionais e em imunodeprimidos.
· Manifestação clínicas - Intertrigo 
· Submamárias;
· Subaxilares;
· Inguino-crurais;
· Espaços interdigitais;
· Retroauriculares.
Lesões pruriginosas, eritematosas e úmidas.
· Candidíase Mucosa 
· Estomatite cremosa;
· Glossite;
· Amigdalite/ Faringite;
· Ceratite; 
· Esofagite/ Gastroenterite;
· Otite;
· Vaginite.
Manifestações clínicas – especialmente boca, vagina e esôfago.
· Candidíase Oral
Os achados clínicos na candidíase oral são bastantes localizados, como as estomatites, até a formas graves e generalizadas, como a candidíase hiperplásica crônica. Dessa forma, a candidíase oral pode ser subdividida em cinco apresentações clinicas: pseudomembranosa (“sapinho”), atrófica aguda (Secundaria a pseudomembranosa), hiperplásica crônica (Placas fortemente aderida), quelite angular (“boqueira”), candidósica e língua negra pilosa. 
· Candidíase Cutâneo-Mucosa 
Inclui quadros clínicos onde se observam acometimentos de pele, unhas e mucosas orofaríngeas e genitais.
· Estomatite angular 
· Balanoprepucial 
· Vulvovaginite 
· Gênito-crurais 
· Interglútea
· Candidíase Ungueal 
· Onixe - lâmina ungueal proximal 
· Perionixe – pele circundante.
· Candidíase Cutânea-mucosa Crônica 
São todos os casos de candidíase crônica que acometem simultaneamente a pele, unhas e mucosas. É rara, acometendo geralmente pacientes com deficiências imunológicas, anomalias genéticas e endócrinas. 
· Longa evolução clinica
· Resistente aos tratamentos 
· Maior incidência em crianças.
Diagnostico laboratorial
· Ao chegar ao laboratório, o material deve ser processado em duas etapas.
· A primeira consiste na preparação da lamina para a observação micologia, ou, ainda em cortes histológicos corados para a observação das estruturas fúngicas. Algumas espécies de Candida não crescem na presença de cicloheximida, e esse teste pode ser utilizado como um diferenciador na identificação das espécies
· A segunda etapa do processamento da amostra clinica utiliza os meios convencionais para o fungo: Sabouraud, Sabouraud + cloranfenicol e Sabouraud + cloranfenicol + cicloheximida, como CHROMágar, no qual pode ser detectado mais facilmente infecções mistas por leveduras.
· À macroscopia, apresentam-se como colônias de texturas glabrosa, com revelo convexo, podendo apresentar variações de cerebriforme a rugosa. A coloração de colônia varia do branco-amarelo ao laranja, podendo-se observar um reverso com a mesma coloração do verso e pigmento não difusível no meio.
· A identificação final é feita com o teste de assimilação e fermentação de carboidratos, formação de tubo germinativo, bem como outros testes adicionais e micromorfologia.
Exame Direto
 Longa evolução clínica 
 Resistente aos tratamentos 
 Maior incidência em crianças
Longa evolução clínica 
 Resistente aos tratamentos 
 Maior incidência em crianças 
· Presença de blastoconídios;
· É possível ou não a observação de hifas e de pseudohifas, dependendo da espécie;
· Consequentemente, no exame direto, é difícil dizer se é ou não é Candida, poisé uma espécie com bastante pleomorfismo.
Cultura
· Macromorfologia
· Colônias pequenas e esbranquiçadas.
· Micromorfologia 
 
· É bastante variada
· Pode ter: blastoconídios brotando, apenas blastoconíduos, presença de hifas e de pseudo-hifas, clamidoconídios, hifas alogandas, blastoconídios alogandos.
· Candida albicans: presença de hifas, pseudo-hifas e clamidoconídios terminais, agrupados aos pares. 
Meio de Cultura 
· CHROMágar Candida
Tratamento 
· A maioria dos casos requer tratamento sistêmico, sendo o fluconazol 100 a 200 mg o mais indicado. Algumas espécies de Candida, como C. krusei e C. glabrata, são naturalmente resistentes a essa medicação, sendo necessários outros imidazólicos, como cetoconazol ou itraconazol. 
· Os casos de onicomicose requerem tratamentos longos, como na tinha da unha, e casos mais simples e localizados podem ser tratados com os cremes de imidazólicos (tioconazol, isoconazol etc.), também respondendo a cremes contendo nistatina. Só nos casos graves com candidemia se deve usar a anfotericina B intravenosa. 
· O mais importante é o médico identificar os fatores predisponentes, e orientar o paciente a evitá-los. 
· Na maioria dos casos de candidíase, a terapia com antifúngicos tópicos é suficiente. 
· No caso da candidíase oral ou orofaríngea, utiliza-se nistatina suspensão oral 100.000 U/ ml, 2x/dia, bochechar e engolir, durante duas semanas. 
· Na vulvovaginite e na balanopostite, utiliza-se c omo antifúngico tópico a nistatina creme vaginal. Como opção, podemos usar dose única de fluconazol 150- 300 mg. 
· Na candidíase intertriginosa, candidíase das fraldas, na queilite angular, pode-se usar antifúngicos imidazólicos (cetoconazol, isoconazol, tioconazol, etc.). 
· Nos casos extensos, recidivantes, refratários ou na candidíase ungueal (paroníquia), dá-se preferência pela terapia sistêmica. 
· O período de tratamento varia conforme o local acometido (intertriginosa: 4 semanas; ungueal da mão: 12 semanas; ungueal do pé: 24 semanas). 
· O fluconazol 150 mg/semana é droga de escolha, embora haja a opção do itraconazol 100-200 mg/dia ou em “pulsoterapia”

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