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IMPOSTOS FEDERAIS e ESTADUAIS

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IMPOSTOS FEDERAIS e ESTADUAIS
Professora Ma. Anne Cabral
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza - IR
Fundamento Legal  Art. 153, III e art. 43 e seguintes do CTN
FATO GERADOR  Aquisição da Disponibilidade Econômica ou Jurídica de:
Renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
Proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimonais não compreendidos no inciso anterior.
OBS: VERBAS INDENIZATÓRIAS NÃO CONFIGURAM RENDAS OU PROVENTOS. 
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza - IR
Explicando Renda e Proventos de qualquer natureza:
O elemento principal do FG é a aquisição de disponibilidade de riqueza nova
A Renda pode advir do capital (aluguel, aplicações financeiras, lucros), do trabalho (salário, honorários, comissões, da combinação capital e trabalho (pró-labore); já os Proventos são acréscimos patrimoniais em geral decorrentes de aposentadorias, pensões, doações, ganhos em loteria etc. 
A disponibilidade Econômica consiste acréscimo patrimonial decorrente de uma situação de fato, ocorrendo no instante em que se verifiquem as condições materiais necessárias a que produza esse efeito (art. 116, I, CTN).
A disponibilidade jurídica consiste no direito de usar, por qualquer forma, de renda e de proventos definitivamente constituídos nos termos do direito aplicado (art. 116, II, CTN).  TER DIREITO ABSTRATO  DIREITOS DE CRÉDITO NÃO SUJEITOS A CONDIÇÕES SUSPENSIVAS. 
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza - IR
BASE DE CÁLCULO  Vide Art. 44, CTN  “montante absoluto da renda ou provento”  ou seja, as alíquotas incidem sobre o total dos rendimentos, independente de sua origem ou razão  Soma-se o total dos rendimentos e subtrai-se o total dos encargos autorizados dedução pela legislação para se achar o rendimento líquido.
Algumas deduções relevantes:
Saúde (ilimitado o valor)
Educação (limitado o valor)
Dedução por dependente
Contribuições com previdência privada domiciliadas no país (fruto da Lei 9.250/1995).
Ganhos de Capital  ISENTO do IR o ganho decorrente da alienação de bens e direitos de pequeno valor (art. 22, Lei 9.250/1995), bem como o ganho proveniente da alienação do único imóvel até o valor de R$440.000,00 (art. 23, Lei 9.250/96). 
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza - IR
ALÍQUOTA
Art. 153, §2º, I/CF determina que o IR será informado pelos princípios da generalidade, universalidade e progressividade. 
Generalidade  diz respeito ao sujeito passivo  todas as pessoas físicas ou jurídicas que auferir rendas ou proventos de qualquer natureza deverão ser tributadas;
Universalidade  impõe a tributação de todas as rendas e proventos (expresso na Base de Cálculo);
Progressividade  determina que as alíquotas sejam graduadas de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. 
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza - IR
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza - IR
O regulamento do IR se dá pelo Decreto 3000/1999 e divide em três campos de incidência:
1  Tributação de Pessoas Físicas (critério sujeito passivo);
2  Tributação de Pessoa Jurídica (critério sujeito passivo)  A pessoa jurídica pode ser tributada pelo lucro real, presumido ou arbitrado a depender da natureza e faturamento;
3  Tributação na fonte e sobre operações financeiras (critério é a base de cálculo).
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - II
Base legal  Art. 153, I/CF e Art. 19 e ss do CTN
Imposto Extrafiscal
FATO GERADOR  Entrada real ou ficta de produto estrangeiro no território nacional  momento da apresentação da Declaração de Importação ou documento substituto. 
Lembrar: conversão de moeda estrangeira, utiliza-se o câmbio do dia da ocorrência do FG (art. 143, CTN).
SUJEITO PASSIVO  i) o importador; ii) o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados; iii) o destinatário de remessa postal internacional; iv) o adquirente de mercadoria em entrepostos aduaneiros. 
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - II
BASE DE CÁLCULO  i) quantidade de mercadoria; ii) expressão monetária d produto importado (ad valorem – consta na nota fiscal); iii) preço da arrematação.
ALÍQUOTAS 
Alíquotas flexíveis  mitigação do princípio da legalidade e exceção ao princípio da anterioridade;
Podem ser: i) específicas (R$X por tonelada); iii) ad valorem (% sobre o valor da operação); iii) Mista (quando combina as duas anteriores).
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - IE
 Base Legal  Art. 153, II/CF e Art. 23 e ss do CTN. 
Imposto Extrafiscal
FATO GERADOR  saída do território nacional para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (importada a título definitivo)  momento da liberação pela Autoridade Aduaneira ou data de saída constante na Declaração de Exportação  Logo, o momento é uma ficção jurídica. 
BASE DE CÁLCULO  Vide art. 223, Decreto nº 91.030/85  preço normal que o produto alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional  Pode ser calculada por quantidade de mercadoria (específica) ou ad valorem. 
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - IE
ALÍQUOTAS
Estão previstas na TAB (Tarifa Aduaneira do Brasil) e podem ser i) específicas (R$X por tonelada); iii) ad valorem (% sobre o valor da operação). 
Alíquotas flexíveis  mitigação do princípio da legalidade e exceção ao princípio da anterioridade;
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO OU SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS - IOF
Base Legal  Art. 153, V/CF e Art. 63 e ss, CTN.
Imposto Extrafiscal
FATO GERADOR (ART. 63, CTN e Decreto 6.306/2007)
(i) quanto às operações de crédito, a entrega do montante que constitua o objeto da obrigação;
(ii) quanto às operações de câmbio, a entrega de moeda nacional ou estrangeira e, assim, na liquidação do contrato de câmbio;
(iii) quanto às operações de seguro, a emissão de apólice ou recebimento do prêmio;
(iv) quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliário, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate desses. 
IOF
O elemento material do Fato Gerador é a OPERAÇÃO = transmissão, resgate, pagamento etc.
Vide Súmula 664, STF  É inconstitucional a incidência de IOF sobre saques de caderneta de poupança
 BASE DE CÁLCULO  Vide art. 64, CTN  o valor da operação, ressalvada a hipótese de operações de seguros, nas quais a base de cálculo será o montante do prêmio.
 ALÍQUOTAS  seguem o princípio da proporcionalidade e variam de acordo com a natureza das operações financeiras.
IOF
Alíquotas flexíveis  mitigação do princípio da legalidade e exceção ao princípio da anterioridade.
Vide Súmula 185 – STJ  Nos depósitos judiciais não incide IOF.
Nas operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, o IOF será devido na operação de origem e terá alíquota mínima de 1%, nos termos do artigo 153, § 5º, da CF  Ouro destinado a mercadorias não se enquadra nessa hipótese, exemplo ouro para joias. 
IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
Art. 153, IV, CTN e Art. 46 e ss, CTN
FATOS GERADORES: (i) importação, (ii) saída de produtos industrializados de estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, (iii) aquisição em leilão de produto abandonado ou apreendido e (iv) outras hipóteses especificadas na lei. 
SUJEITO PASSIVO: (i) o importador ou quem a lei a ele equiparar, (ii) o industrial ou a quem a ele a lei equiparar, (iii) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a industriais ou a estes equiparados e (iv) o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. 
IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
 BASE DE CÁLCULO  varia de acordo com o FG  podendo ser ou o valor da operação de saída do produto, ou o preço normal, acrescido do II e das taxas aduaneiras ou, ainda, o preço de arrematação do produto apreendido ou abandonado. 
Este imposto deverá ser seletivo em razão da essencialidade dos produtos (artigo 153,§ 3º, I, da CF) e, ainda, será não cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
IMUNIDADE  o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior, nos termos do artigo 153, § 3º, III, da CF.
Alíquotas flexíveis  mitigação do princípio da legalidade  exceção à anterioridade anual, portanto é cobrado observando a anterioridade nonagesimal. 
IMPOSTO SOBRE A PRORIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - IPVA
 Imposto de competência dos Estados (Art. 155, III da CF). 
FATO GERADOR  propriedade de veículo automotor de qualquer espécie. 
SUJEITO PASSIVO  proprietário do veículo automotor, pessoa física ou jurídica, aquele qual o veículo está licenciado.
Veículo automotor, não inclui embarcações e aeronaves.
Elemento temporal do FG  anual, por ficção jurídica  todo dia 1º de janeiro ou no dia em que a lei estadual definir.  Porém pode ser a data da aquisição de veículo novo ou a data do desembaraço aduaneiro para carros importado. 
BASE DE CÁLCULO  valor venal de referido veículo. 
Nos termos do artigo 155, § 6º, da CF, IPVA terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, podendo, ainda, possuir alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo  PROGRESSIVIDADE? 
A mudança na base de cálculo do IPVA não necessita obedecer o princípio da anterioridade nonagesimal. De acordo com a EC 43/2003, pela redação do art. 150, § 1º, da CF, a majoração da base de cálculo deste imposto somente observa a anterioridade do exercício seguinte. 
ITCMD - IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE QUAISQUER BENS OU DIREITOS 
X
ITBI - IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER VIVOS, A QUALQUER TÍTULO, POR ATO ONEROSO, DE BENS IMÓVEIS, POR NATUREZA OU ACESSÃO FÍSICA, E DE DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS, EXCETO OS DE GARANTIA, BEM COMO CESSÃO DE DIREITOS A SUA AQUISIÇÃO 
ITCMD
ITBI
Art. 155, I/CF;Arts. 35 a 42 CTN Competência dos Estados
* Com a CF/88 o ITBI estadual do art. 35, CTN fora dividido em ITBI municipal e ITCMD
Art.156, II/CF;Arts. 35 a 42, CTN Competência dos Municípios
* Com a CF/88 o ITBI estadual do art. 35, CTN fora dividido em ITBI municipal e ITCMD
Sujeito Passivo= herdeiro ou legatário (transmissõescausamortis); doador ou donatário, a depender da lei instituidora.
SujeitoPassivo= Transmitente ou Adquirente do bem, a depender da lei instituidora Art. 42, CTN
Fato Gerador transmissão NÃO onerosa (doação)inter vivosde quaisquer bens, imóveis oumóveis(inclusive incorpóreos, por ex. títulos de crédito); transmissãocausamortis.
Fato Gerador Grosso modo, TRANSMISSÃO eCESSÃOONEROSADE BENSIMÓVEIS, ou direitos reais sobre estes.
*Usucapião é hipótese de não incidência, já a arrematação judicial em leilão público é FG.
Fato Gerador Elemento Espacial = a) Bens Imóveise seus direitos  Estado do Bem (Art. 155, §1º, I/CF), b) Bens móveis  Estado do inventário, arrolamento ou domicílio do doador;Elemento Temporal= Momento da transmissão, vide Art. 35, CTN.
Fato Gerador Elemento Espacial = Município do bem; Elemento Temporal= momento em que o bem (ou direitos) se incorpora ao patrimônio de outrem.
* Não importa se há vicio que a impedir o registro  Vide Art. 118, CTN
Base de Cálculo= Valor Venal;Alíquotasatéo teto fixado pelo SENADO (8%), Resolução 9/92.
Base de Cálculo= Valor Venal; Alíquotas Proporcionais. Vide Súmula 656, STF.

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