Aula 07 - Método Clínico (Prof. Maikel)

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O Método Clínico
Prof. Maikel Ramthun
Hipócrates estruturou o método clínico valendo-se 
da anamnese e do exame físico
	 Evolução
O termômetro clínico 
(Santorio) 1561
Auenbrugger, 1761 - 
Percussão do tórax
"Em 1816, eu fui consultado por uma jovem mulher com sintomas de uma 
doença cardíaca, e nesse caso a percussão, bem como a aplicação da 
mão, eram de pouca serventia, em virtude do grande grau de adiposidade 
da paciente. O outro método chamado escuta direta era inadmissível, 
tendo em vista a idade e o sexo dela. De repente, me lembrei de um 
simples e bem conhecido fato em acústica, a grande nitidez com que se 
ouve o arranhar de um pino em uma extremidade de uma peça de 
madeira ao aplicar o nosso ouvido no outro lado. Então, eu não só solicitei 
um laminado de papel em uma espécie de cilindro, como também apliquei 
o final do mesmo na região do coração e a outra extremidade no meu 
ouvido, e fiquei surpreso e satisfeito ao descobrir que eu podia, assim, 
perceber a ação do coração de uma maneira muito mais clara e distinta do 
que se eu alguma vez tivesse sido capaz de fazer isso pela aplicação 
imediata do meu ouvido."
Laennec, 1819
Helmholtz e Ruete - 1851
Samuel Von Basch1880 
Riva-Rocci 1896 
Korotkoff 1905
Fim do século XIX - Freud - 
Compreensão dos 
mecanismos psicodinâmicos 
na relação médico paciente
Exames complementares
Desafio atual: Conciliar o método clínico às novas 
tecnologias 
Método Clínico é a pedra angular da medicina 
As tecnologias só são aproveitadas ao máximo 
quando se parte de um exame clínico bem feito 
Mesmo nos dias atuais, a anamnese é que deve 
receber especial destaque
Com o avanço das tecnologias, o médico deve 
saber escolher quais exames serão mais úteis em 
cada caso 
Deve-se saber interpretar os exames solicitados
Exame Clínico
LaboratórioImagem
A medicina é uma arte e uma ciência 
Como arte, depende da habilidade técnica de 
quem a aplica 
Como ciência, depende do emprego do 
conhecimento científico de diferentes ramos do 
saber humano
A medicina individual é a que mais interessa ao 
médico, e é na prática que se revela sua arte 
(primeiro contato, empatia, anamnese, exame 
físico) 
O principal objetivo do médico ao examinar um 
paciente, é chegar ao diagnóstico 
A terapêutica correta depende de um diagnóstico 
correto
Exame clínico - Hipóteses Diagnósticas ou 
Diagnóstico sindrômico (apendicite? diverticulite?)
Saber correlacionar os achados do exame clínico 
com os exames complementares, é a visão 
moderna do “olho clínico"
O avanço tecnológico não eliminou a feição 
humanística da medicina. A figura do médico 
continua sendo importante não somente para 
ouvir, orientar e consolar o paciente, mas também 
para ler e interpretar os dados fornecidos pelas 
máquinas.
Integração do exame clínico e exames 
complementares
Um caso de anemia
Pedir todos os exames de uma vez é impossível 
Não achar que os exames complementares podem 
encobrir deficiências na capacidade do médico em 
usar o método clínico de forma adequada 
Não basta saber que um exame de imagem pode 
fornecer dados sobre determinada doença, deve-se 
saber qual exame é o mais adequado para cada 
patologia 
Não ignorar a mercantilização dos exames 
complementares
Necessidade de atualização constante (tecnologias 
evoluem de forma rápida) 
Não disponibilidade de todos os recursos 
A questão do custo
Laudos - Valores de referência - Modificações dos 
valores de referência
Ninguém nasce, ninguém vive e ninguém morre 
da mesma maneira em todos os lugares, e ao 
adoecer cada um o fará de uma maneira diferente, 
tanto do ponto de vista orgânico como psicológico