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Resumo do texto: Abordagem Psicodinamica do paciente Geriátrico

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Sociedade Educacional Três de Maio – Faculdade Três de Maio
Viviane Ritter
Resumo
Abordagem Psicodinâmica do Paciente Geriátrico 
(Antonio Marques da Rosa e Maria Cristina Vaconcellos)
Três de Maio, Junho de 2016.
Abordagem Psicodinâmica do Paciente Geriátrico
(Antonio Marques da Rosa e Maria Cristina Vaconcellos)
	
	Todo indivíduo, desde o seu nascimento, inicia seu desenvolvimento, e não se pode deixar a velhice fora desse processo. Vários aspectos surgirão nesta etapa da vida, assim como em qualquer outra, os quais serão vividos por cada um conforme as capacidades adquiridas ao longo desse desenvolvimento. Devemos lembrar que a maioria dos idosos poderá viver a velhice sem maiores dificuldades, preservando suas capacidades internas e avaliando todas as possibilidades de forma realista.
	A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) classifica como idoso quem já passou dos 60 anos, em países em desenvolvimento, como o Brasil. Apenas em 1994, o idoso ganha um amparo através de uma lei federal, a partir de então ele passa a ser mais valorizado em nossa sociedade. Porém, ainda encontramos visões diferentes a respeito da velhice em nossa sociedade e cada vez mais encontramos o idoso presente nas cenas sociais. A modernidade trouxe novas possibilidades aos idosos e os fez conhecer atividades até então, destinada somente aos adultos. 
	Ainda se tem uma visão equivocada a respeito do termo “velho”, onde acredita-se que velho é aquele indivíduo que vive às margens da sociedade e necessita de cuidados, destinando a estes uma posição negativa da velhice. 
	Por ser uma etapa da vida como qualquer outra, o processo de escolha para uma abordagem terapêutica é igual como para qualquer outro indivíduo. Avalia-se antes de tudo o indivíduo e suas possibilidades, através de anamneses realiza-se o levantamento de dados sobre a trajetória do sujeito e seus aspectos psicodinâmicos, como os fatos marcantes de sua vida, para então observar em que momento da vida o sujeito se encontra. A partir de então, avalia-se o sujeito que está buscando auxílio devido ao seu sofrimento, compreendendo sua singularidade, e se colocando em oposição da ideia de que o idoso seria incapaz de obter mudanças psíquicas para alcançar uma melhor qualidade de vida. 
É essencial que o terapeuta tenha uma visão clara do problema que traz seu paciente a terapia, existem muitas mudanças que devem ser observadas no decorrer da velhice e que pode causar certo sofrimento e desiquilíbrio psíquico ao idoso, mas o principal é conseguir compreender com clareza o que é um problema para o idoso. 
	Das diversas situações estressoras da velhice, vários autores trazem as perdas como uma das principais, a morte de seu cônjuge, seus amigos, a saída dos filhos, a perda da possibilidade de realizar certas tarefas devido a velhice, inclusive o medo de perder seu lugar para pessoas mais jovens e a proximidade da própria morte. Outro grande estressor é a mudança fisiológica, inclusive sexual, onde ocorre uma redução do desejo, da excitação e das atividades sexuais, porém, mantem-se a capacidade de prazer e satisfação. 
	Com base, em todos os aspectos psicodinâmicos, observamos então a motivação, a disponibilidade para comparecer às sessões, a capacidade de experimentar e observar em si diversos aspectos afetuosos, aprendendo a tolerar graus de depressão decorrentes do tratamento. O idoso apresenta um aspecto muito importante que deve ser levado em conta, o tempo, esses pacientes podem ter uma noção de “agora ou nunca”, ou apresentar um sentimento de eu “essa é sua última chance”, nosso dever é respeitar todas as questões do idoso, inclusive as histórias de vida trazidas por ele. Devemos avaliar também se existe alguma deficiência cognitiva, ou se o paciente se encontra em situação de risco, o que iria interferir negativamente no tratamento. 
	A transferência pode ser muito intensa durante o tratamento de pessoas idosas, estas veem no terapeuta as pessoas que foram importantes em vários estágios de sua vida, este ato, pode promover reações contratransferenciais, pois desperta temores no terapeuta, esses sentimentos se não forem elaborados podem prejudicar o andamento das sessões terapêuticas.

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