Buscar

O Direito no Brasil - Artigo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O DIREITO NO BRASIL
A História jurídica brasileira segue inicialmente, seu próprio curso histórico, iniciando com todas as influências do país colonizador, principalmente no que tange as fontes. Aos poucos, vai se tornando independente, com a criação da própria legislação, com vários aspectos positivos, com estudiosos e documentos de respaldo internacional e negativos, com importações inexplicáveis para a nossa realidade sócio-cultural e econômica.
Diante do tema, oferecemos propostas, para um estudo aprofundado:
 
Ordenações do Reino.
Sistema Jurídico Brasileiro.
Direito Penal no Brasil.
A evolução do Direito Processual na legislação brasileira. 
Direito Civil no Brasil.
O trabalho do jurista, Augusto Teixeira de Freitas. 
A História Constitucional do Brasil.
O Movimento de Liberalismo no Brasil e a criação de um Direito do Trabalho.
O Direito, no Estado de Fato, instituído pelo Regime Militar.
O Direito, no Estado Democrático de Direito.
As mais recentes Codificações brasileiras.
D. Brasil
Para inaugurar o Direito no Brasil necessariamente devemos conhecer um pouco do D. Português, pois a Lei do reino é aplicada na Colônia, ou melhor é no Direto Lusitano que estão as fontes do Sistema Jurídico Brasileiro.
O Direito Português começa a ser traçado nos meados do século XV destacando a noção de sistema jurídico romanístico� e a criação das Ordenações, mais precisamente as Ordenações do Reino: “atos emanados do poder executivo através dos quais, na Península Ibérica medieval, eram promulgadas normas, decisões e outras medidas destinadas a regulamentar os mais diferentes assuntos. Por outro lado, o termo pode também significar coletâneas de preceitos ou códigos oficiais referentes, predominantemente, ao direito português e espanhol. Em Portugal, são especialmente importantes as Ordenações Afonsinas, as Ordenações Manuelinas e as Ordenações Filipinas”�. 
Observando as Ordenações em destaque, supracitadas. A Ordenação Afonsina�, é a primeira, surge com a finalidade de minimizar o numero de leis desconectas, unificando o Direito, ao mesmo que sustentar, defendendo uma melhor estrutura e firmeza, o poder real. 
Nos apresenta como principal fonte o Direito Romano. Dividia-se em cinco livros: o primeiro dizia respeito à organização do Estado e do governo; o segundo dedicava-se exclusivamente ao Direito Canônico, lembrando claramente toda a influência e respaldo, por intermédio de vantagens e proteções, dos clérigos, onde pecado e crime em muitos momentos se confundem; o terceiro, dizia sobre noções de processo civil; o quarto livro dedicado especialmente ao Direito Civil com destaque as três grandes instituições civis, família, contratos e propriedade, e o quinto livro sobre Direito Penal incluindo as questões processuais. 
Segue-se com a Ordenação Manuelina�, que observa todo o desenvolvimento da sociedade e do Estado português, advindo do crescimento comercial econômico, resultado das grandes navegações. Caracteriza-se por uma revisão, que criou espaço para uma legislação diferente, com grande atenção ao comércio e seus efeitos, onde a principal fonte continua sendo a legislação romana, com a manutenção dos cinco livros da Ordenação anterior, é a primeira lei aplicada no Brasil.
Por ultimo fala-se na Ordenação Filipina�, período em que o Estado português vive a União Ibérica, um mesmo rei para Portugal e Espanha, sem que ocorra uma unificação estatal, cada Estado com sua autonomia preservada. A Ordenação Filipina é a legislação de maior durabilidade em Portugal e aqui. Como premissas básicas esta ordenação trabalha com a diminuição da interferência canônica, possui os cinco livros ditados anteriormente e com uma presença cada vez mais incisiva do Direito Romano.
Segundo doutrinadores� o Brasil antes de adotar a Lei do reino, não possuía fé, lei e rei. 
O Brasil colônia adota a lei do reino e conforme vai criando seus próprios sustentáculos jurídicos vai abdicando por intermédio da revogação os livros contidos na Ordenação Filipina aplicada no Brasil após a Ordenação Manuelina.
O primeiro documento jurídico com nascente brasileira foi Código Criminal de 1830, elaborado por Bernardo Pereira de Vasconcelos, apresentando 313 artigos, com inspiração iluminista, sendo também o primeiro documento criminal da América Latina. Possui como base o Código Americano de Lousianna. “O Código Criminal – promulgado em 16 de dezembro de 1830 – precisava ser feito para revogar o livro V das Ordenações, ainda em vigor de forma geral. Alguns princípios gerais de política penal já estavam definidos no mesmo art. 179 da Constituição do Império: abolição de açoites, tortura, marca de ferro quente e “demais penas cruéis”; a pessoalidade das penas (nenhuma passaria da pessoa do delinqüente, abolido o confisco e a infância hereditária); as cadeias deveriam ser “seguras, limpas e bem arejadas, havendo diversas casas para separação dos réus, conforme suas circunstanciais e natureza dos seus crimes.”.”� 
Dois anos depois é promulgado o Código de Processo Criminal, dividido em duas grandes partes, a primeira sob a organização da Justiça criminal e a segunda sob desenvolvimento da figura processual. “(...) É a grande vitória legislativa dos liberais, logo após a abdicação de D. Pedro I. promulgado em 1832, o Código de processo Criminal, projeto de Manuel Alves Branco, segundo Visconde de Caravelas, altera substancialmente o direito brasileiro. Põe fim, praticamente, ao sistema judicial antigo, introduz novidades completas trazidas da Inglaterra, especificamente o conselho de jurados (tribuna do júri) e o recurso habeas-corpus, inexistentes na tradição do direito continental. A investigação criminal das Filipinas, a devassa, de tom inquisitorial, desaparece e é substituída por um juizado de instrução, de perfil contraditório, sob a direção do juiz de paz, leigo e eleito”�.
Anos mais tarde, 1850, cria-se o Código Comercial Brasileiro de autoria dos comerciantes Guilherme Midosi, Inácio Ratton, Lourenço Westin e José Antônio Lisboa. 
“O Código servirá em parte de direito privado comum enquanto não surgir o Código Civil. Se lermos os autores da época, todos eles quando chegam a determinados temas tratados nas Ordenações, Livro IV, começam a fazer referências ao Código Comercial. Uma obra reeditada é o livro do Visconde de Cairu, Princípios de Direito Mercantil. Publicado décadas antes do Código Comercial conservou, no entanto, influência e prestígio, servindo de instrumento de interpretação e trabalho para os advogados e juízes. O Código propriamente divide-se em três partes: 1) do comércio em geral; 2) do comércio marítimo; 3) das quebras. Na primeira parte trata da qualidade de comerciante (pois ainda se fala do direito comercial como um direito especial de profissionais do comercio), das praças de comércio, dos auxiliares (corretores, guarda-livros, ect), dos banqueiros; em seguida trata dos contratos mercantis, como uma parte introdutória incluindo regras de interpretação e disposições gerais sobre os negócios mercantis. Esta diz o Código, convivem com as regras do direito civil, mas é o Código Comercial quem empresta a linguagem abstrata e sistemática do século XIX ao universo do direito brasileiro�.” 
Com a evolução social-política-econômica brasileira, onde se sobressai a abolição da escravatura, surge a necessidade de um novo documento legal referente ao Direito Penal, cria-se a legislação penal de 1890. Marcada pela rapidez, apresenta falhas e logo em seguida recepciona várias alterações. 
Posteriormente, nasce o Código Penal de 1942, vigente até hoje, considerado eclético por não seguir necessariamente uma linha doutrinaria, pode-se associar a um mosaico, reunindo doutrina clássica, positiva, com concepções liberais tendo como exemplo principalmente os Códigos Penais da Itália e da Suíça. 
Aproveita-se este momento para compor uma crítica que achamos conveniente a legislação brasileira, que é ade exportação de elementos, de figuras, de modelos criados para sociedades completamente diferentes desde cultura, educação, economia, política e história, o que nos proporciona constantemente carência ou imobilidade, pela falta de conexão e de atendimento a nossa realidade. 
A criação do Código Civil brasileiro, foi demorada e antecedida por diversos projetos de uma serie de juristas contratados para o feito. Dentre eles destaca-se o baiano Augusto Teixeira de Freitas, contratado em 1851 pelo Governo Imperial. Dentro de seu trabalho doutrinário cria a Consolidação seguida pelo Esboço. A primeira obra, deu-se por encerrada em 1857, tendo como principal fonte o Direito Romano, o Direito Português, com algumas influencias, do Direito Alemão entre elas a conceitual. Possuía 1.333 artigos, divididos em três partes: pessoas e coisas, direitos pessoais e os direitos reais. 
A segunda obra, foi encerrada em 1865, consistia em um projeto de Código Civil, com 4.908 artigos comentados, que infelizmente por questões políticas acaba por ser rejeitado pelo governo. As obras de Teixeira de Freitas resumem-se em arcabouço altamente qualificado, referencia de estudo até os dias de hoje. Material reconhecido internacionalmente e que influenciou, como fonte primordial, o Código Civil Argentino e Uruguaio. Augusto Teixeira de Freitas é referenciado como o jurista de maior destaque na conjectura jurídica brasileira. 
Mais tarde depois de vários estudos, vários contratados, depois de algumas demissões, de algumas desaprovações de projetos. Coube ao cearense Clóvis Bevilacqua, o projeto e a criação do primeiro Código Civil brasileiro com entrada em vigor em janeiro de 1917, com base no Código Civil Alemão�. “A exemplo do Código Civil Alemão, nosso Código possui uma parte geral, em que são reguladas as noções e as relações jurídicas das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos. A seguir, pela ordem vêm a parte especial, direito de família, direito das coisas, direito das obrigações e direito das sucessões. 
O Código vinha precedido de uma lei de Introdução, depois substituída pelo Decreto-lei n 4.657-42, atual Lei de Introdução ao Código Civil, para a solução dos conflitos intertemporais e de direito internacional privado.
O fato é que nosso Código representava em seu tempo o que de mais completo se conhecia no campo do Direito.
Como foi elaborada no anoitecer do século passado, para vigorar em um novo século, não tinha condições de prever as mudanças que viriam a ocorrer. Seguiram-se duas grandes guerras. A sociedade sofreu grande impacto e modificou-se. Por isso, em alguns aspectos, já não representa os anseios de nossa época�.” 
	Esse descompasso com a realidade social prossegue, parecendo inclusive um dogma ligado às codificações, iniciando-se assim várias discussões e estudos, que se estendem por vinte e seis anos, até que em 2002 é promulgado um novo Código Civil que entra em vigor em janeiro de 2003. 
	Para alguns pouco ousados, com pequenas modificações se comparado ao número de assuntos litigiosos sem amparo legal, na esfera civil. Essa é uma das diversas posições, em relação ao novo documento legal, mas existem os como Reale que, observando a cautela e a tradição, defendem o documento como plausível, cuidadoso e atencioso diante das novidades do mundo atual. 
	“Aprovado o novo Código Civil pela Câmara dos Deputados, a grande maioria dos juristas responsáveis reconheceu o imenso progresso representado pela substituição do Código de 1916, que, não obstante os seus incontestáveis méritos, não resistiu aos desgastes provocados pelas profundas mutações sociais e tecnológicas desencadeadas pelo tormentoso século passado.
	Nesse sentido, observo que a nova Lei Civil preservou numerosas contribuições valiosas da codificação anterior, só substituindo as disposições que não mais correspondiam aos valores ético-jurídicos da nossa época, operando a necessária passagem de um ordenamento individualista e formalista para outro de cunho socializante e mais aberto à recepção das conquistas da ciência e da jurisprudência�.” 
	No artigo o ilustre jurista ainda defende sua posição atacando aqueles que clamavam por modificações referentes às questões genéticas, médicas e sobre os negócios eletrônicos, defendendo para esses problemas, leis independentes e específicas.
 	 
Sobre a História da legislação brasileira se enaltece a constitucional, com sete Constituições�, que bem como diz a própria denominação constitui, o Estado. A Constituição é a Lei Fundamental, um complexo de normas e princípios, não devendo hoje, ser chamada de Carta Magna, por ter se tornado este, um termo pejorativo ao longo da história jurídica, ligado estritamente à política absolutista. 
A primeira Constituição do Brasil é datada de 1824, chamada de Constituição Imperial, outorgada por Dom Pedro I, apresentando um liberalismo moderado; Segue com a Constituição de 1891, a primeira republicana federativa, foi promulgada, com efetivas mudanças na organização do Estado, estabelecendo o sistema presidencialista, com concepção liberal seguindo a tradição norte-americana; Constituição de 1834, início da “era Vargas” no Brasil, promulgada e marcada pela ampliação dos poderes da União; Constituição de 1937, outorgada por Getúlio Vargas, seguindo o exemplo fascista utilizado na Europa, instituindo o Estado Novo com base em um regime ditatorial; Constituição de 1946, promulgada, reflete o II pós-guerra mundial, decai o Estado Novo dando início à chamada redemocratização; Constituição de 1967, promulgada, oficializa o movimento da ditadura militar, iniciado em 1964, que segundo os militares tem o objetivo de restaurar a ordem, combater a corrupção e promover o desenvolvimento econômico, por último, a Constituição Cidadã, de 1988, alcunha oferecida pelo então presidente do Congresso Nacional, Ulisses Guimarães, promulgada, irradia princípios como dignidade da pessoa humana e liberdade, visa os direitos do cidadão.� 
Ainda no contexto jurídico nacional, faz-se destacar o Direito do Trabalho, com o seu documento legal, CLT, Consolidação das Leis do Trabalho - legado indiscutível do gaúcho Getúlio Vargas, que após a Revolução de 1930, permanece por quinze anos ininterruptos no poder, de 1930 até 1945 - criando todo um amparo trabalhista com novidades como às oito horas de trabalho por dia, férias e repouso semanal remunerados, salário mínimo e estímulo sindicalista, o que provoca ira plutocrática. 
A CLT surge em época inspirada pelo liberalismo, segundo Nascimento�, marcada pela movimentação política seguida de sucessivas e constantes greves. Ressalta que: “As leis trabalhistas cresceram de forma desordenada; eram esparsas, de modo que cada profissão tinha uma norma específica, critério que, além de prejudicar muitas outras profissões que ficaram fora da proteção legal, pecava pela falta de sistema e pelos inconvenientes naturais dessa fragmentação�.” 
Os anos de 1935 e 1936 inauguram o processo, que resultaria na construção da CLT, surge primeiramente a Lei n.62, destinada aos industriários e comerciários, depois a Lei n.185 que institui o salário mínimo. “O Governo resolveu, então, reunir os textos legais num só diploma, porém foi mais além de uma simples compilação porque, embora denominada Consolidação, a publicação acrescentou inovações, aproximando-se de um verdadeiro Código. Não obstante, a matéria de previdência social e de acidente de trabalho permaneceu separada em outras leis. Foram reunidas as leis sobre o direito individual do trabalho. Surgiu, portanto, promulgada pelo Decreto-lei n. 5.452, de i de maio de 1943, A Consolidação das leis do trabalho – CLT, unindo em onze títulos essa matéria, resultado do trabalho de uma comissão presidida pelo Min. Alexandre Marcondes Filho, que, depois, de quase um ano de estudos, remeteu as suas conclusões ao presidente da república em 19 de abril de 1943, com sugestões de juristas, magistrados, entidades públicas, empresas privadas, associações culturaisetc. O relatório da comissão ressalta que “a Consolidação representa, portanto, em sua substância normativa e em títulos, neste ano de 1943, não um ponto de partida, nem uma adesão recente a uma doutrina, mas a maturidade de uma ordem social há mais de decênio instituída, que já se consagrou pelos benefícios distribuídos, como também pelo julgamento da opinião pública consciente, e sob cujo espírito de equidade confraternizaram as classes na vida econômica, instaurando nesse ambiente, antes instável e incerto, os mesmos sentimentos de humanismo cristão que encheram de generosidade e de nobreza os anais da nossa vida pública e social.”
Não seria, no entanto, a CLT o instrumento de cristalização dos direitos trabalhistas que se esperava. A mutabilidade e a dinâmica da ordem trabalhista exigiam constantes modificações legais, como fica certo pelo número de decretos, decretos-leis, e leis que depois foram elaborados, alterando-a.�” 
Não paramos aqui, temos ainda, o Código Tributário, que cria tributos e impostos para o cidadão, com um retorno cada vez menor. O Código de Trânsito, que visa proteger o ser humano dele próprio, observando o estigma de armamento automobilístico. O adolescente, Código de Infância e Adolescência, que procura servir de suporte ao Código Civil e a Constituição Federal, ao que diz respeito à defesa desses que, ao mesmo que parecem tão frágeis, nossas crianças e adolescentes, carregam consigo toda a força, possuindo nas mãos, de uma certa forma, o futuro da humanidade. Já, adentrando na concepção capitalista, temos o Código de Defesa do Consumidor, que procura proteger o hipossuficiente da relação de comércio. Engatinhando, temos o Código do Idoso, com quem o Estado, ou melhor, a própria sociedade, tenta saldar uma dívida histórica, de reconhecimento, de valorização e de respeito para com aqueles, que só não contribuem mais, por impedimento social, pois condições físicas, psicológicas e principalmente referentes à práxis, na maioria, não lhes faltam.
É um número grande de leis, de códigos, de grande complexidade, alguns dignos de louvores doutrinários, mas que em sua maioria na prática não se efetivam, esse talvez seja o pior e maior mal da legislação pátria, a dificuldade ou ausência da efetivação e da eficiência. Fica a proposta de reflexão, sobre a doutrina de More�, na sua Utopia�: poucas leis, um Estado organizado, com uma sociedade satisfeita. Todo sistema social-político e jurídico operando efetiva e perfeitamente, mundo ilusório ou não. 
 	“Suas leis são pouco numerosas. Não há mesmo necessidade de muitas com a Constituição que os rege. Desaprovam vivamente nos outros povos os inumeráveis volumes que são suficientes para interpretar as leis que possuem. Para eles, é suprema iniqüidade manter os homens sob uma infinidade de leis que ninguém chegará jamais a conhecê-las todas ou mesmo lê-las, além de serem demasiado confusas para que o cidadão comum possa mesmo compreendê-las�.”
BIBLIOGRAFIA:
Azevedo, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. RJ. Nova Fronteira, 1990.
Castro, Flávia Lages de. História do Direito Geral e do Brasil. Editora Lúmen Júris. RJ, 2003. 
Lopes, José Reinaldo de Lima. O Direito na História – lições introdutórias. Max limonad. 2000. RJ.
More, Thomas. Utopia, Editora Escala, Tradução Ciro Mioranza. Sp.
Nascimento, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho.Editora Saraiva. 18 edição. 2003, SP.
Reale, Miguel. O Código Civil e seus críticos. Jornal: O Estado de São Paulo. 1 de setembro de 2001. 
Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 
Venosa,Sílvio De Salvo. Direito Civil. Parte Geral. 2003. 3 ed. SP. Atlas
� A “(...) família romana do Direito; ela traz uma história milenar de tradições jurídicas até hoje empregadas e decantadas entre nós. Os herdeiros desse sistema são os herdeiros do Direito Romano.
	Essa família espalha-se hoje por todo mundo e faz esquecer o antigo mundo de conquistas romanas; estende-se da América latina a uma grande parte da África e a países do Extremo Oriente, como o Japão. Tal expansão deve-se à recepção ocorrida com a colonização, mas as codificações modernas contribuíram bastante para dar certa unidade a esse sistema, apesar de certos países apresentarem diferenças que são mais aparentes do que reais. (...) a unidade que afirmamos não prescinde da noção lógica de certas diferenças entre os vários direitos positivos. Conteúdo, a estrutura fundamental caracteriza a unidade que falamos. 
	Esse sistema se irradia da Europa, seu grande centro propulsor, para atingir os mais diversos confins. Fala-se do surgimento de um “sistema” romano a partir do século XIII, pois antes dessa época o direito feudal era assistemático. O surgimento do sistema ligado ao próprio renascimento, que se manifesta em todos os planos. Nessa época, abandona-se a idéia de que a ordem só pode ser garantida dentro do ideal cristão de caridade. A própria Igreja passa a aceitar essa idéia. Tal noção desenvolve-se no decorrer dos séculos XII e XIII, desvinculada, porém, de qualquer poder político. Nisso o sistema brasileiro diferencia-se do Common Law, que caminha paralelamente aos avanços políticos de seu tempo histórico.
Como afirma René David (1973:28), o sistema romano-germânico sempre se fundou exclusivamente sobre uma comunidade de cultura, sem qualquer conotação de significado político. Reside aí toda a grandeza da tradição românica.” P. 112. Sílvio De Salvo Venosa. Direito Civil. Parte Geral. 2003. 3 ed. SP. Atlas
� Azevedo, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. RJ. Nova Fronteira, 1990,p 291.
� Datada de 1446, com todo um incentivo pela criação da imprensa, buscando a sistematização das leis que se apresentam distribuídas em cinco volumes.
� Datada de 1516, é a I Lei aplicada no Brasil. 
� Datada de 1603, também com aplicação no Brasil.
� Dentre os doutrinadores destaque para Flávia Lages de Castro. P. 297. História do Direito Geral e do Brasil, que cita Souza,Gabriel Soares: “Porque, se não tem F é porque não têm coisa alguma que adorem nem os nascidos entre cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia tem fé em deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem, e cada um faz a lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os governem e a quem obedeçam (...).
� José Reinaldo de Lima Lopes. P. 286. O Direito na História – lições introdutórias. Max limonad. 2000. RJ.
� José Reinaldo de Lima Lopes. P. 289. O Direito na História – lições introdutórias. Max limonad. 2000. RJ.
� José Reinaldo de Lima Lopes. P. 293. O Direito na História – lições introdutórias. Max limonad. 2000. RJ.
� “O Código Civil Alemão (Burgerlich Gesetzbuch, BGB) entrou em vigor em 1-1-1900, após ter sido promulgado, em 1896.
	Trata-se de marco espetacular para o Direito Civil do nosso Sistema.
	Esse Código, com as modificações até aqui efetuadas, teve vigência na República Federal da Alemanha (ocidental) como direito federal. (...)
	O século XIX ganhou a investigação e a sistematização do Direito Romano com Savigny e o ramo romanístico da chamada Escola Histórica do Direito. É chamada “Histórica” porque significa a primazia que para tal escola tem a investigação da história do Direito.
	A Savigny (1779-1861) e sua escola deve a Alemanha o posto elevado que ocupa na ciência do Direito do mundo. Savigny e seus discípulos conseguiram em pouco tempo restabelecer toda a importância do Direito Romano nas universidades alemãs. A realização do Código Civil alemão é uma grande vitória desse jurista e da chamada “Pandectística” alemã. Savigny estava convencido de que um bom Código Civil pressupõe uma bem elaboradadoutrina de Direito suficientemente madura, para sobrepujar as diferenças locais, e isso só se tornaria possível se fundado em princípios jusnaturalistas.
	 Em razão disso, não sem muita oposição, essa escola se esforçou e conseguiu elaborar uma doutrina jurídica alemã, unitária, sobre fundamentos do Direito Romano. (...)
	O conteúdo do Código Civil Alemão é lógico-formal, apartando-se do casuísmo do direito local até então vigente. É lei excessivamente técnica e dirigida a juristas. Entenderam os elaboradores do Código que deviam apartar-se do método casuístico, prendendo-se a princípios abstratos e generalizados, como uma das formas de dar segurança ao Direito. (...)” Sílvio De Salvo Venosa. Direito Civil. Parte Geral. 2003. 3 ed. SP. Atlas. p.125 e 126. 
� Sílvio De Salvo Venosa. Direito Civil. Parte Geral. 2003. 3 ed. SP. Atlas. P.132 e 133.
� Reale, Miguel. O Código Civil e seus críticos. Jornal O Estado de São Paulo. 1 de setembro de 2001. P.2
� Existe toda uma discussão doutrinária sobre a existência de sete ou oito Constituições brasileiras, em razão da emenda de 1969, que é considerada por alguns estudiosos como uma nova Constituição Federal. Como não é de nosso interesse adentrar desta polêmica, citamos apenas as Constituições oficiais brasileiras, deixando espaço fértil para estudo futuro, na disciplina específica, Direito Constitucional. 
� José Afonso da Silva. Curso de Direito Constitucional Positivo. ........
� Curso de Direito do Trabalho. Amauri Mascaro Nascimento. P. 61,62 .Editora Saraiva. 18 edição. 2003, SP.
� Curso de Direito do Trabalho. Amauri Mascaro Nascimento. P. 75. Editora Saraiva. 18 edição. 2003, SP.
� Curso de Direito do Trabalho. Amauri Mascaro Nascimento. P. 76 e77. Editora Saraiva. 18 edição. 2003, SP.
� Filósofo e político Inglês, que acabou por ser excomungado, condenado à morte e depois canonizado pela Igreja católica no século XVI. Na ótica, de alguns doutrinadores, cria o sistema comunista. Thomas More, Utopia, Editora Escala, Tradução Ciro Mioranza. Sp. P. 11 e 12.
� “É uma ficção da realidade humana, uma transposição da realidade para a imaginação daquilo que deveria ser realidade. Este aparente jogo de palavras quer simplesmente sublinhar que Utopia é uma crítica direta e implacável à sociedade humana, que e diz fundada na união e na compreensão, na política da boa vizinhança e na paz, na justiça e na equidade, no respeito e no acesso ao bem-estar garantido a todos.” Thomas More, Utopia, Editora Escala, Tradução Ciro Mioranza. Sp. P. 7.
� Thomas More, Utopia, Editora Escala, Tradução Ciro Mioranza. Sp. P.88.

Outros materiais