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DIREITO EMPRESARIAL AULA 03

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DIREITO EMPRESARIAL - AULA 03 (21/05/12)
Continuação Obrigações Empresariais
07.2) Escrituração dos Livros Empresariais/Comerciais
a) Classificação dos Livros:
- Estão classificados em:
Obrigatório:
Comum: É o que mais cai em prova.
Especial: É aquele livro que o empresário deve escriturar, mas este livro não é obrigatório em todos os casos. Só é obrigatório em casos especiais. Ex: livro de registro de duplicata, que só estará obrigado se emitir duplicatas.
Facultativo: não estão obrigados a escriturar. Ex: conta corrente, livro caixa, livro razão. Dificilmente cai em prova.
- O livro obrigatório comum é o livro diário, que poderá ser substituído por fixas, em caso de escrituração mecanizada ou eletrônica (art. 1.180, CC). Então, se no concurso perguntar se o CC autorizou a escrituração eletrônica, a resposta é verdadeira.
b) Conseqüências da ausência de escrituração:
- A princípio não haverá nenhuma conseqüência empresarial.
- Todavia, se acontecer uma das seguintes hipóteses:
I) Sentença declaratória de falência;
II) Ter concessão de recuperação judicial;
III) Homologação de plano de recuperação extrajudicial.
- Nestas hipóteses, o fato de deixar de escriturar passa a configurar crime falimentar, previsto no art. 178, L. 11.101/05.
- Contudo, se o empresário deixar de escriturar o livro caixa, o empresário não irá cometer nenhum crime, pois se trata de um livro facultativo. O único livro que configura crime se o empresário deixar de escriturar é o livro diário (obrigatório).
- Escriturar com falhas o livro diário também não configura crime.
c) Dispensado da Escrituração:
- Está dispensado da escrituração o pequeno empresário (art. 1.179, § 2º, CC).
- Diferenciação (art. 3º, da LC 123/06, com a nova redação dada pela LC 139/11).
	Microempresa
	Empresa de Pequeno Porte
	Pequeno Empresário
	Poderá ser:
- o Empresário Individual;
- a Sociedade Empresária;
- a Sociedade Simples;
- a EIRELI.
	Poderá ser:
- o Empresário Individual;
- a Sociedade Empresária;
- a Sociedade Simples;
- a EIRELI.
	Poderá ser somente:
- o Empresário Individual;
- É chamado de MEI (Micro Empreendedor Individual).
	Auferir receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00.
	Auferir receita bruta anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
	Auferir receita bruta anual igual ou inferior a R$ 60.000,00.
- Então ME e EPP não é um tipo de empresa, mas é uma classificação dada a determinados tipos de empresários, para que eles tenham tratamentos diferenciados e benefícios fiscais. Ex: optante do simples.
- A diferença da ME e EPP é a receita bruta anual.
- A lei não disse que a ME e a EPP estão dispensados de escrituração. Quem está dispensado é o pequeno empresário.
- Então quem está dispensado é o MEI, que é o Empresário Individual que aufere receita bruta anual igual ou inferior a R$ 60.000,00.
- Desta forma, o pequeno empresário não pode cometer o crime falimentar do art. 178, L. 11.101/05.
d) Princípio da Sigilosidade dos Livros:
- Previsão legal: art. 1.190, CC.
- Tomar cuidado na hora da prova, pois este artigo, apesar de confuso, é a consagração expressa do princípio da sigilosidade.
- A regra geral é a de que os livros empresariais, por apresentarem informações comerciais de grande importância para a gestão empresarial, devem ser tratados com sigilosidade.
- Exceções à sigilosidade:
I) Exibição Total: É a exibição da totalidade do livro, ou seja, de sua integralidade. Este caso ocorrerá nas hipóteses do art. 1.191, CC. Somente nestas hipóteses é que poderá ocorrer exibição total: 1) Sociedade; Em caso de sucessão; Administração ou gestão à conta de outrem; Em caso de falência.
II) Exibição Parcial: É possível em qualquer ação judicial (diferentemente da exibição total, que só é cabível nas quatro hipóteses acima).
OBS: Se o sócio quem ver os livros, é preciso de uma ação judicial. Ainda que seja possível verificar em alguns casos, deve-se lembrar que a regra é a sigilosidade, e só em casos excepcionais, através de medida judicial é possível verificar os livros.
III) Art. 1.193, CC: A sigilosidade não se aplica às autoridades fazendárias quando do exercício da fiscalização do pagamento de impostos. Contudo, esta regra causou certo desconforto em razão do abuso do fiscal. Por este motivo o STF editou a Súmula 439. Esta súmula afirma que a análise é limitada aos pontos investigados.
e) Conseqüências da não apresentação dos livros:
- O juiz deverá expedir uma ordem de busca e apreensão, prevista no art. 1.192, caput, CC.
- Os fatos narrados que estão diretamente relacionados à prova dos livros serão reputados como verdadeiros.
- Trata-se de uma presunção absoluta ou relativa? R: Trata-se de presunção relativa, pois a confissão poderá ser elidida por prova documental em contrário (art. 1.192, p. único, CC).
OBS: Art. 104, II e p. único, L. 11.101/05. O Empresário falido deve apresentar os livros obrigatórios em cartório, sob pena de crime de desobediência.
f) Falsificação dos Livros Comerciais:
- Trata-se de falsificação de documento público prevista no art. 297, § 2º, CP.
07.3) Balanços:
- Todo empresário deve fazer dois balanços anuais: Patrimonial (art. 1.188, CC) e de Resultado Econômico (art. 1.189, CC).
- O Balanço Patrimonial é o que apura ativo e passivo da empresa.
- O Balanço de Resultado Econômico apura lucros e perdas.
07.4) Boa guarda e conservação dos livros e documentos
- Previsão Legal: art. 1.194, CC.
- O empresário tem que manter em boa guarda e conservação todos os seus livros e documentos de escrituração empresarial.
NOME EMPRESARIAL
- O Nome Empresarial tem previsão constitucional (art. 5º, XXIX, CF).
01) Conceito
- É o elemento de identificação do empresário, sociedade empresária ou EIRELI.
02) Espécies/Modalidades
- Espécies: Firma (Individual ou Social) ou Denominação.
OBS: A razão social é a mesma coisa que Firma Social.
03) Aplicação e Composição
a) Firma Individual:
- Aplicação: Para o Empresário Individual, e somente ele.
- Então, sociedade não tem firma individual.
- (Cai muito em prova) Composição: Se dará pelo Nome Civil do Empresário, que pode ser completo ou abreviado. Ex: Rogério Sanches Cunha ou R.S. Cunha ou Rogério Cunha.
- Na prova, o examinador pergunta se somente o nome do empresário estaria suficiente para efetivar o registro na Junta Comercial. A resposta é que somente o nome é suficiente para o registro, podendo aditar, se quiser, uma descrição mais precisa de sua pessoa ou do gênero da atividade (art. 1.156, CC). Então a adição de descrição mais precisa de sua pessoa ou gênero de atividade é facultativo. Ex: Rogério Sanches o Gigante; Rogério Sanches Comércio de Miniaturas.
b) Firma Social (ou Razão Social):
- Aplicação: Para sociedade que possui sócio com responsabilidade ilimitada. Responsabilidade Ilimitada é quando o sócio responde pela sociedade com seus bens pessoais.
- Ex: Sociedade em Nome Coletivo (todos os sócios respondem de forma ilimitada).
- Composição: Se dará com o nome (s) do (s) sócio (s). Ex: Rogério Sanches e Renato Brasileiro; R. Sanches e R. Brasileiro; R. Sanches e Cia.
- A expressão Cia deve ser usada no fim do nome empresarial, e significa que há outro (s) sócio (s).
OBS: A expressão Cia usada no meio ou no início do nome empresarial significa que trata-se de sociedade anônima. Ex: Cia Brasileira de Distribuição; Porto Seguro Cia de Seguros.
- Na firma social, colocar o ramo de atividade, também é facultativo.
c) Denominação
- Aplicação: Para sociedade que possui sócio com responsabilidade limitada.
- Ex: S/A.
- Composição: Palavras, expressões, frases ou termos. Ex: Divina Gula, Ki fome, Alvorada.
- A diferença é que na denominação o ramo de atividade é obrigatório. Ex: Divina Gula Restaurante, Ki fome Lanchonete, Alvorada Transportadora.
OBS: Excepcionalmente é possível colocar nome de sócio, se for para fazer homenagem. Ex: Camargo Correa S/A.
d) Exceções
- São casos em que se pode aplicartanto a firma como a denominação.
d.1) Sociedade em comandita por ações
d.2) Sociedade Limitada (LTDA)
- De acordo com o art. 1.158, CC, a LTDA pode ter tanto firma como também denominação.
- Isto sempre cai em concurso.
OBS: Pode ser firma ou denominação, mas sempre no final do nome empresarial tem que colocar LTDA (abreviado) ou Limitada (extenso).
- A omissão da expressão LTDA gera responsabilidade solidária e limitada dos administradores (art. 1.158, § 3º, CC). Lembrando que a responsabilidade não é dos sócios, mas dos administradores.
- De acordo com o art. 980-A, CC, a EIRELI pode ter tanto firma como denominação. Mas tem que usar, obrigatoriamente no final do nome, a expressão EIRELI. Ex: Renato Brasileiro EIRELI; Bola Sete Comércio de Balas EIRELI.
OBS: O Art. 1.162, CC afirma que a Sociedade em Conta de Participação não possui nome empresarial.
Conclusão:
	
	Firma
	Denominação
	Empresário Individual
	X
	-----
	Sociedade em Nome Coletivo
	X
	-----
	Sociedade em Comandita Simples
	X
	-----
	Sociedade Anônima
	-----
	X
	Sociedade em Comandita por Ações*
	X
	X
	Sociedade Limitada*
	X
	X
	EIRELI*
	X
	X
* Exceções.
04) Proteção do Nome Empresarial
- L. 8.934/94, art. 33.
- A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do registro do empresário/sociedade empresária/EIRELI na Junta Comercial.
- A proteção ao nome empresarial é de âmbito estadual ou federal? R: A proteção é de âmbito estadual, pois o registro é feito em um órgão estadual (Junta Comercial), de acordo com o art. 1.166, CC.
05) Princípios do Nome Empresarial
05.1) Princípio da Veracidade/Autenticidade
- Impõe que a firma individual ou social seja composta a partir do nome do empresário ou dos sócios, respectivamente.
- Assim, por exemplo, não será possível o seguinte nome empresarial: Alexandre Gialluca e Eike Batista Consultoria de Negócio, pois o Eike não é sócio da sociedade.
- Segundo Exemplo: art. 1.165, CC. Sócio falecido deve ter seu nome retirado da firma social. OBS: Em denominação, o nome do sócio falecido pode, para homenagear.
05.2) Princípio da Novidade
- Não poderão coexistir, na mesma unidade federativa, dois nomes empresariais idênticos, prevalecendo aquele já protegido pelo prévio registro.
06) Término da Proteção do Nome Empresarial
Ocorre em duas situações:
a) art. 60, L. 8.934/94.
- É o caso do empresário ou sociedade que estiver inativo por mais de 10 anos. Este empresário terá o cancelamento de seu arquivamento na Junta Comercial e perde o nome empresarial.
b) Ocorrerá em caso de dissolução e liquidação da sociedade.

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