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ADMINISTRATIVO AULA 04

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DIREITO ADMINISTRATIVO - AULA 04 (18/05/12)
Continuação extinção do ato administrativo:
4) Retirada pelo poder público:
a) Cassação:
- É a retirada de um ato administrativo pelo descumprimento das condições inicialmente impostas.
- Ex: Tinha uma licença para hotel, mas depois de um ano muda para motel. A licença era apenas para hotel. Neste caso, a Administração poderá cassar a licença em razão do descumprimento das condições inicialmente impostas.
b) Caducidade:
- Retirada de um ato administrativo pela superveniência de uma norma jurídica que é com ele incompatível.
- Ex: um terreno sempre é usado para instalar o circo, através de uma permissão de uso. Mas, posteriormente, a lei do plano diretor afirma que a partir daquele momento, o terreno será transformado em rua. Com a superveniência desta norma jurídica, a permissão de uso deixa de existir.
c) Contraposição:
- Existem dois atos administrativos em que o segundo elimina os efeitos do primeiro.
- Ex: O servidor é nomeado para um cargo público em comissão. Um novo ato administrativo exonera o servidor. A exoneração elimina os efeitos da nomeação.
Os dois próximos casos são os que mais caem em concurso
d) Anulação:
- É a retirada de um ato ilegal.
- Trata-se de um controle de legalidade.
- Tanto a Administração como o Poder Judiciário podem retirar um ato através da anulação.
- A administração pode rever seus próprios atos, em razão do princípio da autotutela (Súmula 346 e 473 do STF). A administração tem o prazo de 05 anos para rever seus próprios atos quando produzirem efeitos favoráveis para alguém (art. 54, L. 9.784/99).
- A anulação produz efeitos ex tunc, em regra, o que significa dizer que retroage. Celso Antonio Bandeira de Mello (minoritária) afirma que excepcionalmente, em algumas circunstâncias poderá ter efeitos ex nunc. Se a anulação for benéfica ao interessado, irá retroagir. Mas se não for benéfica, terá efeitos ex nunc.
- O raciocínio de C.A.B.M. é no seguinte sentido: Temos o ato 01 que é ilegal. Se ele é ilegal, praticaremos o ato 02 para anular o ato 01. Via de regra (majoritariamente), o ato 02 deveria retirar o ato 01 desde a sua origem. Mas, por exemplo, este ato 01 é o deferimento de um pedido de recebimento de gratificação a um servidor. Tempos depois descobriram que o ato 01 é ilegal. O ato 02, que irá anular o ato 01 restringe o direito do servidor. C.A.B.M. afirma que, neste caso, a anulação será ex nunc, por ser restritiva de direito do servidor. Então, a partir deste momento ele não receberá mais a gratificação, mas, em compensação, não terá que devolver o que recebeu.
- Diferente do caso do servidor pedir a gratificação, e o ato 01 indeferiu o pedido de gratificação. Tempos depois, descobre-se que a gratificação era devida e o ato 01 era ilegal. Então através do ato 02 irá anular o ato 01, para o servidor passar a ganhar a gratificação. Esta anulação é ampliativa de direitos para o servidor. Neste caso, de acordo com C.A.B.M. afirma que esta anulação produz efeitos ex tunc, passando o servidor a receber a gratificação a partir daquele momento, e receberá o que não foi pago anteriormente.
- No concurso deve prestar atenção ao uso das palavras restritiva e ampliativa, que podem ser trocadas de lugar na resposta.
e) Revogação:
- É a retirada de um ato administrativo inconveniente.
- Somente a Administração pode revogar ato administrativo. O Poder Judiciário não pode revogar, em sede de controle judicial, ou seja, só pode revogar os seus próprios atos administrativos.
- Produz efeitos ex nunc, pois até aquele momento o ato era conveniente, mas a partir de agora, não é mais conveniente.
- A revogação também é regida pelo princípio da autotutela.
- A revogação não tem prazo, ou seja, não tem limite temporal, podendo ser revogado a qualquer tempo.
- Mas a revogação tem limite material, que é o limite de conteúdo. Ex: Não há revogação de: ato que produziu direito adquirido; ato vinculado; ato que já exauriu os efeitos; atos que a lei declare irrevogáveis; atos enunciativos (não tem conteúdo decisório).
OBS: Se o ato administrativo preencher todos os requisitos, ele será válido. Mas se um ato tem um vício/defeito.
- Este vício poderá ser sanável ou insanável. Se o vício é sanável, o ato administrativo é anulável (pode ser corrigido). Esta correção chama Convalidação.
OBS: A convalidação significa concertar/corrigir defeito do ato administrativo. Se o ato tem um vício sanável, o administrador tem o dever de convalidar. Mas a convalidação só abrange vícios de forma e de competência.
- A Convalidação é diferente da Conversão (ou sanatória). Na conversão há um ato administrativo que não preenche os requisitos, e, na tentativa de aproveitá-lo, a administração tenta converter em um ato mais simples para tentar utilizá-lo.
- Ex: Temos a concessão de serviço público (ato solene e depende de autorização legislativa) e a permissão de serviço público (ato mais simples que não depende de lei). O administrador começa uma concessão, mas esqueceu de realizar a autorização legislativa. Neste caso, o administrador transforma a concessão em um ato mais simples, que é a permissão, para o qual se preenche os requisitos, isto é chamado de conversão (ou sanatória).
- Se, neste exemplo, quiséssemos fazer uma convalidação, seria necessário realizar a autorização legislativa, para corrigir o defeito e continuar sendo uma concessão.
- Então na convalidação o ato continua o mesmo, mais sem defeitos, enquanto que na conversão, o ato é transformado para um mais simples.
- No caso de um vício insanável, o ato é nulo e é necessário anular o ato. Isto é feito através da anulação.
- A anulação nada mais é do que cumprir o dever de legalidade. No entanto, este dever de legalidade não é absoluto, e existem outros princípios que também devem ser observados e cumpridos.
- Então quando a anulação causar mais prejuízos do que a manutenção do ato, ou no caso de violar outros princípios, deve-se manter o ato. Deve observar a segurança jurídica e o princípio da boa-fé.
- A manutenção do ato é chamada de Estabilização dos Efeitos do Ato Administrativo.
- A jurisprudência do STJ afirma que, passados 05 anos, retirar o ato ilegal viola a segurança jurídica.
LICITAÇÃO
- As duas leis mais importantes são a L. 8.666/93 e a L. 10.520/02.
- Conceito: A licitação é um procedimento administrativo, através do qual se escolhe/seleciona a proposta mais vantajosa para o interesse público.
- Finalidades/Objetivos: 
Escolher a melhor proposta. A melhor proposta nem sempre será a mais barata; 
Exercício do princípio da impessoalidade, ou seja, todos têm direito de participar da licitação; 
Respeitar o princípio da isonomia; 
Desenvolvimento nacional sustentável (L. 12.349).
- Estes objetivos estão no art. 3º, L. 8.666/93.
- A competência legislativa remete ao art. 22, XXVII, da CF. Este artigo afirma que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitações e contratos. As normas gerais são aplicáveis em âmbito nacional. É diferente do âmbito federal, pois, neste caso, serve somente para a União, enquanto que o âmbito nacional serve para todos os entes (U, E, DF e M).
- A L. 8.666/93 é um exemplo da União legislando em norma geral.
- Se a União legisla em normas gerais, quem legisla em norma específica? R: Os entes legislam em normas específicas. Neste caso, esta norma só serve para quem legislou. Ex: União legislando em norma específica será uma lei de âmbito federal, e só serve para a União. Estado legislando em norma específica será uma lei de âmbito estadual, e só serve para o Estado.
- Há uma polêmica importante no que diz respeito à L. 8.666/93. A polêmica é se esta lei é, em todos os seus dispositivos, uma lei de âmbito nacional (norma geral).
- A Adin 927 discutiu exatamente se a L. 8.666/93 era uma lei de norma geral. A discussão atingiu especificamente o art. 17 e algumas alíneas. Este artigo fala sobre alienação de bens públicos. O STF afirmou que este artigo é constitucional, massofre interpretação conforme a constituição. Isso significa que o artigo é constitucional desde que interpretado como sendo de norma específica (conforme a CF). Se a União legisla em norma específica, a lei tem aplicação de âmbito federal, ou seja, só serve para a própria União.
Sujeitos à Licitação
- Previsão Legal: art. 1º, p. único, L. 8.666/93.
- Este artigo afirma que estão sujeitos à licitação são: Administração Direta (Entes Políticos – U, E, M e DF); PJ da Administração Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista); Fundos Especiais; Entes controlados direta ou indiretamente pelo poder público.
- No que diz respeito à EP e SEM, elas podem ser prestadoras de serviços públicos e exploradoras de atividade econômica. No primeiro caso, elas estão sujeitas à L. 8.666/93, mas no segundo caso, elas poderão, através de lei específica, ter um estatuto próprio para licitações e contratos (art. 173, § 1º, III, CF). Contudo, este estatuto ainda não foi criado, e, por isso, ainda seguem a lei geral (L. 8.666/93).
- Fundos Especiais podem ter duas naturezas: Como natureza de órgão, ele já estaria inserido na Administração Direta. Como natureza de fundação, estaria inserido na Administração Indireta. Então não seria necessário vir em apartado, e o legislador cometeu uma impropriedade.
- Os Entes controlados direta ou indiretamente pelo poder público são aqueles que possuem dinheiro público envolvido. Podem ser os entes de cooperação (Sesi, Sesc, Senai, OS – Organização Social).
- No que diz respeito aos serviços sociais autônomos (Sistema “S” – Sesc, Sesi, Senai), o TCU entende que eles estão sujeitos a um procedimento simplificado de licitação.
- A OS (Organização Social), que é um ente controlado, tem dispensa de licitação para os contratos decorrentes do contrato de gestão (art. 24, XXIV, L. 8.666/93).
Princípios que regem a licitação:
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório:
- O instrumento convocatório é o Edital. O Edital é a lei da licitação.
- O Administrador não pode exigir nem mais e nem menos do que está previsto no edital.
Princípio do Julgamento Objetivo:
- De acordo com este princípio o Edital tem que definir, de forma clara e precisa, qual será o critério de julgamento.
- O tipo é: menor preço, melhor técnica, melhor técnica e preço.
- Então tipo é a forma de julgamento, e não o tipo de licitação.
- Os tipos de julgamento estão no art. 45, da L. 8.666/93.
- Quando se fala em julgamento objetivo, quer dizer que o administrador, ao analisar a melhor proposta, não pode levar em consideração situações/circunstâncias alheias ao edital.
Princípio do Procedimento Formal:
- O procedimento é formal porque tem que cumprir todas as formalidades previstas na lei.
- O administrador não pode inventar uma nova modalidade, procedimento ou qualquer outra coisa que está fora da lei.
- As formalidades são importantes e devem ser observadas. Mas as formalidades são as que realmente interessam. Aquelas que não causarão prejuízo não terá problema (Ex: Edital pede envelope amarelo, mas o licitante leva envelope branco).
- Então deve-se observar e cumprir as formalidades necessárias, que são aquelas que se não forem observadas, irão causar prejuízo.
Princípio do Sigilo de Proposta:
- As propostas são sigilosas até o momento de sua abertura, em sessão pública.
- Nem os licitantes e nem a comissão devem conhecer o conteúdo dos envelopes antes do momento certo.
- No caso de fraude ao sigilo de proposta, teremos crime da licitação e caso de improbidade administrativa.
- Há uma exceção em que não há sigilo de proposta. Esta exceção é o leilão, pois as propostas são verbais, e, por isso, não podem ser sigilosas.
Modalidades de Licitação:
- Previsão Legal: art. 22, L. 8.666/93.
- Em cada modalidade, haverá dois parâmetros que serão observados: critério de valor ou da qualidade do objeto.
- Em cada modalidade, haverá o intervalo mínimo, que é o prazo que fica entre a publicação do edital até a entrega dos envelopes. Está no art. 21, L. 8.666/93.
a) Concorrência:
- A concorrência é uma modalidade de licitação que tem dois parâmetros: poderá ser em razão do valor ou em razão das condições do objeto.
- No caso de concorrência em razão do valor, os valores envolvidos são altos, que são de R$ 1.500.000,00 para obras e serviços de engenharias e de R$ 650.000,00 para outros serviços que não os de engenharia.
- No caso de concorrência em razão do objeto, teremos imóvel, não importando se é aquisição ou alienação de imóvel. Mas se o imóvel for decorrente de decisão judicial ou de dação em pagamento, pode-se usar concorrência ou leilão (art. 19, L. 8.666/93).
- Ainda em concorrência em razão do objeto, será usada no caso de concessão, que poderá ser de direito real de uso de bem público ou de serviço público.
- Em concessão de direito real de uso, está-se transferindo um bem público. A concessão de serviço também estará se transmitindo um serviço da administração.
- No caso de serviço que estiver na política ou programa nacional de desestatização, a modalidade utilizada será o leilão.
- Ainda em concorrência em razão do objeto, será usada em licitação internacional. Excepcionalmente, na licitação internacional, pode se utilizar a tomada de preços quando o valor do contrato corresponder à modalidade tomada, e a administração tiver cadastro de empresas estrangeiras. Pode-se utilizar também o convite, quando o valor da licitação for de convite e não houver fornecedor no país.

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