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PROCESSO CIVIL FICHA 03 - TJPE

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07/12/2015
1
AUXILIARES DA JUSTIÇA
(OFICIAL DE JUSTIÇA, ESCRIVÃO OU CHEFE
DE SECRETARIA, PERITO, CONCILIADOR E
MEDIADOR)
1 – CONCEITO – São todas as pessoas que, de
algum modo, colaboram com o exercício da
atividade judiciária.
2 – ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART.149:
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de
outros cujas atribuições sejam determinadas
pelas normas de organização judiciária, o
escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de
justiça, o perito, o depositário, o administrador,
o intérprete, o tradutor, o mediador, o
conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o
contabilista e o regulador de avarias.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
3 – ATRIBUIÇÕES DO ESCRIVÃO OU CHEFE
DE SECRETARIA (ART.152 )
3.1 – ORDEM CRONOLÓGICA QUE DEVE O
ESCRIVÃO RESPEITAR SOB PENA DE
RESPONSABILIZAÇÃO – NOVIDADE DO
NOVO CPC. TENTATIVA DO NCPC DE
MORALIZAR; DE TENTAR AFASTAR
SUBJETIVISMOS E JEITINHOS. OS
ADVOGADOS ADORARAM ESSA
NOVIDADE.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
Art. 153. O escrivão ou chefe de secretaria deverá obedecer à ordem
cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos
pronunciamentos judiciais.
§ 1o A lista de processos recebidos deverá ser disponibilizada, de forma
permanente, para consulta pública.
§ 2o Estão excluídos da regra do caput:
I - os atos urgentes, assim reconhecidos pelo juiz no pronunciamento
judicial a ser efetivado;
II - as preferências legais.
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-ão a ordem cronológica
de recebimento entre os atos urgentes e as preferências legais.
§ 4o A parte que se considerar preterida na ordem cronológica poderá
reclamar, nos próprios autos, ao juiz do processo, que requisitará
informações ao servidor, a serem prestadas no prazo de 2 (dois) dias.
§ 5o Constatada a preterição, o juiz determinará o imediato cumprimento do
ato e a instauração de processo administrativo disciplinar contra o
servidor.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
07/12/2015
2
4 - ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL DE JUSTIÇA
(ART.154)
Falando em Oficial de Justiça, o NCPC
determina que “Art. 151. Em cada comarca,
seção ou subseção judiciária haverá, no mínimo,
tantos oficiais de justiça quantos sejam os
juízos.”
5 – RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESCRIVÃO/CHEFE DE SECRETARIA E DO
OFICIAL DE JUSTIÇA -
AUXILIARES DA JUSTIÇA
Art. 155. O escrivão, o chefe de
secretaria e o oficial de justiça são
responsáveis, civil e regressivamente,
quando:
I - sem justo motivo, se recusarem a
cumprir no prazo os atos impostos pela
lei ou pelo juiz a que estão
subordinados;
II - praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
6 – PERITO
Diz-se que o perito é auxiliar da justiça eventual, ou
seja, apenas será chamado a participar do processo
quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico. Nesses casos, segundo o CPC,
será o juiz assistido por um perito. O NCPC, tentou
dar mais publicidade a escolha do perito pelo juízo.
Tentou, de certo modo, moralizar essa escolha. Pelo
NCPC os Tribunais deverão ter um cadastro de
peritos, bem como de órgão técnicos ou científicos
para realização das perícias. Há, ainda, por parte do
NCPC um maior cuidado em relação à qualidade do
perito. Vejamos o art. 156.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
§ 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os
órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo
tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por
meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande
circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao
Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para
a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 3o Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do
cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e
a experiência dos peritos interessados.
§ 4o Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos
dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da
perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais
que participarão da atividade.
§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal,
a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional
ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento
necessário à realização da perícia.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
07/12/2015
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6.1 – DIREITO DE ESCUSA DO PERITO – O
NCPC AUMENTOU O PRAZO PARA
EXERCÍCIO DO DIREITO DE ESCUSA DO
PERITO
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício
no prazo que lhe designar o juiz, empregando
toda sua diligência, podendo escusar-se do
encargo alegando motivo legítimo.
§ 1o A escusa será apresentada no prazo de 15
(quinze) dias, contado da intimação, da
suspeição ou do impedimento supervenientes,
sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
6.2 - RESPONSABILIDADE DO PERITO PELA
FALSA PERÍCIA – O NCPC ESTÁ MAIS
RIGOROSO COM O PERITO QUE, EM JUÍZO,
POR DOLO OU CULPA, PRESTAR
INFROMAÇÕES INVERÍDICAS
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar
informações inverídicas responderá pelos
prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado
para atuar em outras perícias no prazo de 2
(dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das
demais sanções previstas em lei, devendo o juiz
comunicar o fato ao respectivo órgão de classe
para adoção das medidas que entender cabíveis.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
7 – DOS CONCILIADORES E MEDIADORES
7.1 ESTÍMULO DO NCPC À AUTOCOMPOSIÇÃO
O novo CPC traz como uma das grandes novidades a presença do
conciliador e do mediador como auxiliares da justiça. Tal inclusão é
consequência de um dos pilares do NCPC, qual seja: estimular
sempre a autocomposição; a solução consensual dos litígios. Tanto
é assim que O NCPC traz como norma fundamental o estímulo a
autocomposição das partes no art. 3º:
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução
consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes,
advogados, defensores públicos e membros do Ministério
Público, inclusive no curso do processo judicial.
Nesse sentido, tais auxiliares, atuarão como facilitadores dessa tão
desejada autocomposição.
AUXILIARES DA JUSTIÇA – CONCILIADORES E MEDIADORES
7.2 DIFERENÇAS ENTRE CONCILIADOR E MEDIADOR
Ambos são facilitadores de uma autocomposição, mas têm
atividades distintas.
Art. 165:
§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos
em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá
sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as
partes conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em
que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos
interessados a compreender as questões e os interesses em
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
AUXILIARES DA JUSTIÇA – CONCILIADORES E MEDIADORES
07/12/2015
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7.3 DOS CENTROS JUDICIÁRIOS DE SOLUÇÃO
CONSENSUAL DE CONFLITOS
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução
consensual de conflitos, responsáveis pela realização de
sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar,
orientar e estimular a autocomposição.
§ 1o A composição e a organização dos centros serão
definidas pelorespectivo tribunal, observadas as normas
do Conselho Nacional de Justiça.
Esses centros serão criados e regidos pelos tribunais, a
partir de parâmetros oferecidos pelo CNJ.
AUXILIARES DA JUSTIÇA – CONCILIADORES E MEDIADORES
7.4 PRINCÍPIOS QUE DEVEM NORTEAR A CONCILIAÇÃO E A
MEDIAÇÃO
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos
princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da
vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da
decisão informada.
A confidencialidade é o dever de manter sigilo em relação a todas as
informações prestadas na audiência.
Para se preservar a autonomia da vontade, é vedado qualquer
constrangimento ou conciliação que não seja da vontade das
partes.
O princípio da decisão informada se faz presente quando o conciliador
ou o mediador explica às partes que haverá determinadas
implicações e efeitos, deveres e direitos em razão da composição
feita por eles.
AUXILIARES DA JUSTIÇA – CONCILIADORES E MEDIADORES
7.5 REMUNERAÇÃO E QUARENTENA DOS
CONCILIADORES E MEDIADORES
Art. 169. Ressalvada a hipótese do art. 167, § 6o, o
conciliador e o mediador receberão pelo seu trabalho
remuneração prevista em tabela fixada pelo tribunal,
conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho
Nacional de Justiça.
Art. 172. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo
prazo de 1 (um) ano, contado do término da última
audiência em que atuaram, de assessorar, representar
ou patrocinar qualquer das partes.
AUXILIARES DA JUSTIÇA – CONCILIADORES E MEDIADORES
7.6 EXCLUSÃO DO CADASTRO
Art. 173. Será excluído do cadastro de conciliadores e
mediadores aquele que:
I - agir com dolo ou culpa na condução da conciliação ou
da mediação sob sua responsabilidade ou violar qualquer
dos deveres decorrentes do art. 166, §§ 1o e 2o;
II - atuar em procedimento de mediação ou conciliação,
apesar de impedido ou suspeito.
7.7 QUAIS OS REQUISITOS PARA SER UM
CONCILIADOR OU MEDIADOR – VER ART. 167!!
AUXILIARES DA JUSTIÇA – CONCILIADORES E MEDIADORES
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MINISTÉRIO PÚBLICO
1 - QUEM É O MP? QUAL A SUA MISSÃO
CONSTITUCIONAL?
CF - Art. 127. O Ministério Público é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da
ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses e direitos sociais e individuais
indisponíveis.
O art. 176 resgata a missão constitucional do MP e
reforça a harmonia entre o NCPC e a CF.
2 – O MINISTÉRIO PÚBLICO NO
PROCESSO CIVIL – DUPLA FUNÇÃO:
PARTE OU FISCAL DA ORDEM
JURÍDICA
2.1 – PARTE – ART. 177
Art. 177. O Ministério Público exercerá o
direito de ação em conformidade com suas
atribuições constitucionais.
OBS: VER ART. 129 DA CF.
2.2 – FISCAL DA ORDEM JURÍDICA - CUSTOS
LEGIS
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no
prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da
ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na
Constituição Federal e nos processos que
envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou
urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública
não configura, por si só, hipótese de intervenção do
Ministério Público.
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Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem
jurídica, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de
todos os atos do processo;
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais
pertinentes e recorrer.
3. PRERROGATIVA DE PRAZO DO MP
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para
manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação
pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. – carga/remessa/eletrônico.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o
oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará
andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério
Público.
4. RESPONSABILIDADE CIVIL DO MEMBRO DO MP
Art. 181. O membro do Ministério Público será civil e
regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no
exercício de suas funções.
5. NULIDADE DOS ATOS PELA NÃO INTIMAÇÃO
DO MP
Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério
Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva
intervir.
§ 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro
do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir
do momento em que ele deveria ter sido intimado.
§ 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do
Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a
inexistência de prejuízo.

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