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Conteúdo Princípios e Fontes do Direito do Trabalho. Ponto do Edital 1 Artigos CLT, 8º Teoria FONTES Meio pelo qual nasce a norma jurídica. Fontes Materiais Não são obrigatórias. Reivindicações de ordem polí- tica, social e econômica, com o objetivo de surgirem novas leis. Pode ter projeto de lei em tramitação ou não. É uma fase prévia ao surgimento das fontes for- mais. Exemplos: greve, mobilização de centrais sin- dicais. Fontes Formais São obrigatórias, imperativas, abstratas e genéricas. São normas de observância obrigatória pela socie- dade. Fontes Formais Autônomas: confeccionadas pelas partes envolvidas, há uma vontade expressa das par- tes, são elas: - Convenção Coletiva: CLT, 611. Acordo entre sindi- cato profissional (trabalhadores) e sindicato da cate- goria (empregadores). FCC 2015 (TRT 9 - TJAA) FCC 2015 (TRT 4 - AJAJ) FCC, 2012 (PGM): As Convenções e Acordos Coletivos são fontes autônomas, classificadas quanto a sua origem como fontes extraestatais e profissionais. - Acordo Coletivo: CLT, 611, § 1º. Acordo entre em- presa e sindicato representante da categoria profissi- onal. FCC 2015 (TRT 9 - TJAA) FCC 2015 (TRT 4 - AJAJ) - Costumes: CLT, 460. É a prática reiterada de uma conduta em uma dada região ou empresa. Ex: gorje- tas. Atenção! Há discussão acerca do Regulamento de Empresa (CORREIA, 39). Será considerada fonte for- mal se as normas forem de caráter geral e impes- soal. FCC, 2014 (Juiz, TRT1): Os acordos e convenções coletivas de trabalho que estipulam normas relativas à segurança e saúde do trabalho, assim como os usos e costumes sobre o tema, são classificados como fontes formais autônomas. Fontes Formais Heterônomas: elaboradas pelo Es- tado. São elas: Constituição Federal, Tratados e Convenções Internacionais, Leis, Medidas Provi- sórias, Decretos, Sentenças Normativas e Súmula Vinculante, as duas últimas elaboradas pelo Poder Judiciário. FCC 2015 (TRT 4 - AJOJ): A sentença normativa é a decisão proferida por um Tribunal do Trabalho em um dissídio co- letivo, estabelecendo uma regra geral, abstrata e impessoal que vai reger às relações entre trabalhadores e empregado- res de uma determinada categoria, sendo classificada no Di- reito do Trabalho como, fonte formal heterônoma. Fontes Materiais Não são obrigatórias fase prévia ao surgumento das normas Fatores sociais, econômicos que influenciam a elaboração das normas. Fontes Formais Autônomas Elaborada pelas partes ACT/CCT, Costumes Heterônomas Origem Estatal CF, leis, decretos... Hierarquia das Fontes Formais: princípio da norma mais favorável. Hierarquia flexível. Aplica-se a fonte mais favorável aos empregados. - Teoria do Conglobamento: defende a aplicação de apenas uma fonte em sua totalidade; verifica-se no todo qual é a mais favorável. É a teoria adotada pelo TST. - Teoria da Acumulação: é minoritária. Aplicar as duas fontes ao mesmo tempo. - Teoria do Conglobamento Mitigado: aplica-se por institutos, é defendida por Godinho Delgado. FCC, 2012 (TRT 4, Juiz): I. A Justiça do Trabalho, na ausência de disposições legais ou contratuais, decidirá, conforme o caso, pela jurisprudên- cia, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito compa- rado, mas sempre de maneira que os interesses de classe ou particulares não prevaleçam sobre o interesse público. II. O direito comum será fonte subsidiária do direito do tra- balho, naquilo em que for compatível com os princípios fun- damentais deste. IV. Segundo a jurisprudência trabalhista dominante, o regulamento de empresa não tem caráter de fonte normativa autônoma, ingressando nos contratos indi- viduais como se fossem cláusulas contratuais. II. Segundo a jurisprudência trabalhista dominante, o regu- lamento de empresa não tem caráter de fonte normativa autônoma, ingressando nos contratos individuais como se fossem cláusulas contratuais. FCC, 2014 (TRT6 - AJAJ): São renunciáveis os direitos li- vremente estabelecidos pelas partes contratantes, resul- tantes de ajuste expresso ou tácito do empregado e empre- gador, quando não haja proibição legal, inexista vício de consentimento e não importe prejuízo ao empregado. FCC, 2013 (TRT 15, TJA): Fontes formais são as formas de exteriorização do direito, como por exemplo, as leis e cos- tumes. A sentença normativa é uma fonte heterônoma do Direito do Trabalho, assim como regulamento unilateral de empresa. Legislação TST, 277: As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho. OJ 322, SDI-I: Nos termos do art. 614, §3º, da CLT, é de 2 anos o prazo máximo de vigência dos acordos e das conven- ções coletivas. Assim sendo, é inválida, naquilo que ultra- passe o prazo total de 2 anos, a cláusula de termo aditivo que prorroga a vigência do instrumento coletivo originário por prazo indeterminado. TST, 346: os digitadores, por explicação analógica do art. 72, da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração e cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo. CLT, 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Tra- balho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidi- rão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. FCC 2015 – TRT 9 (TJAA) Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Princípios e normas gerais do direito Equidade Direito do trabalho Jurisprudência Usos e costumes Direito comparado Analogia Conflito entre Fontes Formais Teoria do Conglobamento Teoria da Acumulação Teoria PRINCÍPIOS Técnicas de Integração CLT, 8º Servem para completar as lacunas deixadas pelo le- gislador; completar o sistema jurídico. Princípio da completude do ordenamento jurídico, em tese, o or- denamento jurídico é completo. Analogia: utilizar uma lei semelhante para um caso específico que está sem lei (mais usada). Equidade: justiça aplicada com razoabili- dade e proporcionalidade. Justiça aplicada com bom senso. Somente pode ser aplicada se prevista em lei. A CLT prevê a equidade. Costumes: usos e costumes da localidade. Ex.: intervalo do empregado rural. Princípios: Godinho chama de princípios concorrentes. Jurisprudência: decisões repetidas no mesmo sentido, no Direito do Trabalho servem como fonte complementar. São fontes subsidiárias/supleti- vas do Direito do Trabalho (FCC). FCC, 2013 (TRT 18, AJEM): a Consolidação das Leis do Tra- balho prevê que a jurisprudência é fonte subsidiária do Direito do Trabalho. FCC, 2013 (TRT 12, AJAJ): a CLT relacionaexpressamente a jurisprudência como fonte supletiva, a ser utilizada pe- las autoridades administrativas e pela Justiça do Trabalho em caso de omissão da norma positivada. Os princípios são a base do ordenamento jurídico. Função: iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.... Influenciar o legislador; Interpretação do ordenamento jurídico; Integrar, completar. FCC, 2015 (ManausPrev): São princípios constitucionais específicos do Direito do Trabalho: liberdade sindical, reco- nhecimento das convenções e acordos coletivos, proteção em face da automação. Princípio da Proteção do Trabalhador ou Princí- pio Protetivo: equilibra as forças da relação. O em- pregador é mais forte financeiramente e o empregado é mais forte na legislação. Tem por finalidade estabe- lecer o equilíbrio que falta à relação de emprego. Desse princípio decorrem outros 3: FCC, 2011 (TRT 20, AJEM): O princípio que possui como propósito tentar corrigir desigualdades, criando uma supe- rioridade jurídica em favor do empregado diante da sua condição de hipossuficiente é especificamente o princípio da proteção. (Conceito de Princípio da Proteção, FCC) In dubio pro operário: o intérprete usará a interpretação mais favorável ao empregado. Não é aplicado na área processual. Foi absorvido pelo prin- cípio da norma mais favorável. Norma mais favorável: entre duas ou mais normas possíveis de ser aplicadas, utiliza-se a mais favorável em relação ao trabalhador. TST, 202: Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica. CLT, 620: As disposições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo O princípio da norma mais favorável não é abso- luto, não poderá ser aplicado quando existirem nor- mas de ordem pública ou de caráter proibitivo. FCC 2015 (TRT 4 - AJOJ): em decorrência do princípio tu- telar é autorizada a aplicação da norma mais favorável ao trabalhador independentemente de sua posição na escala hierárquica das normas jurídicas. FCC 2014 (TRT 24 - Juiz) O princípio da norma mais favorável é parte integrante do princípio protetor e sua tríplice vertente e significa aplicar, em cada caso, a norma jurídica mais favorável ao trabalhador, inde- pendentemente de sua inserção na escala hierárquica das fontes do direito.CORRETA Trata-se da flexibilidade da pirâmide trabalhista. No caso concreto, deve ser aplicada a norma mais fa- vorável FCC, 2013 (TRT 5, AJAJ): O artigo 620 da Consolidação das Leis do Trabalho prevê que as condições estabelecidas em Convenção Coletiva de Trabalho, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo Coletivo de Trabalho. Tal dispositivo consagra o princípio da norma mais favorável ao empregado. Condição mais benéfica: as conquistas obti- das ao longo do contrato não podem mais ser retira- das. Aplica-se apenas para relação individual, coleti- vas não. FCC 2014 (TRT 24 - Juiz) princípio da con- dição mais benéfica também é parte inte- grante do princípio protetor trabalhista e nos últimos anos vem sofrendo influências da fle- xibilização em face da rigidez que prevalece nas regras trabalhistas. TST, 51: I. Cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem van- tagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhado- res admitidos após a revogação ou alteração do regula- mento. II. Havendo a coexistência de dois regulamentos da em- presa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurí- dico de renúncia às regras do sistema do outro. TST, 288: I. A complementação dos proventos de aposentadoria é re- gida pelas normas em vigor na data da admissão do empre- gado, observando-se as alterações posteriores desde que mais favoráveis ao beneficiário do direito. II. Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de pla- nos de previdência complementar, instituídos pelo empre- gador ou por entidade de previdência privada, a opção do beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do outro. CLT, 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consenti- mento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou in- diretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único. Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empre- gado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, dei- xando o exercício de função de confiança. FCC, 2012 (TRT 6, TJAA): O Regulamento da empresa “BOA” revogou vantagens deferidas a trabalhadores em Re- gulamento anterior. Neste caso, segundo a Súmula 51 do TST, “as cláusulas regulamentares, que revoguem ou alte- rem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os tra- balhadores admitidos após a revogação ou alteração do re- gulamento”. Em matéria de Direito do Trabalho, esta Sú- mula trata, especificamente, do Princípio da condição mais benéfica. FCC, 2010 (TRT 8, TJAA): O Princípio que importa especi- ficamente na garantia de preservação, ao longo do contrato, da cláusula contratual mais vantajosa ao trabalhador, que se reveste de caráter de direito adquirido, é o Princípio da condição mais benéfica. Princípio da Imperatividade das Normas Traba- lhistas: no Direito do Trabalho prevalecem as regras cogentes, obrigatórias. Há restrição da autonomia das partes em modificar as cláusulas contratuais previstas no contrato de trabalho. Esta restrição é tida como instrumento assecuratório eficaz de garan- tias fundamentais ao trabalhador, em face do dese- quilíbrio de poderes inerentes ao contrato de em- prego. Ex.: as partes não podem alterar a natureza do pagamento das horas extras. Princípio da Primazia da Realidade ou Contrato Verdade: a realidade se sobrepõe às disposições con- tratuais escritas. As disposições contratuais escritas podem ser afastadas se comprovada a realidade dos fatos alegados pelo trabalhador. Ex.: documentos as- sinados em branco e carteira assinada com valor infe- rior ao recebido. FCC, 2014 (TRT19 AJAJ): A relação objetiva evidenciada pelos fatos define a verdadeira relação jurídica estipulada pelos contratantes, ainda que prevista de forma diversa em documento firmado pelas partes. FCC, 2013 (TRT 5, AJAA): O Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim, o postulado informando que na matéria trabalhista importa mais o que ocorre na prática do que o que está inserido em documentos é conhecido como princípio da primazia da re- alidade. FCC, 2013 (TRT 18, AJEM): o princípio da primazia da re- alidade prevê a importância dos fatos em detrimento de in- formações contidas nos documentos. FCC, 2012 (TST, AJAJ): A descaracterização de uma pactu- ada relação civil de prestação de serviços, desde que no cumprimento do contrato se verifiquem os elementos fáti- cos e jurídicos da relação de emprego, é autorizada pelo princípio do Direito do Trabalho denominado primazia da realidade sobre a forma. FCC, 2012 (TRT 20, Juiz): o Juiz do Trabalho pode privile- giar a situação de fato, devidamente comprovada, em detri- mento dos documentos ou do rótulo conferido à relaçãode direito material, em razão do princípio da primazia da rea- lidade sobre a forma. FCC, 2012 (TRT 11, AJAJ): O Juiz do Trabalho pode privi- legiar a situação de fato que ocorre na prática, devidamente comprovada, em detrimento dos documentos ou do rótulo conferido à relação de direito material. Tal assertiva, no Di- reito do Trabalho, refere-se ao princípio da primazia da re- alidade. Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva ao Empregado: contrato não pode ser alterado para pior. Os riscos do empreendimento são suportados exclusivamente pelo empregador, não sendo permi- tido a ele dividir os prejuízos com seus trabalhadores. FCC, 2013 (TRT 5, AJAJ): O princípio da inalterabilidade contratual lesiva está fundamentado na regra segundo a qual os contratos devem ser cumpridos. Nessa seara, obser- vadas as normas contidas na Consolidação das Leis do Tra- balho. É lícita a alteração das condições do contrato de tra- balho por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empre- gado. CLT, 468: Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições, por mútuo consenti- mento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou in- diretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. FCC, 2014 (Juiz, TRT1): São renunciáveis os direitos livre- mente estabelecidos pelas partes contratantes, resultantes de ajuste expresso ou tácito do empregado e empregador, quando não haja proibição legal, inexista vício de consenti- mento e não importe prejuízo ao empregado (CLT, 468). Princípio da Continuidade da Relação de Em- prego: o contrato é firmado, em regra, por tempo in- determinado e a obrigação de provar a ruptura (fim e motivo) do término é do empregador. TST, 212: O ônus de provar o término do contrato de tra- balho, quando negados a prestação de serviço e o despedi- mento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. FCC 2015 – TRT 15 (Juiz): Maurício Godinho Delgado, in Curso de Direito do Trabalho, também sustenta que o prin- cípio da continuidade possui amparo constitucional, veja- mos: "A Constituição de 1988 inclinou-se a reinserir o prin- cípio da continuidade da relação empregatícia em patamar de relevância jurídica, harmonizando, em parte, a ordem justrabalhista à diretriz desse princípio. Assim, afastou a anterior incompatibilidade do instituto do FGTS com qual- quer eventual sistema de garantias jurídicas de permanên- cia do trabalhador no emprego – afastamento implemen- tado ao estender o Fundo a todo e qualquer empregado (art. 7º, III, CF/88). Ao lado disso, fixou a regra da “relação de emprego protegida contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos” (art. 7º, I, CF/88). Lançou, adicionalmente, a ideia de “aviso prévio proporcional ao tempo de serviço”, “nos termos da lei” (art. 7º. XXI, CF/88), indicando o reforço da noção de contingen- ciamento crescente à prática de ruptura desmotivada do contrato empregatício". Princípio da Irrenunciabilidade ou Indisponibili- dade dos Direitos Trabalhistas: na vigência do con- trato de trabalho, os direitos trabalhistas são, em re- gra, irrenunciáveis, mesmo quando seja ato bilateral, se houver prejuízo ao empregado, esse ato deverá ser declarado nulo, pois o empregado não pode renunciar aos direitos e vantagens assegurados em lei. Princípio da Irredutibilidade Salarial: veda-se a redução (diminuição) dos salários dos tra- balhadores, exceto convenção ou acordo coletivo (CF, 7º, VI). FCC, 2009 (TRT 7, TJAA): Acerca dos princípios que infor- mam o Direito do Trabalho, pode-se afirmar que: É lícita a redução dos salários dos empregados da empresa, desde que disposta em Convenção ou Acordo Coletivo. Princípio da Intangibilidade Salarial: veda-se desconto. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: FCC 2015 (TRT 3 - TJAA): Informativo TST nº 120 Dano moral. Princípio da dignidade humana. Limita- ção ao uso do banheiro. Empregada que labora na “li- nha de produção” de empresa de processamento de carnes e derivados. Ininterruptividade de atividade laboral. NR-36 da Portaria MTE nº 555/2013. A limi- tação ao uso do banheiro por determinação do em- pregador, ainda que a atividade laboral se dê nas de- nominadas “linhas de produção”, acarreta constran- gimento e exposição a risco de lesão à saúde do em- pregado, ao comprometer-lhe o atendimento de ne- cessidades fisiológicas impostergáveis. A simples su- jeição do empregado à obtenção de autorização ex- pressa da chefia, para uso do banheiro, em certas cir- cunstâncias, em si mesma já constitui intolerável constrangimento e menoscabo à dignidade humana. Tal conduta do empregador viola o princípio da dig- nidade humana e assegura o direito à indenização por dano moral, com fundamento no artigo 5º, X, da Cons- tituição Federal e no artigo 186 do código Civil. No caso, entendeu-se, em sintonia com a NR-36 da Porta- ria MTE nº 555/2013, que a ininterruptividade do la- bor da empregada em “linha de produção” de em- presa de processamento de carnes e derivados, não autoriza a restrição do acesso ao toalete a apenas duas vezes ao longo da jornada de labor, dependendo as demais do controle e autorização expressa da che- fia. Sob esse entendimento, a SBDI-1,por unanimi- dade, conheceu dos embargos, por divergência juris- prudencial, e, no mérito, por maioria, vencido o Mi- nistro Renato de Lacerda Paiva, deu-lhes provimento para condenar a reclamada ao pagamento de indeni- zação por dano moral, que ora se fixa em R$ 30.000,00. TST-E-RR-3524-55.2011.5.12.0003, SBDI- 1, rel. Min. João Oreste Dalazen, 8.10.2015. Outras Questões: FCC 2014 (TRT 24 - Juiz) O princípio da boa-fé obje- tiva, amplamente aplicado no direito individual do trabalho, pressupõe que as partes contratantes de- vem seguir um modelo de conduta ética, com leal- dade, honestidade, retidão e probidade não apenas na celebração, como no curso, no término e mesmo após a extinção do contrato de trabalho. FCC, 2012 (TRT 20, Juiz): Quanto ao princípio da igual- dade salarial, é devido o pagamento do mesmo salário ao empregado estrangeiro que, para o mesmo empregador, na mesma localidade, ocupar, em definitivo, o cargo vago que anteriormente foi ocupado por outro empregado brasileiro, seu antecessor. FCC, 2011 (TRT 24, AJAA): O princípio que faz prevalecer a restrição à autonomia da vontade no contrato trabalhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condições contratuais, é, especificamente, o prin- cípio imperatividade das normas trabalhistas. Fontes: - Curso Analista Avançado Direito do Trabalho e Pro- cesso do Trabalho (CERS), Professores Élisson Miessa e Henrique Correia. - Livro: Direito do Trabalho – Coleção Tribunais e MPU, Henrique Correia, Editora Juspodivm. - Site QConcursos. Observação: o resumo foi elaborado no segundo se- mestre de 2015, então alguns pontos podem estar de- satualizados, utilize o material acompanhado de le- gislação atualizada. Disponibilizado por: Karina Adami Instagram: @concursandanotrt Blog: concursandanotrt.blogspot.com.br
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