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Relatório de visita técnica às margens da rodovia Marechal Rondon com o professor Manuel da Silva


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Universidade Estadual Paulista
Ciências do Ambiente
Relatório de visita técnica às margens da rodovia Marechal Rondon
Bruno Leite
Gabriel Partel
Fábio Alayon
Helena Fukuda
Júlia Girondo 
Laís Martello
Lucas Fraiha
Informações gerais
A visita ocorreu no dia 07/10/2015 das 14:00 às 16:00, com o professor Manuel Joaquim Duarte da Silva, engenheiro civil, na rodovia Marechal Rondon, próximo ao trevo de Eny, Bauru-SP. 
A intenção de proporcionar esta visita foi mostrar aos alunos a formação rochosa, tipos arbóreos e as erosões que ocorriam nos arredores da rodovia 
Objetivo 
Com os argumentos empregados na análise de dados do relatório o objetivo geral aparece como uma tentativa de mostrar a todos leitores que é preciso uma junção de fatores, a interação da vegetação com o tipo de solo, com o fator clima, dentre outros, para se entender como funciona o meio ambiente local, como a fauna e flora reagem e como se dão todos os processos naturais que ocorrem ali devido a essa interação de elementos característicos da região.
Metodologia
Afim de melhor aprendizado e conhecimento sobre os aspectos abordados nesse relatório foi utilizado para seu desenvolvimento o trabalho de campo, no dia 07 de outubro de 2015, acompanhados pelo professor Manuel Joaquim Duarte da Silva, engenheiro civil, nos passou várias informações também sobre o local. Primeiramente fez-se um roteiro de onde iríamos passar, organizado pelo professor. Depois, em grupo, fomos então ao trabalho de campo um meio que permite estudarmos as características existentes na prática e interagindo-nos uns com os outros, melhorando também a relação professor-aluno fora da sala de aula. A partir dessa visita técnica empírica foi feito estudos a parte, também sobre o local, com consultas bibliográficas e outros meios de pesquisa, para engrandecer os conhecimentos adquiridos no dia da visita e dar conteúdo ao relatório presente na análise dos dados.
Introdução 
Nas proximidades do trevo de Eny, sobre a bacia do Tietê-Batalha e bacia do Tietê Jacaré, onde foi destacado a presença da vegetação típica de solo arenoso nos arredores, em áreas mais secas e suas adaptações e, também, que a área fica Localizada no Planalto Ocidental Paulista, apresenta em termos geológicos rochas da formação Bauru e da formação Serra Geral. Essas rochas são importantes para formação dos diferentes tipos de solos utilizados pela agricultura bem como para a recarga dos aquíferos – Bauru (formação Bauru) e Guarani (formação Botucatu). Os dois aquíferos são separados pelos derrames de lavas basálticas (formação Serra Geral). Em alguns pontos o basalto se apresenta fraturado facilitando o contato com o aquífero Guarani. Os dois aquíferos fornecem água por meio da perfuração de poços profundos. O solo consiste num solo mais arenoso no qual a infiltração da água das chuvas se torna mais facilitada, favorecendo assim também a erosão. A vegetação é do tipo mata atlântica. 
Discussão
Os contrastes apresentados pelo clima e vegetação deram origem a formas de relevo com declives suaves e altitudes entre 700 e 800 metros na porção sudeste do município, sendo uma ramificação dessas elevações, a denominada “serra” da Jacutinga, no município de Agudos. As ondulações topográficas se sucedem para oeste com altitudes entre 500 e 600 metros, dando ao relevo um aspecto colinoso, com vales fluviais amplos.
            Em função do intemperismo, o arenito Bauru (sem cimento calcário em sua porção superficial) deu origem ao solo latossol vermelho-escuro fase arenosa. De modo geral é um solo pobre para as atividades agrícolas. No entanto sendo areno-argiloso permite infiltração considerável das águas pluviais colaborando para a recarga do aquífero (Aquífero Bauru). 
            Na zona urbana, o relevo é marcado pela bacia do rio Bauru. Demarca, com seus afluentes, a divisão da área urbana, ao mesmo tempo em que seus vales abrigam as principais ferrovias. Isso dificulta a circulação urbana. Essa dificuldade foi solucionada por meio da construção de viadutos e a tubulação de alguns vales dos afluentes.
            O clima caracteriza-se por ser do tipo tropical de altitude, apresentando duas estações bem definidas: chuvosa no verão, com as temperaturas mais elevadas nos meses de janeiro e fevereiro e seca no inverno, ocorrendo temperaturas mais baixas nos meses de junho e julho.   
            O cerrado é a formação vegetal nativa. Apresenta-se ora mais aberta, ora mais fechada (cerradão). Existem áreas desse tipo de vegetação na antiga Fazenda Vargem Limpa Norte, como reserva da União e da antiga Fazenda Bauru, próximo ao Núcleo Mary Dota. A preservação dessas é uma luta constante de várias organizações como SOS Cerrado, Acorda Bauru, Instituto Vid’água e outros. Sua preservação além de colaborar com as condições climáticas gerais também é de capital importância para facilitar a recarga dos aquíferos.
O homem tenta vencer terrenos difíceis, mais especificamente solos moles, ao longo dos séculos, no Brasil, obras pioneiras a desafiarem solos moles: como tivemos no início do século XX, como exemplo a Baixada Santista (Estradas de Ferro e de Rodagem), feitas com lançamento de aterro de ponta.
Problemas envolvidos do ponto de vista técnico:
Estabilidade dos aterros logo após a construção: capacidade de suporte do solo; Recalques de aterros ao longo do tempo: adensamento (primário e secundário)
Problemas envolvidos do ponto de vista construtivo:
Tráfego dos equipamentos de construção; Amolgamento ou esmagamento, compressão da superfície do terreno, devido ao lançamento do aterro; Riscos e ruptura durante a construção
Em qualquer obra construtiva tem que haver um estudo de solo, e se tratando de aterro ainda mais, pois o aterro ficará sob o solo, e se o solo for instável o aterro também será.
Para se construir um aterro em solo compressível deve se levar em consideração duas condições: garantia de estabilidade e avaliação das deformações.
Existem várias técnicas de melhoramento de solo para se realizar um aterro. Essas técnicas visam estabilizar o solo para o aterro poder ser construído sem problemas posteriores.
A maioria dos aterros nesse tipo de solo é para construção de ferrovias e rodovias, pois quando se encontra um solo compressível para construção de uma casa, por exemplo, às vezes é melhor procurar outro terreno, pois pode ser muito oneroso o processo de melhoramento desse solo.
Já uma rodovia na maioria das vezes não pode ser transferida para outro local, então tem a necessidade de se fazer todo o processo de melhoramento do solo para ser realizado o aterro.
Sobre a vegetação:
A Mata Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais (Florestas: Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta) e ecossistemas associados como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se estendiam originalmente por aproximadamente 1.300.000 km2 em 17 estados do território brasileiro. Hoje os remanescentes de vegetação nativa estão reduzidos a cerca de 22% de sua cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em fragmentos acima de 100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação à fauna, os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.
Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, tem importância vital para aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivemem seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica.
A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou expressivamente ao longo dos últimos anos, com a contribuição dos governos federais, estaduais e mais recentemente dos governos municipais e iniciativa privada. No entanto, a maior parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda permanece sem proteção. Assim, além do investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas, as estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais como a promoção da recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da vegetação nativa, bem como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais prestados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a conservação e recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei 11.428, de 2006 e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei.
Muros de gabião 
Os muros de gabiões (Figura 4) são constituídos por gaiolas metálicas preenchidas com pedras arrumadas manualmente e construídas com fios de aço galvanizado em malha hexagonal com dupla torção. As dimensões usuais dos gabiões são: comprimento de 2m e seção transversal quadrada com 1m de aresta. No caso de muros de grande altura, gabiões mais baixos (altura = 0,5m), que apresentam maior rigidez e resistência, devem ser posicionados nas camadas inferiores, onde as tensões de compressão são mais significativas. Para muros muito longos, Muros de Arrimo 5 gabiões com comprimento de até 4m podem ser utilizados para agilizar a construção. A Figura 21 apresenta ilustrações de gabiões. A rede metálica que compõe os gabiões apresenta resistência mecânica elevada. No caso da ruptura de um dos arames, a dupla torção dos elementos preserva a forma e a flexibilidade da malha, absorvendo as deformações excessivas. O arame dos gabiões é protegido por uma galvanização dupla e, em alguns casos, por revestimento com uma camada de PVC. Esta proteção é eficiente contra a ação das intempéries e de águas e solos agressivos (Maccaferri, 1990). As principais características dos muros de gabiões são a flexibilidade, que permite que a estrutura se acomode a recalques diferenciais e a permeabilidade.
Conclusão
Com os argumentos empregados na análise de dados do relatório a conclusão geral sugere que devido ao solo arenoso da região de Bauru, obras, como uma rodovia, sofrem rachaduras devido a velocidade da água causando, também, um forte processo erosivo na área. A interação da vegetação com o tipo de solo, com o fator clima, dentre outros, para se entender como funciona o meio ambiente local, como a fauna e flora reagem e como se dão todos os processos naturais que ocorrem ali devido a essa interação de elementos característicos da região.
Anexos
 
Bibliografia
http://www.todamateria.com.br/solo-arenoso/
http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2009/11/cor-porosidade-e-textura-determinam-tipo-de-uso-dos-solos
http://nossabauru.blogspot.com.br/p/bauru-sp.html
www.ambientebrasil.com.br 
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_61_911200585234.h tml 
http://www.infoescola.com/geografia/mata-ciliar-mata-de-galeria/ 
http://cerradobrasil.cpac.embrapa.br/ 
http://www.ida.org.br 
http://www.ida.org.br/artigos/38-recursoshidricos/75-a-importancia-das-matas-de-galeria 
http://www.osvaldoelobo.com.br/arquivos/atualidades_xerofitas.pdf
http://www.maccaferri.com.br/solucoes/solucoes-para-solos-moles/aterros-reforcados-sobre-solos-moles/16362-1.html
http://portal.aeerj.com.br/file/eventos/eve-aeerj-georio-marcioalmeida-05-09-11.pdf
http://www.cesec.ufpr.br/docente/andrea/TC066/Obras_Solos_Moles.pdf
http://www.engegraut.com.br/cpr.html
http://www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica