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03/04/2016 1 IB609 Biologia e Taxonomia de Criptógamas II Ciências Biológicas UFRRJ Prof. Nivea Dias Departamento de Botânica “Briófitas” • Esporófito monoesporangiado • Ciclo de vida (geração gametofítica dominante / esporofítica dependente) • Características estruturais (ausência sistema vascular e raízes) • Características reprodutivas (anterozóide biflagelado) Dispersão pelo vento Água Ciclo de vida Fonte: Gerriene & Gonez (2011) Parafilético Três Divisões Bryophyta Marchantiophyta Anthocerotophyta TRÊS DIVISÕES Bryophyta Marchantiophyta Anthocerotophyta 03/04/2016 2 FILOGENIA: hepáticas Shaw et al. (2011) FILOGENIA: musgos Shaw et al. (2011) Ernst Haeckel http://sts-dev.anu.edu.au/artandthebryophyte/ Ernest Haeckel Renzaglia et al. (2007) Goffinet (2000) Goffinet (2000) 03/04/2016 3 Regiões Nº espécies Mundo 15-18.000 Neotrópico 4.000 Brasil 1.700 Rio de Janeiro 900 Diversidade de “briófitas” G. W. Prescott Estratégias reprodutivas 1) Sexuada Esporos 2) Reprodução assexuada Estruturas assexuadas Especializadas Ex.: gemas e partes caducas Não especializadas Ex.: fragmentos Reprodução AS Maciel -Silva Reprodução assexuada - gemas Marchantia polymorpha Lophozia bicrenata Tetraphis pellucida Tortula papillosa Syrrhopodon sp. Reprodução assexuada Calypogeia sp. Foto: G Shepherd 03/04/2016 4 Sistema sexual • Monóicas (bissexuais) x dicóicas (unissexuais); • Dióica – ancestral; • Musgos dióicos reprodução sexuada assexuada; • Pouco dimorfismo sexual – diferentes respostas à variáveis ambientais. Monoicismo x dioicismo 1. Táxons monóicos têm distribuição limitada, apesar de sua maior frequência de produção de esporófitos/esporos; 2. Briófitas de hábitats mais especializados (ex.: troncos em decomposição ou folhas) - geralmente monóicas; 3. Táxons com gametófitos pequenos - monóicos; 4. Maioria das briófitas anuais são monóicas. Ex.: Ephemeraceae, Funariaceae, Splachnaceae; 5. Táxons monóicos têm vários meios para impedir a auto-fecundação. Monóica Foto: G Shepherd Foto: G Shepherd - planta feminina Perigônio Polytrichadelphus Foto: G Shepherd 03/04/2016 5 Esporófito Foto: G Shepherd Distribuição geográfica Dispersão x Estabelecimento ESPOROS - Dispersão a longas distâncias e maiores números Colonização Distribuição Geográfica Musgos – Dentes de peristômio Resposta a mudanças de umidade Dispersão de esporos Cápsula - esporângio MUSGOS Fotos: GJ Shepherd Peristômio Plagiothecium Foto: GJ Shepherd 03/04/2016 6 Peristômio Pyrrhobryum Plagiothecium Fotos: GJ Shepherd Tortella Peristômio Fotos: GJ Shepherd Sphagnum – Mecanismos de “explosão” Perda de água dentro do esporângio Dispersão de esporos Sphachnum – dispersão mediada por moscas Manchas de excrementos Dispersão de esporos Hepáticas – Elatérios Resposta a mudanças de umidade Dispersão de esporos HEPÁTICAS Fotos: GJ Shepherd 03/04/2016 7 Fotos: GJ Shepherd Elatérios e esporos Foto: GJ Shepherd ANTÓCEROS Cápsula Corte longitudinal do esporófito Antóceros – Pseudo-elatérios Resposta a mudanças de umidade Dispersão de esporos Millet, The Gust of Wind Vento a conquista do espaço 03/04/2016 8 Padrões de distribuição Dispersão pelo vento + Vicariância • Espécies com distribuição transoceânica; • Baixo endemismo. Van Zanten & Pócs (1981); Schofield (2001); Heinrichs et al. (2009) • Cosmopolitas, exceto no ambiente marinho. • Padrões de distribuição mais amplos do que plantas com sementes. • Famílias e gêneros - cosmopolitas. • Táxons com padrões restritos, como as plantas com sementes. • Vegetação - condições microclimáticas e substrato para as briófitas. Fitogeografia Schofield (2001) Ampla distribuição - dispersão a longa distância EFICÁCIA dos DIÁSPOROS: (esporos ou gemas) -Grande quantidade; -Pequenos (< 25m); -Resistentes a dissecação; -Ambientes adequados; -Habilidade para competir com a vegetação autóctone; -Sucesso na migração; -Nichos disponíveis. Fitogeografia de briófitas © Malcolm Storey, www.bioimages.org.uk Filtros ambientais Fotos: J Vasconcelos-Neto Poiquiloidria Filtros locais x regionais 03/04/2016 9 Filtros locais x regionais Colonização de briófitas epífitas - Características físico-químicas da casca; - Altura e inclinação do forófito; - Condições climáticas, como temperatura, luminosidade e umidade; - Estado de conservação da floresta. Filtros locais Filtros locais Fatores físicos - Rugosidade - Dureza - Retenção hídrica - DAP - Porosidade Fatores químicos - pH - resinas - taninos - concentração de sal (Barkman 1958; Smith 1982; Frahm 1990; Bates 1992) Especificidade de forófito - Poucos estudos no Brasil (Lisboa 1976; Gottsberber & Morawetz 1993; Bastos 1999; Campelo & Pôrto 2007; Santos et al.. in prep.); - Maior parte dos trabalhos – ausência de especificidade; - Lisboa (1976) – AMAZÔNIA, poucas com exclusividade de pH; - Campelo & Pôrto (2007) – FLORESTA ATLÂNTICA NE, luminosidade o fator de maior influência na distribuição das briófitas. Filtros regionais CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E AMBIENTAIS GRADIENTE CLIMÁTICO 1) Vertical – zona de altura no forófito 2) Altitudinal – cinturões de altitude GRADIENTE AMBIENTAL 3) Horizontal – perda e fragmentação de hábitats Foto: G. Heinden Foto: A. Gambarini Foto: H. Cassiano Substratos colonizados FOTO: G Heiden 03/04/2016 10 Substratos colonizados FOTO: G Heiden Substratos colonizados Substratos colonizados Substratos colonizados 03/04/2016 11 Microambientes FONTE: Pócs (1982) Foco nas BRIÓFITAS! FOTO: D Costa Como estudá-las? Técnicas de coleta e armazenagem Técnicas de coleta e armazenagem Dra. Janice Glime Técnicas de coleta e armazenagem FOTO: J Nissila FOTO: J Glime http://www.bryoecol.mtu.edu 03/04/2016 12 Técnicas de coleta: epífitas Coletar com a casca externa da árvore, se necessário. REGISTRAR - Preferências de hábitat (grupo ecológico de tolerância à luz do sol); - Tipo de casca do forófito; - Zona de altura; - Lado/Orientação (N, S, L, O). Epífilas Coletar com o substrato Identificação FOTO: G Shimizu Métodos de amostragem Lowman & Wittrnan (1996) FOTO: HC Oliveira (acervo pessoal) Protocolos de coleta Tamanho amostral mínimo Gradstein et al. (2003) - 5 árvores (75-80 % spp briófitas) - arbustos (20x20 m) Protocolos de coleta Gradstein et al. (2003) - 50 % das briófitas podem ser restritas ao dossel (Gradstein 1992; Gradstein et al.. 2001) FONTE: Pócs (1982) 03/04/2016 13 bioindicadoras Uso de briófitas como Indicadores? Heinki & Kowarick (2010) - CONTEXTO AMPLO: “Componente ou medida de fenômenos ambientalmente relevantes usado para descrever ou avaliar as condições ou alterações ambientais ou estabelecer um conjunto de metas ambientais” “Fenômenos ambientalmente relevantes sãopressões, estados e respostas, como definido pela OECD (2003)” OECD—Organisation for Economic Co-Operation Development, 2003. Core Environmental Indicators. Development Measurement and Use. OECD, Paris. Bioindicadores? Indicadores de degradação do hábitat FOTO: G Shimizu Indicadores de poluição FOTO: G Shimizu Indicadores de qualidade do hábitat 03/04/2016 14 F O T O : D C o s ta Indicadores de condições ambientais Atributos importantes • Facilmente mensuráveis; • Sensíveis ao stress no sistema; • Respondem de maneira previsível; • São antecipatórios - mostram uma mudança iminente no sistema ecológico; • Preveem mudanças que podem ser evitadas por ações de manejo. Dale & Beyeler (2001) Briófitas: bioindicadoras • Comuns e encontradas em grandes quantidades; • Fácil amostragem e identificação; • Sensíveis ao stress ambiental; • Resposta rápida a mudanças no ambiente. Foco dos trabalhos: comunidades de briófitas FONTE: Fundação CIDE 2003 Briófitas x Fitofisionomias alguns trabalhos na Floresta Atlântica F ot o: D P C os ta Santos & Costa (2010). The Bryologist Altitudinal zonation of liverworts in the Atlantic Forest, Southeastern Brazil 03/04/2016 15 3 1 4 8 11 Área de estudo 12 Grandes blocos de remanescentes florestais (Rocha et al. 2003) Áreas de estudo 1) PE do Desengano 2) REBIO Poço das Antas 3) Nova Friburgo 4) PARNA da Serra dos Órgãos 5) RPPN El Nagual 6) APA Petrópolis 7) REBIO Tinguá 8) PARNA Tijuca 9) RESEC Rio das Pedras 10) Ilha Grande 11) APA Cairuçu 12) PARNA Itatiaia Fonte: Fundação SOS Mata Atlântica (2002) Áreas de estudo F ot o: D P C os ta F ot o: G H ei de n F ot o: N D S an to s F ot o: D P C os ta F ot o: N D S an to s F ot o: G H ei de n 31 28 45 30 35 17 58 63 18 19 111 238 167 173 Número total de táxons por formação de Mata Atlântica Riqueza de espécies – 360 táxons Altitudinal Zonation Distribuição espacial de briófitas na Floresta Atlântica, sudeste do Brasil Dra. Luiza Sumiko Kinoshita Orientadora Dra. Denise Pinheiro da Costa Dr. George John Shepherd Co-orientadores Áreas de estudo F ot o: D P C os ta F ot o: G H ei de n F ot o: N D S an to s F ot o: D P C os ta F ot o: N D S an to s F ot o: G H ei de n - 10 Unidades de Conservação - 26 localidades Que variáveis geoclimáticas atuam como filtros sobre a flora de hepáticas? Resultados e Discussão PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA ALTITUDE 10 m 50 m 450 m 800 m 950 m 1170 m 03/04/2016 16 Resultados Diversidade beta POLYTRICHACEAE Resultados Diversidade beta SPHAGNACEAE Diversidade beta Resultados JAMESONIELLACEAE Diversidade beta Resultados RADULACEAE Resultados Diversidade beta PLAGIOCHILACEAE Diversidade beta Resultados PILOTRICHACEAE 03/04/2016 17 Diversidade beta Resultados CALYMPERACEAE NOVO CRONOGRAMA! - 28/03 (8:00 às 16:00 h) – Morfologia de briófitas (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) - Aulas práticas: morfologia de briófitas - 04/04 (08:00 às 10:00 h) – Ecologia de briófitas (10:00 às 12:00 h e 13 às 15:00 h) – Aulas práticas: morfologia de briófitas - 11/04 (08:00 às 10:00 h) - PROVA TEÓRICA I (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – ELABORAÇÃO PROJETOS - 18/04 (08:00 às 17h) – CAMPO - 25/04 (08:00 às 10:00 h) - Metodologia Científica (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – ELABORAÇÃO PROJETOS - 02/05 (8:00 às 10:00 h) - Projetos sobre ecologia de briófitas (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – APRESENTAÇÃO PROJETOS - 09/05 (08:00 às 10:00 h) – Origem e evolução das plantas vasculares. (10:00 às 12:00 e 13:00 às 15:00 h) – Evolução plantas vasculares - 16/05 (08:00 às 10:00 h) - livre! (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – APRESENTAÇÃO E ENTREGA DOS RELATÓRIOS FINAIS DOS PROJETOS
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