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PSICOLOGIA SOCIAL
PSICOLOGIA SOCIAL
A Psicologia Social é a ciência que estuda a forma como as pessoas se influenciam e se relacionam entre si. Em outras palavras, é uma ciência empírica procurando explicar o comportamento social do ser humano.
A Psicologia Social, em contraste com a Sociologia, tem um foco de estudo mais individualista e uma metodologia mais experimentalista. 
Todos nós somos influenciados por outras pessoas. Muitas vezes nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos são influenciados pela simples presença de alguém. Mesmo que a pessoa não se encontre fisicamente presente, ainda assim, podemos ser influenciados por ela. 
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A expectativa em relação ao comportamento do outro (ou seus pensamentos ou sentimentos) pode igualmente modificar nossas ações. 
Não podemos negar que todos nós contamos, nas nossas vidas, com a influência de pessoas importantes e significativas, como os nossos pais e amigos. 
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Cabe à Psicologia Social estudar como este convívio acontece e quais são as leis gerais que o dirigem, assim como quais são as consequências deste processo de interação social dentro de uma sociedade com uma cultura, uma história e uma economia própria. 
Segundo Rodrigues, Assmar e Jablonski afirmam: “Psicologia Social é o estudo científico da influência recíproca entre as pessoas (interação social) e do processo cognitivo gerado por esta interação (pensamento social). 
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INTERAÇÕES HUMANAS 
Os estudos das interações humanas realizados pela Psicologia Social, se fundamentam ,principalmente, no método científico e não em meras impressões ou intuições. 
MÉTODO EXPERIMENTAL O psicólogo social, ao utilizar o método experimental, cria situações sociais para observar seus efeitos no comportamento do indivíduo. De tal forma, o conhecimento derivado da pesquisa científica, em Psicologia Social, pode ser aplicado no entendimento e na solução de problemas sociais específicos. 
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Alguns autores como D. Myers (2000) afirmam que a Psicologia Social enfrenta duas críticas contraditórias: por um lado é considerada como trivial porque muitas vezes documenta o que parece ser óbvio; por outro lado, ela é vista como uma ciência perigosa porque o conhecimento que dela se deriva, pode ser usado para manipular as pessoas.
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FENÔMENOS PSICOSSOCIAIS
Dimensão psicossocial é tratar dos mecanismos adaptativos ou destruidores da vida social. O sentido positivo visa sempre à inserção benéfica para o sujeito e para o grupo social
Influência social – o individuo ao interagir com outras pessoas, está frequentemente tentando induzir o comportamento do outro, ou sendo objeto de tentativa de mudança. 
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1.Poder: o poder é a influência potencial. Segundo os psicólogos sociais John French e Bertram Raven, a influência é o poder em ação. Eles estabeleceram uma complementação entre as várias formas de poder que induzem a mudança de comportamento. São seis as bases do poder:
1.1. Poder de coerção: o indivíduo infligi punições a outra pessoa , caso ela resista à influência desejada pelo que detém o poder.
1. 2. Poder de recompensa: o indivíduo possui condições de gratificar o outro.
1.3. Poder de referência: o indivíduo exerce poder legítimo sobre outro e este reconhece legitimidade no que está estabelecido pelo influenciador.
1.4. Poder de conhecimento: o influenciador possui o domínio do conteúdo em questão, conhecimento amplo da questão em pauta.
1.5. Poder legítimo: ocorre quando o influenciador possui direito adquirido e o indivíduo obedece com base no reconhecimento deste fato.
1.6. Poder de informação: ocorre quando o influenciador apresenta argumentos convincentes ao outro indivíduo para que ele faça o que ele prescreve.
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O poder de informação é considerado o mais eficiente na influência social, pois sua eficácia deriva da força dos argumentos e o comportamento por ele provocado acontece sem a necessidade de supervisão ou mesmo da presença do influenciador.
2- Atitudes sociais - nascem de diferentes formas, algumas são fruto de características da personalidade, outras se formam através do reforço, da imitação ou da modelagem, pode acontecer por um processo de identificação com uma classe social ou ainda frente a análise racional do objeto em questão. As principais atitudes sociais observadas pelos estudiosos são:
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2.1. Regra da reciprocidade: o indivíduo espera que o outro retribua o que fez para ele.
2.2. Pressão social: o indivíduo precisa se sentir parte do todo, ele é influenciado a imitar o todo para se sentir bem.
2.3. Influência normativa e influência de minorias: o indivíduo procura seguir as normas sociais e as tradições culturais. Ele procura se comportar da maneira esperada por aqueles que convivem com ele. No conceito destacam-se três elementos: a) Componente afetivo: sentimento favorável ou contrário ao objeto social; b) Componente cognitivo: pensamento que o indivíduo possui em relação ao objeto social; c) Componente comportamental: disponibilidade para agir de determinada forma diante do objeto social.
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As atitudes se modificam frente a fatores como: a) a credibilidade naquele que quer persuadir, b) ordem de apresentação dos argumentos deve obedecer um grau de maior para menor importância dos argumentos; c)a apresentação ou omissão do objetivo de persuasão; d) quantidade de mudança necessária; e) a natureza da comunicação: emocional ou racional.
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3. Decisão: a forma mais eficaz e duradoura para provocar uma mudança de atitude é o fator interno da autopersuasão, razões próprias que justificam o comportamento. Aspectos racionais e emocionais influenciam no processo de decisão de um indivíduo, pois as decisões acarretam consequências para ele e para aqueles com quem convive.
O processo decisório passa por três etapas: a) Conflito: quando o indivíduo analisa os fatores favoráveis e desfavoráveis da situação em questão; b) Decisão: quando o indivíduo opta por uma das alternativas; c) Redução de dissonância: quando o indivíduo valoriza os aspectos favoráveis, ressalta os desfavoráveis, desvaloriza os aspectos favoráveis da alternativa rejeitada e valoriza aspectos negativos.
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4. Grupos sociais: as decisões podem ser tomadas em grupo ou individualmente. Naquelas tomadas em grupo observa-se uma responsabilidade consensual pelas decisões, justificando o fato de decisões mais arriscadas serem tomadas em grupo.
O grupo social é formado por pessoas que possuem objetivos em comum, interagem com frequência, compartilham valores semelhantes e se consideram parte integrante de um grupo específico. 
Cada grupo social possui características que lhe são peculiares. Podemos observar no funcionamento dos grupos sociais alguns fenômenos grupais:
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4.1. Coesão: a pressão exercida sobre um indivíduo para que ele permaneça no grupo.
4.2. Formação de normas: o grupo estabelece normas que devem ser seguidas por seus membros. As normas definem padrões ou expectativas de comportamento que são seguidos pelos membros do grupo. O uso das normas substitui o uso do poder direto do líder e mantém a coesão do grupo.
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4.3. Liderança: forma de dominação baseada no prestígio pessoal do membro do grupo, subdivide-se em três tipos: a) liderança autocrática: existe centralização do poder e seu exercício é coercitivo; b) liderança democrática: as decisões são resultantes do pensar da maioria e o líder é responsável pela exposição da vontade de seus liderados; c) liderança permissiva: cada membro do grupo age seguindo aquilo que foi estabelecido.
4.4. Status: prestígio desfrutado pelo membro do grupo. É necessário que haja harmonia entre expectativas e resultados na relação grupal.
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4.5.Cooperação: os membros tem obrigação de cooperar entre si para fortalecer a coesão do grupo.
4.6.Competição: a competição está arraigada
a natureza do indivíduo, mesmo notando que a cooperação é mais benéfica há uma tendência natural a competitividade.
4.7.Conflito: os membros do grupo encontram-se em posições contrárias, conflituosas, subdivide-se em: a) conflito destrutivo: objetiva a intenção negativa de uma das partes; b) conflito construtivo: objetiva a solução negociada entre as partes.
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A concepção qualitativa acredita que é impossível estudar fenômenos sociais de forma objetiva, uma vez que o próprio cientista social é um ator social que participa do fenômeno de estudo. A objetivação do fenômeno social destrói o sentido subjetivo, descaracterizando assim o que há de mais essencial do fenômeno.
A Psicologia Social europeia irá reivindicar um maior alcance e um maior rigor epistemológico, com uma orientação menos individualista e se revelando particularmente forte no domínio da influência de um grupo sobre o outro e/ou interações entre esses grupos (intergrupos) e na sujeição do sujeito à pressão social (influência social)
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Moscovici afirma que o senso comum é um terceiro gênero de conhecimento diferente da ideologia e da ciência, que deve ser incorporado aos estudos em Psicologia Social porque confere autonomia aos grupos minoritários.
Representações sociais (Moscovici) são crenças partilhadas e adotadas por grupos de pessoas e empregadas para explicar a experiência social. 
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As representações sociais podem variar desde crenças ideológicas partilhadas em grande escala por uma sociedade em geral até crenças adotadas em menor escala por membros de um grupo social específico. 
No entanto, apesar da sua natureza compartilhada, as representações sociais são dinâmicas, produzidas através da interação social e da conversação, bem como modificadas ou adaptadas à medida que são incorporadas pelo indivíduo na sua concepção de mundo. 
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A análise de conteúdo (Bardin) é uma análise do significado de uma mensagem adquirida através de entrevista ou de material literário coletado em livros, revistas ou jornais. 
A análise de conteúdo compreende inicialmente identificar categorias que foram previamente definidas pelo pesquisador ou desenvolvidas a partir de uma inspeção inicial dos dados. 
Uma vez definidas as categorias, pode-se contar o número de vezes que essas categorias ocorreram em todo o material. Essa contagem de incidências das categorias no material coletado caracteriza o aspecto quantitativo dessa metodologia.
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Psicologia Social no Brasil
A psicologia social no Brasil tem início nos estudos etnopsicológicos de Nina Rodrigues em 1900 - estudos que revelam o confronto entre a etnografia e a psicologia. 
Muitos autores brasileiros seguiram essa linha de raciocínio que oscilava entre os pressupostos biológicos racistas da degenerescência racial, uma interpretação psicológica (instabilidade do caráter resultante do choque de duas culturas) até as modernas interpretações sociológicas iniciadas a partir de 1923 com os estudos de Gilberto Freyre autor do reconhecido internacionalmente Casa grande e senzala.
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Com o título de Psicologia Social vamos encontrar o trabalho de Arthur Ramos (1903-1949) estudo simultâneo das interrelações psicológicas dos indivíduos na vida social e a influência dos grupos na personalidade a partir das proposições da psicanálise e psicologia social americana situando-se criticamente entre as tendências de uma sociologia psicológica e uma psicologia cultural.
Nas últimas décadas a psicologia social brasileira, segundo Hiran Pinel (2005), foi marcada por dois psicólogos bastante antagônicos: Aroldo Rodrigues (que adotou uma abordagem mais experimental-cognitiva, por exemplo, de propagandas etc.) e Silvia Lane (marxista e sócio-histórica).

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