Buscar

unidade III desenho tecnico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Desenho Técnico
Planta Baixa
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Vanderlei Rotelli 
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites 
5
•	Arquitetura
Utilizaremos, para isso, os conhecimentos que você adquiriu nas unidades anteriores, e 
avançaremos em alguns aspectos que são mais particulares. Você notará que já conhece muito 
do que falaremos, mas, como sempre, é importante que você se esforce e analise as figuras 
atentamente, e leia os textos explicativos com atenção.
Estudaremos a planta baixa, que é uma forma de desenho 
específica das engenharias e da Arquitetura – portanto, é muito 
importante que você a conheça. 
Planta Baixa
6
Unidade: Planta Baixa
Contextualização
Você já deve ter visto as plantas de apartamentos promocionais que são distribuídas nos 
faróis das cidades, ou as propagandas em jornais e revistas, certo?
Você já prestou atenção nas semelhanças entre elas? E nas diferenças? Nesta unidade, 
começaremos a entender como essas plantas são criadas. Começaremos a aprender tecnicamente 
como são a concepção e as fases de um projeto – quando estamos falando sobre uma edificação 
que ainda será construída, dizemos que estamos na fase de projeto, que é o momento de 
concepção e alterações.
Utilizaremos, para isso, o conteúdo que você aprendeu nas unidades anteriores, continuando 
a nos guiar pelas regras e convenções que temos visto até aqui, e aprendendo as normas 
específicas desse tipo de desenho técnico.
7
Arquitetura
Como todos os nossos desenhos, esse também é normatizado pela ABNT. Nesse caso, porém, 
temos várias normas que regem os vários tipos de desenho. Nos concentraremos aqui, no que é 
chamado de anteprojeto de arquitetura. O anteprojeto, como o próprio nome diz, é feito antes 
do projeto executivo, ou seja, é considerado a fase de “estudos” de um projeto de arquitetura.
As coisas funcionam da seguinte maneira: quando você contrata um arquiteto para que 
ele faça o projeto da sua casa, são feitas algumas reuniões para que o profissional possa fazer 
o levantamento das suas necessidades e das suas possibilidades. Nessa fase, é comum que o 
arquiteto leve para as reuniões os croquis e estudos preliminares que tenham sido preparados 
para você, contudo, ainda, ainda não são aplicadas aqui as NBR’s, pois, de maneira geral, esses 
desenhos são apenas as primeiras ideias do que será o projeto da sua casa e, depois de mais 
algumas etapas, a edificação.
Na fase de anteprojeto, utilizamos principalmente: a NBR 06492, que trata da representação 
de projetos de arquitetura; a NBR 13531, que trata da parte técnica de um projeto de arquitetura, 
como métodos construtivos e fluxogramas de obra; e a NBR 13532, que normatiza as fases e 
os tipos de projeto de arquitetura. Para os nossos estudos, focaremos a parte de representação.
Nosso estudo nesta e nas próximas Unidades estará focado na representação técnica da 
arquitetura. Nesta Unidade, estudaremos os vários tipos de plantas arquitetônicas. A norma 
divide as plantas em três tipos, conforme abaixo:
•	 Planta de situação;
•	 Planta de locação ou implantação;
•	 Planta de edificação.
A planta de situação indica o formato, o tamanho e a identificação do lote, inserindo-o na 
quadra, localizando ruas de acesso e pontos de referência para a localização do terreno. São 
indicadas, também, a orientação geográfica, com a indicação do Norte (fundamental para a 
execução de um projeto arquitetônico) e dos nomes de ruas e de acessos. Dizemos que a 
planta de situação é uma planta esquemática, isso é, nem todos os elementos que deveriam ser 
indicados em uma planta estão indicados; são indicados apenas os elementos principais, que 
auxiliarão no entendimento do desenho. A escala desse desenho também não permite grande 
detalhamento, pois trabalhamos sempre em escalas pequenas (1:500 ou 1:1000). Podemos, 
também, usar algum tipo de hachura para destacar algum dos elementos necessários. Dê uma 
olhada na figura 1:
8
Unidade: Planta Baixa
Figura 1 – Planta de situação
 
O próximo passo é aumentarmos o zoom e desenhar a implantação de nossa construção. 
A planta de locação ou implantação serve para localizarmos o projeto dentro do lote ou 
gleba. É uma vista superior e externa da edificação, e deve indicar as distâncias dos muros até 
as paredes da construção e servirão de base para o início da construção. Além dos muros e da 
edificação, devem constar: as calçadas; as árvores existentes ou a plantar; devem ser indicadas as 
cotas ou medidas dos terrenos e dos afastamentos desses em relação às paredes da construção. 
Dê uma olhada na figura 2:
Figura 2 – Planta de Locação ou Implantação
 
20.00 m
5.00 m
2.50 m
2.
00
 m
2.
00
 m
Ca
lç
ad
a
Ru
a
9
Agora, daremos mais um zoom, para começarmos a pensar na definição da edificação.
Finalmente, temos a planta da edificação ou a planta baixa. Para criar essa planta, primeiro, 
temos de visualizar a edificação, conforme a Figura 3:
Figura 3 – Edificação
 
Para criar a planta baixa, é necessário imaginar um plano horizontal que corte a edificação 
da figura 3 a uma altura de 1.50 m, conforme a figura 4:
Figura 4 – Indicação do Plano de Corte
10
Unidade: Planta Baixa
Passado esse plano, retiramos a parte de cima da construção, ou seja, a parte que está acima 
de 1.50m, que inclui toda a cobertura ou os andares superiores, conforme a figura 5:
Figura 5 – Corte Horizontal
Voltamos, agora, ao nosso amigo Monge, já que devemos olhar a parte que sobrou da edificação 
como se estivéssemos observando uma vista superior, olhando a planta de maneira ortogonal, ou 
seja, olhando a “projeção” desse desenho em um plano horizontal, conforme a figura 6:
Figura 6 – Planta Baixa
11
Você deve ter observado que temos vários tipos de linhas, várias espessuras. Vamos entender 
essa simbologia agora.
Comecemos pelas linhas mais grossas, que representam as paredes da edificação. Se você 
prestar atenção, verá que temos duas espessuras de paredes diferentes, isto é, temos dois “tipos” 
de paredes. De maneira geral, em nossas construções, as paredes externas costumam ser mais 
grossas do que as paredes internas, isso acontece porque as paredes externas, além de terem 
uma função de isolamento térmico da edificação, ainda podem “embutir” a estrutura, ou seja, 
podemos inserir a estrutura na parede. As paredes internas, de modo geral, são apenas paredes 
de vedação e, de forma geral, funcionam apenas para dividir os ambientes.
A diferença de espessura é de 10 centímetros: as paredes externas têm 25 centímetros e as 
internas têm 15 centímetros. Essa diferença de espessura é conseguida pela maneira como os 
tijolos são assentados. As paredes externas são chamadas de paredes de um tijolo, enquanto as 
paredes internas são chamadas de paredes de meio tijolo. Veja a figura 6, que representa um 
tijolo com as suas medidas padrão:
Figura 7 – Tijolo de barro
 
Agora, na figura 8, você verá as duas formas de assentamento do tijolo, a parede de um tijolo 
e a parede de meio tijolo:
Figura 7 – Parede de meio tijolo e parede de um tijolo.
12
Unidade: Planta Baixa
Consideramos, ainda, que após os tijolos serem assentados, faremos o acabamento da parede. 
Em termos de desenho, consideramos que haverá 2,5 centímetros de acabamento de cada lado 
da parede, totalizando os 5 centímetros que estavam faltando (consideramos o reboco grosso, a 
massa fina, a massa corrida e a pintura como os acabamentos que perfazem 2,5 centímetros). 
A figura 9 ilustra esses conceitos:
Figura 9 – Espessuras de paredes.
 
Você deve ter notado, também, que as linhas das paredes são as mais grossas no desenho. 
Isso acontece porque elas são os elementos que estão mais próximos do observador, isto é, 
depois de cortarmos nossa construção a 1,50 metros,os elementos mais altos, ou seja, mais 
próximos dos seus olhos, são as paredes; e os mais distantes, os pisos, que são representados 
por linhas mais finas (lembra-se das indicações de linhas da Unidade “Instrumentos”?). Isso é 
chamado em Desenho Técnico de hierarquia de traços, ou seja, a ordem de espessura que as 
linhas seguem. Quanto mais próximo dos olhos do observador, mais grosso é o traço. 
Estas convenções ficarão mais claras na figura 10:
Figura 10 – Diferença no Peso gráfico das linhas
13
Agora, vamos analisar os diferentes símbolos usados no desenho. Para começar, estude a figura 11:
Figura 11 – Porta aberta e porta fechada
A figura 11 está indicando uma porta. Vale notar que a porta é a composição de dois 
elementos, a saber: a folha de porta e os batentes. Na figura acima, temos o desenho das paredes, 
a indicação dos batentes, que são fixados nas paredes, e a folha de porta e a sua varrida, isto é, 
o “”percurso” que ela faz quando abre (representado por um arco de circunferência). Em uma 
planta, as portas sempre são representadas abertas e com a indicação da sua varrida, com a 
intenção de mostrar tanto aos clientes quanto aos outros profissionais técnicos a área que não 
poderá ser utilizada, ou seja, o espaço que deverá ser deixado livre para que a porta possa ser 
aberta e fechada sem interferência. Na figura acima, foi colocada a indicação da porta fechada, 
apenas para que você repare no encaixe existente no batente, que faz a porta ficar vedada 
quando estiver fechada. 
Você percebeu que, falando em termos de peso gráfico, as linhas da porta na figura 11, 
e mesmo as linhas da janela na figura 12, apesar de estarem próximas do observador, são 
desenhadas mais finas? Isso se deve a hierarquia de traços, ou seja, as paredes são sempre 
consideradas as linhas mais importantes do desenho e, portanto, as mais grossas. Como temos 
o “zoom” de um detalhe da planta, essa diferença fica mais evidente; mas na planta como um 
conjunto, tal diferença de espessuras pode não ser tão visível, embora exista e seja proposital.
Preste atenção agora na figura 12, que mostra a representação de uma janela:
Figura 12 – Detalhe da janela
14
Unidade: Planta Baixa
O que vemos nesse desenho é a representação da janela em planta. Estamos representando a 
estrutura da janela – que é chamada de caixilho – e o vidro que foi seccionado pelo nosso plano 
horizontal. A estrutura é representada pelos dois retângulos que estão nas pontas do desenho; 
as duas linhas centrais paralelas representam, nesse tipo de desenho, o vidro, que é a vedação 
da janela. Como vimos na figura 5, o vidro foi “cortado”, por isso o representamos dessa forma.
Se você prestar atenção na planta, na figura 6, verá que a janela do banheiro não é representada 
da mesma forma que as outras. A explicação para isso é a altura do peitoril. Como vimos na 
figura 4, o plano de corte é passado a uma altura de 1,50m, o peitoril – que é a altura de início 
da janela, isso é, a distância entre o piso e a parte inferior da janela – é de 1,60m, ou seja, acima 
do plano de 1,50m. É necessário, no entanto, que ela seja indicada, tanto para os clientes quanto 
para as pessoas que irão executar a obra; e como fazer isso? Se você se lembrar da Unidade 
“Instrumentos”, nos tipos de linha que vimos, você se recordará da linha tracejada, que é utilizada 
para indicar projeções. Na Unidade “Vistas Ortogonais“, conhecemos essas projeções como 
arestas ocultas. No caso do Desenho Técnico de Arquitetura, as linhas tracejadas representam 
projeções de objetos que estão acima da linha de corte, ou seja, acima de 1,50m.
Observando a figura 6, temos uma linha tracejada em toda a volta da edificação, o que você 
acha que está sendo representado com ela? Se pensou no telhado, você acertou. Essa linha é 
chamada de projeção da cobertura, já que em uma planta baixa não temos como saber qual o 
tipo de cobertura que será utilizada. No nosso caso, partimos de uma edificação existente, para 
fins de explicação, mas, geralmente, quando criamos um projeto, começamos pensando na 
planta baixa e ainda não sabemos qual tipo de cobertura que será utilizado – poderemos optar 
por telhado, uma laje, entre outros. Como falamos no começo da unidade, estamos aprendendo 
um anteprojeto de arquitetura, e muitas dessas definições são pensadas apenas na fase de 
projeto executivo.
Agora, na figura 13, temos um detalhe da entrada:
Figura 13 – Porta de entrada com detalhe da soleira
15
Aqui você pode notar duas linhas paralelas na porta de entrada. Essas duas linhas representam 
uma soleira – que é a parte inferior do vão da porta, no piso; uma soleira também pode indicar 
uma mudança ou um arremate entre pisos em ambientes diferentes. Como estamos falando de 
uma porta de entrada, a linha mais externa indica também um degrau; sempre que você tem a 
entrada de uma edificação é aconselhável que se coloque um degrau de alguns centímetros. A 
função desse degrau é evitar a entrada de água da chuva e de poeira.
Olhando a planta na figura 6, você também consegue visualizar a louça sanitária, a pia 
no espaço da cozinha. A colocação desses equipamentos não é uma obrigação, de acordo 
com a norma, mas geralmente eles são colocados por serem considerados itens fixos, isso é, 
diferentes do mobiliário, que podem ser colocados e modificados de acordo com a vontade 
do cliente. Esses equipamentos dependem de pontos de hidráulica, ou seja, precisam se ligar 
aos canos de água que descem da caixa d’água e, também, estar ligados à rede coletora de 
esgoto. É claro que podemos alterar a localização desses itens, mas por ser considerada uma 
obra de porte médio, por convenção, essas peças são indicadas, pois se faz necessário que os 
outros profissionais – como engenheiro civil, hidráulico, elétrico, além dos técnicos que farão 
a instalação dos acabamentos e a construção propriamente dita – saibam para que lugar esses 
equipamentos foram projetados pelo arquiteto.
O que vemos na figura 14, abaixo, é uma ampliação desse cômodo. A louça sanitária é 
desenhada em vista superior, ou seja, de acordo com as projeções de Monge – estamos olhando 
as projeções superiores das peças. Note também que o piso é colocado sob a louça sanitária, 
portanto não o vemos quando está embaixo das peças. Lembre-se que em planta tudo o que 
tiver de ser representado deverá ser desenhado em vista superior, mesmo as projeções, isso é, 
se tivermos de desenhar, por exemplo, um armário sobre a pia, ele será representado como uma 
linha tracejada (uma projeção de algo que está acima do plano de 1,50m, lembra?), a partir de 
uma vista superior. 
Figura 14 – Ampliação do Banheiro
 
16
Unidade: Planta Baixa
Além disso, você deve ter notado, no piso da residência, a colocação de uma representação 
de acabamento, isso é, foi colocado, no que chamamos de áreas molhadas (Cozinha, Banheiros 
e Área de Serviço), um desenho que está representando um tipo de cerâmica. A função dessa 
representação (que é chamada de hachura) é justamente indicar quais são essas áreas molhadas 
(que são assim chamadas porque podem ser lavadas), ou seja, não necessariamente esse 
tamanho ou tipo de cerâmica serão utilizados na construção, mas qualquer pessoa treinada que 
observar esse desenho saberá o que são esses espaços.
Conseguiu entender o que representamos em uma planta baixa? O que vimos até este ponto 
são as informações mais imediatas que a planta nos fornece, isso é, até agora olhamos a planta 
e estudamos as informações que o corte horizontal nos fornece; a partir de agora, contudo, 
vamos adicionar as informações que são necessárias para o entendimento e a execução do 
desenho e para a construção propriamente dita.
Olhando atentamente a figura 6, você notará que não temos nenhuma cota, ou seja, o 
desenhista e o construtor dessa residência não saberão quais as medidas que devemutilizar. 
Em um projeto, como já vimos na Unidade “Instrumentos“, devemos colocar todas as cotas 
necessárias para a construção, tanto do desenho como da construção. É necessário, também, 
que indiquemos o uso de cada ambiente – é claro que as áreas molhadas são mais facilmente 
identificadas, mas e os outros ambientes? Podemos até deduzir quais serão os seus usos, mas 
devemos evitar que outras pessoas precisem “imaginar” o que acontecerá em nossos projetos. 
Lembre-se, também, que este é um projeto pequeno, pois, quanto maior o tamanho de um 
projeto, maior a sua complexidade e maior ainda as possibilidades de uso.
A figura 15 já apresenta a planta baixa completa, de tal maneira que conseguimos entender o 
anteprojeto de arquitetura; vamos, agora, ver os últimos detalhes do Desenho, e você perceberá 
que tudo começa a fazer sentido.
Figura 15 – Planta baixa com os dados necessários à execução
 
0.
50
 m
1.00
Cozinha Estar
Dormitório
Closet
X
Banho
2.00
3.85 1.50
5.
00
2.
50
1.
30
6.00 5.00
3.35 5.
00
3.
85
Projeção da cobertura
0.100.00
17
A primeira diferença que você notará em relação à planta apresentada na figura 6 é a colocação 
das cotas. É claro que, quando esse desenho foi executado, as cotas já eram conhecidas, ou 
seja, é impossível executar um desenho sem as medidas; mas as cotas não existem em uma 
construção de verdade, são ferramentas que necessitamos antes e durante a construção, embora 
depois sejam desnecessárias.
Você também percebeu, conforme vimos na Unidade “Instrumentos“, que estamos utilizando 
as cotas externas, que vão de parede a parede. Você notará, contudo, que algumas cotas estão 
“faltando”, pois não colocamos todas as cotas em um cômodo. Fazemos isso para evitar repetir 
informações e também para deixar o desenho mais “limpo”, mas de uma forma que seja possível 
obter todas as informações necessárias para o entendimento do desenho. Por exemplo, se você 
olhar a figura 16, que é uma ampliação do closet, verá que não temos as duas cotas do closet, 
falta a medida marcada como X. 
Figura 16 – Ampliação do Closet
 
Closet
X
5.00
3.35 5
.0
0
Dormitório
1.
30
Por que essa cota não foi colocada? Apenas porque ela pode ser obtida de maneira simples, 
com uma única subtração podemos chegar ao resultado (se subtrairmos da cota da parede 
superior de 5,00m a cota da parede inferior de 3,35m, encontraremos a medida de 1,65m). 
Como já vimos na unidade “Instrumentos“, quando estudamos os tipos de cota, utilizamos esse 
tipo de estratégia nesse nível de desenho (anteprojeto). Quando entramos na fase de desenho 
executivo, devemos colocar todas as cotas, evitando quaisquer dúvidas.
Continuando a falar sobre as cotas, indicamos também o tamanho da projeção da cobertura. 
Essa projeção é chamada de beiral e tem uma função muito importante, que é a de afastar as águas 
pluviais das junções das paredes com a cobertura. Essa junção é uma das partes mais delicadas da 
construção, pois está sujeita a infiltrações que podem danificar a ferragem e o concreto.
18
Unidade: Planta Baixa
Você deve ter notado, também, que colocamos os usos de todos os ambientes, essa deve 
ser outra preocupação do arquiteto. Em nosso exemplo, até em função do número reduzido de 
cômodos, temos os usos relativamente claros em função da disposição e da circulação. Quando 
temos um projeto mais complexo, essas indicações são fundamentais, pois alguns cômodos têm 
funções específicas.
Finalmente, temos um elemento novo nesse desenho, que está destacado na figura 17:
Figura 17 – Cota de nível
Esse também é um elemento de cota, chamado de cota de nível. Lembra-se quando 
conversamos sobre a soleira e foi dito que, no caso da porta de entrada, é sempre aconselhável 
que coloquemos um degrau? Pois bem, esse é o símbolo técnico que indica um desnível. Você 
vai se lembrar que, na Unidade “Vistas Ortogonais“, vimos a regra dos planos contíguos, que 
nos diz que uma linha cheia indica que as áreas estão em planos diferentes – essa é a maneira 
de indicar a diferença de nível em uma planta. 
No caso do nosso anteprojeto, se você analisar o desenho, temos duas cotas de nível: uma 
do lado externo da casa e outra na parte interna; o lado externo está sinalizado como 0,00m, 
o lado interno como 0,10m. Isso significa que temos um degrau de 10 centímetros para entrar 
na casa. De forma geral, sempre utilizamos como cota 0,00, ou nível 0,00, para a parte externa 
da casa, já que esta é uma referência que não será alterada. A partir desse nível, podemos 
encontrar os próximos. Outro ponto que vale a pena você notar é que essas cotas podem ser 
negativas, isso é, se você quiser construir um porão, ou um estacionamento subterrâneo, a partir 
da nossa cota de referência 0,00, você vai escavar o terreno, portanto, terá cotas abaixo de 0,00, 
como, por exemplo: -3,00m. Essas cotas são indicadas dessa forma, com o sinal de negativo 
antes do número. De forma geral, as cotas que estão acima do 0,00 e são, de acordo com essa 
definição, positivas, não precisam ter a indicação do sinal +, como no nosso caso.
O nosso próximo passo na fase do anteprojeto é a planta layout. Essa planta conta com a 
colocação do mobiliário, para que possa ser feito o estudo de circulação e fluxo. O resultado 
final dessa planta é algo parecido com a figura 18:
19
Figura 18 – Planta layout
0.
50
 m
Projeção da cobertura
0.00 1.00
Cozinha
Estar Dormitório
Banho
2.00
3.85 1.505
.0
0
2.
50
6.00 5.00
3.35 5.
00
3.
85
0.10
Closet
1.
30
A função da planta layout é a identificação e correção de eventuais problemas de espaço, 
circulação e fluxo, já que na fase de anteprojeto é possível fazer qualquer alteração necessária. 
No caso do nosso projeto, fica claro que nossa cozinha não é funcional, teremos problemas de 
circulação e fluxo de alimentos – uma alteração simples na disposição do mobiliário irá resolver 
nosso problema, sem a necessidade de alterações no espaço, conforme a figura 19 demonstra:
Figura 19 – Detalhe de layout alterado
20
Unidade: Planta Baixa
Após essa fase, onde são feitos todos os ajustes necessários para que o projeto fique o melhor 
possível, tanto na visão do cliente quanto na visão do arquiteto, entram os demais profissionais 
envolvidos nas várias etapas, como os especialistas em projetos de hidráulica, elétrica, ar-
condicionado, estrutura, etc. 
Todos esses profissionais também trabalham com o uso de desenhos, na fase de projeto, ou 
seja, ainda não entramos na fase do desenho executivo, que será formado pela junção de todos 
esses projetos, que chamamos de complementares, e que foram feitos por cada especialista. 
Com todos esses projetos prontos e compatibilizados, estudados e revistos para evitar 
sobreposições e conflitos – como, por exemplo, a colocação de uma tubulação de água no 
mesmo local de um eletroduto (o conduíte de fios elétricos) –, é gerado o projeto executivo. Esse 
é o projeto que é enviado para o local da obra, e que é utilizado para a construção da edificação.
Chegamos ao final desta Unidade. Qualquer dúvida que você ainda tenha, revise o texto 
e analise atentamente as figuras. Temos ainda as questões de avaliação, leia atentamente os 
enunciados e observe cuidadosamente as figuras. Até a próxima unidade!
21
Material Complementar
 
http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13869/material/
Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Normas%20ABNT%20Desenho%20
T%C3%A9cnico.pdf
http://www.belasartes.br/chocolatedigital/wp-content/uploads/2010/04/norma-de-
desenho-BA.pdf
http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_infra/tec_edific/desen_arq/161012_
des_arq.pdf
http://www.ufjf.br/projeto3/files/2011/03/NBR-6492-Representa%C3%A7%C3%A3o-
de-projetos-de-arquitetura.pdf
22Unidade: Planta Baixa
Referências
Montenegro, Gildo A. Desenho de Projetos. São Paulo: Blucher, 2004
NBR 06492 – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Micelli, Maria T. Desenho Técnico Básico. São Paulo: Ao Livro Técnico, 1999
NBR 08403 – Associação Brasileira de Normas Técnicas
23
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

Continue navegando