Resumo Estado TGE

Prévia do material em texto

1.Estado
1.1Conceito
Dalmo Dallari “o Estado deve ser conceituado como a ordem jurídica soberana que tem por fim um bem comum de um povo situado em determinado território”
1.2Elementos constitutivos
1.2.1Soberania 
Uno, indivisível, inalienável e imprescritível.
Uno por não admitir em um mesmo Estado duas soberanias. É sempre poder superior a todos os demais que existam em um mesmo Estado.
Indivisível pelas razões de sua unidade sendo inadmissível a existência de várias partes separadas da mesma soberania.
É inalienável, pois aquele que a detém desaparece quando ficar sem ela, seja o povo, a nação ou o Estado; e imprescritível porque jamais seria verdadeiramente superior se tivesse prazo certo de duração.
O poder soberano se exerce sobre os indivíduos e/ou grupos sociais, que são a unidade elementar do Estado, e com relação aos demais Estados a afirmação de soberania tem a significação de independência admitindo que haja outros poderes iguais, nenhum porém, que lhe seja superior
1.2.2Território 
Para Kelsen “É o espaço ao qual se circunscreve a validade da ordem jurídica estatal, pois, embora a eficácia de suas normas possa ir além dos limites territoriais, sua validade como ordem jurídica estatal depende de um espaço certo, ocupado com exclusividade”
1.2.3Povo
Todos que se integram no Estado, através da vinculação jurídica permanente, fixada no momento jurídico da unificação e da constituição do Estado, adquirem a condição de cidadãos. Povo é o conjunto de cidadãos do Estado.
1.2.4Finalidades
Busca o bem comum de um certo povo, situado em determinado território.
Objetivos fundamentais segundo o art.3º da C.F.:
- Construir uma sociedade livre, justa e solidaria
- Garantir o desenvolvimento nacional
- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais
- Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação
2.Estado Federal
2.1Introdução
Etimologicamente, federação (do latim, foedus) quer dizer pacto, aliança. O Estado Federal é, portanto, uma aliança ou união de Estados. Apesar de existirem referência históricas de alianças entre Estados na Antiguidade e na Idade Media, o Estado Federal é um fenômeno moderno que só aparece no século XVIII. As alianças entre os Estados antes disso eram temporárias e limitadas. Nas classificações tradicionais, os Estados são considerados unitários quando tem um poder central que é a cúpula e o núcleo do poder politico. E são federais quando conjugam vários centros de poder politico autônomo.
2.2Origem
O Estado Federal nasceu, de fato, com a constituição dos EUA em 1787. Em 1776 as treze colônias se declararam independentes, passando a constituir cada uma delas um novo Estado. Poucos anos depois, celebraram entre si um tratado, aliando-se para uma ação conjunta, visando, sobretudo, à preservação da independência.
2.3Estado Federal no Brasil
O Brasil assumiu a forma de Estado Federal em 1889 com a proclamação da republica. Suas características e conteúdo estão nos arts. 18 a 43 da C.F. 
A federação consiste na união de coletividades regionais autônomas, Estados-membros.
O Estado Federal, o todo, é o único titular de soberania, os Estados Federados são titulares de autonomia, compreendida como governo próprio dentro do círculo de competências traçadas pela C.F.
2.4Caracteristicas
Indissolubilidade e autonomia das entidades federadas – União, Estados-membros, DF e municípios.
Características e conteúdo mais aprofundados estão nos arts. 18 a 43
2.5Autonomia dos entes federados
A autonomia dos entes federados se apoia em dois elementos básicos: 
a) existência de governo próprio
b)posse de competência exclusiva
Autonomia é a capacidade de agir dentro do circulo preestabelecido, como se nota pelos arts. 25, 29 e 32 que reconhecem aos estados, municípios e DF ,respeitados os princípios estabelecidos na C.F.
2.6Participação dos estados na elaboração das leis nacionais
Cabe aos Estados-membros participar na formação da vontade dos órgãos federais, especialmente no senado federal, que se compõe de representantes dos estados, art. 46 da C.F., e também pela participação das assembleias legislativas estaduais no processo de formação das emendas constitucionais, art. 60, III.
2.7Intervenção federal nos Estados
Os pressupostos de fundo da intervenção federal nos estados constituem situações críticas que põem em risco a segurança do Estado, o equilíbrio federativo, as finanças estaduais e a estabilidade da ordem constitucional. Sintetizando o art. 34 da C.F, trata-se de um instituto típico da estrutura do Estado Federal que tem por finalidade:
-A defesa do Estado (País)
-A defesa do principio federativo
-A defesa das finanças estaduais
-A defesa da ordem constitucional
2.8Intervenção federal nos municípios
Os municípios também estão sujeitos a intervenção federal assim como toda entidade dotada de autonomia. Art. 35 da C.F.
2.9Repartição de competências entre as entidades federativas
A nossa constituição adota um sistema que busca realizar o equilíbrio federativo, por meio de uma repartição de competências que se fundamenta na técnica da enumeração dos poderes da União (art. 21 e 22), com poderes remanescentes para os estados (art. 25 §1º) e poderes definidos indicativamente para os municípios (art. 30)
3.Divisão de poderes
3.1Introdução
Art. 2º da C.F. “ São poderes da União independentes e harmônicos entre si, o legislativo, o executivo e o judiciário.”
A divisão dos poderes fundamenta-se em dois elementos: 
a)Especialização funcional
b)Independência orgânica
3.2Poderes do Estado, Funções típicas e atípicas
Legislativo tem por função típica: legislar e fiscalização contábil, financeira, orçamentaria e patrimonial do executivo.
Função atípica: de natureza executiva: ao dispor sua organização, provendo cargo, concedendo férias, licenças a servidores etc.
De natureza jurisdicional: o senado julga o presidente da República nos crimes de responsabilidade.
Executivo tem por função típica: prática de atos de chefia de estado e governo e atos administrativos.
Função atípica: de natureza legislativa: o presidente da República, adota medida provisória, com força de lei.
De natureza jurisdicional: o executivo julga, apreciando defesas e recursos administrativos.
Judiciário tem por função típica: julgar 
Função atípica: de natureza legislativa: regimentos interno de seus tribunais
De natureza executiva: administrar, ao conceder licenças e férias aos magistrados e serventuários.
3.4Parlamentarismo
O chefe de Estado não participa das decisões politicas, exercendo função de representação do Estado.
O chefe de Governo é a figura política central do parlamentarismo pois ele exerce o poder executivo. Seu mandato não tem prazo determinado. E se o partido a que pertence conseguir manter a maioria parlamentar, ele permanece no cargo, caso contrario, o maior numero de cadeiras for conquistado por outro partido, este, automaticamente, adquire a chefia de governo, devendo ser escolhido entre os seus membros o novo Primeiro Ministro.
3.4Presidencialismo
O Presidente da República é chefe de Estado e chefe de Governo. Ao mesmo tempo em que representa o Estado ele governa.
O Presidente é elegido pelo povo e seu mandato possui prazo determinado.