Buscar

Trabalho sobre violência obstétrica - resumido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FONTE: https://meureservado.blogspot.com.br/2016/06/sobre-violencia-obstetrica.html
UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA – URCAMP
DIREITOS NOVOS:
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
BAGÉ, 2016�
Sumário
31. INTRODUÇÃO	�
42. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA	�
42.1. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO AMBITO INTERNACIONAL	�
42.2. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL	�
62.2.1. VIOLENCIA OBSTETRICA ATUALMENTE	�
62.2.2. RELATOS	�
72.2.3. CONSEQUENCIAS	�
83. DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA	�
93.1. DENUNCIA	�
94. CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
105. REFERÊNCIAS	�
��
1. INTRODUÇÃO
	A violência caracteriza-se como um grave fenômeno social que está em franca expansão, em todas as suas formas e, de modo especial, contra a mulher, ao longo da história e nos dias atuais ganhou caráter endêmico, fazendo-se cotidianamente presente em comunidades e países de todo o mundo, sem discriminação social, racial, etária ou religiosa. (FONEITE; FEU; MERLO, 2012).
	Entende-se por violência obstétrica qualquer ato exercido por profissionais da saúde no que cerne ao corpo e aos processos reprodutivos das mulheres, exprimido através de uma atenção desumanizada, abuso de ações intervencionistas, medicalização e a transformação patológica dos processos de parturição fisiológicos (JUAREZ et al; 2012)
	Inegavelmente, o parto é um momento único e inesquecível na vida da mulher, quando o cuidado despendido pelos profissionais deveria ser singular e pautado no protagonismo da mulher, tornando-o mais natural e humano possível. Distintamente de outros acontecimentos que necessitam de cuidados hospitalares, o processo de parturição é fisiológico, normal, necessitando, na maioria das vezes, apenas de apoio, acolhimento, atenção, e o mais importe, humanização.
	Segundo Deslandes (2004), humanizar diz respeito à prestação de uma assistência que tenha como prioridade a qualidade do cuidado garantindo o respeito quanto aos direitos do paciente, sua individualidade e cultura, bem como a valorização do profissional que presta a assistência , estabelecendo um ambiente concreto nas instituições de saúde, que regularize o lado humano das pessoas envolvidas no processo de cuidar.
	Diante do exposto e considerando a relevância do tema, surgiu o interesse em investigar por meio de relatos de mulheres que tiveram seus filhos nessas circunstancias, de que forma ocorre a violência obstétrica, como ela é caracterizada. O estudo objetivou retratar a violência obstétrica sofrida por mulheres no pré - parto e parto, a partir do relato de suas vivências.
	
2. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 	
	
Entende-se por violência obstétrica toda ação ou omissão direcionada à mulher durante o pré-natal, parto ou puerpério, que cause dor, dano ou sofrimento desnecessário à mulher, praticada sem o seu consentimento explícito ou em desrespeito à sua autonomia. Este conceito engloba todos os prestadores de serviço de saúde, não apenas os médicos.
Pode-se definir também violência obstétrica como qualquer ato ou intervenção direcionada à mulher grávida, parturiente ou puérpera (que recentemente deu a luz), ou ao seu bebê, praticado sem o seu consentimento explícito ou informado e em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos e preferências.
2.1. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO AMBITO INTERNACIONAL
	
No âmbito internacional, a legislação da Argentina, Lei 26.485/2009, define violência obstétrica como: “aquela exercida pelos profissionais da saúde caracterizando-se pela apropriação do corpo e dos processos reprodutivos da mulher, através de um tratamento desumanizado, abuso da medicação e patologização dos processos naturais.” Cumpre destacar que há países que tipificam a conduta da violência obstétrica, dentre outros, Argentina, Venezuela e México.
2.2. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL
	
A violência obstétrica ainda é um tema pouco abordado no Brasil, mas muito recorrente, sendo que, segundo informações do ministério público de São Paulo, a obstetrícia é mundialmente a área médica com maior número de infrações (seja por lesões corporais ou homicídios).
	A defensoria pública de São Paulo conceitua o fenômeno como “a apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres por profissionais da saúde, por meio de tratamento desumanizado, abuso de medicalização e patologização dos processos naturais, causando perda da autonomia e capacidade de decidir livremente sobre seus corpos impactando na sexualidade e negativamente na qualidade de vida das mulheres”.
Situações que podem ser usadas como exemplos são:
Negar ou dificultar atendimento à grávida;
Deixá-la sem água ou comida;
 Gritar com ela;
Impedir a escolha de forma e de local em que o parto ocorrerá, obrigando-a, por exemplo, a se submeter a uma cesárea ou à episiotomia (corte na vagina), por interesse ou conveniência do profissional da saúde;
Proibir a entrada de acompanhante
	Como resultado de um tratamento desrespeitoso e frustrante em um momento tão delicado, muitas mulheres chegam a ter reações semelhantes às de vítimas de estupro, passando a rejeitar o próprio corpo, temer relações sexuais, além do pavor de uma nova gestação ou ansiedade por outra na tentativa de substituir as péssimas memórias.
2.2.1. VIOLENCIA OBSTÉTRICA ATUALMENTE
	Somente nos últimos anos a violência obstétrica vem sendo levada a sério por pioneiros na comunidade dos profissionais de saúde, administradores hospitalares e na justiça, tornando mais fácil o combate a ela.
Em 2014, a organização mundial da saúde publicou um documento condenando a violência obstétrica. Ela afirma que essas práticas foram consideradas normais até o fim do século xx. Nos anos 1990, já havia atenção ao assunto entre defensores de direitos das mulheres, mas a maior parte da comunidade médica não considerava o tema merecedor de debate. O primeiro documento científico sobre falta de respeito no parto é de 2000. Na Venezuela e no México, a legislação vigente em ambos países inclui um tópico específico sobre violência obstétrica. No Brasil, a federação brasileira das associações de ginecologia a obstetrícia publicou que é preciso humanizar o parto e que produzirá uma cartilha "de boas práticas em obstetrícia".
2.2.2. RELATOS
As mulheres fotografadas nesta reportagem� foram vítimas dessa forma de agressão. Em 27 de abril, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, recebeu, em mãos, um dossiê de alerta para o problema. Um dos documentos é a primeira nota técnica sobre violência obstétrica no Brasil, produzida por uma ONG que combate a violência contra a mulher, a Artemis. Lewandowski recebeu também o projeto de lei 7.633/14, que define os direitos das famílias à espera de um bebê.
�
�
2.2.3. CONSEQUENCIAS 	
As consequências para uma mulher que sofre esse tipo de violência geram insegurança ao longo do pré-natal e, muitas vezes, à um trauma (físico e psicológico) relacionado à atitudes pouco respeitosas, à ausência de um acompanhante durante a gestação ou à realização de procedimentos dolorosos sem orientação adequada e sem alívio da dor. Uma paciente mal conduzida no trabalho de parto e no parto pode ficar traumatizada, frustrada e pouco disposta após o nascimento do bebê. Sendo assim, os momentos iniciais de contato “mãe-filho” podem ser prejudicados, bem como o início do processo de amamentação. É importante ressaltar que trabalhos de partos mal dirigidos podem refletir em uma avaliação inadequada do bem-estar fetal, colocando o bebê em risco.
3. DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
	
O sistema jurídico brasileiro já possui legislação genérica a respeito da violência obstétrica, embora não haja lei específica. Contudo, existe o Projeto de Lei 7.633/2014�, em trâmite no Congresso Nacional, que dispõe sobre as diretrizes e os princípios inerentes aos direitos da mulher durante a gestação, pré-parto e puerpério e a erradicação da violência obstétrica.
	A legislação nacional brasileira contempla a proteção da mulher quantoà prática de violência obstétrica. Alguns casos de violência obstétrica podem ser considerados crimes tais como homicídio, lesão corporal, omissão de socorro e crimes contra a honra.
	A Constituição Federal de 1998 contém o princípio da igualdade, e dispõe sobre o direito à plena assistência à saúde. A Lei Maior enuncia de forma original o dever do Estado de coibir a violência contra as mulheres, incluindo, portanto, o dever de prevenir e punir a violência obstétrica.
	As mulheres tem pleno direito à proteção no parto e de não serem vítimas de nenhuma forma de violência ou discriminação. A Convenção Belém do Pará determina em seu artigo 6º o seguinte: “O direito de toda mulher a ser livre de violência abrange, entre outros: a. o direito da mulher a ser livre de todas as formas de discriminação”.
	Além disso, o Brasil é signatário da Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Convenção CEDAW). Os tratados de Direitos Humanos das Mulheres inclusive a Convenção CEDAW e Convenção de Belém do Pará tem o status constitucional, no nosso entendimento e de parte da doutrina.
 
3.1. DENUNCIA
Para denunciar uma violência obstétrica, basta procurar a Defensoria Pública �do município com cópia do prontuário médico, documento que registra todos os procedimentos pelos quais a mulher foi submetida desde que chegou ao hospital ou maternidade. Para obtê-lo é preciso procurar o setor administrativo da instituição e solicitá-lo. O único custo que pode ser cobrado é o de cópia das folhas.
Além disso, mulheres que sofreram ou têm conhecimento sobre este tipo de violência podem fazer sua denúncia no Mapa da Violência Obstétrica. O Mapa foi criado por uma vítima e está sendo administrado pela ONG Artemis. Criada em 2013, a Artemis tem o objetivo de “prevenir e erradicar a violência obstétrica” no Brasil, contribuindo com a criação de políticas públicas e sensibilizando a sociedade.
As denúncias relatadas no site serão utilizadas em audiências públicas sobre o tema, além disso, são uma referência para pesquisadores, jornalistas e para as próprias mulheres que precisam de apoio para fazer suas denúncias.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verifica-se que a violência obstétrica pode-se mostrar de diversas formas no trabalho de parto e parto, desde a não explicação e solicitação de autorização para a realização de procedimentos, até a injúria verbal, exprimida por palavras ofensivas, visando impedir a mulher de demonstrar o que estava sentindo no momento antecedente e durante a parturição, de modo que, ao longo dos anos de discussão sobre a Política Nacional de Humanização ao Pré-Natal, Parto e Puérpério, o processo de institucionalização do parto no Brasil continua interferindo na medicalização do parto e no incremento dos índices de cesariana, medicalização do corpo feminino e o seu impedimento de ser sujeito pleno de sua história, perpetuando a violência obstétrica.
Ressalta-se que a violência obstétrica é ainda pouco reconhecida enquanto um ato violento, pois no mesmo momento que ela ocorre, as mulheres estão vivenciando marcantes emoções, que as fazem se calar, sendo necessário abordar os direitos da mulher durante a gestação, parto e pós-parto, especialmente nas consultas de pré-natais, onde tem-se a oportunidade de abordar os variados assuntos e, instrumentaliza-la para à tomada de decisões no que se refere ao seu corpo e a sua parturição , e que ela possa argumentar e denunciar situações de desrespeito.
5. REFERÊNCIAS 
01- http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/08/vitimas-da-violencia-obstetrica-o-lado-invisivel-do-parto.html 
02 - http://mdemulher.abril.com.br/saude/bebe/hora-do-parto-o-que-e-considerado-violencia-obstetrica
03 - http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/41/violencia%20obstetrica.pdf
04 - http://www.bolsademulher.com/bebe/gravida/materia/violencia-obstetrica-saiba-o-que-e-e-como-denunciar
05 - http://acritica.uol.com.br/noticias/parto-relatam-violencia-obstetrica-hospitais_0_1299470073.html
FONTE: httpS://meureservado.blogspot.com.br/2016/06/sobre-violencia-obstetrica.html
� � HYPERLINK "http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/08/vitimas-da-violencia-obstetrica-o-lado-invisivel-do-parto.html" �http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/08/vitimas-da-violencia-obstetrica-o-lado-invisivel-do-parto.html�
� Em anexo cópia da proposição do projeto de lei.
� Em anexo, cartilha da Defensoria Publica do estado de SP.

Continue navegando