Buscar

J - Da Ação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Da Ação
Trilogia estrutural do direito processual
Ação – Jurisdição – Processo
A ação provoca a jurisdição que se exerce através de um complexo de atos que é o processo.
Conceito
Ação é um direito subjetivo público de pleitear ao poder judiciário uma decisão sobre uma pretensão.
Elementos da ação
As partes: correspondem ao autor e réu, isto é, quem pede e contra quem se pede a providência jurisdicional.
O pedido: é o objeto da ação. 
Bem jurídico pretendido pelo autor perante o réu. 
O autor pede uma providência jurisdicional que tutele um interesse seu, quanto a um bem pretendido material ou imaterial. 
Bens Imateriais: a honra, a liberdade, a vida.
O pedido é imediato ou mediato.
Imediato: espécie de providência jurisdicional solicitada ao estado.
Exemplos: uma sentença condenatória, declaratória ou constitutiva, uma providência executiva ou cautelar.
Mediato: é o bem da vida. O pedido mediato é a utilidade que se quer alcançar pela sentença ou providência jurisdicional, isto é, o bem material ou imaterial pretendido pelo autor.
Exemplos: o pagamento de uma soma em dinheiro, a entrega de uma coisa, a realização de um serviço.
Causa de pedir (causa petende): fundamento jurídico da ação, conforme estabelece o artigo 282, III do CPC.
Condições da ação: São requisitos especiais ligados a viabilidade da ação. Requisitos que a ação deve preencher para que se profira uma decisão de mérito.
Mérito é a pretensão do autor, deduzida em juízo; é a matéria de fato e de direito em julgamento.
Possibilidade jurídica do pedido: consiste na viabilidade do pedido, isto é, invocar ou formular pedido admitido pelo direito objetivo ou que não seja proibido por este. Se o pedido não for possível, acarreta a extinção do processo, conforme artigo 267,VI do CPC.
Interesse de agir: somente pode pleitear a providência jurisdicional quem tenha necessidade de provocar o poder judiciário para obter o pronunciamento de um direito violado ou ameaçado sobre um bem material ou imaterial. Se faltar interesse de agir, haverá extinção do processo, conforme artigo 267,VI do CPC.
Legitimidade para a causa: é a identidade existente entre a pessoa que pede a tutela jurisdicional e o direito indicado como ameaçado ou violado. A legitimidade para a causa está ligada a titularidade do direito de ação e deve verificar-se tanto no polo ativo (autor) como no polo passivo (réu) da relação processual. 
Legitimidade ativa: é examinada quando ao autor. É preciso que este seja titular da pretensão a tutela jurisdicional. Em regra, só pode demandar aquele que for sujeito da relação jurídica de direito material trazida a juízo.
Legitimidade passiva: a legitimidade passiva é vista quanto ao réu, ou seja, a pessoa contra quem se pode exigir a pretensão.
Legitimidade ordinária: a ação é exercida pelo titular da relação jurídica do direito material.
Legitimidade extraordinária: a ação é exercida para a defesa de direito alheio, desde que a lei expressamente autorize, conforme artigo 6 do CPC. Se faltar legitimidade para a causa, haverá extinção do processo conforme artigo 267, VI do CPC.
Carência da ação: a falta de qualquer das condições da ação importará na carência desta.
Declarando o autor carecedor da ação, o juiz extinguirá o processo, sem resolução do mérito e condenará o carecedor da ação ao pagamento das custas do processo e as consequências da sucumbência.
Se ocorrer a carência da ação, pode o autor ingressar em juízo com a mesma ação pela simples razão de não ter o juiz julgado o mérito do pedido.
O autor tem a faculdade de renovar a ação tantas vezes quantas forem as extinções.
Classificação das ações: ação de conhecimento, ação de execução e ação cautelar correspondem, respectivamente, ao processo de conhecimento, processo de execução e processo cautelar.
Ação de conhecimento: o juiz conhece o litígio. Toda vez que o autor solicitar ao juiz uma sentença, um decisão, referente a um direito ameaçado ou violado a ação será de conhecimento.
Na ação de conhecimento o juiz conhecerá a pretensão do autor, as alegações do réu, e em face das provas profere uma decisão.
A ação de conhecimento visa obter do juiz uma sentença de mérito.
A ação de conhecimento divide-se em: condenatória, declaratória ou constitutiva.
Ação condenatória: o autor pretende obter do juiz uma sentença de condenação do réu, ao cumprimento de uma prestação de dar, de fazer ou não fazer, de abster-se da prática de algum ato ou de desfazer o que por ele for feito. 
A sentença condenatória cria um título judicial.
Ação declaratória: visa obter do juiz uma sentença declaratória que declare a certeza da existência ou inexistência da relação jurídica, ou a autenticidade ou falsidade de um documento.
Com a sentença declaratória se esgota a função jurisdicional. Se o autor, depois, quiser exigir o direito, tornado certo por meio dessa decisão, deverá propor uma ação condenatória.
Ação constitutiva: visa uma sentença que possa modificar uma situação jurídica existente criando uma situação jurídica nova.
Ação de execução: visa o cumprimento forçado de um direito já reconhecido. A ação de execução tem por pressuposto um título judicial ou extrajudicial e com fundamento nele, o credor requer os atos e meios judiciais contra o devedor.
O título judicial corresponde à sentença condenatória proferida no processo de conhecimento.
O titulo extrajudicial corresponde aos títulos de crédito. Exemplos cheque, nota promissória, duplicata etc.
Ação cautelar: visa uma medida urgente e provisória com o fim de assegurar os efeitos da ação principal, que pode estar que pode estar em perigo por eventual demora.
A ação cautelar tem por finalidade a garantia do resultado do processo de conhecimento ou do processo de execução, contra o perigo da demora que normalmente ocorre durante seu processamento.
São pressupostos específicos da ação cautelar:
Periculum in mora (“perigo na demora”): consiste na ameaça de lesão grave e de difícil reparação em virtude da demora.
Fumus boni iuris (“fumaça do bom direito”): consiste na probabilidade de êxito da pretensão ou a aparência do bom direito, que é pedida por antecipação.

Outros materiais