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passa a não valer para “B” e “C”. Exceto se “B” e “C” for ao banco negociar a dívida junto com “A”. 4. Impossibilidade da Prestação Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. Ex. Os devedores não puderam entregar o produto por culpa de A. A obrigação permanece para os três e A responde por perdas e danos. Devedores Credor A + B + C D (Deu causa a impos- “A” ,“B” e “C” respondem pela entrega. sibilidade da entrega do produto) “A” responde sozinho por Perdas e Danos por ter dado causa a impossibilidade da prestação. 5. Juros da Mora Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. Ex: Por causa de “A” o pagamento foi realizado em atraso (30/09) gerando juros de mora “A”, “B” e “C” pagam e “B” e “C” cobram (têm direito de regresso) de “A”. Devedores Credor A + B + C D Data do Vencimento = 10/09 Obs: na mora a entrega ainda é útil, isto é, mesmo com atraso a entrega interessa ao credor. 6. Exceções Pessoais (Matéria de Defesa) Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. Devedores Credor A + B + C D Terá que se defender no processo. “C” não pode alegar uma dívida que “D” tem com “B” (pois a exceção era apenas de “B”). Mas se a exceção pessoal for de “C”, ou de todos, pode. 7. Morte Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. Ex: Numa dívida de R$300 Devedores Credor A + B + C D A¹ e A² = R$100 espólio Indivisível= “D” cobra de A¹, A², “B” e “C”. Divisível= “D” cobra apenas a quota parte de A¹ e de A². Obs: Espólio é a herança na justiça. Bens que ficam por morte de qualquer pessoa. Obrigações Naturais (Imperfeitas para os escritores alemães) As Obrigações naturais se opõem às obrigações civis. Obrigação natural é aquela em que o credor não tem o direito de exigir a prestação e o devedor não está obrigado a pagar. Não há sanção e se houver pagamento não pode ser repetido (devolvido). Não existe garantia nem responsabilidade do devedor. Não existe sequer o vínculo. A RETENÇÃO DO PAGAMENTO é a única garantia atribuída pelo direito positivo a esta espécie de obrigação. Ex. 1. Gorjeta de um garçom, a não ser que haja norma. 2. Comissão amigável para intermediar venda de um imóvel. Não são corretores profissionais e não há obrigatoriedade de remuneração da intermediação. Ninguém pode exigir (art.564, III e 832) Art. 564. Não se revogam por ingratidão. III – as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural. Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. Obrigações Principais e Acessórias Art. 92 (noção de principal e acessório). O acessório segue o principal. As obrigações principais nascem existem por si mesmas (independentes). As obrigações acessórias surgem unicamente para se agregar a outras. Elas dependem da principal. Distinção: A obrigação acessória segue a sorte da obrigação principal. Desaparecendo a obrigação principal desaparece a obrigação acessória. A recíproca não é verdadeira. Ex. o contrato principal pode ser perfeito, sendo nula a fiança, por incapacidade do agente. Mas se nulo for o contrato principal, não havemos de falar em fiança, porque nada mais há o que garantir. Transferência da Obrigação Principal = Transferência da Obrigação Acessória. Exceção: fiança. O fiador garante um primitivo devedor e só com a sua anuência garantirá outro, pois é uma garantia pessoal (intuito persona, personalíssima), baseada na confiança. O caráter acessório e/ou principal pode emanar da: a) Vontade das partes: são comuns os direitos de garantia como a fiança (garantia pessoal) e o penhor e a hipoteca (garantias reais). A fiança, o penhor e a hipoteca são obrigações acessórias a uma obrigação principal. Constituem um reforço para o adimplemento da obrigação principal. (servem para garantir o cumprimento da principal). Ex: juros: sua existência depende da principal e são considerados frutos civis. Podem ser demandados autonomamente, porque ganham foro de obrigação autônoma, sem perderem seu caráter de acessório. b) Lei: é o caso da evicção, onde o vendedor, além da obrigação inerente à compra e venda, de entregar a coisa vendida, é obrigado a resguardar o comprador contra os riscos. (art. 447 CC) Art. 447: Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. Obrigações Líquidas e Ilíquidas Líquidas: estão presentes os requisitos que permitem a imediata identificação do OBJETO DA OBRIGACAO (qualidade + quantidade + natureza) Art. 1533 do CC/1916: Considera-se líquida a obrigação certa, na sua existência, e determinada, quanto ao seu objeto. Ex. obrigação de pagar R$ 1.000,00, 100 sacas de cereal, entregar automóvel específico. Ilíquidas: o objeto da prestação é desconhecido (não há quantidade e gênero). Diante da impossibilidade o juiz pode dar a sentença ilíquida (não pode mensurar). Exigem uma posterior liquidação (ex. perícia). A ilíquida é incerta quanto à existência e indeterminada quanto ao objeto. Ex. bateram no carro do taxista, ele vai exigir perdas e danos, se o juiz não determinar o valor é ilíquida porque não está determinada. OI => processo de liquidação (CPC arts. 586 e §§ / 603 a 611) => OL Obrigação Ilíquida X Obrigação de Dar Coisa Incerta Decorre do processo Provém geralmente de contratos Tendência de toda coisa ilíquida: liquidez. Tendência de toda coisa incerta: certeza (por meio da escolha). Obrigações Puras e Simples As obrigações puras e simples são as de dar, restituir, fazer e não fazer. Característica: credor + devedor + objeto da prestação. Obrigações Condicionais Art. 121 (Conceito de Condição) 1. Condição Suspensiva (Art.125): quando os contraentes protelam temporariamente a eficácia do negócio até a realização do evento futuro e incerto. Se pendente tal condição, só com seu implemento é que o contrato se aperfeiçoará. Não há débito, nem obrigação, nem ação, apenas um Direito Eventual. Ex. o contrato de compra e venda do quadro X só produzirá efeitos se ele for aceito numa exposição internacional. Conseqüências da Condição Suspensiva: Pagamento: não se pode exigir o pagamento da obrigação antes do implemento da condição. Restituição: caberá a repetição do indébito se o devedor pagar a obrigação antes do implemento da condição (art.876). Ex. a compra de um cavalo se ele ganhar o prêmio Y. Cabe repetição se tiver pago o cavalo e ele não ganhar. Se não tiver pago e ele não ganhar extingue-se a obrigação. Extinção: extingue-se a obrigação se a condição não se realizar. Novas disposições: art. 126 Ex: A doa um objeto a B sob condição suspensiva e vende o mesmo bem a C. A venda será nula se realizada