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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL De 25 abril a 27 junho/ 2012 Profa. Marisa Estela Karam Comportamento Organizacional � Apresentação: ▫ Alunos/Professora ▫ Objetivos ▫ Metodologia ▫ Critérios de avaliação ▫ Conteúdo programático Profa. Marisa Karam ABR –MAI –JUN – 2012 Objetivos: �Estudar, analisar e discutir os aspectos conceituais e práticos do comportamento nas organizações. �Visa proporcionar aos alunos uma visão crítica baseada na concepção da gestão de pessoas nas organizações. �Pretende-se alcançar esse objetivo através da leitura, análise e discussão de textos/estudo de caso acerca dos conceitos e do contexto histórico e atual sobre o comportamento humano nas organizações. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Metodologia de Ensino � Exposição dialogada/discussão entre Professor e Alunos, � Discussão de estudo de caso Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam CRONOGRAMA ABR 1ª Aula MAI 2ª Aula MAI 3ª Aula MAI 4ª Aula MAI 5ª Aula MAI 6ª Aula JUN 7ª Aula JUN 8ª Aula JUN 9ª Aula JUN 10ª Aula 25/04 02/05 09/05 16/05 23/05 30/05 06/06 13/06 20/06 27/06 ABR –MAI –JUN – 2012 Conteúdo programático Contexto atual das organizações • Análise do cenário atual. • Flexibilidade do trabalho e sua diferentes acepções. • Desafios para gestão flexibilizada de pessoas. • Desafios para os gerentes. • Compatibilizar necessidades individuais e necessidades organizacionais. Comportamento Organizacional • Evolução dos estudos sobre o tema. • Definições e modelos de análise sobre comportamento organizacional – CO. Profa. Marisa Karam ABR –MAI –JUN – 2012 Conteúdo programático Abordagens sobre Comportamento Organizacional Descrever as abordagens adotadas pelas organizações no decorrer do tempo. Influência histórica de seus modelos Comportamento Organizacional – reflexão e crítica Refletir sobre o comportamento organizacional do ponto de vista das abordagens e seus paradigmas. Comportamento Organizacional e Gestão com Pessoas A partir da análise sobre subjetividade e objetividade nas organizações estabelecer as 3 abordagens dominantes na área de recursos humanos – funcionalista; estratégica e política. Avaliação dos alunos Apresentação de trabalho dos alunos e ou prova. Profa. Marisa Karam ABR –MAI –JUN – 2012 Bibliografia • DAVEL, E.; VERGARA, S.; (et al.). Gestão com pessoas e subjetividade. São Paulo: Atlas, 2006. • HANASHIRO, D.; TEIXEIRA, M.; GODOY, A. (et al.). Gestão do fator humano: uma visão baseada em stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2007. • KANAANE, R. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1995. • LIMONGI-FRANÇA, A. C. (et al.). As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002. • MACÊDO, I.; (et al.). Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. • MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008. • PAGÉS, M. (et al.). O poder das organizações. São Paulo: Atlas, 2006. • RHINOW, G. Inovando e competindo por meio da gestão de pessoas. RAE Light. São Paulo: v. 8, n.1, 2001. • SIQUEIRA, M. M. M. Medidas do comportamento organizacional. Estudos de Psicologia. São Paulo: n. 7, 2002. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional Out.; Nov. e Dez/2011 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL CONTEXTO Profa. Marisa Estela Karam Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional – Contexto Cenário atual marcado por constantes transformações que interferem: na forma de organizar as empresas (estratégias e posição tática); na concepção e organização do trabalho, o trabalho repetitivo é substituído por atividades que exigem do profissional diagnosticar, prevenir, decidir e antecipar-se aos fatos de determinada situação ABR –MAI –JUN – 2012 FLEXIBILIDADE DO TRABALHO: DIFERENTES ACEPÇÕES 1. Numérica: liberdade dos empregadores de modificar seus efetivos de pessoal e contratar trabalhadores a título temporário ou tempo parcial 2. Tempo de trabalho: da jornada, do tempo parcial, da duração máxima da jornada e da semana, da organização, do ano, personalização dos horários e flex-time, eliminação das restrições ao trabalho noturno e aos períodos de repouso obrigatório. Visa a adaptar o tempo de trabalho ao volume de serviço necessário. 3. Funcional: não-fragmentação, não-divisão da mão-de-obra, mobilidade interna. Preconiza a compatibilidade entre o quadro de pessoal efetivo e o volume de trabalho a ser realizado. Suscita a terceirização, trabalho em tempo parcial e a prestação de serviços. 4. Remuneração: visa à adequação dos salários às condições econômicas dadas. Desindexação dos salários e ao atrelamento destes a índices de produtividade, a diminuição da parcela fixa dos salários e ao aumento correlativo da parcela variável. 5. Gestão: adoção de técnicas que permitem o uso mais eficiente dos recursos materiais, financeiros, tecnológicos e de informação para alcançar os objetivos organizacionais de forma competitiva. Diz respeito à melhoria de processos, rotinas e técnicas de produção. Equipes autogestoras, formação de funcionários polivalentes, rodízio de tarefas entre os funcionários e os programas de aprimoramento em qualidade e produtividade etc. Profa. Marisa Karam ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam DESAFIOS PARA A GESTÃO FLEXIBILIZADA DE PESSOAS 1. Globalização 2. Cadeia de valor para a competitividade empresarial e os serviços de RH 3. Lucratividade entre custo e crescimento 4. O foco na capacidade 5. Mudança de parâmetros 6. Tecnologia 7. Atração, retenção e mensuração da competência e do capital intelectual ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam DESAFIOS PARA OS GERENTES 1. Globalizar as operações da organização para competir na aldeia global 2. Gerenciar a diversidade nas equipes 3. Encorajar o comportamento ético, atitudes positivas e integridade pessoal 4. Avançar e implementar inovações tecnológicas no ambiente de trabalho ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam COMPATIBILIZAR NECESSIDADES NECESSIDADES INDIVIDUAIS ORGANIZACIONAIS DESAFIO ABR –MAI –JUN – 2012 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL – Evolução e Definição Profa. Marisa Estela Karam 1. Cada grupo deverá eleger um redator, um mediador, um apresentador 2. Discutam em pequenos grupos o conceito: “Comportamento Organizacional” 3. Anotem cada definição em uma folha 4. Escrevam as definições no quadro 5. Cada grupo deverá em plenária apresentar e justificar a definição Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 De acordo com Siqueira, 2002, a delimitação do campo do CO, ocorreu na década de 60, quando Pugh (1966 ; 1969) definiu CO como: “o estudo da estrutura e do funcionamento de organizações e do comportamento de grupos e indivíduos dentro das organizações. Apoiada em outras disciplinas como Psicologia, Sociologia e Economia”. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Pugh e Payne, 1971: A preocupação é diferenciar o campo da CO da Psicologia Industrial/Organizacional. � Argumentam que as atividades organizacionais constituem um objeto de estudo e não um contexto para onde conhecimentos psicológicos são simplesmente transferidos e aplicados. (SIQUEIRA, 2002) Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Pugh e Payne, 1971 – e o modelo para CO: Propõem 4 níveis deanálise 1. Indivíduos; 2. Equipes ou pequenos grupos de trabalho; 3. Departamentos ou setores organizacionais; 4. Organização como um todo. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 A partir de 1979 a Annual Review of Psychology reconhece a importância acerca do conceito e passa a publicar periódicos bianuais sobre temas de interesse dessa nova disciplina. Diversos estudiosos passam a pesquisar à respeito, entre eles Staw, 1984. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Para Staw (1984 ) CO é definida como: “ ... um campo multidisciplinar que examina o comportamento de indivíduos dentro de ambientes organizacionais, como também a estrutura e o comportamento das próprias organizações”. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 A partir dessa definição duas grandes áreas são postuladas: � Macro comportamento organizacional � Micro comportamento organizacional Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 � Macro comportamento organizacional ou Teoria das Organizações � Raízes: Sociologia, Ciência Política e Economia. � Ênfase: estudos e análise sobre a estrutura, o design e as ações das organizações dentro de contextos socioeconômicos. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 � Micro comportamento organizacional � Raízes: Psicologia. � Ênfase: estudos e análise sobre as atitudes e comportamentos individuais e sobre os processos através dos quais as atitudes e comportamentos influenciariam e seriam influenciados pelos sistemas organizacionais. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Há, ainda, divergências acerca do tema - Robbins (1999), defini CO: “... área de investigação sobre a influência que indivíduos, grupos e estrutura organizacional exercem sobre o comportamento dentro das organizações”. (SIQUEIRA, 2002) Ênfase: na compreensão da CO centrada num comportamento genérico dentro das organizações, sob a influência exercida por fatores individuais, grupais e estruturais da própria organização. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Para Robins (1999), apresenta um modelo básico para análise: 1. Individual: variáveis biográficas, de personalidade, valores, comportamentos e habilidades, como fatores que influenciam os processos psicológicos de percepção, motivação e aprendizagem individuais, que por sua vez afetam o processo de tomada de decisão individual. 2. Grupo/equipes de trabalho: interações bidirecionais entre os processos de tomada de decisão grupal, comunicação, liderança, conflito, poder, política, estrutura de grupo e equipes de trabalho. 3. Organização como um todo: cultura, políticas e práticas de recursos humanos, estrutura e dimensionamento da organização, tecnologia e dimensionamento do trabalho. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Por outro lado Wagner III e Hollenbeck (1999) entende CO: “... como um disciplina que busca prever, explicar, compreender e modificar o comportamento humano no ambiente empresarial”. Ênfase: está nos processos de análise do comportamento humano (previsão, explicação, compreensão e modificação), portanto semelhante aos objetivos tradicionais da Psicologia Industrial/Organizacional. (SIQUEIRA, 2002) Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 Para Wagner III e Hollenbeck (1999), existem 03 níveis de análise: 1. Micro organizacional: contribuição da Psicologia. Ênfase nos aspectos psicossociais do indivíduo e as dimensões de sua atuação no contexto organizacional. 2. Meso organizacional: contribuição da Sociologia, Antropologia e da Psicologia Social. Ênfase nos aspectos dos processos de grupos e equipes de trabalho. 3. Macro organizacional: contribuição da Antropologia, Ciências Sociais e Sociologia. Ênfase no entendimento da organização como um todo. Profa. Marisa Karam Comportamento Organizacional ABR –MAI –JUN – 2012 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL – Abordagens Profa. Marisa Estela Karam XIX XIX/XX XX XX XX até anos 1880 anos 1920 anos 1950/1960 anos de 1980 Modelo Org. Taylorismo Rel/s Humanas Sistêmico Japonês Hipermodernas •Ênfase no paradigma tecnológico •Papel secundário do trabalhador •Gestão disciplinar por meio do foreman (chefe) •Energia elétrica/indústria química •Estudo de tempos e movimentos •Respeito à fisiologia •Mudança de atitude mental •Tentativa de adm. da percepção • Conhec. da personalidade do trabalhador •Prosp. recíproca (padrões e empregado) FORDISMO •Respeito a fisiologia •Mudança de atitude mental •Tentativa de administração da percepção • Conhec. da personalidade do trabalhador •Motivação / comunicação/ envolvimento •Reconhecimento do papel do grupo •Revisão das relações Homem X Máquina •Integração dos diversos departamentos •Deming e as Políticas da Qualidade •JIT/Kanban/CCQ •Estabilidade Relativa •Teorização do modelo japonês como produção enxuta •Crise dos anos 1990 (especulação financeira) •Gestão do Conhecimento •Gestão pelo inconsciente •Modelo de infantilização •Controle a distância (implícito / explícito) •Gestão do Conhecimento Fonte:Heloani, 2010 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Segunda Revolução Industrial – Sec. XIX – XX Taylorismo • Ênfase no paradigma tecnológico • Modelo Baseado na Engenharia • Papel secundário do trabalhador • Ênfase na tarefa • Estudos de tempos e movimentos • Respeito à fisiologia • Mudança de atitude mental • Tentativa de administração da percepção • Conhecimento da personalidade do trabalhador Profa. Marisa Karam Abordagem Administração Científica - Modelo de Taylor – Início do sec. XX ABR –MAI –JUN – 2012 Abordagem Administração Científica: Modelo Taylor – Início do sec. XX Organização do trabalho • Separação trabalhador intelectual-braçal • Controle dos processos produtivos (tempos e movimentos) • Dependência do “trabalho vivo” • Expande a partir de 1910 • Consolidação se dá nos Estados Unidos e Europa a partir da década de 1920 Estrutura macroeconômica • II Revolução Industrial • Trustes e cartéis • Produção em massa Modo de regulação •Homo economicus • Elevar o número de consumidores (proposta genérica) Obs.: proposta de regulação não explicita: mudança de atitude mental Profa. Marisa Karam ABR –MAI –JUN – 2012 O sistema de regulação fordista constituiu a base de sustentação de um período na história do capitalismo em que foi possível conciliar crescimento econômico com quase pleno emprego e políticas de bem estar social. Costa, 2007 Profa. Marisa Karam Abordagem Humanística: Modelo Fordista Século XX (anos de 1920) ABR –MAI –JUN – 2012 Fordismo • Ritmo de trabalho imposto pela esteira • Surgimento de grupos informais como reação à tentativa de padronização da subjetividade • Importância de se gerenciar grupos informais • Produtividade não apenas como uma questão técnica • Avant-première da Escola de Relações Humanas Profa. Marisa Karam Abordagem Humanística: Modelo Fordista Século XX (anos de 1920) ABR –MAI –JUN – 2012 Sec. XX muitos pesquisadores contribuíram para o estudo da satisfação do indivíduo no trabalho, entre eles: � Elton Mayo– pesquisas relevantes para o estudo do comportamento humano, da motivação dos indivíduos em relação a atingir as metas organizacionais – culminaram com a Escola das Relações Humanas por volta de 1924 – questões relativas a saúde física e mental do trabalhador. Abordagem Humanística: Modelo Escola das Relações Humanas – Elton Mayo Profa. Marisa Karam ABR –MAI –JUN – 2012 � Trabalho de Maslow sobre a hierarquia das necessidades. � Pesquisas de Eric Trist – objetivo: tornar as atividades dos trabalhadores menos penosas – estudava um modelo macro para tratar a questão – Indivíduo – Trabalho – Organização � MacGregor com a Teoria X e Teoria Y – busca a integração entre os objetivos individuais e organizacionais; a liderança apoiada nas relações interpessoais da unidade de trabalho. � Chrys Argyris – concepção de maturidade e imaturidade. Profa. Marisa Karam Abordagem Comportamental ABR –MAI –JUN – 2012 � Herzberg – suas pesquisas detectaram que os entrevistados (engenheiros e contadores) associavam a insatisfação com o trabalho ao ambiente e a satisfação com o trabalho ao conteúdo. Teoria dos Fatores: � Fatores higiênicos – capazes de produzir insatisfação: a política e administração da empresa, as relações interpessoais, supervisão, condições de trabalho, salários, status e segurança no trabalho. � Fatores motivadores – geradores de satisfação: abrangem realização, reconhecimento, o próprio trabalho, responsabilidade e progresso ou desenvolvimento. Profa. Marisa Karam Abordagem Comportamental ABR –MAI –JUN – 2012 “... organizações que aprendem recorrem ao pensamento crítico e à realidade rigorosa dos dados da realidade para garantir uma margem competitiva sustentável em longo prazo em relação às demais organizações de mesmo segmento. Infelizmente as organizações geradoras de conhecimento ainda são raras”. (WAGNER III E HOLLENBECK, 2003) Profa. Marisa Karam Abordagem das Organizações Contemporâneas – Um Sistema de Aprendizagem ABR –MAI –JUN – 2012 “... Em um ambiente no qual a administração da mudança inclui a necessidade de administrar surpresas, as empresas, frequentemente, se vêem diante da necessidade de aprender com seus próprios erros. Essa capacidade de aprender continuamente tem identificado muitas empresas como se convencionou chamar de learning organization – organizações de aprendizagem”. (VERGARA, 2000) Profa. Marisa Karam Abordagem das Organizações Contemporâneas – Um Sistema de Aprendizagem ABR –MAI –JUN – 2012 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL – Reflexão e Crítica Profa. Marisa Estela Karam Profa. Marisa Karam Sob a vigência dos contratos coletivos e das legislações de proteção ao trabalhador e de seguridade social, os acordos políticos entre Estado, capital e trabalho encarregaram-se de conciliar crescimento econômico e social até meados dos anos 1970. Costa, 2007 Reflexão e Crítica – modelos e abordagens ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Após a dec. 70 o sistema ameaçado por fenômenos novos da concorrência intercapitalista e por uma ideologia reducionista do papel do estado na economia e de desregulamentação dos mercados de trabalho. Juran e Deming (gurus da qualidade) – a partir da dec. 70, são os precursores da discussão das questões de qualidade pessoal como parte dos processos de qualidade organizacional. Fonte: Limongi, 2005 Reflexão e Crítica – modelos e abordagens ABR –MAI –JUN – 2012 (...) o taylorismo elaborou a primeira tentativa de administração da percepção dos trabalhadores num contexto de produção em massa. (...) as teorias da qualidade conseguem reordenar a subjetividade do trabalho num mundo globalizado, cuja produção flexibilizada demanda outro tipo de “atitude mental”. (...) à seleção de certas habilidades do trabalho, sua observação e posterior sistematização no intuito de apropriação, objetivando a otimização da produção, não deixa dúvida de que a diferença entre Qualidade Total e o modelo taylorista-fordista não é significativa, pelo menos para o trabalhador. Fonte:Heloani, 2010 Profa. Marisa Karam Reflexão e Crítica: modelos e abordagens a partir dos anos 1980 ABR –MAI –JUN – 2012 (...) a organização pós-fordista, inserida num contexto empresarial altamente competitivo, deve ser flexível. Por isso, necessita contar com a participação do trabalhador, ter a sua disposição seu potencial criativo e capacidade de tomar decisões, para obter respostas rápidas, com o fim de atender às necessidades desse novo mercado, num cenário em que, por momentos, contíguos aos conflitos entre capital e trabalho, detectam-se choques de interesses entre segmentos do próprio capital altamente mundializado e competitivo e, portanto, sujeito a novidades numa velocidade nunca antes vista. Fonte:Heloani, 2010 Profa. Marisa Karam Reflexão e Crítica: modelos e abordagens a partir dos anos 1980 ABR –MAI –JUN – 2012 XIX XIX/XX XX XX XX até anos 1880 anos 1920 anos 1950/1960 anos de 1980 Modelo Org. Taylorismo Rel/s Humanas Sistêmico Japonês Hipermodernas •Ênfase no paradigma tecnológico •Papel secundário do trabalhador •Gestão disciplinar por meio do foreman (chefe) •Energia elétrica/indústria química •Estudo de tempos e movimentos •Respeito à fisiologia •Mudança de atitude mental •Tentativa de adm. da percepção • Conhec. da personalidade do trabalhador •Prosp. recíproca (padrões e empregado) FORDISMO •Respeito a fisiologia •Mudança de atitude mental •Tentativa de administração da percepção • Conhec. da personalidade do trabalhador •Motivação / comunicação/ envolvimento •Reconhecimento do papel do grupo •Revisão das relações Homem X Máquina •Integração dos diversos departamentos •Deming e as Políticas da Qualidade •JIT/Kanban/CCQ •Estabilidade Relativa •Teorização do modelo japonês como produção enxuta •Crise dos anos 1990 (especulação financeira) •Gestão do Conhecimento •Gestão pelo inconsciente •Modelo de infantilização •Controle a distância (implícito / explícito) •Gestão do Conhecimento Fonte:Heloani, 2010 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO � Schein, Handy, Mintzberg e Ulrich – a partir da dec. 90 – abordam novos conceitos de condição humana no trabalho, diversas contribuições sob a perspectiva organizacional, no que se refere a competência, estratégia, cultura e talento. � Impactos tecnológicos e econômicos mudaram a vida no trabalho. � Linguagem digital, a desfronterização da economia geram contínuas e novas exigências. � O novo cenário impacta de múltiplas formas: a experiência de tempo; a vida pessoal; o envolvimento familiar e comunitário. � Estas expectativas de alta performance requerem um novo aprender a desaprender sobre as condições de vida dentro e fora do trabalho. Fonte: Limongi, 2005 Reflexão e Crítica: modelos e abordagens a partir dos anos 1990 Profa. Marisa Karam ABR –MAI –JUN – 2012 (...) o pós-fordismo veio não só como uma resposta do capital à “crise do sistema de regulação”, mas também como forma de buscar outros meios de dominação da classe trabalhadora. O progresso tecnológico pode então ser visto como um movimento contraditório e conflituoso inserido num processo histórico de luta de classes. Nesse contexto, a chamada “gestão participativa” foi de fato uma resposta “interessada” do capital – que, num momento de dura crise na produtividade do trabalhono Ocidente, voltou-se para uma nova forma de “envolvimento” do trabalhador no processo de produção. De acordo com Heloani, o reordenamento da subjetividade no interior do processo laboral serve não só para otimizá-lo dentro do quadro de globalização do capital, mas também para garantir, em outras bases, seu domínio sobre a força de trabalho. Fonte:Heloani, 2010 Profa. Marisa Karam Reflexão e Crítica: modelos e abordagens a partir dos anos 1990 ABR –MAI –JUN – 2012 (...) De acordo com Heloani, o neoliberalismo, como elemento imprescindível para a consecução do pós-fordismo, tenta apresentar-se como projeto técnico, apolítico, quando, em verdade, é eminentemente político em suas ações e objetivos. Estado mínimo é simplesmente um Estado enxuto, que reduz sua intervenção. O que o grande capital verdadeiramente deseja é a canalização dos esforços estatais para a realização de seus próprios escopos. (...) Para o autor o pós-fordismo em qualquer de suas versões – oriental ou ocidental – não é a morte do taylorismo. Na verdade, não difere, em muitos aspectos, do taylorismo-fordismo. Faz parte, isso sim, da ofensiva neoliberal que, tudo leva a crer, é incompatível com as instituições verdadeiramente democráticas. Fonte:Heloani, 2010 Profa. Marisa Karam Reflexão e Crítica: modelos e abordagens a partir dos anos 1990 ABR –MAI –JUN – 2012 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL – Gestão com Pessoas, Subjetividade e Objetividade nas Organizações Profa. Marisa Estela Karam A questão da objetividade: administrando os Recursos Humanos: � Administração de RH nasce na década de 70, como campo teórico e prática social tem seu fundamento nas tradições da psicologia industrial, das teorias organizacionais, da abordagem sociotécnica, da dinâmica de grupos, entre outras. � Assim, é a partir de 70 que a ARH deixa de considerar pessoas unicamente como fatores de custo, para vê-las como recursos à disposição da empresa. � Entre as transformações que a ARH tem passado durante as últimas décadas, destacam-se 03 abordagens dominantes: Funcionalista; Estratégica e Política. Gestão com pessoas, subjetividade e objetividade nas organizações Profa. Marisa Karam Fonte: Davel e Vergara, 2006 ABR –MAI –JUN – 2012 Abordagem Funcionalista da ARH: � Dispõe a fornecer à empresa funcionários estáveis, satisfeitos, motivados e produtivos. � Princípio é aumentar a produtividade e favorecer a busca pela vantagem competitiva. Está estruturada em técnicas, procedimentos e ferramentas. � Adota um tipo de intervenção baseada em: � Tarefas funcionais de seleção, treinamento, remuneração e avaliação da performance; � Objetivos de análise do ambiente, planejamento das necessidades dos recursos humanos, avaliação do comportamento, melhoria das condições de trabalho e estabelecimento e manutenção de relações de trabalho. Observação: O elemento chave desse processo de intervenção é, sem dúvida, a ARH ao serviço da direção da empresa. Gestão com pessoas, subjetividade e objetividade nas organizações Profa. Marisa Karam Fonte: Davel e Vergara, 2006 ABR –MAI –JUN – 2012 Ambiente Interno •Valores e objetivos da alta administração •Estratégia organizacional •Tecnologia •Estrutura •Tamanho Fonte: Davel e Vergara, 2006 Ambiente Externo •Economia/ mercado • Demografia •Valores •Leis •Competidores Quem é o responsável? •Alta gerência •Gerência de linha •Departamento de RH •Empregados Análise e planejamento •Ambiente interno •Ambiente externo •Planejamento de RH •Job analysis Staffing •Recrutamento •Seleção Avaliação •Colheita de dados •Utilização de dados Remuneração •Total •Baseada na performance •Indireta Melhoria •T&D •Melhoria organizacional Manutenção •Direito dos empregados •Segurança e saúde •Relação com sindicato Objetivos gerais •Atrair •Reter •Motivar •Retreinar Objetivos específicos •Produtividade •QVT •Conformidade legal •Alcance da vantagem competitiva •Flexibilidade Objetivos de base •Sobrevivência •Competitividade •Crescimento •Lucratividade •AdaptabilidadeFunções da ARH •Ligação c/ o negócio •Habilitador •Monitor •Inovador •Adaptador Objetivos e funções da ARH Abordagem Funcionalista Abordagem Estratégica da ARH: � Início da dec. 80 é influenciada pela abordagem estratégica e pelas forças do ambiente, da competição internacional e nacional. � Busca alinhar suas funções tradicionais aos objetivos estratégicos da empresa diante das imposições do mercado, a finalidade é favorecer a flexibilidade e a adaptabilidade das pessoas às mudanças organizacionais e ambientais. � De acordo com Sisson (1998) – 04 traços estão associados a essa abordagem: 1. Integração das políticas de pessoal com o planejamento estratégico da empresa; 2. Locus de responsabilidade não é mais situado no âmbito dos gerentes de pessoal mas, sim, nos gerentes de linha; 3. Foco de atuação muda das relações ARH-Sindicato para ARH-Empregados, portanto muda do âmbito coletivista para outro individualista; 4. Comprometimento e o exercício da iniciativa são exaltados em um contexto no qual chefes e supervisores desempenham o papel de facilitadores e de coaches. Gestão com pessoas, subjetividade e objetividade nas organizações Profa. Marisa Karam Fonte: Davel e Vergara, 2006 ABR –MAI –JUN – 2012 Estratégia da empresa Conjunto de RH Capital (habilidades, competências) Forças ambientais, institucionais e políticas Práticas da ARH Resultados organizacionais (performance, satisfação, absenteísmo etc. Comportamentos dos RH Referência estratégica Pontos/Prospectos Foucaultiana Ecologia populacional Dependência dos recursos institucional Abordagem behaviorista Cibernética, Custos de transição Capital humano Visão da firma baseada em recursos Modelo conceitual das teorias em Adm. Estratégica de RH Fonte: Davel e Vergara, 2006Abordagem Estratégica Abordagem Política da ARH: � Essa abordagem a ARH se nutri de variadas abordagens (cibernética; os custos de transação; a behaviorista; institucionalistas; foucaultianas; teorias da ecologia populacional). � As repercussões mais relevantes da AERH estão ligadas à linguagem e aos significados que empregados e gestores conferem a sua organização, a eles mesmos e a seu trabalho. � As forças da competitividade mundial, das mudanças no mercado de trabalho, da ética empresarial e das mudanças ambientais são os fatores que mais têm chamado atenção dos gestores de pessoas nesse tipo de abordagem. Gestão com pessoas, subjetividade e objetividade nas organizações Profa. Marisa Karam Fonte: Davel e Vergara, 2006 ABR –MAI –JUN – 2012 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Fatores de impacto na formação da personalidade Profa. Marisa Estela Karam Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações A Natureza Humana Nascimento Matriz Hereditária Emoções Básicas (tristeza, raiva, amor, medo e alegria) Percepção Estímulos com Intenção EU ++ Exemplos (Não-Verbais) ++ ++ == Adaptado: Macêdo, I. I. 6ª ed. 2008 ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Emoções Autênticas: � Alegria, afeto, tristeza, medo e raiva. Disfarces das Emoções: � Fobia, depressão, ansiedade, culpa, inadequação, confusão, vergonha... � Ressentimento, rivalidade, sadismo, inveja, agressividade, ciúme... � Desespero, inutilidade, rejeição... Comportamento Humano nas Organizações A Natureza Humana ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações A Natureza Humana O que é Percepção? � É o processo através do qual as pessoas tomam conhecimento de si, dos outros e do mundo. � Através do recebimentode dados de várias fontes, e ao sintetizar e reordenar tais dados, as pessoas encontram uma forma de construir informações. � Este processo mental ajuda as pessoas a estruturar e desenvolver o conhecimento de si e de seu ambiente, que poderão ser percebidos não como são de fato, mas como são assimilados por elas. ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações A Natureza Humana 1. Seletividade perceptiva: é a seleção da estimulação sensorial 2. Experiência prévia e consequente disposição para responder: experiências passadas facilitam ou dificultam a percepção de estímulos com os quais, anteriormente, já se teve contato. 3. Condicionamento: leva as pessoas a perceberem elementos diferentes em determinado fato, ou, pelo menos, a enfatizar elementos em maior ou menor escala. 4. Fatores situacionais: certos estados específicos do percebedor como fome, sede, depressão, cansaço pode influir na percepção. Fatores que influem no Processo Perceptivo: ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações A Natureza Humana O processo perceptivo é fundamental nos relacionamentos, pois aguça a interpretação de sinais interiores e exteriores. A Importância da PERCEPÇÃO nos RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS ABR –MAI –JUN – 2012 1. Cada grupo deverá eleger um redator, um mediador, um apresentador 2. Discutam em pequenos grupos a seguinte questão: 1. As diferenças perceptuais podem influenciar os relacionamentos interpessoais? Por que? 2. Aponte 01 ou 02 exemplos acontecidos no trabalho que demonstrem a resposta dada. 3. Anotem as respostas em uma folha 4. Cada grupo deverá em plenária apresentar e justificar as respostas dadas. Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações ABR –MAI –JUN – 2012 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Atitudes e Comportamentos no contexto do trabalho Profa. Marisa Estela Karam Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações Atitudes e Comportamentos no contexto do trabalho Atitude resultante dos valores, crenças, sentimentos, pensamentos, cognições e tendências à reação, referentes a determinado objeto, pessoa ou situação. Assim toda pessoa ao assumir uma atitude, vê-se diante de um conjunto de valores que tendem a influenciá-lo. Kanaane, 1995 ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações Atitudes e Comportamentos no contexto do trabalho Assim... Podemos entender que a atitude é uma reação avaliativa, apreendida e consolidada no decorrer da experiência de vida do indivíduo, que tem componentes básicos, presentes em sua formação. Kanaane, 1995 ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações Atitudes e Comportamentos no contexto do trabalho SignificadosComponentes � Afetivo-emocional � Cognitivo � Comportamental � Volitivo � Refere-se aos sentimentos ou reação emocional que o indivíduo apresenta em face de uma situação específica � Refere-se às crenças do indivíduo, os conhecimentos e os valores associados à situação, objeto ou pessoa � Refere-se às ações favoráveis ou desfavoráveis com relação à situação em foco � Constitui-se nas motivações, desejos, expectativas e necessidades inatos e adquiridos ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações Atitudes e Comportamentos no contexto do trabalho Comportamento: � definido como reações dos indivíduos e as respostas que estes apresentam a dado estímulo. Kanaane, 1995 ABR –MAI –JUN – 2012 Profa. Marisa Karam Comportamento Humano nas Organizações Atitudes e Comportamentos no contexto do trabalho Conclui-se... Que o estudo do comportamento humano corresponde à compreensão das ações expressas pelo indivíduo no contexto social. Estas ações poderão ou não corresponder às atitudes previamente determinadas, provavelmente em última instância, o comportamento do indivíduo representa sua capacidade de adaptar-se ao meio social em que está inserido. Kanaane, 1995 ABR –MAI –JUN – 2012 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL F I M
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