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Artigo Plano de Contas

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Impressão gerada em 11/05/2012
Publicado em nosso site em 26/05/2010
Plano de Contas - Aspectos técnicos - Roteiro de Procedimentos
Roteiro - Federal/Contábil - 2010/4129
Sumário
Introdução
I - Definição
I.1 - Contas patrimoniais
I.2 - Contas de resultado (ou Redituais ou Diferenciais)
II - Utilização
III - Aspectos técnicos para elaboração do Plano de Contas
III.1 - Objeto social da organização
III.2 - Finalidade e funcionamento das contas
III.3 - Necessidades de usuários internos e externos
III.4 - Codificação das Contas
IV - Escrituração Contábil Digital - ECD
V - Exemplo de Plano de Contas
Introdução
Em linguagem contábil, o termo conta significa a representação gráfica dos diversos componentes patrimoniais e redituais
de uma organização, ou seja, seus bens, direitos, obrigações, receitas, custos e despesas, os quais são classificados em
grupos de acordo com a sua natureza.
Analogamente à edificação de uma obra civil, em que o incorporador ou construtor não inicia o empreendimento sem o
desenho de uma planta ou o projeto de construção, assim como um piloto de avião que não decola sem um plano de voo, o
contador não deve iniciar os seus serviços contábeis sem um Plano de Contas bem elaborado, observados alguns aspectos
técnicos que serão tratados neste Roteiro, atualizado à Lei nº 11.638/2007 e Medida Provisória nº 449/2008, convertida na
Lei nº 11.941/2009.
I - Definição
O Plano de Contas é o elenco de contas com funções previamente determinadas, destinado a conduzir o registro sintético e
analítico dos fatos contábeis ocorridos no Patrimônio da entidade. Dentro da teoria patrimonialista, as contas são divididas
em dois grandes grupos:
I.1 - Contas patrimoniais
As contas patrimoniais são as que representam os Bens, os Direitos, as Obrigações e o Patrimônio Líquido da organização.
São as contas que constam do Balanço Patrimonial da entidade, sendo que para as representativas dos bens e direitos, temos
o Ativo e para representativas das obrigações, temos o Passivo.
I.2 - Contas de resultado (ou Redituais ou Diferenciais)
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As contas de resultado representam as Receitas, os Custos e as Despesas. A principal característica dessas contas é que, ao
final de cada exercício, os saldos são transferidos para uma conta transitória bilateral, a título de Resultado do Exercício, ou
seja, são zeradas quando do encerramento do exercício. Para as contas redituais, representativas de valores positivos, temos
o grupo das Receitas e para as representativas de valores negativos, temos o grupo dos Custos e Despesas.
II - Utilização
O Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil. É com sua utilização que se estabelece o banco de dados
com informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis: Diário, Razão, Balanço Patrimonial, Balancete,
Demonstração do Resultado, análises contábeis, dentre outros.
III - Aspectos técnicos para elaboração do Plano de Contas
O Plano de Contas é um instrumento que não é padronizado, ressalvados os casos em que devem ser observados os Planos
específicos regulamentados por determinados órgãos, como por exemplo, o Plano Contábil das Instituições do Sistema
Financeiro Nacional (COSIF), utilizado pelas instituições financeiras, ou as empresas sujeitas à regulamentação da
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP.
Regra geral, o Plano deve ser fiel ao contexto da operação, deve ter clareza e adequação na denominação das contas para
refletir de forma adequada as operações efetuadas pela entidade.
Apesar da elaboração do Plano de Contas envolver um certo grau de discricionariedade do contador, a estruturação do
Sistema Contábil deve considerar os seguintes aspectos técnicos:
III.1 - Objeto social da organização
O elenco de contas contempla nomenclaturas para as mais variadas situações que necessitem contabilização, envolvendo
empresas públicas, de prestação de serviços, comercial e industrial. Assim, deve sofrer as adaptações necessárias,
considerando as peculiaridades de cada entidade, embora alguns termos utilizados sejam comuns.
III.2 - Finalidade e funcionamento das contas
A elaboração do Plano de Contas objetiva homogeneizar o sistema de escrituração, classificação dos documentos,
tratamento e análise dos resultados e dos fatos contábeis.
III.3 - Necessidades de usuários internos e externos
Ao preparar seu Plano de Contas, que servirá de base para a geração de relatórios financeiros e contábeis, a entidade
também deve se atentar às necessidades dos usuários dessas informações, que podem ser internos (sócios, acionistas,
administradores etc.) e externos (CVM, Receita Federal, Tribunal de Contas etc.).
III.4 - Codificação das Contas
A codificação do Plano de Contas deve ser elaborada utilizando-se de vários níveis de detalhe, de modo a atender aos seus
usuários dentro de uma lógica de classificação das diversas operações correspondentes aos atos ou fatos contábeis
realizados.
Por exemplo:
- Resultado
- Despesas operacionais
- Administrativas
- Despesas com pessoal
Salários e ordenados
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Gratificações
Férias
Décimo terceiro salário
INSS
FGTS
(...)
IV - Escrituração Contábil Digital - ECD
 A Escrituração Contábil Digital é a contabilidade comercial das empresas e, portanto, baseada no plano de contas que a
empresa utiliza para o registro habitual dos fatos contábeis. 
Conforme as regras de validação do arquivo digital constantes do Ato Declaratório Cofis nº 36/07, alterado pelo Ato
Declaratório Executivo nº 20/2009, o registro I051 refere-se ao Plano de Contas Referencial, que é um plano de contas,
elaborado com base na DIPJ e que tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre as contas analíticas do
plano de contas da empresa e um padrão, possibilitando a eliminação de fichas da DIPJ. O e-Lalur (Livro Eletrônico de
Apuração do Lucro Real) importará dados da escrituração contábil digital e montará um "rascunho" correspondente a várias
das fichas hoje existentes na DIPJ. 
Dessa forma, quanto mais precisa for sua indicação dos códigos das contas referenciais no registro I051, menor o trabalho
no preenchimento do e-Lalur. 
Ressalve-se que o Plano de Contas Referencial previsto no registro I051 não é obrigatório.
 Nota:
 Para visualizar o Plano de Contas Referencial veja o Ato Declaratório Executivo nº 20/2009, Anexo II.
V - Exemplo de Plano de Contas
A seguir apresentamos um exemplo simplificado de um Plano de Contas, com fundamento no agrupamento de contas
determinado pela Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A), para subsidiar a elaboração do Balanço Patrimonial e da Demonstração
do Resultado. Este exemplo foi atualizado em face da Lei nº 11.638/2007 e da Medida Provisória nº 449/2008, convertida
na Lei nº 11.941/2009, que promoveu profundas alterações em relação à classificação das contas patrimoniais e redituais.
 Nota:
 Deve-se observar que não consta no exemplo do Plano de Contas abaixo, previsão de Contas de Compensação, destinadas ao registro de
operações que NÃO afetam o patrimônio no momento presente (embora possam afetá-lo no futuro). Entretanto nada impede de serem
criadas e utilizadas, se julgadas necessárias.
PLANO DE CONTAS
1. Ativo
1.1. Circulante
1.1.01. Disponível
1.1.01.01. Caixa
1.1.01.02. Bancos Conta
Movimento
1.1.01.03. Aplicações
Financeiras
1.1.02. Créditos
1.1.02.01. Duplicatas a
Receber
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1.1.02.02. (-) Duplicatas
Descontadas
1.1.02.03. (-) Provisões
para Créditos de
Liquidação Duvidosa
1.1.02.04.
Adiantamentos a
Fornecedores
1.1.02.05.
Adiantamentos a
Empregados
1.1.02.06. Impostos a
Recuperar
1.1.03. Estoques
1.1.03.01. Estoques de
Materiais
1.1.03.02. Estoques de
Produtos
1.1.03.03. Estoques de
Mercadorias
(-)Provisões para
Ajuste ao Valor
Provável de Realização
1.1.04. Despesas do
Exercício Seguinte
1.1.04.01. Seguros a
Apropriar
1.2. Não-Circulante
1.2.01. Realizável a
Longo Prazo
1.2.01.01. Investimentos
a Longo Prazo
1.2.01.01.01.
Aplicações Financeiras
1.2.01.02. Débitos de
Pessoas Ligadas
1.2.01.02.01. Débitos de
Sócios
1.2.02. Investimentos
1.2.02.01. Participações
Societárias
1.2.03. Imobilizado
1.2.03.01. Imóveis
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1.2.03.02. Instalações
1.2.03.03. Móveis e
Utensílios
1.2.03.04. Veículos
1.2.03.05. (-)
Depreciação Acumulada
1.2.04. Intangível
1.2.04.01. Marcas e
Patentes
1.2.04.02. Direitos
Autorais
1.2.04.03. Fundo de
Comércio Adquirido
1.2.04.05. (-)
Amortização do
Intangível
2. Passivo
2.1. Circulante
2.1.01. Obrigações de
Curto Prazo
2.1.01.01. Fornecedores
2.1.01.02. Obrigações
Trabalhistas e Sociais
2.1.01.03. Impostos a
Recolher
2.2. Não Circulante
2.2.01. Obrigações de
Longo Prazo
2.2.01.01.
Financiamentos
2.4. Patrimônio Líquido
2.4.01. Capital
Realizado
2.4.01.01. Capital Social
Subscrito
2.4.01.02. (-) Capital
Social a Realizar
2.4.02. Reservas
2.4.02.01. Reservas de
Capital
2.4.02.01.01 Reservas
Constituídas pela
Correção Monetária do
Capital
2.4.02.01.02. Reservas
Constituídas por Ágio
na Emissão de Ações
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2.4.02.01.03. Reservas
Constituídas por
Alienação de Partes
Beneficiárias
2.4.02.01.04. Reservas
Constituídas por
Alienação de Bônus de
Subscrição
2.4.02.03. Reservas de
Lucros
2.4.04.03.01. Reserva
Legal
2.4.04.03.02. Reserva
Estatutária
2.4.03. Ajustes de
Avaliação Patrimonial
2.4.03.01.Ajustes às
Normas Internacionais
de Contabilidade
2.4.03.02. Ajustes de
Avaliação de
Instrumentos
Financeiros
2.4.03.03. Ajustes ao
Valor de Mercado nos
casos de Incorporação,
Fusão e Cisão
2.4.04. (-) Prejuízos
Acumulados
2.4.05. (-) Ações em
Tesouraria
3. Resultado
3.1. Custos
3.1.01. Industriais
3.1.01.01. Custo de
Aquisição de Insumos
3.1.01.02. (-) Deduções
3.1.01.03. Custo da
Mão-de-Obra
3.1.01.04. Custos
Indiretos de Produção
3.1.02. Comerciais
3.1.02.01. Custo das
Mercadorias Vendidas
3.1.02.02. (-) Deduções
3.2. Despesas
3.2.01. Operacionais
3.2.01.01. Despesas de
Comercialização
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3.2.01.02. Despesas
Administrativas
3.2.01.03. Despesas
Tributárias
3.2.01.04. Despesas
Financeiras
3.2.02. Outras Despesas
3.3.02.05. (-) Ajustes ao
Valor Presente do
Realizável a Longo
Prazo
3.3.02.06. (-) Ajustes ao
Valor Presente do
Exigível a Longo Prazo
3.3. Receitas
3.3.01. Operacionais
3.3.01.01. Vendas no
País
3.3.01.02. Vendas no
Exterior
3.3.01.03. (-) Deduções
3.3.01.04. Financeiras
3.3.01.05. Outras
Receitas Operacionais
3.3.02. Outras Receitas
3.3.02.01. Prêmios
Recebidos na Emissão
de Debêntures
3.3.02.02. Doações e
Subvenções para
Investimentos
3.3.02.03. Contrapartida
dos Ajustes ao Valor
Presente do Realizável a
Longo Prazo
3.3.02.04. Contrapartida
dos Ajustes ao Valor
Presente do Exigível a
Longo Prazo
4. Apuração
4.1. Resultado do
Exercício
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