Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI - CAMPUS DE ERECHIM ANDRÉ M. PATZER, DANRLEY C. MARCHIORI, LAURA HELFENSTEIN; LUCAS COLLA, RENAN BOIANI. TRABALHO DE PSICOLOGIA DA INFÂNCIA O DESENVOLVIMENTO AFETIVO E INTELECTUAL DA CRIANÇA SEGUNDO RENÉ SPITZ E WILFRED R. BION ERECHIM, SETEMBRO de 2013 ANDRÉ M. PATZER, DANRLEY C. MARCHIORI, LAURA HELFENSTEIN, LUCAS COLLA, RENAN BOIANI TRABALHO DE PSICOLOGIA DA INFÂNCIA O DESENVOLVIMENTO AFETIVO E INTELECTUAL DA CRIANÇA SEGUNDO RENÉ SPITZ E WILFRED R. BION Trabalho da disciplina de Psicologia da Infância, Curso de Psicologia, Departamento de Ciências Humanas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim. Prof: Eluisa Leocadia Bordin Schmidt ERECHIM, SETEMBRO DE 2013 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................04 2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................05 2.1. RENÉ SPITZ.............................................................................................................05 2.2. ELEMENTOS BIOGRÁFICOS RENÉ SPITZ...................................................................05 2.3. OBRA......................................................................................................................06 2.4. O ESTÁGIO NÃO OBJETAL........................................................................................07 2.5. O PERCURSOR DO OBJETO......................................................................................09 2.6. O ESTABELECIMENTO DO OBEJTO LIBIDINAL...........................................................10 3. WILFRED R. BION...........................................................................................................11 3.1. BIOGRAFIA..............................................................................................................12 3.2. OBRA......................................................................................................................13 3.3. TEORIAS..................................................................................................................14 4. CONCLUSÃO...................................................................................................................16 5. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 17 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo explanar alguns aspectos da vida e obra de René Spitz e Wilfred R. Bion, dois estudiosos do campo do desenvolvimento cognitivo e intelectual da criança. Com embasamentos em teorias psicanalíticas, ambos os autores analisam a relação mão-bebê, a formação do bebê e como se dá sua percepção frente a essas relações, bem como a evolução da sua capacidade de cognição e enfrentamento de fronte a novos estímulos, sempre ressaltando a importância do papel materno neste desenvolvimento. ELEMENTOS BIOGRÁFICOS DE RENÉ SPITZ René Spitz (1887-1974) nasceu em Viena, e faleceu no Colorado, Estados Unidos. Começou por exercer medicina em 1910 em Budapeste onde se tornou médico. Interessado desde cedo pela psicanálise conhece Sándor Ferenczi, psicanalista e hipnotizador, que fazia parte do círculo mais próximo de Sigmund Freud. Foi Ferenczi quem o apresentou ao criador da Psicanálise, e o levou até à Sociedade Psicanalítica de Viena que consegue de Freud que este tome Spitz em análise didática. Spitz é, com efeito, o primeiro a conceber a utilidade de tal passo na formação de um analista. Em 1938, instala-se nos Estados Unidos onde exerce numerosas funções como médico, psicanalista, professor e pesquisador. René interessa-se especialmente pelo desenvolvimento geral das crianças durante os dois primeiros anos de sua vida e publica numerosos trabalhos como um deles “Le Non et le Oui” que teve grande destaque. Este interesse conduziu-o a elaborar técnicas inéditas (filmes, testes...) de observação direta de bebês pequenos aplicando os métodos da Psicologia Experimental: estudos longitudinais e transversais realizados numa população total, não selecionada, de um determinado meio, isto é, em berçários, casa de crianças abandonadas, maternidades, lares de adoção, creches entre outros. Tornou-se um teórico de referência nos meios científicos na primeira metade do século XX. René Spitz OBRA Influenciado pela perspectiva psicanalítica, Spitz elaborou sua própria teoria sobre a precocidade no desenvolvimento do bebê referindo-se diretamente aos conceitos que foram propostos por Freud: a abordagem metapsicológica, os pontos de vista estrutural e genético, os princípios de base do funcionamento psíquico e a teoria da libido, conceitos trazidos por Freud em 1986, que pode ser explicado como uma associação entre os elementos da teoria psicanalítica e as experiências vividas na clínica. A teoria de Spitz apoia-se na concepção de etapas gênese da relação objetal e da comunicação humana que ele conceituou de modo inovador. Deste modo, Spitz definiu três fases do desenvolvimento da primeira infância: O estágio não-objetal; O precursor do objeto; O estabelecimento do objeto libidinal; Os desenvolvimentos destas fases situam-se no âmbito da relação mãe-bebê, com presença de comportamentos específicos na criança que Spitz denomina “organizadores”. Por sua vez, estes revelam a existência de “organizadores do psiquismo”, dos quais os processos de maturação e desenvolvimento encontra-se em uma “aliança” que permitirá progressivamente a evolução no sentido da integração da personalidade do bebê. Após cada nova fase de integração do bebê, o parelho psíquico obtém uma evolução de mecanismos, beneficiando-se de funcionamentos novos e diferentes. O ESTÁGIO NÃO OBJETAL O estágio Não Objetal corresponde semelhantemente ao estágio do narcisismo primário. Sendo um estágio onde o funcionamento, percepção e atividade do recém-nascido ainda não estão completamente organizados em unidades, exceto em áreas que são indispensáveis para a sobrevivência do sujeito (metabolismo, consumo alimentar, circulação, funções respiratória outras mais) Spitz então a denomina de estágio de não diferenciação. Neste estágio o recém-nascido não consegue fazer diferenciações entre uma coisa e outra; não consegue distinguir uma coisa externa de seu próprio corpo e não experimenta o meio que o cerca como sendo separado dele mesmo. Desta maneira, a percepção que o bebê tem do seio materno, que satisfaz suas necessidades e que lhe fornece alimento necessário a sua sobrevivência é como uma parte dele mesmo. Além disso, o recém-nascido em si mesmo também não é diferenciado e organizado, mesmo em aspectos fundamentais como a relação entre centros neurais distintos, de um lado, e seus órgãos efetores musculares, de outro; apenas pouquíssimas áreas privilegiadas parecem estar separadas em unidades funcionais. Obtém-se de inúmeras observações que o aparelho perceptivo do recém-nascido é protegido do mundo exterior poruma barreira de estímulo extremamente alta, tendo como função a proteção da criança dos estímulos ambientais nas suas primeiras semanas e meses de vida. Nesta perspectiva parece possível afirmar que durante os primeiros dias e o primeiro mês o mundo exterior é praticamente inexistente para a criança. Durante este período toda a percepção passa pelos sistemas interoceptivos e proprioceptivo; as reações deste modo ocorrem a partir da percepção de necessidades comunicadas por esses dois sistemas, podendo ser interna (fome, sede...) ou externas (barulhos, luz...). Os estímulos provenientes de fora só serão percebidos quando o seu nível de intensidade excede o limite da barreira de estímulo, rompendo-a, destruindo com a quietude do recém-nascido fazendo-o reagir com desprazer, por um processo de descarga: o choro. O processo fisiológico ilustra o princípio do nirvana, a descarga para reduzir o desprazer e permitir a quietude. A partir deste início, o funcionamento psicológico irá se desenvolver e consolidar no devido tempo. Uma vez estabelecida, a função psicológica será ditada por algum tempo pela regra do princípio de prazer-desprazer, até que o princípio de prazer seja regulado pelos mecanismos do principio de realidade. Qualquer que seja a natureza dos estímulos eles não são “reconhecidos” pelo recém- nascido. Portanto os estímulos que incidem sobre o sensório do bebê são estranhos a modalidade visual e outras modalidades sensoriais. É somente com a experiência que eles terão valor de sinal; o conjunto dos sinais dará uma imagem coerente do mundo, sendo que a maturação da criança desenvolve progressivamente esta capacidade mental de registro dos estímulos. Spitz aponta que: “[...] A percepção deve ser aprendida, coordenada, integrada e sintetizada através da experiência dos fluxos incessantes e em constante movimento, das águas calmas e corredeiras das relações objetais.” Sendo assim a percepção propriamente dita é a apercepção. Nestes primeiros dias de vida, Spitz então usa a palavra “recepção” o captar no sentido visceral. Esta sensação pertence à organização cenestésica. Neste caso a sensação é extensiva, principalmente visceral e centrada no sistema nervoso autônomo. Em contraste a isso o desenvolvimento posterior a tem como denominação organização diacrítica, onde a percepção se processa através dos órgãos periféricos dos sentidos localizados no córtex, manifestando-se por processos cognitivos. O bebê passará da recepção cenestésica para a recepção diacrítica. Este progresso se fará pelas zonas de transição, sendo a primeira o “rosto”: região oral que pela sua função analítica servirá de intermediária entre recepção interna e a percepção externa. É por essa zona que a percepção de um estímulo externo, como o mamilo ou o seio, será reconhecido pela criança uma vez que ela está associada a uma satisfação rápida da necessidade de alimentação de origem proprioceptiva. Esta percepção só é possível se o desprazer e o alívio consequentemente se interrompem. É justamente uma intervenção externa que fará cessar o Princípio do Nirvana, ao suprimir o desprazer e trazer um prazer. Esta satisfação associa-se no campo do bebê a uma face da qual ele conservará o traço de memória ou traço mnésico. A criança ao se alimentar “sente” o mamilo na sua boca e “vê” o rosto de sua mãe. O contato, ao longo da amamentação, pode se perder enquanto a percepção, a “sensação tátil oral descontínua” e a “percepção visual contínua, mas não contígua” permitem a formação da “constância objetal” e formação do objeto. A FASE DO PRECURSOR DO OBJETO Nesta nova fase a partir dos dois meses, o percepto mais reconhecido do bebê, é a face humana. Porém o bebê não reconhece a face como sendo familiar ou não nesta perspectiva Spitz denomina este estímulo como "o indicador da Gestalt". Devemos salientar que este sinal não pode ser considerado como verdadeiro, sendo que o bebê não distingue uma imagem entre outras, desta forma o objeto libidinal não é estabelecido. Esta fase é chamada de "precursor do objeto". A aparição do sorriso é uma manifestação do comportamento, favorecida pela relação mãe bebê. Esta relação tem um papel fundamental nos seus processos de aprendizagem, pois nesta idade a mãe é a representante do ambiente sendo que, o objeto humano é reconhecido e identificado antes dos objetos inanimados. As consequências evolutivas do primeiro precursor do objeto são numerosas. A separação do ego e do Id é adquirida. Nesta fase ocorrem algumas mudanças fazendo com que o bebê passe de um estado passivo a um estado ativo. A reação do sorriso é um esquema do comportamento, sendo este o indicador que anuncia o estabelecimento do “primeiro organizador psíquico”. O fenômeno sorriso não é apenas um indicador de afeto, mas também um modo de operar os primeiros processos de pensamento. Aproximadamente no 6º mês, a integração dos traços mnêmicos, sob a influência do ego, irá permitir a fusão de imagens pré- objetos, bom e mau, para produzir a imagem materna única em direção a qual as pulsões agressivas e libidinais se orientam. O ESTABELECIMENTO DO OBJETO LIBIDINAL Ansiedade do oitavo mês é um demonstrativo de que a criança começa a estranhar as faces desconhecidas, sendo que ela as compara com a de sua mãe, sendo assim é a primeira manifestação de ansiedade, chamada de ansiedade do oitavo mês; propriamente dita uma ansiedade de perda de objeto. Porquanto, esta manifestação de ansiedade é o indicador do segundo organizador psíquico que faz aparecer o estabelecimento de uma verdadeira relação objetal: a mãe tornou-se objeto libidinal. Ela é agora o objeto privilegiado, não somente no setor visual, mas antes de tudo no domínio afetivo; esta evolução no desenvolvimento do bebê chama atenção às mudanças ocorridas nos processos descritos: Na esfera somática; No aparelho mental; Na organização psíquica. O ego se estrutura e delimita suas fronteiras com o Id de um lado e o mundo exterior de outro, sendo assim o bebê progride nos setores perceptivo, motor e afetivo, começando a reconhecer coisas inanimadas, e a demostrar ciúme, cólera, possessão, afeição, alegria, etc. O bebê então amplia suas relações com os outros, tornando-se cada vez mais independente de sua mãe chegando ao final do primeiro ano; o bebê anda, fazendo com que este processo de independência da mãe continue avançando. A partir deste momento o bebê entra em conflito com a mãe encarando-a como um agressor, devido às proibições impostas pela mesma. O “não” é ao mesmo tempo o primeiro conceito abstrato adquirido pelo bebê e sua primeira expressão por meio de símbolos semânticos. O domínio do bebê pelo não é o sinal da formação do terceiro organizador do aparelho psíquico, o superego. É onde ocorre o início da comunicação verbal, marcado então durante o segundo ano de bebê por um período de obstinação característico. Spitz instituiu a apresentação do que ele chama uma “psicologia psicanalítica do primeiro ano” baseado nos dados fornecidos por uma observação das relações objetais do bebê com sua mãe. Esta observação lhe permitiu fazer descobertas sobre os fenômenos patológicos da infância, ligados aos distúrbios da relação didática mãe-bebê, quando esta é insuficiente. TEORIAS DE WILFRED R. BION BIOGRAFIA DE WILFRED R. BION Wilfred Ruprecht nasceu no Punjab,Índia em 8 de setembro de 1897, de pais britânicos. Aos dezenove anos vai para a Primeira guerra mundial após a guerra, Bion cursa história e Francês, leciona por 2 anos e então cursa medicina e vem a ser médico aos 33 anos de idade. Depois de formado interessa-se pela psicanálise e começa a analisar-se com John Rickman, mais tarde continuaria sua análise com Melanie Klein.Em dezembro de 1940 Bion foi designado como psiquiatra para se juntar a um grupo de colegas que trabalhava sob a égide do Comando do Exército. Com esta capacidade ele foi pioneiro na seleção de oficiais e também para tratamento e reabilitação de soldados que sofriam de neuroses de guerra, usando métodos de grupo. Parece que o exílio faz parte do movimento da mente de Bion, importando a um tipo de disposição mental que está no coração de todo o trabalho e prática dele, tanto no estudo do grupo e como no do indivíduo. Algo a que ele iria se referir, depois, como a capacidade para alterar o “vértice da pessoa”. A sensação de exílio o levou às experiências de outra Guerra, no meio de sua vida, a descobrir uma posição e um método nos quais esta sensação de exílio interno poderia ser posta em uso criativo. É qualificado como analista aos 50 anos de idade em 1947. E próximo dos anos 70, no ápice de sua profissão, ainda presidente da Sociedade Psicanalítica Britânica, ele deixou Londres e foi como psicanalista, para Los Angeles. Bion fez inúmeras conferências no Brasil. Em 1979 Bion volta para a Inglaterra e no dia 8 de novembro de 1979 em Oxford, uma leucemia aguda o levou a morte falecendo assim aos seus 82 anos de idade. Wilfred R. Bion OBRA Podemos dividir a obra de Bion em quatro décadas distintas: a de 40 foi dedicada aos seus experimentos com grupos; a de 50 foi inspirado pelos mecanismos psicóticos de Melanie Klein, com os quais se interessou nos distúrbios da linguagem, pensamento, conhecimento e comunicação; nos anos 60 ele aprofundou esses últimos estudos tornando essa década a mais produtiva, rica e original, pode ser chamada como a epistemológica. A década de 70, por sua vez, é considerada a de predominância mística. Nesses 40 anos Bion produziu em torno de quarenta títulos importantes, além de participações em conferências e a coordenação de seminários clínicos sendo que todas essas contribuições foram reunidas e publicadas. No fim da vida, Bion descreveu sua experiência na Guerra em um pedaço notável de autobiografia: O Longo Fim de Semana. Neste documento ele deixa claro o quanto a Guerra o cicatrizou para sempre. Quebrou nele, como em outros, as ilusões de uma geração perdida e o fixou em um caminho de autodescoberta que o levaria a trabalhar nos próximos 30 anos. No centro desta experiência estava o começo de um reconhecimento do desperdício da razão humana e da cega estupidez da guerra. TEORIAS DE WILFRED R. BION Bion cria uma teoria sobre o desenvolvimento intelectual e afetivo da criança que é uma teoria do pensamento, porque ele se viu em conflitos com os mecanismos de pensamento de seus pacientes esquizofrênicos. Bion esclarece o processo normal e o processo patológico de pensamento. Desde muito cedo a criança tem noções morais de bom e de mau e é capaz de manifestar sentimentos em relação a esses objetos. O bebe fraciona os objetos em características boas e más, introjetando o que é bom e rejeitando o que é mau (esquizo- paranóide). Sentimento de Raiva e inveja. No período seguinte, a criança lamenta e tem medo das projeções que fez. Os sentimentos de raiva e inveja dão lugar ao sentimento de culpa, isto é, a agressividade que estava a ser projetada totalmente contra o mau objeto passa a ficar contida pelo ego e, de certa forma, a agir sobre ele. As concepções: Se a mãe satisfaz o bebe pelo contato com seu seio gratificante há o encontro, uma pré-concepção é uma realização onde nascera a concepção caracterizada pela sua qualidade sensório perceptiva, as concepções estão ligadas, com uma experiência emocional de satisfação entre mãe e bebe. O pensamento propriamente dito: O não encontro com o seio real e a frustração do bebe frente a isso irá gerar um pensamento. E a tolerância do bebe pode tornar frustração a algo que ele tinha de positivo na pré-concepção anterior, quando esse pensamento se conjuga com uma nova realidade, ai então surge uma nova matriz de pensamento. O aparelho de pensar os pensamentos: Uma capacidade adequada de suportar a frustração, fator inato, somada ao rêverie da mãe, desencadeiam mecanismos que tendem a modificar a frustração, levando a formação de elementos alfa que são representações de coisas em si. O não SEIO torna-se ai e desenvolve um aparelho de pensar. Mas o bebe apresenta uma intolerância, que é inata, a frustração, ele tentara evitar ou modificar a frustração, uma realidade negativa pode promover uma identificação projetiva patológica opondo-se ao desenvolvimento normal do pensamento. O espaço da mãe é essencial na formação do aparelho de pensar do bebe, ainda que seja pouco esse papel materno está formando o Self do bebe. Sob a pressão da fome qual ele tenta se esquivar, ele encontrará uma realidade negativa, a ausência do seio, ou seio mal que ele tentará viver em si, o aparelho de pensar serve para modelar os pensamentos preexistentes e forma-se progressivamente no bebe por dois mecanismos seguintes: Relação dinâmica entre alguma coisa que se projete (um conteúdo) e Relação dinâmica entre as posições esquizo-paranóides e depressiva, onde o resultado é a fragmentação e aniquilação do ego e dos objetos, a posição depressiva é a reintegração dessa dissociação. A capacidade de suportar o sofrimento corresponde à parte não psicótica da personalidade, sendo que a parte psicótica é incapaz de representações e simbologias. TEORIAS DO PENSAMENTO Para Bion compreender o funcionamento dos mecanismos de identificação projetiva patológica, ele desenvolveu do pensamento de esquizofrênicos oque seria o resultado. Estas compreensões dos problemas do pensamento levaram a elaborar uma teoria sobre a origem e o funcionamento do mecanismo dos pensamentos. Função alfa(a): é a função que aprende os dados sensórios e emocionais e os transforma em elementos alfa. Assim, esta função permite ao , que faz o aprendizado de armazenar estas experiências. A função pode ser definida como uma função simbólica primária, que permite a personalidade registrar, elaborar e comunicar a soma de experiências que a caracteriza. Função beta(b): a função beta e tudo oque não podem ser transformadas em elementos alfa, sujo o destino será o de serem expulsas por meio da identificação projetiva patológica: estes elementos beta não poderão ser recalcados nem utilizados a serviço do pensamento. Contudo com os elementos beta manterão uma tendência à incapacidade de poder criar símbolos. Relação conteúdo-continente: Bion utiliza também outro modelo teórico tirado da observação de relação mãe com seu. A relação continente-conteúdo é o modelo aonde o projeta no seu continente um conteúdo, formado pelas sensações ou emoções insuportáveis a fim de recebe-la de volta limpas e mas suportáveis. Os protopensamentos: os pensamentos são constituídos por impressões sensórias e vivências emocionais muito primitivas, os protopensamentos , ligados a experiências concreta da ausência e da alfa.( Os protopensamentos são então objetos maus que os lactantes procuram se desvencilhar.) As pré-concepção: a expectativa para incorporá-lo-se do leite, calor e do amor, equivale a incorporar o seio bom, objeto de satisfação do qual já é inata,segundo a hipótese adotada a partir de M. Klein. CONCLUSÃO Findamos este trabalho com algumas linhas de pensamentos desenvolvidas por Bion e Spitz no âmbito do desenvolvimento infantil na primeira fase do recém-nascido. Spitz nos traz um pouco do desenvolvimento da criança dividido em três respectivas fases, desde a não diferenciação do com o mundo externo, a inexistência de atividade psíquica como também a formação de objeto e o desenvolvimento de patologias ligado a seu mal desenvolvimento durante as duas primeiras fases, sempre salientando a relação mãe- e sua importância nestas fases do desenvolvimento como Wilfred Bion em seu trabalho. As ideias de Bion por sua vez, é associar o desenvolvimento afetivo, entre mãe e e quais as ligações entre o pensamento do nessa idade. Ele traz elementos epistemológicos bastante difíceis aonde essa articulação entre corpo e psique é bastante atual aonde os problemas de pensamentos poderiam estar relacionados, com os trabalhos da escola psicossomática sobre pensamento operatório, aonde laços entre consciente e inconsciente parecem estar interrompidos, obrigando a agressividade aparecer via corpo. Bion ressalta também a importância da mãe na formação do desenvolvimento afetivo e intelectual da criança. BIBLIOGRAFIA René Spitz. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-09-23]. Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$rene-spitz> MOURA, Jovine. Metapsicologia freudiana. Disponível em: http://artigos.psicologado.com/abordagens/psicanalise/metapsicologia-freudiana Acesso em: 18 set. 2013. ZIMERMAN, David E. Fundamentos Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica – uma abordagem didática/Porto Alegre: Artmed, 1999 SPITZ, René Arpard, 1887 – 1974 O primeiro ano de vida: um estudo psicanalítico do desenvolvimento normal e anômalo das relações objetais/ 6ª. Ed São Paulo: Martins Fontes GOLSE, B. O desenvolvimento afetivo e intelectual da criança/ 3. Ed. – Porto Alegre: ArtMed, 1998 BORGES, Maria I. Pinto. Introdução à Psicologia do Desenvolvimento/ 1ª Edição Edições Jornal da Psicologia Porto, 1987.
Compartilhar