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ACHADOS ELÉTROCARDIOGRÁFICOS DE SOBRECARGA André Aquino Sobrecarga dos átrios Sobrecarga atrial direita - Onda P apiculada - Como a onda do átrio direito vem primeiro, e no caso da sobrecarga mais alta, deixa um aspecto apiculado, principalmente em DII, DIII e avF. - Amplitude da onda P aumentada- Acima de 2,5mm em DII e/ou 1,5mm em VI. - Desvio de eixo para a direita- Entre +60° e +90°. - Infradesnivelamento do segmento PR- Esse achado é decorrente do aparecimento da onda de repolarização (que é inversa à onda de despolarização), devido à grande massa que foi despolarizada, a qual torna a onda repolarizante visível. - Sinal de Peñaloza Tranchesi- Baixa voltagem em DI com súbito amento nas derivações subsequentes. Isso se dá porque o átrio direito está localizado exatamente onde V1 é colocado, se ele estiver hipertrofiado (que é o caso da sobrecarga) diminui a captação dessa derivação. Sobrecarga atrial esquerda Aumento da duração da onda P- Lembre-se que a duração da onda P é dada principalmente pela despolarização atrial esquerda, por isso uma duração acima de 100ms (2,5mm). Índice de Morris – Quando a parte negativa da onda P é maior que 1mm em amplitude. Índice de Macruz – Quando a relação entre a duração da onda P e o segmento PR é maior que 1,7. Padrão mitrale – Onda bífida, com os dois picos separados por mais de 30ms. Sobrecarga biatrial Índice de Morris positivo com aumento da amplitude da onda P (>2,5mm) em DII Sobrecarga dos ventrículos Sobrecarga ventricular esquerda Aumento da amplitude do QRS- Existem vários critérios para definir que há aumento da amplitude do QRS, e consequentemente bloqueio. Vamos falar sobre alguns deles. Índice de Morris + P mitrale P normal 1- Índice de Sokolow-Lyon – A soma da onda S em V1 com a onda R em V5 ou V6 (dependendo de qual das duas for maior). Se essa soma for maior que 35mm, é positivo para SVE. 2- Índice de Cornell - A soma de R de avL com S de V3 > que 20 em homens e 28 em mulheres. 3- Índice de Cornell modificado ou Cornell product- É quase o mesmo procedimento do Cornell. Calculamos o Cornell e multiplicamos pela duração do QRS, se for maior que 2440, é positivo para SVE. 4- Índice de Gubner- Soma-se a onda R de DI com S de DIII, se for maior que 25mm é positiva para SVE. 5- Critério de Lews- Faz a diferença entre a onda R e S de DI e depois da onda DIII, e faz a diferença dos dois resultados, Se for maior que 17mm é positivo para SVE. Os dois primeiros são os mais importantes... Critério de Romhilt-Estes- São critérios usados para o diagnóstico eletrocardiográfico de SVE. São divididos em critérios maiores, critério intermédio e critérios menores. Sendo que os primeiros valem 3 scores, o segundo 2 e os terceiros 1 score. Se a soma dos scores for 4, caracterizamos como provável SVE, e se for maior ou igual a 5 confirmamos o diagnóstico eletrocardiográfico. - Critérios maiores (3 pontos cada achado)- Presença do índice de Morris .Lembre-se que a sobrecarga atrial esquerda pode estar junto com a sobrecarga ventricular esquerda, (não acontecendo isso na estenose mitral). Aumento da voltagem no lado esquerdo. Padrão Strain de repolarização, que é a inversão da onda T assimétrica. - Critério intermédio (2 pontos)- Desvio de eixo, mais à esquerda que 30°. - critérios menores (1 ponto cada achado)- Intervalo que vai desde o início do QRS até o ápice da onda R (tempo de ativação ventricular)> 50ms. Duração do QRS > 120ms. Sobrecarga ventricular direita R predominante em V1 e V2 – Maior que 7mm. S predominante em V5 e V6- Maior que 7mm. Padrão strain em V1 e V2 – Inversão assimétrica da onda T. Desvio do eixo para a direita – Maior que 120°, para alguns autores e maior que 90° para outros. Padrão qR em V1 – É indicativo da forma grave. Aumento do tempo de ativação ventricular – Maior que 50ms. Sobrecarga biventricular Combinação dos achados encontrados nas SVE e SVD Sinal de Katz-Wachtel – Complexos bifásicos do tipo RS principalmente de V2 a V4, como na figura abaixo. Referencia : Medelétro
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