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Sociologia Jurídica As ciências sociais dividem-se: - Antropologia: estuda a cultura - Sociologia: Sociedade - Ciencia Política: Poder Tridimensionalidade do Direito: Fato Valor Norma Fato: pode ser analisado cientificamente A ciência tem a noção da probalidade A capacidae que temos de analisar os fenômenos se altera, logo, o Direito não pode ser uma ciência. A ciência faz julgamento de fato O direito é um fato social A partir de uma análise científica e que se afronta o Direito como fato, Valor e Norma. Filme: A guera do Fogo A função de fato do Direito é criar o Contrato social Sociologia Jurídica – Data: 02/03/2016 “Os direitos não surgem todos de uma vez e nem de uma vez por todas. (N. Bobbio) Portanto, o direito é produto de forças sociais e ao mesmo tempo, produtor de forças sociais e valores culturais (aparente paradoxo) pois sua função básica é o controle Social, determinando normas de conduta ou padrões de comportamento social sobre a vontade individual. A sociologia jurídica é a CIÊNCIA que investiga através do método empírico o fenômeno social jurídico em suas relações com as demais dimensões da vida social (economia, Política, técnica e ciência, religião, família, sexualidade etc). O termo ciência é importante em função da afirmação sociológica de que “toda prescrição legal corporifica uma escolha moral” (Max Weber), ou seja, toda disposição legal implica uma avaliação baseada em um sentimento de “dever ser” e esta é uma disposição moral e não científica. Uma das contribuições fundamentais da S.J. é fazer avançar o processo de DESIDEOLOGIZAÇÃO da análise da realidade jurídica. Suas questões básicas são: Qual é a força do direito? Como e em qual grau do direito determina o comportamento humano na sociedade? (grau de eficácia da norma jurídica) Quais são as condições para a eficácia/ineficácia das normas jurídicas? Quais as forças que determinam a criação, transformação e a destruição de uma norma ou padrões jurídicos? Quais as relações causais entre mudanças sociais as mudanças jurídicas?* * O direito é portanto mutável, historicamente provisório pois é um produto da realidade social específica que lhe é subjacente. Fatores que provocam mudança nas normas jurídicas: O alargamento do mundo físico Mudanças científicas, técnicas e tecnológicas Novas formas de convivência social e política e novas bases de VALORES morais. (Qual a explicação prática que o direito não pode ser explicado pela ciência? Lutamos por valores que se baseiam em interesses.) RESPONDER: Como que o direito pode ser produto? E como o direito pode ser produtor de forças sociais? (RESPOSTA NO TEXTO DIREITO: FATOS SOCIAIS) AULA 14/03/16 O direito enquanto ESTRUTURADO FATO SOCIEDADE HETEROGENIDADE bem comum LUTAS SOCIAIS – luta social é uma luta por hegemonia Hegemônicos a norma jurídica defende aquilo que a hegemonia entende como justo. Dimensão contemporânea é o CONHECIMENTO. O direito enquanto ESTRUTURANTE porque exerce controle social uso legítimo da FORÇA o grau de controle pode ser de 0% a 100% edificar a sociedade no sentido definido pela norma. penetrar as formas de SOCIABILIDADE e SOCIALIZAÇÃO NORMA JURÍDICA--> a economia determina em boa medida A SOCIEDADE, mas é determinada normas jurídicas. Forma Estado de DIREITO O MUNDO É PRODUZIDO POR VANGUARDA O GRUPO VANGUARDA TRAZ NOVAS IDEIAS, NOVOS SENTIDOS Funções do direito Função educadora Função conservadora Função tranformadora AULA 06/04/16 Os efeitos e eficácia social das normas jurídicas A análise dos impactos ou repercussões sociais de uma norma deve ser feita: Buscando identificar os efeitos da norma se este ocorre conforme o (1) esperado, ou produz, mesmo que atingindo o que se esperava efeitos diversos (2) efeitos não esperados ou até mesmo efeito “perversos”, ou seja (3) opostos aos efeitos esperados. A eficácia da norma – trata-se propriamente do grau de cumprimento, obediência, observância da norma dentro da prática social cotidiana. Há duas condições que definem a eficácia da norma jurídica: Uma norma é eficaz quando é RESPEITADA por seus destinatários. Ou, quando sua violação é efetivamente punida pelos agentes do Estado. Nos dois casos a PREVISÃO normativa é cumprida, seja de forma ESPONTANEA (eficácia de preceito) seja através de uma COERÇÃO aplicada pelo Estado (eficácia de sanção). Pesquisas empíricas podem demonstrar os efeitos da norma, assim como o seu grau de eficácia, este último pode ser demonstrado matematicamente: Cota de eficácia= caos de cumprimento + casos punidos Casos de não cumprimento + casos impunes A cota de eficácia indica a distância entre o direito enquanto “texto da norma” e o direito como um FATO. Adequação interna da norma: Trata da capacidade do texto da norma se apresentar como adequado para atingir suas finalidades (a norma é sempre um meio para atingir um (ou mais) fins). Uma norma adequada tende a atingir o que se busca alcançar impedindo que seja burlada ou contornada. AULA – 11/04/2016 A eficácia da norma e as variáveis instrumentais e sociais As variáveis instrumentais dependem do Estado dos órgãos de elaboral da norma e de implementação Divulgação Para seus destinatários Conhecimento da lei por seus destinatários Perfeição técnica da norma a norma tem que ser clara em sua redação, precisão de conteúdo, sistematicidade e brevidade. Fina – focalizar – punido – como vai ser punido – qual é a punição Adequação aos custos e à infra-estrutura necessária e disponível para a aplicação da norma. Preparação dos agentes envolvidos na aplicação da norma. Adquação das conseqüências jurídicas adequação das sanções adaptadas à situação violada. Expectativa de punição Sociais Culturais - matriz de sentidos popular moral tradicional erudita moral reflexiva Pós-reflexiva Estruturais Variáveis sociais: São fatores dependentes da relação entre os cidadãos e entre estes e o Estado. Material ImaterialCoesão social quando mais homogênea uma população, quanto mais consenso haja entre os cidadãos com relação à política do Estado e os fatores culturais e materiais maior será a eficácia da norma jurídica. Participação dos cidadãos no processo de elaboração e aplicação das normas (democracia direta) Adequação da norma à situação política, econômica e social. Uma norma próxima à realidade política, econômica e social tem mais probabilidade de eficácia. Contemporaneidade das normas com o tempo social. A PROVA VAI SER UM TEXTO – USANDO AS VARIÁVEIS INSTRUMENTAIS SOCIAIS AULA 13/04/16 ESTADO DE DIREITO, SEUS LIMITES E A CRIMINALIDADE Questões de prova: O que leva as pessoas a agirem em conformidade com a lei? Quais mecanismos favorecem o respeito ao direito? Por que no Brasil a lei tem, muitas vezes, o papel tímido na organização social? Por que o desrespeito à lei é muitas vezes a regra no Brasil? Por que no Brasil o Estado de direito tem se mostrado frágil frente às questões da criminalidade e violência? Frente a isso tudo o que podemos(posso) fazer: a. como estudante de direito b. Como futuro profissional c. E institucionalmente Razões para agir em conformidade com a lei: Motivos de ordem voluntária: A) entender a norma como justa Porque a cada um é dado o que lhe é de direito Porque aceita-se como justo os “procedimentos” que produziram a norma. B) Entender a norma como vantajosa pelo cálculo racional. Pelos riscos da própria ação Pelos riscos do efetivo punição aplicada pelos agentes do Estado. O respeito às normas do direito está relacionado às seguintes variáveis: Existência de regras gerais claras Normas percebidas como justas no seu conteúdo e/ou procedimento. A existência de estímulos, incentivos e sanções para agir conforme às normas. Monopólio dos meios de coerção pelo Estado. * a congruência entre as ações das autoridades e anorma jurídica. * relações voluntárias e recíprocas que propiciem a generalização das expectativas de respeito recíproco pelo direito do OUTRO. Portanto, pode-se identificar dois planos de análise para compreender a obediência ou não às normas jurídicas. O plano normativo requer que a sociedade tenha um compartilhamento de sentimentos morais e solidários. O plano instrumental a capacidade das autoridades em impor a coerção e aplicar a norma. 1) o monopólio público dos meios de COERÇÃO. Nas teorias básicas é a condição básica para o funcionamento todo Estado como autoridade máxima do Controle Social. POLÍTICA “A arte da convivência” suficiente Causais necessária interveniente Monopólio do uso LEGÍTIMO DA FORÇA necessária / não é uma condição suficiente Pode ser usado para manter privilégio eficácia da norma jurídica Causas instrumentais Divulgação Conhecida por seus destinatários Normas claras Agentes preparados Infra-estrutura para efetivação da norma Punição que seja adequada à ação Expectativa de punição Sociais 1º Falta de RECIPROCIDADE – reconhecer o OUTRO com o sujeito de Direito Desigualdade – material / social / cultural Recursos materiais homem/mulher machismo Discurso Branco/negro racismo Jovem/idoso INFORMAIS Costumes autoritarismo ≠ FORMAIS Pessoalidade 2º Confluência / congruência – os agentes / autoridade agirem conforme a lei interiorização do sentimento de inferioridade. AULA 20/04/16 Instrumentos Variáveis: Sentimento de Impunidade Infraestrutura não adequada Variáveis Sociais: Desigualdade Social – Machismo / Racismo Desigualdade Material – Recursos materiais Desigualdade Cultural - Discurso TESE DO AUTOR: “No caso do Brasil um mínimo de igualdade econômica e social é fundamental para o estabelecimento do Estado de Direito.” Fazer uma crítica a tese acima, e formular outra. AULA 25/04/16 HIPO=fraco / TESE= ideia LOGOS= razão ≠ PHATOS= paixão Base da ética protestante é o trabalho, o ócio é pecado. Liberdade mercado econômica Maior a desigualdade Tese do Professor: “No Brasil o funcionamento do Estado de Direito é condição fundamental para o estabelecimento da igualdade econômica e social”. Congruência entre as ações das AUTORIDADES AULA 27/04/16 Montar um texto explicando porque a norma jurídica tende a funcionar mal (ter baixa funcionalidade). TESE 1 – AUTOR Condição para o funcionamento do Estado de Direito um mínimo de igualdade econômica e social TESE 2 – PROFESOR O bom funcionamento do Estado de Direito é condição para a realização da igualdade social e base para a construção de um mínimo de igualdade econômica. 3. CONGRUÊNCIAS E ESTADO DE DIREITO No Brasil o sistema jurídico sofre de uma epidêmica falta de congruência entre as leis estabelecidas e a atuação dos agentes públicos e políticos responsáveis pela aplicação e cumprimento da lei. Os agentes públicos tendem a tratar de forma cordial e doce as elites e de forma violenta e arbitrária os menos favorecidos social e economicamente. No Brasil, em parte, o descontentamento e a marginalização dos segmentos populares tendem a não ser analisados politicamente, mas é representado por um crescimento contínuo dos índices de criminalidade. Em sociedades com grandes desníveis econômicos e com baixa eficácia das normas jurídicas as relações entre o público e o privado tendem aos privilégios e a corrupção se torna um modelo relacional. Altos índices de impunidade encorajam o desrespeito a lei e a sensação de que há sempre uma maneira de escapar aos rigores da lei quando se tem recursos econômicos, políticos e/ou sociais, desta forma é possível fazer com que o SISTEMA funcione a favor dos poderosos. Sociologia dos TRIBUNAIS A democratização da justiça Observações a partir da explicação do professor: Sistema Natural: Sistema artificial: O Sistema artificial, denominava os seres a partir de características muito abrangentes, como exemplo: Aristóteles definiu os seres como : Terrestres, Aquáticos e Voadores Já o sistema natural, leva em conta as caracteristicas morfofisiologicas dos seres. Foi dividido em reinos por Linné. AULA – 02/05/16 Sociologia Dos Tribunais Os tribunais como objeto de estudos científica: Condições teóricas Sociologia das organizações Ciência política Antropologia Jurídica Condições Sociais Ampliação da demanda apresentada por grupos que entendem suas reivindicações como demandas jurídicas. Aumento da conflitualidade Formação do Estado Social Este contexto criou e desenvolveu estudos sobre: A administração da justiça A organização dos tribunais A formação e o recrutamento dos magistrados As motivações das sentenças As ideologias políticas e funcionais dos vários setores da administração da justiça Sobre os custos da justiça Sobre o ritmo do seu andamento Sobre o ACESSO civil Pesquisa de campo AULA 04/05/2016 PROVA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA O acesso à justiça O acesso à justiça indica a equação entre a igualdade jurídica-formal e a desigualdade e a desigualdade sócio-econômica. A referência básica de acesso à justiça é a área civil, pois apresenta uma dimensão voluntário, ao contra ponto do direito penal onde o autor é o Estado (o indivíduo neste caso se apresenta como seu). O primeiro modelo de pesquisa nesta área é quantitativo que busca mensurar a quantidade e OFERTA de justiça correlacionada com a quantidade de DEMANDA por justiça. Em uma sociedade moderna (com os direitos econômicos e sociais) e acesso EFETIVO à justiça torna-se um direito determinante, em boa medida, para a efetivação dos direitos já positivados. Pois, o acesso à justiça atua como mecanismo de se fazer implementar os direitos conquistados. A tramitação processual não é socialmente neutra, opções apresentadas como técnicas vinculam opções a favor ou contra interesses sociais divergentes (patrão x empregado / senhorio x inquilino / rendatário x proprietário / consumidor x produtor etc) A sociologia estuda sistemática e empiricamente os OBSTÁCULOS ao acesso efetivo à justiça por classes sociais diferentes. Três tipos de obstáculos: Obstáculos econômicos custo elevado da litigação para grande parte da população do Brasil. A relação entre o valor da causa e o custo de litigação aumentam de forma invertida. Portanto, quanto menor o valor da causa proporcionalmente, é maior o custo do processo. A justiça é proporcionalmente mais cara para os mais pobres, aqui tem-se uma dupla vitimização: Os custos iniciais do processo A lentidão dos processos é convertida em mais custos. Fato mesmo com muitas inovações verificou-se um aumento da duração média dos processos civis. Causas prováveis: A própria organização do judiciário A distribuição dos custos/benefícios decorrentes da lentidão (custos para as partes, beneficia para os escritórios de advocacia). AULA – 09/05 Dimensão Instrumental Obstáculos ECONÔMICOS Formas de solução de conflito Grau de conflitualidade Papel da Norma Jurídica Papel da Norma Não-Jurídica Autonomia das partes Negociação direta Baixa Orientação Total Total Conciliação/Mediação Médio Base Baixa Total Arbitragem Médio para auto Nenhuma Parcial Litígio Grave final Nenhuma nenhuma Obstáculos SOCIAIS Distancia física da administração da justiça Obstáculos CULTURAIS Conhecimento de seus direitos Conhecer o caminho distância simbólica Não saber que a QUESTÃO que está vivendo tem solução Socialização para a exclusão Aula – 16/05/16 Noberto Bovvio – A era dos direitos Texto Direito dos homens e sociedade. Tema inicial AULA 18/05/16 Universalização movimento Globalização Capitalização Pós-tradicional Movimento de Multiplicação Três modos de multiplicação:Aumentos dos Bens merecedores de tutela jurídica Ampliação da titularidade de alguns direitos típicos do homem a sujeitos diferentes destes O homem passa a ser considerado em sua especificidade e concretividade a. + bens b. + sujeitos c. + status XVIII direitos de liberdade IN/DIVÍDUO Base sobre se estruturar o modo de produção capitalista. Livre Propriedade Iniciativa Opinião Informação Organização Expressão Escolha sexual Historicamente temos a passagem dos direitos de liberdade (NEGATIVOS) para os direitos POLÍTICOS e SOCIAIS, estes últimos são direitos positivos porque requerem uma “PRODUÇÃO” ou intervenção direta do Estado para a sua efetivação estes direitos se apresentam, normalmente, como formas de transferência de renda e/ou recursos. ANOTAÇÕES PROFESSOR: Ser humano deve ser Século XVIII Direitos da liberdade – INDIVÍDUO ABSTRATO
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