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15/02/2016 1 DISCIPLINA: Quantificação em Geografia PROFESSORA: Daisy Beserra Lucena UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS E-mail: daisyblucena@gmail.com UNIDADE 2 – A natureza da estatística – conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. (Lakatos e Marconi, 1991) Método e Técnica 02 Profa. Daisy Lucena “Modo de fazer de forma mais hábil, mais seguro, mais perfeita algum tipo de atividade, arte ou ofício”. (Galliano, 1979, p. 6) MÉTODO TÉCNICA Fachin (2003) diz: O MÉTODO é um conjunto de etapas ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e antecipar uma atividade na busca de uma realidade; enquanto a TÉCNICA está ligada ao modo de se realizar a atividade de forma mais hábil, mais perfeita O método é o caminho e a técnica é o modo ou, como caminhar para chegar ao objetivo (resultado) desejado. Profa. Daisy Lucena Método e Técnica 03 Observar Construir o problema Pensar nas hipóteses Experimentar Analisar os dados Chegar a uma conclusão Profa. Daisy Lucena Método e Técnica 04 Figura adaptada da internet O geógrafo, assim como todos os cientistas da natureza e da sociedade, lida com informações percebidas concretamente, quer seja de natureza qualitativa ou quantitativa. As técnicas estatísticas permitem codificar as informações qualitativas em números ou categorias, possibilitando demonstrar as conclusões através de números (brutos, porcentagens, etc.). Para se obter um bom resultado é necessário seguir algumas fases (etapas) para que, o método e a técnica sejam bem executadas. Profa. Daisy Lucena Fases do trabalho quantitativo 05 Fases do trabalho quantitativo 06 Profa. Daisy Lucena • Definição do problema 1ª FASE • Planejamento 2ª FASE • Coleta de dados 3ª FASE • Tabulação dos Dados 4ª FASE • Apresentação dos dados 5ª FASE • Análise e interpretação dos dados 6ª FASE Que informações são precisas? Como levantar essas informações? Qual levantamento a ser utilizado? E o cronograma de atividades? Os custos envolvidos? Dentre várias outras interrogações. - Antes de tudo fazer uma crítica - Organização e processamento dos dados (manual ou eletrônica) Tabelas e/ou gráficos * Tratamento estatístico 15/02/2016 2 Fases do trabalho quantitativo 07 Profa. Daisy Lucena * COLETA DE DADOS Após cuidadoso planejamento dar-se-á início a coleta dos dados necessários para o desenvolvimento da pesquisa. É bom lembrar que, a coleta de informação é o coração de um trabalho (pesquisa), pois é a partir dos dados obtidos que serão realizadas as análises e conclusões. A coleta de dados é uma atividade que exige tempo de dedicação e custos. Assim, a identificação das informações necessárias à investigação é sempre uma dificuldade séria. COLETA DIRETA INDIRETA Quando é feita sobre elementos informativos de registro obrigatório (nascimento, casamentos, etc.), ou coletados pelo próprio pesquisador. quando é feita com base em elementos já conhecidos, como os que provém da coleta direta, e também os dados obtidos a partir de mapas ou cartas, fotografias aéreas, imagens de satélites. Contínua Periódica Ocasional Dessa forma, deve-se sempre analisar a melhor alternativa para fazer a coleta dos dados necessários. Entre as opções de decisão, podem ser: Fases do trabalho quantitativo 08 Profa. Daisy Lucena * COLETA DE DADOS Fases do trabalho quantitativo 09 Profa. Daisy Lucena * COLETA DE DADOS Vantagens e Desvantagens da observação direta e indireta OBSERVAÇÃO DIRETA INDIRETA MÉTODOS Trabalho de campo e visitas de estudo Globos, mapas, fotografias áreas ou imagens de satélites, desenhos, modelos ou esboços de interpretação, gráficos, filmes... VANTAGENS Observar com mais rigor o meio que nos rodeia na sua verdadeira forma e dimensão Evita deslocações e locais distantes ou inacessíveis. Perda da visão de conjunto da área de estudo. DESVANTAGENS O horizonte visual constitui um obstáculo e uma limitação à extensão do espaço observado. Custo da logística (alimentação, deslocamento, alojamento, etc.) Condicionada pelo estado do tempo. Pode omitir ou alterar os elementos ou fenômenos de uma paisagem e conduzir a interpretações erradas. É bom ressaltar, ou relembrar que, um sistema de coleta de dados, mesmo com um planejamento perfeito, pode fracassar inteiramente os dados necessários para análise se não puderem ser obtidos, ou se os mesmos são imprecisos ou sem confiabilidade, por isso... É bom pensar e repensar em qual instrumento é adequado a sua pesquisa e se tem condições viáveis do mesmo ser coletado com sucesso. Instrumentos de coleta de dados 10 Profa. Daisy Lucena Muitas são as técnicas utilizadas para a coleta de dados, iremos abordar as seguintes: - questionários; - Entrevistas; - Observação direta; e - Registros institucionais Instrumentos de coleta de dados 11 Profa. Daisy Lucena Também chamados de survey (pesquisa ampla), o questionário é um dos procedimentos mais utilizados para obter informações. É uma técnica de custo razoável, apresenta as mesmas questões para todas as pessoas, garante o anonimato e pode conter questões para atender a finalidades específicas de uma pesquisa. • Aplicada criteriosamente, esta técnica apresenta elevada confiabilidade. • Quanto à aplicação, os questionários podem ser aplicados individualmente ou em grupo, por telefone, correios, internet, etc. QUESTIONÁRIO Imagem obtida da internet As etapas necessárias para o desenvolvimento de um questionário são: Instrumentos de coleta de dados 12 Profa. Daisy Lucena QUESTIONÁRIO Justificativa Definição dos objetivos Redação das questões e afirmações Revisão Definição do formato Pré-teste Revisão final Imagem obtida da internet 15/02/2016 3 É um método flexível de obtenção de informações qualitativas sobre um projeto. Este método requer um bom planejamento prévio e habilidades do entrevistador para seguir um roteiro de questionário, com possibilidades de introduzir variações que se fizerem necessárias durante a aplicação. Instrumentos de coleta de dados 13 Profa. Daisy Lucena ENTREVISTA Imagem obtida da internet O desenvolvimento de questões para entrevista deve considerar alguns aspectos, para que seja efetiva, tais como: Instrumentos de coleta de dados 14 Profa. Daisy Lucena ENTREVISTA • Adaptar a linguagem ao nível do entrevistado • Evitar questões longas • Manter um referencial básico (objetivo) para a entrevista • Sugerir todas as respostas possíveis para uma pergunta ou não sugerir nenhuma (para evitar direcionar a resposta) Imagem obtida da internet OBSERVAÇÃO DIRETA Este método de coleta de dados baseia-se na atuação de observadores treinados para obter determinados tipos de informações sobre resultados, processos, impactos, etc. Requer um sistema de pontuação muito bem preparado e definido, treinamento adequado das observações, supervisão durante a aplicação e procedimentos de verificação periódica para determinar a qualidade das medidas realizadas. Instrumentos de coleta de dados 15 Profa. Daisy Lucena Observações realizadas em fases iniciais de um projeto ou mesmo antes deseu início podem ser de caráter não estruturada, ou seja, realizadas de maneira informal. Imagem obtida da internet Uma das primeiras fontes de informação a serem consideradas é a existência de registros na própria organização, sob a forma de documentos, fichas, relatórios ou arquivos de computador. O uso de registros e documentos já disponíveis reduz tempo e custo de pesquisas para avaliação. Deve ser observado que, na maioria das vezes, já existe uma grande quantidade de informação nas organização e muitas deles, sem nenhuma análise. Instrumentos de coleta de dados 16 Profa. Daisy Lucena REGISTROS INSTITUCIONAIS (OU ANÁLISE DOCUMENTAL) Imagem obtida da internet Dificuldades com esta técnica: • Nem todos os dados estão completos • Dados disponíveis estão excessivamente agregados, dificultando o uso • Mudança de padrões com o tempo inviabilizam a comparação entre dados obtidos em épocas diferentes • Dados só são disponíveis para uso confidencial Instrumentos de coleta de dados 17 Profa. Daisy Lucena REGISTROS INSTITUCIONAIS (OU ANÁLISE DOCUMENTAL) Imagem obtida da internet Adaptado de http://www.inf.ufsc.br/~verav/Ensino_2013_2/Instrumento_Coleta_Dados_Pesquisas_Educacionais.pdf TÉCNICA DE COLETA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS QUESTIONÁRIO - Garante o anonimato - Questões objetivas de fácil pontuação - Questões padronizadas garantem uniformidade - Deixa em aberto o tempo para as pessoas pensarem sobre as respostas - Facilidade de conversão dos dados para arquivos de computador -Custo razoável - Baixa taxa de respostas para questionários - Inviabilidade de comprovar respostas ou esclarecê-las - Difícil pontuar questões abertas - Dá margem a respostas influenciadas pelo “desejo de nivelamento social” - Restrito a pessoas aptas à leitura - Pode ter itens ambíguos ENTREVISTA - Flexibilidade na aplicação - Facilidade de adaptação de protocolo - Viabiliza a comprovação e esclarecimento das respostas - Taxa de resposta elevada - Pode ser aplicada a pessoas não aptas à leitura - Custo elevado - Consome tempo na aplicação - Não garante o anonimato - Sensível aos efeitos no entrevistado - Características do entrevistador e do entrevistado - Requer treinamento especializado - Questões que direcionam a resposta 18 Profa. Daisy Lucena Quadro comparativo entre as técnicas de coleta de dados 15/02/2016 4 TÉCNICA DE COLETA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS OBSERVAÇÃO DIRETA - Capaz de captar o comportamento natural das pessoas - Minimiza influência do “desejo de nivelamento social” - Nível de intromissão relativamente baixo - Confiável para observações com baixo nível de inferência - Polarizada pelo observador - requer treinamento especializado - Efeitos do observador nas pessoas - Pouco confiável para observações com inferência complexas - Não garante anonimato - Observações de interpretação difícil - Não comprava/esclarece o observado - Número restrito de variáveis REGISTROS INSTITUCIONAIS (ANÁLISE DOCUMENTAL) - Baixo custo - Tempo de obtenção é reduzido - Informação é estável - Dados incompletos ou desatualizados - Excessivamente agregados - Mudanças de padrões no tempo - Uso restrito (confidencialidade) - Dados difíceis de recuperar 19 Profa. Daisy Lucena Quadro comparativo entre as técnicas de coleta de dados Adaptado de http://www.inf.ufsc.br/~verav/Ensino_2013_2/Instrumento_Coleta_Dados_Pesquisas_Educacionais.pdf A capacidade dos computadores de coletar, processar, modelar e exibir dados (temporais, espaciais, ...) – funções agora executadas em um simples computador pessoal – não passava de um sonho 30 anos atrás. Tecnologia 20 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida no site: <http://posgraduando.com/erros-analise-estatistica/> Hoje, a internet permite acessar informações e imagens basicamente sobre qualquer assunto. Gráficos e informações estão se tronando mais surpreendentes como resultados de métodos cada vez mais sofisticados. BANCO DE DADOS AGREGADOS A Estatística é uma ciência que se preocupa com a coleta, organização, descrição, análise e interpretação dos dados, a fim de extrair informações a respeito de uma população. O que é Estatística? 23 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida da internet Também se relaciona a Estatística com tabelas e gráficos nos quais os dados obtidos são representados, ou melhor, relaciona a números específicos. Ouvimos, assim, falar em estatísticas do IBGE, estatísticas relacionadas à saúde e educação, índices econômicos, pesquisas de opinião, etc. A aplicação da estatística apresenta sua melhor forma quando é combinada com o julgamento esperto e o bom senso de quem a aplica. O que é Estatística? 24 Profa. Daisy Lucena 15/02/2016 5 As aplicações da estatística se desenvolveram de tal forma que, hoje, praticamente todos os campos de estudos se beneficiam da utilização de métodos estatísticos. Usos e abusos na Estatística 25 Profa. Daisy Lucena USOS DA ESTATÍSTICA Porém quando se trabalha com estatística tem-se que ter cuidado, pois não é de hoje que ocorrem abusos com a estatística. Eis algumas maneiras de como os dados podem ser distorcidos: ABUSOS DA ESTATÍSTICA pequenas amostras; números imprecisos; estimativas por suposição; porcentagens distorcidas; perguntas tendenciosas; gráficos enganosos; más amostras; etc. Em geral, é aceita a divisão da estatística em dois grandes grupos: DESCRITIVA e INFERENCIAL DESCRITIVA Corresponde aos procedimentos relacionados com a coleta, elaboração, tabulação, análise, interpretação e apresentação dos dados. Isto é, inclui as técnicas que dizem respeito à síntese e à descrição de dados numéricos. O objetivo da estatística descritiva é tornar as coisas mais fáceis de entender, relatar e discutir. INDUTIVA (ou INFERENCIAL) Compreende os processos de generalização, a partir da análise e interpretação de dados amostrais com o objetivo de generalizar e prever resultados para tomada de decisões, utilizando para isto a Teoria das probabilidades. Divisão da Estatística 26 Profa. Daisy Lucena
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