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Direito da Criança e Adolescente

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DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Conceito do direito da criança e do adolescente:
O direito da criança do adolescente é um ramo do direito público, com características de direito privado, que estuda a proteção integral de todas as crianças e adolescentes
Essa divisão é meramente doutrinária
É direito público porque o destinatário primário do eca é o poder público, o estado
Ex. Determina que tem que aplicar um percentual mínimo da arrecadação fiscal em educação.
Determina também que o poder público deve fornecer profissionais especializados para a gestante na maternidade
Mas grande parte do eca regula a relação entre particulares. Ex. Quando tutela sobre guarda e adoção no direito de família
O objeto de estudo é a proteção integral. É a proteção que não pode sofrer qualquer restrição. Isso não significa que eles podem fazer tudo. Eles têm vários direitos, mas obrigações também
O todas do conceito é porque ativamente, apenas alguns menores de idade eram tutelados por essa ramo jurídico. Hoje, todos que tem menos de 18 anos serão protegidos pelo eca
Existe diferença entre criança e adolescente, mas é bom evitar a terminologia menor, pois traz o traço de inferioridade, preconceito
Fontes:
Externa: internacional
O primeiro e mais conhecido foi a declaração de Genebra, datada de 1924.
Declaração universal dos direitos da criança e do adolescente. Foi adotada pela onu em 1959
Convenção internacional dos direitos da criança e do adolescente. É de 1989.
O eca é uma mistura desses documentos internacionais. Tem outros, mas esses são as bases.
Interna: nacional
Constituição de 1988, art. 226 e 227
O estatuto da criança e do adolescente foi criado justamente pelo art. 227, ele que deu base ao eca.
ECA: lei 8069/90
Código civil
Código penal
CLT
Parte histórica
4 mil anos AC, as família se uniam para cultuar os deuses
Não existia a questão do poder familiar como é hoje.
O único que herdava era o primogênito.
Na Grécia, era tolerável aos pais matar os filhos que tinham algum tipo de deficiência, era culturalmente aceito
No séc. V ao XV, o cristianismo estava em plena ascenção. O princípio era da dignidade, então não era mais tolerável matar os filhos pela deficiência. Mas, por outro lado, já existia relação extraconjugal nessa época. Então começou o problema de abandono de crianças, pois não aceitava filiação adulterina. Esse filho vivia a margem da sociedade e abandonado.
No Brasil, quando colônia, em 1500, os portugueses encontraram índios. Não tinha lei, aplicava a legislação do reino de Portugal. Um traço marcante era exclusão da ilicitude do fato de o pai lesionar o filho sobre o pretexto de educá-lo. 
Brasil império: a idade penal era 7 anos de idade. 
Em 1830 tem o primeiro código penal, do império. Modificou a idade penal, que foi pra 14 anos, e instituiu o exame de discernimento. Verifica a real capacidade de a pessoa conhecer a ilicitude do fato e ser penalizada. Isso era utilizado entre jovens entre 7 e 14 anos.
Código penal dos Estados Unidos do Brasil, de 1890: novamente modificou a idade penal, para 9 anos. Mas, entre 9 e 18 tinha uma redução da pena de 1/3 a 1/3 comparado aos adultos
Séc. XVlll- roda dos expostos e rejeitados. Ao invés de abandonar o bebê na rua, levava na porta de uma casa de irmãs de caridade.
A entrega de adoção é plenamente possível no Brasil, basta levar na vara da infância e juventude e iniciar o procedimento. Crime é o abandono. 
No Brasil, a primeira legislação específica sobre o menor é o código de menores de 1926
O único assunto que ele tratava era o abandono de criança, pois a sociedade estava preocupada com marginalização
Teve o código de menores Mello Matos de 1927. Não houve nenhuma mudança significativa.
Depois, houve o código de menores de 1979. Criou a doutrina da situação irregular (DSI). Continuou preocupado com a situação irregular, que, no art. 2 da própria lei revogada, situação irregular era o abandonado, ou que estivesse fora da escola, ou órfãos, ou o menor que comete qualquer ato infracional. A legislação era restrita aos menores que estivessem em situação irregular. A preocupação da época, novamente, era evitar marginalização. 
Depois de 1979 veio a CR/88. Art. 227:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
O art. 227 deu origem ao eca. Antigamente existia a DSI, e com a cr, esse paradigma mudou. Instituiu a doutrina da proteção integral. Hoje, o responsável pela criança e adolescente são todos. Essa doutrina apareceu na cr/88 e estabelece um tripé de corresponsabilidade: família, sociedade e estado. Todos são obrigados a garantir a os direitos da criança e do adolescente
Doutrina da situação irregular X doutrina da proteção integral
 
Doutrina da situação irregular:
Se consolidou no Código de Menores de 1979. 
Tinha abrangência restrita a quem tivesse em situação irregular só art. 2 da lei.
Os menores eram objetos de direito- a lei apenas regulamentou 
Poder concentrado nas mãos do juiz de menores 
Doutrina da proteção integral
Surgiu na CR/88, art. 227, sendo consolidada pelo ECA/90.
É ampla, basta ter menos de 18 anos que a pessoa será tutelada e os direitos serão atraídos
Os menores são sujeitos de direito- a lei não meramente regulamentou, mas destinou o direito
O atendimento não é mais concentrado, mas em rede, chamada rede de proteção. Participam dela: MP, conselheiro tutelar, defensoria pública e advocacia, e juiz da infância e juventude
25/02
Princípios do direito da criança e do adolescente 
1- Princípio da prioridade absoluta
Art. 227 cr/88
Art. 4 eca
A criança e o adolescente tem uma preferência de direito, prioridade em relação aos demais
Qual delegacia deve ser construída primeiro? Crimes cibernéticos ou criança e juventude? A última
O art. 112 estabelece que a união tem que investir no mínimo 18% dos impostos em saúde e educação
O art. 4 do eca, p. Único, estabelece de forma exemplificativo em que consiste essa primazia
Se tiver um acidente, a criança deve ser socorrida preferencialmente 
Lei 10741/03: estatuto do idoso
O estatuto do idoso é praticamente uma cópia do eca, mas mudando o público alvo
Se tiver que optar entre construção de creche para criança e asilo para idoso. Qual escolher? Eca, pois é o único público que tem prioridade constitucional, pois está no art 227 cr
2- Princípio do melhor interesse
Surgiu na declaração universal de direitos da criança e do adolescente
Conceito: Qualquer decisão judicial ou administrativa deve levar em consideração o que for melhor para o menor de idade em detrimento aos demais envolvidos 
Ex. Ação de guarda. A mãe quer uma coisa e o pai outra. O juiz tem que observar o que for melhor ao menor de idade.
3- Princípio da municipalização
A união, o estado e o DF abrem mão de parcela do seu poder em favor do município 
É a descentralização política 
Ex. Toque de recolher. Alguns juízes em portarias delimitam horário máximo para crianças e adolescentes ficarem na rua sem os responsáveis. Dependendo do lugar, o tráfico de drogas é pesado, etc.
Art. 2 eca
Conceito de criança e adolescente
Criança: entre 0 e 12 anos de idade incompletos 
Adolescente: pessoa entre 12 e 18 anos. 
Um sujeito de 12 anos é adolescente 
Em casos excepcionais, aplica-se o eca a pessoas entre 18 e 21 anos de idade 
Esse dispositivo, art. 2 p único, está em pleno vigor, no caso de apuração de ato infracional e aplicação de medida socioeducativa.
Se 1 dia antes de completar 18 anos o indivíduo comete homicídio. Considera a idade da ação, do cometimento. 
Se não tivesse essa extensão de 18 a 21 anos, a pessoa que cometeu com 17 e estariacom 19 na condenação estaria impune. 
Com essa extensão, ele comete o crime com 17 e, sendo julgado com 19, é submetido a internação e medida socioeducativa. 
Se ele completa 21 anos, e foi condenado com 20, fica até 21 internado e depois é submetido a medidas socioeducativas 
Método interpretativo do eca:
Art. 6
O eca deve ser interpretado buscando os fins sociais da lei, bem como o bem comum
Essa é a interpretação teleologica
Art. 7: direito a vida
Feto anencéfalo:
ADPF 54
Feto que não tem o cérebro completo. Há uma má formação craniana. 
Participaram 10 ministros nesse julgamento
Por 8 votos a 2, o STF decidiu que é plenamente possível realizar essa interrupção da gravidez, o aborto, sem a necessidade de autorização judicial 
Fundamento da decisão: princípio da dignidade da pessoa humana, no caso da gestante
Art. 9
Lei de alimentos gravídicos: 11804/08
Os alimentos são devidos à pessoa gestante. Mas o destinatário desse alimento é o nascituro. Esse alimento é abrangente. Além das despesas, envolve inclusive questões psicológicas, como tratamentos psicológicos. 
Quando começa a personalidade jurídica da pessoa? Nascimento com vida. A corrente é mista (natalista e concepcionista).
No polo ativo da ação, é a mãe ou o nascituro? Os alimentos são personalíssimos. Doutrinariamente, seria colocar: nascitura representada por fulana de tal. Mas, na prática, coloca: fulana de tal, no interesse do seu nascituro, ...
Contra quem deve ser ajuizada a ação? Contra o suposto pai. Tem como fazer exame, mas é muito invasivo e pode gerar dano ao feto. 
Prazo de defesa: o prazo para contestar é de 5 dias
Os alimentos gravidicos são automaticamente convertidos em pensão alimentícia, até que alguém revisione o valor ou peça exoneração. Eles não se extinguem.
Se o suposto pai não é o pai. Os alimentos não são repetiveis. Se pagou errado não tem como pedir de volta. 
Art. 305 CC: o terceiro não interessado tem direito a reembolso, mas não se subroga nos direito do credor
04/03
DIREITO A LIBERDADE
Art 15 do eca
Qualquer pessoa tem direito à liberdade, respeito e dignidade
Requisitos para que uma pessoa seja privada de sua liberdade: ordem fundamentada de autoridade competente (juiz) e prisão em flagrante.
Para um menor de idade ser privado de sua liberdade, um juiz de direito deve privar ou deve estar em cometimento de ato infracional - prisão em flagrante 
Art. 106: um ou outro requisito. Flagrante de ordem infracional ou decisão de autoridade competentes. São requisitos alternativos
Existe uma pena, um crime para quem privar o menor sem a observância do requisito
Ex. Uma adolescente de 16 anos que mora com seus pais. Briga com eles e resolve sair de casa, indo morar na praça Raul Soares. E possível o juiz retirar a adolescente dessa praça pública? Ela não comete ato infracional, está vivendo de doações por espontânea vontade. Sim, é possível. A adolescente está exposta a riscos dessa forma. O juiz pode retirá-la de lá, mas não como forma de privar sua liberdade, e sim como proteção
Medida protetiva: visa proteger. Estão previstas no art. 101 do eca, de forma exemplificativa.
Medida socioeducativa: é uma resposta do estado por um crime ou contravenção penal. É uma resposta de ato infracional. Estão previstas no art. 113 do eca de forma taxativa.
Qual artigo do eca que da legitimidade para o juiz retirar a adolescente da praça? 
Art. 98 do eca.
São 3 hipóteses:
1- por ação ou omissão da sociedade ou do estado
2- por falta ou abuso dos pais ou responsável
3- em razão de sua conduta
O caso em questão se aplica ao item 3
O art. 98 da legitimidade para aplicar a medida protetiva
O direito de ir e vir não é absoluto, deve observar as restrições legais
Nesse caso, não garantiu dignidade, integridade física, etc.
Sofre qual restrição legal o direito de ir e vir do menor? 
Ex. Local proibido para menores de 18 anos, casas noturnas
Viagem nacional e internacional
É um grande limitador de ir e vir 
Viagem nacional:
Previsão legal: art. 83 do eca
Seção III
Da Autorização para Viajar
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial. 
§ 1º - A autorização não será exigida quando: 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; 
b) a criança estiver acompanhada: 
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; 
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 
§ 2º - A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos. 
Independe dos meios utilizados para viagem, as regras são as mesmas
Só criança: entre 0 e 12 anos.
Adolescente viaja dentro do Brasil sem nenhuma formalidade
Não precisa do pai ou juiz autorizar 
Então um adolescente viaja para qualquer lugar do país só portando o documento de identidade 
A criança, para sair da comarca, deve estar acompanhada dos pais ou com autorização judicial 
Criança: menores de 12 anos, aqui não entra adolescente 
Pais: basta pai ou mãe para viagem nacional.
Responsável: pela lei, é o responsável legal: o guardião, tutor, e curador 
Segundo o professor, não cabe curatela para menor de idade.
A avó não é responsável, a não ser que ela seja guardiã.
Comarca: essa regra não é para cidade, mas para comarca. 
EXCEÇÕES:
1- comarca contígua a residência da criança. Ex. Criança com 6 anos, portando certidão de nascimento e comprovante de endereço, que quer pegar ônibus de nova lima para Belo Horizonte. PODE PEGAR SEGUNDO A LEI. Mas isso desrespeita princípio, como o da proteção.
2- se a criança estiver acompanhada dos avós, bisavós, colateral maior, no máximo até 3 grau (irmãos e tios maiores). Primo maior não se enquadra aqui. O parentesco deve ser comprovado. Se a avó levar documento de identidade e o neto também, pode viajar? Não. Deve ter certidão de nascimento ou identidade da mãe. Só aqueles documentos não provam o parentesco.
3- de pessoa maior, expressamente autorizada por pai, mãe ou responsável.
Conclusão: uma criança desacompanhada só pode viajar com autorização judicial
Situação:
Pedro, 10 anos, é irmão de Carlos, 16 anos. Eles pretendem viajar de Belo Horizonte para vitória para visitar o tio, e os pais não podem acompanhá-los. Os pais autorizam por documentos particular com autorização de firma. Carlos viaja, e Pedro não consegue sem autorização judicial.
Autorização de viagem se da, via de regra, no prazo máximo de 45 dias. Mas se precisar de autorização mais prolongada, por exemplo, com pais separados que moram em estados diferentes. Existe a possibilidade da lei, mas agora por autorização judiciária (juiz) pelo prazo máximo de 2 anos. 
Então, excepcionalmente, o juiz pode autorizar com prazo máximo de 2 anos
O adolescente pode viajar sem problemas, mas não consegue hospedar. O art. 82 do eca estabelece que criança e adolescente não pode hospedar em hotel, motel, etc. desacompanhado ou sem autorização expressa dos pais.
Viagem internacional:
Art. 84 e 85 eca
Resolução 131 CNJ
Aqui, vale tanto para criança quanto adolescente. É para o menor.
Regra geral:
Nenhuma criança ou adolescente viaja para fora do país sem estar acompanhado de ambos os pais
Se vai na companhia de um dos pais: precisa da autorização do outro
Reconhecimento de firma por semelhança ou autenticidade.
Se viaja sozinho, de intercâmbio, precisa da autorização de ambos os pais 
Se vai viajar com o pai e a mãe não autoriza, ai tem que ter procedimento judicial. Tem uma ação para isso, ação de suprimento de consentimento
E se a mãe for sumida no mundo?? Cita como? Por edital, e se for considerada revel, nomeia curador especial
Pai destituído do poder familiar: não precisa autorizar, mas a mãe deve comprovar isso com o registro de nascimento atualizadoO guardião consegue realizar a viagem internacional com o menor? O guardião definitivo pode, desde que não seja o genitor do menor.
Se o pai quer viajar com o filho de 12 anos para os EUA e mãe está presa com trânsito em julgado por tráfico de drogas, por 4 anos e meio. Pode viajar sem sua autorização?
Não precisa da autorização. Efeito do art. 1637 p. Único do CC. Suspende o poder familiar para pai ou a mãe presa se a pena superior a 2 anos.
Mas isso estria errado. Se o pai comete crime de colarinho branco e ama o filho, não tem nada a ver
11/03
DIREITO AO RESPEITO
Art. 17 eca
Inviolabilidade da integridade física, moral, psíquica
Direito à inviolabilidade a integridade física
Lei da palmada: lei 13010/14
O ordenamento jurídico já é preparado para proteger a integridade física do menor, não havia necessidade de lei específica para isso
A lei é desnecessária, é um excesso, ingerência do estado no poder familiar
Lei de dificílima aplicação prática
Desde que entrou em vigor, não houve aplicação dela em bh
Ex. de sanção administrativa: Inclusão do núcleo familiar em acompanhamento psicológico oferecido pelo estado
Art. 18, a do eca
A integridade física já é resguardada por lei
Inviolabilidade da integridade psicológica e moral
Lei de alienação parental: 12318/10
Alienação parental:
Não necessariamente tem que ser genitor. Pode ser avós, tios, ou qualquer outra pessoa
Quem tem poder de vigilância interfere, ou tenta interferir, de forma negativa na convivência entre o menor e seus pais
Conceito:
Interferência na formação psicológica da criança ou adolescente, promovida ou induzida por um dos pais, avós, responsáveis legais ou ainda quem tenha vigilância no intuito que o menor de 18 anos repudie o genitor ou que cause prejuízo à manutenção dos vínculos entre eles (criança, adolescente, pai ou mãe)
Ex. Quando o filho vai visitar o pai, a mãe começa a passar mal, fala que vai morrer
Ex. 2: adolescente que achava que o pai estava morto, informação dada pela mãe
E se o pai fala mal do padrasto, falando que se andar no carro dele o filho vai morrer, que é um bandido. E alienação? Porque não é com a mãe diretamente. Mas é sim, pois a mãe sofre interferência nisso. O filho vai querer parar de encontrar com a mãe por causa do padrasto, já que ela se relaciona com o outro homem. 
Não necessariamente tem que ser imputação de ato falso. 
Quem pode praticar? Tutor, curador, quem que tem vigilância sobre o menor. Via de regra, acontece com pais separados, mas isso não é requisito.
Alienação parental é crime? Não é crime, mas geralmente gera um reflexo penal, em especial no que diz respeito aos crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação)
Injúria: imputa algo a minha intimidade 
Difamação: a informação negativa deve ser difundida pra terceiro
Calunia: imputar fato criminoso sabendo que não é
Sanções: art. 6 da lei
Advertência ao alienador 
Alteração da guarda
Ampliação e modificação do regime de visita
Suspender a autoridade parental, o poder familiar
Aplicar multa ao alienador: para quem vai a multa? A lei não estabelece. Esse dispositivo é inaplicável, impossível aplicar multa com falta de destinação legal
É possível o juiz declarar de ofício à alienação parental? Sim, não há qualquer impedimento. Não precisa ter requerimento da parte para tomar algum procedimento.
É possível ser decretada de forma incidental (em outro processo)? Sim. Ex. Está no curso de um processo de guarda. Nesse processo ele já pode declarar a alienação parental. Não necessariamente precisa ser uma ação própria. 
Pode com irmão, baba, se enquadrando em poder de vigilância 
17/03
Direito a imagem
Hoje, nem as iniciais podem ser divulgadas. Art, 143 do eca
A mídia deve colocar o menor de costas ou embaçar o rosto
Quem faz isso está sujeito a pena administrativa de 2 SM. Art. 247
Desfile de moda de modelo adolescente:
É restrito? E desfile carnavalesco? 
Art. 149, ll eca
Compete ao juiz disciplinar por portaria ou autorizar por alvará 
Portaria tem o caráter de regulamentar
Alvará tem o caráter de autorizar
Se compete ao juiz, indica que cada comarca tem sua regra própria. 
Nova lima: se não há portaria regulamentando, precisa de alvará 
Se não há portaria na comarca, todo processo de uso da imagem do menor tem que ser autorizado por juiz
A participação da criança e do adolescente depende de autorização escrita de ambos os pais com firma reconhecida, e o uso dessa imagem não pode ser vexatório ou conter caráter sexual
Se não tiver portaria ou não atender a essa portaria, precisa de autorização judicial
Direito a profissionalização
Art. 60 eca
Esse artigo está em desconformidade com a cr
Regulamentação:
Emenda constitucional 20, art. 7, XXXlll
A idade mínima para o trabalho no Brasil é 16 anos
Abaixo de 16 anos, pode exercer a função de aprendiz, a partir dos 14
Um adolescente para assinar um contrato de trabalho precisa estar acompanhado dos pais
Ele pode assinar desde que seja assistido
Então, para assinar e rescindir o contrato precisa estar assistido, salvo se for emancipado. Assim ele se torna capaz para os atos da vida civil.
Para firmar recibo, não precisa estar acompanhado. 
Jornada de trabalho: 
A carga horária do adolescente trabalhador (sem ser do aprendiz) é a mesma do adulto. 8 horas diárias, 44 semanais.
Vedações: trabalho noturno (22 às 5h), trabalho perigoso, insalubre e penoso (o trabalho de adolescente na colheita da cana de açúcar), hora extra (art. 413 CLT). Exceção: pode fazer, com acordo ou convenção coletiva até 2 horas extras, e essa hora deve ser compensada de forma a não exceder a jornada semanal máxima
Aprendiz:
Art. 62 eca
Idade mínima: 14 anos
Idade máxima: 24 anos
A máxima para o contrato de aprendiz são 24 anos, desde que o trabalho seja técnico profissionalizante
O adolescente deve estar vinculado a uma instituição de ensino que forneça educação técnica profissionalizante. Sistema S: senac, senai, senad.
Não é automaticamente convertido para contrato de trabalho ao atingir 16 anos tendo em vista que a idade máxima é 24 anos
É indispensavel que a função exercida seja técnico profissionalizante. Ex. Manutenção em computadores, trabalho de mecânica
Polêmica: colocar aprendiz para trabalhar no Call Center. Não é profissionalizante. 
Colocar um menino de 12 anos para ensacar compras no supermercado. Não pode. O contrato é nulo, mas ele recebe tudo o que tem direito.
Se colocar um menino de 14 anos que estuda em escola técnica profissionalizante e tem contrato de aprendizagem, mas fica embalando no supermercado. Pelo princípio da primazia da realidade sobre a forma, não pode. Mas recebe o que tiver direito.
O adolescente de 16 adolescente pode trabalhar em via pública? Lavador de carro? A regra é não, mas excepcionalmente pode, se autorizado pelo juiz. Qual juiz? Da infância e juventude ou trabalhista? Da infância e juventude. Art. 405 CLT.
Ex. Adolescente de 16 anos que trabalhava em um prostíbulo como camareira. Ela tinha idade mínima adequada, mas o local era incompatível. 
Quem fiscaliza o trabalho do adolescente? Não é a vara da infância. Delegacia do trabalho, ministério público do trabalho, justiça do trabalho. 
Mas não pode trabalhar nem ser aprendiz. Tem 12 anos. É um contrato de natureza civil especial de uso e cessão de imagem. Eles entendem que não há nesse contrato a subordinação. 
Jogador não pode, atleta mirim. Mas ocorre a cessão e uso de imagem, como na Maisa. Isso é nos termos do art. 149, o juiz deve autorizar.
O adolescente que faz malabarismos no sinal só poderia com autorização do juiz, lavador de carro. Mas provavelmente o juiz não autorizaria. Lavador de carro tem autorização em via pública, malabarismo não
E se uma menino de 15 anos é chamado para ser aviãozinho de tráfico de drogas. E é chamado para ser caixa da clínica de veterinária. Ele pode? Não, ele tem 15 anos, e não é o caso de aprendiz. Mas o que é melhor, trabalharcomo caixa ou ser aviãozinho? Trabalhar como caixa. Os tribunais, de acordo com o caso concreto, autorizam o adolescente abaixo da idade mínima a trabalhar, tendo em vista a realidade do país. 
Entendimento do STJ: em casos específicos, de forma excepcional, atendendo ao melhor interesse, deve ser autorizado o trabalho do adolescente que não atingiu a idade mínima, desde que maior de 14 anos. Isso é uma flexibilização da idade mínima para o trabalho. 
Acerca do contrato da Maisa, é julgado na vara cível. É contrato de civil.
31/03
PEGAR INÍCIO DA AULA COM CINTHIA
Art 19-59 eca
Art 1611 CC/2002
O filho havido fora do casamento só pode residir no lar conjugal com autorização expressa do outro: está em dissonância com a CR
Está completamente em desuso, está na lei mas não é aplicável
Artigo 19 - ECA 
Capítulo III
Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Seção I
Disposições Gerais
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
A regra geral é o direito do filho ficar com os pais (o direito é da criança, não da família). Excepcionalmente, a criança ficará com família substituta. Não pode a criança ficar com pessoas viciadas em entorpecentes, álcool...
§ 1º - Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
§ 2º - A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
§ 3º - A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
Conceito de convivência familiar e comunitária: art. 19
Família:
Conceito - definição difícil, pois o conceito é muito amplo. Hoje não se fala mais que esse conceito consiste em pai, mãe e filhos. Parentesco também é um conceito ultrapassado, o vínculo de afetividade hoje é mais importante para se conceituar família.
Princípios:
Princípio da Isonomia: 
hoje não há distinção entre os filhos, todos são iguais. Não pode haver qualquer distinção, nem tampouco distinção de nomenclatura. Hoje não se deve falar "esse é meu filho adotivo" . O certo é falar "esse é meu filho" e pronto. Não se usa mais nomenclatura para adotivo, adulterino, são conceitos ultrapassados e preconceituosos. 
Obs: CC, art. 1.611- filho fora do casamento só pode residir no lar conjugal com autorização expressa do outro cônjuge -- exemplo de dispositivo que está na lei, mas não é mais aplicado. Artigo totalmente ultrapassado, ridículo.
Igualdade entre gêneros : 
Há também igualdade entre os gêneros. Não há qualquer distinção para homens e mulheres. 
Igualdade entre as decisões de pai e mãe: Subprincipio da igualdade entre gêneros.
A palavra do pai ou da mãe têm o mesmo peso. Se um não autoriza a viagem, e o outro sim, quem decide é o juiz. Tendo discordância no modo de estabelecer o poder familiar, quem decide é o juiz.
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância , recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. 
Quando há discordância entre os interesses de um menor e de seus pais. Nomeia-se um curador. Mas quem decide é o juiz. 
Princípio da Prevalência da Família 
Art. 100, p único, ECA 
Antes de tirar o menor de sua família, deve-se esgotar as tentativas de reintegração familiar, reinserção na família natural. A lei prefere à família natural. 
Antes de iniciar um processo de adoção, tem que tentar reinserir na família.
Todavia, essa preferência não significa "dar murro em ponta de faca". Se a família natural é de pessoas drogadas, violentas, não há quem se falar em esgotamento de tentativas de reintegração. Avalia-se conforme caso concreto.
Igualdade de direito entre gêneros:
Claro, não há qualquer distinção entre homem e mulher
Subprincipio da igualdade: art. 21
Homem e mulher tem os mesmo direitos e deveres em relação ao filho. A palavra do homem ou da mulher não vale mais em relação às decisões sobre o filho. Se um autoriza viagem e o outro não, quem decide é o juiz. 
Se há discordância entre o modo de exercer o poder familiar, quem decide é o juiz.
E quando o filho quer algo e os pais não querem deixar? Filha quer casar e os pais não deixam? Quem assistirá esse adolescente? Nomeia-se um curador. Há conflito entre a decisão do menor de idade e os pais. 
Princípio da prevalência da família:
Art. 100, p. único, X do eca
Antes de retirar o menor da família, deve tentar o esgotamento da reinserção/reintegração familiar
Isso demonstra clara preferência do legislador na família natural
Ex: mãe drogada nas ruas. Coloca a criança no abrigo. Ai tenta achar o pai, a avó, alguém da família. Se não achar, coloca para adoção.
Mas as vezes tenta-se tanto essa reinserção que atrapalha a criança. Não dá para saber até que ponto se deve tentar a reinserção.
Poder familiar
Art. 1630-1638 CC
Também é conhecido como pátrio poder, poder paterno ( EXPRESSÕES INCORRETAS)
Poder/dever familiar
Não é mera faculdade
Os autores mais modernos chamam de autoridade familiar
Relaciona a estado de filiação, os únicos que tem poder familiar são pai e mãe. Avó não tem etc.
Guardião não tem poder familiar. 
Tutor não tem poder familiar
Adotante tem poder familiar após a adoção
Conceito:
Complexo de direitos e deveres pessoais e patrimoniais com relação ao filho "menor", não emancipado, e que deve ser exercido no melhor interesse deste último
Diz respeito ao aspecto pessoal e patrimonial
Caracteristicas: São 2
1- Irrenunciável
A partir do momento que o filho foi gerado, já adquire o poder familiar. Mas ele será considerado com o nascimento. Não posso simplesmente dizer que não quero exercer o poder familiar. Pode ser criminalmente processado por abandono. 
2- Intransferível
Não posso pedir para alguém exercer o poder familiar por mim
Deixar o filho aos cuidados de terceiro não é transferir o poder familiar, mas é guarda de fato.
Se deixo o filho 2 anos com a vizinha, se ele quiser viajar a vizinha pode autorizar? Não.
Adoção tecnicamente não é transferência, porque a pessoa é destituída do poder familiar e o adotante adquire o poder familiar. Não ocorreu a transferência, mas a extinção e a aquisição. 
O poder familiar pressupõe o derver de guarda. Art. 22 do eca
Se eu tenho poder familiar, tenho que exercer os deveres da guarda, mesmo que não seja guardião
Ex. Divorciei da minha esposa e o filho ficou com a guarda exclusiva da minha esposa. Eu continuo com o poder familiar. Este se relaciona com a filiação, e não com a guarda. Eu tenho continuar cuidando, zelando e mantendo os interesses do meu filho.
Dever de assistência imaterial: 
Direito ao afeto, carinho
Ex. Indenização de danos morais pelo não afeto dado ao filho
Não tem como obrigar a dar carinho afeto. 
Mas e ai? Põe o menino no mundo e depois?
O pai que não visita e não da afeto ao filho deveria ser suspenso do poder familiar. Se quiser viajar, casar não precisade sua opinião. Mas ele perde a obrigação de pagar pensão nesse caso? Não. A pensão não é decorrente do poder familiar, tanto que pode acontecer o inverso. 
Quem pode pedir a suspensão?? O pai pode da mãe, o filho pode, pessoa que tem interesse legítimo e MP pode, mas a própria pessoa não pode pedir sua suspensão, é irrenunciável.
Dicromática quanto ao exercício do poder familiar: art 21 do eca. Ex. Emancipação, autorização de casamento e viagem. 
Não é qualquer conflito que leva ao judiciário, mas conflito relevante
PROVA: ART. MAIS IMPORTANTE DO ECA
Chega uma mãe com uma menina para ser entregue à adoção. Elas se amavam e a mãe cuidava dela, mas não tinha dinheiro de dar comida para a filha. É coreto tirar a filha da mãe?
Art. 23 do eca
A falta de recurso material por si só não é motivo suficiente para extinção do poder familiar. A pobreza não é motivo para romper esse vínculo.
Obs: a falta de recurso por si só. 
Se não tem dinheiro e explora o filho com trabalho infantil não pode. Se enche a cara na cachaça 
 
Art. 23, p. 1
Se a pessoa não tem condição financeira, devem ser utilizados programas sociais do governo. São as bolsas. Em um caso desse, é importantíssimo. Essa família desse caso foi incluída em programa assistencial. 
07/04
A falta de recursos financeiros não é suficiente para destituir o poder familiar
Solução: parágrafo 1 do art. 23 do eca
PODER FAMILIAR
Suspensão: 1637 CC
Extinção: 1635 CC
A suspensão é um rol exemplificativo.
Ex de suspensão:
Pai que dilacera o patrimônio dos filhos, exercerem abusos ou excessos no poder familiar.
A extinção está prevista de forma taxativa. É medida mais drástica, rompe em definitivo esse complexo de poder deveres de filho com o pai
Deixar o filho em abandono
Abuso
Reiteração de atos que ensejaram a suspensão
Em um processo que tenha por objeto a suspensão do poder familiar, é possível ter a liminar. Requer a suspensão liminarmente. E na extinção? O pai está deixando o filho em abandono. Pode existir a liminar de extinção? Não. No processo de extinção pede a liminar de suspensão. O efeito prático será o mesmo.
Uma vez extinto o poder familiar, é possível recuperar??
O CC e o CPC não prevê uma ação de restituição do poder familiar. Em tese, se perdeu, não há hipótese de recuperação. Mas, apesar de não existir ação própria, o STJ já pacificou que é plenamente possível com base no melhor interesse do menor de idade.
Quem pode requerer:
Pai ou mãe 
MP
Quem tiver interesse legítimo. Ex: quem está adotando.
Há falta interesse processual ou até impossibilidade jurídica do pedido se o próprio pai ou a própria mãe pedir a extinção ou a suspensão.
COLOCAÇÃO DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE EM FAMÍLIA SUBSTITUTA
Art. 32 do ECA
Família substituta é aquela que não é família natural
Regra: permanecer com a criança no seio de sua família de origem
Família substituta é exceção
Institutos jurídicos que permitem retirar o menor de sua família e colocar em outra: 
Guarda
Tutela
Adoção: cessa todos os vínculos com a exceção de 1
Resolução 2013/13 do conselho de medicina:
Resolução do conselho vinculando os médicos. 
Sempre que o menor é colocado em outra família, é importante ele ser ouvido?
Quando se trata de criança, sua oitiva ocorrerá sempre que possível. Não coloca pra ouvir um menino de 3 meses, claro.
Quando se tratar de adolescente, a lei é impositiva. O adolescente deve ser ouvido. Seu consentimento colhido em audiência é necessário. 
Exemplo: menino de 13 anos em que os pais morreram em um acidente. Surgiu uma família que criou um vínculo. O menino adorava o casal. Mas revoltou, dizendo que queria ficar em um abrigo. O juiz, mesmo assim, deferiu a guarda em razão do melhor interesse, o adolescente não sabia o que estava falando, não tinha noção do que seria melhor pra ele.
Deve verificar o grau de parentesco e o vínculo de afetividade e afinidade. Quem tem o grau mais próximo tem preferência em relação aos demais. Parágrafo 3. 
Grupos de irmãos:
Regra do eca: mantém os irmãos juntos, que são colocados dentro da mesma família substituta. A regra é que os irmãos devem ser adotados juntos. Exceção: quando se tratar de abuso cometido por um irmão ao outro, ou quando o número de irmãos inviabilize (14 filhos).
Art. 30 do ECA:
Judiciarização da colocação da criança e do adolescente em família substituta 
Só tem como retirar uma criança de sua família de origem com decisão judicial.
Se a pessoa vai no cartório e passa a guarda da criança para alguém não tem valor jurídico nenhum de guarda. Guarda adoção e tutela só se concede judicialmente.
Família natural:
É aquela do art. 25, formada pelos pais e seus descendentes ou qualquer um deles e seus descendentes
Pai, mãe e filhos
Pai e filhos
Mãe e filhos
E se adota? Depois que adotar vira família natural. E casal homossexual? Mesma coisa, depois que adota vira família natural
Família extensa ou ampliada:
Art. 25, p. único do eca. 
É aquela que se extende para além dos pais.
Composta por parentes próximos que a criança tenha vinculo de afetividade e afinidade. 
Parente próximo? Na jurisprudência é qualquer parente desde que consanguíneo ou jurídico. Parente por afinidade não vale.
Além de ser parente, pode ter afetividade e afinidade. 
Se sou avó, moro no Pará, só vi o menino uma vez na vida, não cumpre todos os requisitos, então não pode.
Família substituta estrangeira
Independe da nacionalidade, mas leva em consideração o DOMICÍLIO da pessoa. 
Dois brasileiros domiciliados no EUA não conseguem ter a guarda ou tutela, é adoção estrangeira. 
Não pode ter a guarda nem a tutela do menor de idade, mas apenas por meio de adoção
Os brasileiros domiciliados no exterior tem preferência sobre os demais estrangeiros que queiram adotar. 
14/04
GUARDA
Art. 33 a 35 do eca
	
	Direito de família 
	ECA 
	Guarda
	Finalidade de regulamentar 
	Finalidade de proteger além de regulamentar 
É muito semelhante à guarda do direito de família
A guarda do direito de família tem a finalidade de regulamentar uma situação
Lei 13058
À regra no direito de família, agora, é a guarda compartilhada 
Aqui no eca, a guarda é considerada uma medida protetiva, e não somente regulamentadora 
CONCEITO
Instituto pelo qual alguém, parente ou não, assume a responsabilidade obre o menor de idade, passando a dispensar-lhe cuidados próprios da idade, além de ministrar-lhe assistência material, educacional, moral e espiritual.
Prefere-se que seja a família, mas na impossibilidade abre-se a possibilidade de estender a um terceiro.
Ajuíza ação na vara de família ou infância e juventude? Depende. Ambas são competentes, vai depender.
Art. 98 do eca
A vara da infância e juventude é competente quando há situação de risco, de vulnerabilidade
O juiz de família, nesse caso, declinaria para a vara de infância e juventude
A vara de família será residual. Não tendo situação de risco, o processo tramitará na vara de família 
Características:
A guarda não altera o poder familiar.
Quem tem poder familiar são os pais. Se em um divórcio a guarda vai para os avós, os pais não perdem o poder familiar. Quem tem o poder familiar, subentende-se que deve exercer os deveres da guarda. Não necessariamente tem a guarda.
A guarda pode ser revogável a qualquer tempo. 
Não há o trânsito em julgado material da ação de guarda. A qualquer tempo, se há uma modificação judicial na ação se guarda, ela pode ser revogada
Judicialização da guarda 
Um documento particular ou público não transfere a guarda. Essa guarda é de fato. A pessoa cuida, zela, mas não é formalizada. Não há o valor jurídico de guarda. Esse documento ou situação serve para instruir o processo de guarda. A guarda, para ter efeito jurídico, deve ser decidida ou homologada pelo poder judiciário. Na prática, quem tem a guarda do menor recebe um documento chamado termo de guarda. 
Quem tem a guarda é o guardião, e quem recebe a guarda é chamadode guardado.
 
A guarda é oponível a terceiros, inclusive aos pais.
Essas imposições a terceiros da a prerrogativa do guardião discordar de decisões dos pais 
Ex. A diretora da escola não permite a matrícula da criança. Então eu demonstro a responsabilidade legal.
Não são todos os atos que o guardião pode decidir, tem atos que são só de quem tem o poder familiar. Ex:
Viagem internacional. Se o guardião for um dos pais, não pode decidir.
Emancipação para casamento: o guardião não pode decidir.
O eca estimula a conversão da guarda de fato em guarda de direito (art. 33, p. 1)
Espécies de guarda 
Não existe guarda definitiva, pois ela pode ser revogada a qualquer tempo. O termo mais técnico seria guarda por prazo indeterminado. 
Provisória
Guarda liminarmente definida em processo de guarda, tutela e adoção, com um prazo ou circunstância estipulada. Ex. Guarda para fins de adoção. Após a adoção, perde a guarda.
Definitiva
Guarda decidida por sentença em ação de guarda judicial, por prazo indeterminado 
Guarda legal do dirigente de entidade de atendimento
Art. 92, p. 1 do eca. É denominada como guardião por equiparação.
Entidade de atendimento é abrigo. Todo abrigo tem diretor. Esse diretor, por força de lei, é equipado para todos os fins ao guardião. Como ele comprova que é guardião? Comprovação de nomeação de ser diretor de abrigo e guia de recolhimento do menor de idade. Não precisa de termo de guarda.
SITUAÇÃO:
Tenho um filho de 2 anos, moro com meus pais. Meu filho precisa de cuidados especiais, como medicação, consulta médica, etc. Mas estou desempregado e não tenho plano de saúde. Mau pai trabalha em uma grande empresa e tem um plano de saúde bom. A guarda confere a criança e adolescente a condição de dependente (art. 33, p. 3). 
Se eu tenho a guarda de uma criança e sou sócia de um clube, posso incluí-lo como dependente? Sim. Mesma coisa com o plano de saúde. Mesma coisa com benefício previdenciário, ele se torna meu dependente na previdência. 
Nesse caso, eu passo a guarda para o meu pai, para que o meu filho seja incluído no plano de saúde. Pode isso? É fraude! A guarda confere a condição de dependente, mas seu objetivo é cuidar, zelar. O efeito dessa guarda é previdenciário. Na verdade, o efeito da guarda é a condição de dependente, isso não pode ser a causa de pedir da guarda.
Na prática, as pessoas simulam isso. E se ocorre, o plano de saúde não consegue não conceder. Mas se o juiz perceber isso ele indefere a guarda.
Mas isso é compreensível, não? Não. O correto seria forçar o sus a fornecer os procedimentos adequados. 
O filho não pode pedir alimentos ao guardião, e nem vice e versa
Direito de visita e prestação de alimentos
A guarda não altera o dever de prestar alimentos dos pais e por isso não suspende o direito de visita
Via de regra, persiste o direito de visita. A exceção é restringir a visita. Ex. Se comete abuso ou maus tratos com o filho. Mas para isso o juiz deve proferir decisão motivada. 
28/04
TUTELA
Art. 36 a 38 eca
Art. 1738 a 1766 CC
A adoção rompe todos os vínculos com a exceção de um: 
É inerente a tutela a gestão patrimonial, a administração de bens
A tutela é mais abrangente do que a guarda por causa da gestão patrimonial 
Pupilo = tutelado
CONCEITO DE TUTELA:
 Conjunto de poderes e encargos conferidos pela lei a um terceiro, para que zele não só pela pessoa menor de 18 anos, e que se encontre fora do poder familiar, como também lhe administre os bens
CARACTERÍSTICAS 
1- É possível um pai ou mãe ter tutela? Não, a tutela só é cabível a um terceiro. 
Por que? Eles já têm o poder familiar.
2- É indispensável que o menor de idade esteja fora do poder familiar. Logo, a tutela é incompatível com o poder familiar. 
Tutor não tem poder familiar, ele é inerente a pai e mãe. 
Há polêmica que cabe a tutela apenas com a extinção do poder familiar, ou também com a suspensão.
Cabe a tutela com a mera suspensão do poder familiar, uma vez o instituto é protetivo - entendimento do professor
Art. 1728 do CC: o juiz defere a tutela em 2 hipóteses:
falecimento dos pais ou ausência, morte presumida 
Lembrando que só cabe a tutela após a declaração da morte. 
Em caso dos pais decaírem do poder familiar. Esse decair é ser destituído. 
No ordenamento jurídico, temos 3 tipos de tutela: testamentária, legal e dativa.
TESTAMENTÁRIA
Art. 2729, p. Único 
É a tutela em que um dos pais, em disposição de última vontade, indicará o possível tutor
Pode ser testamento, codicilo
Pai e mãe podem fazer tutela testamentária. É possível fazer um testamento em conjunto? NAO, é personalíssimo. Cada um faz o seu ou, por meio de outro documento público, os dois podem fazer. A pessoa que eu indiquei como tutor é obrigado a aceitar esse encargo? NÃO. É necessária a anuência.
Judiciarização da colocação do menor em família substituta: 
A tutela é uma forma de colocação da pessoa escolhida em família substituta, então tem que passar pelo judiciário. A pessoa tem o prazo de 30 dias para comparecer ao judiciário para a realização do controle do ato. Art. 37 do eca. 
A mãe fez um testamento indicando A, e o pai fez um testamento indicando B. 
Eles estavam viajando e a mãe morre e o pai está com coma. O A, indicado pela mae- pode assumir como tutor? Não porque o pai ainda está vivo, o poder familiar está apenas suspenso em virtude do coma. Pode caber a guarda judicial. Assim essa cláusula da mãe perde validade, valendo apenas a do pai quando morrer.
Se morreram os dois de uma vez, comoriência. Pode ter tutela em conjunto, desde que A e B sejam casados ou estejam em união estável. Mas isso não é pacífico, alguns não entendem assim.
Se forem dois filhos, deve ser um tutor para os dois, em analogia àquele principio de que os irmãos devem se manter unidos. 
Em 2010 João fez um testamento, e deixou para B ser tutor. Em 2012, abandonou a filha. Em decorrência do abandono houve a suspensão do poder familiar. E. 2013, ele morreu. Tem validade esse restante no que diz respeito a essa cláusula testamentária? Não. Não pode em decorrência de lei, art. 1730 CC
O que se deve analisar é o tempo da morte. 
Polêmica: se nesse caso fosse suspenso, caberia? Mesma coisa, para o melhor interesse do menor, a suspensão já seria causa de não ter poder familiar, o que gera a não validade da cláusula do testamento.
TUTELA LEGAL
É a tutela natural da lei 
Os pais não deixaram testamento ou documento autêntico, então decorre da lei
A lei estabelece de forma criteriosa a ordem natural de pessoas que exercerão a tutela
Art. 1731 CC
Também é conhecida como tutela legítima
É uma ordem estabelecida no art.
A preferência são os ascendentes. Avó e bisavô. Se tiver os dois, prefere o avô. 
Se não tem ascendente, passa para irmãos e tios. Entre eles, prefere irmao. Se tiver mais de um, prefere o mais velho. 
Em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto. Princípio do melhor interesse. A lei criou uma ordem a ser seguida, mas depois, no final, o juiz escolherá.
Prova aberta: apesar de existir a preferência da lei, o juiz segue o melhor interesse
Na prática, o efeito dessa ordem é nulo. Se o avô não tem condição, não será escolhido. 
Essa tutela é obrigatória, o avô é obrigado a aceitar a tutela, etc. Salvo se a pessoa apresentar uma das hipóteses das escusas necessárias. 
TUTELA DATIVA
É uma pessoa estranha a um menor de idade. Não foi em decorrência de testamento ou de lei. 
É uma pessoa estranha ao menor de idade que exerce essa tutela.
Mas não é uma pessoa qualquer, normalmente há um cadastro dessas que desejam.
O juiz consulta o cadastro e nomeia um tutor. 
É requisito da tutela dativa que a pessoa more na mesma comarca ou cidade do domicílio do menor de idade, além da idoneidade. 
Art. 1732 CC 
12/05
PEGAR AULA 
19/05
TIPOS DE ADOCAO
Art. 39 a 52 D
Singular/individual
Apenas uma pessoa adota, de forma individual
Conjunta
2 pessoas adotando o menor de idade
Requisitos:as pessoas devem se casadas ou ao menos viverem em união estável
É possível os divorciados e os ex companheiros adotarem em conjunto. Mas o convívio com a criança deve ter se iniciado durante a constância do relacionamento
 Essa situação é quando por ex, um chorem vai conhecer na criança com sua esposa. Durante o processo do divórcio eles se divorciam. Não tem problema, podem adotar, mas o conhecimento da criança deve se dar durante a constância do casamento.
O eca vai além. É necessário estipulem a guarda da criança, a pensão. Sempre que possível, a guarda é compartilhada. 
Adoção por casal homoafetivo
Antigamente, a pessoa não conseguia adotar sozinha nem com casal homossexual
O art. 1723 prefeitura que a união estável era a união entre homem e mulher. Houve adi 4277, que era justamente para combater essa interpretação de ser homem e mulher.
Então, o art. 1723 do CC passou a ser interpretado conforme a constituição 
Hoje, união estável deve ser interpretada como união entre pessoas. Principios: dignidade, igualdade, não discriminação
É como fica a certidão de nascimento?
Não coloca pai e mãe, mas filiação: beltrano e ciclano. 
No lugar e avó parteiro e materno fica: avó por parte de fulano, avô por parte de beltrano
É possível adotar nascituro?
O cieiro civil de 16 previa isso
O CC de 2002 e o eca são omissos
Como o intuito é família, entende-se que não gera vínculo com o nascituro
Cadastro nacional de adoção
Art. 50 eca
Em cada comarca, de um lado tem o menor, e de outro tem os adotantes.
Regra: para adotar no Brasil a pessoa deve estar previamente inscrita no cadastro 
Exceções: art. 50, p. 13 eca
1- adoção unilateral
O cônjuge ou companheiro adota o filho do outro
Não tem cabimento de inscrição no cadastro e ficar esperando 
Se tem o pai registrado e ele morreu, o novo marido quer adotar. A adoção tem que trazer reais benefícios ao menor
No processo de adoção, tem até a sentença para retratar a permissão 
A lei permite a desistência do consentimento até a sentença, mas tem que ter senso, criança não é objeto
2- quando for parente
Se tem um tio querendo adotar e a ciranda já convive, é muito melhor o tio adotar do que qualquer um que não conheça 
3- adoção formulada
Criança maior de 3 anos, formulada pelo guardião ou tutor, desde que a criança na época da guarda ou tutela tenha vínculo de afinidade e afetividade e não pode ter má fé.
Mas dá margem a burlar p cadastro. Ex. Peguei um menino na rua e fiquei com ele. Pedi a guarda e adoção.
O stj flexibilizou o cadastro. Em situações excepcionais em que a pessoa não atende o cadastro, com bade no princípio do melhor endereço, é possível conceder adoção a pessoa não inscrita no cadastro.
Ex. Vizinha que fica com o menino. É o melhor interesse notório do menor de idade. O STJ flexibilizou o cadastro. Esse é o exemplo do vínculo preexistente 
26/05
Cadastro nacional de adoção. O adotante quer o perfil da criança. A regra é que a pessoa esteja inserida no cadastro, adotante é adotado.
É possível adoção consensual, em que o pai ou a mãe indica para quem entregará o filho?? Pelo ordenamento jurídico não. Não pode haver interferência dos genitores na escolha de quem adotará seu filho. Os tribunais não tem aceito isso. 
REQUISITOS DA ADOÇÃO:
1- idade mínima do adotante 18 anos, e precisa ser capaz. Noa há limite de idade para adotar, mulher de 80 anos pode. Mas existe uma diferença mínima de idade entre quem estafando e quem está sendo adotado. Deve ter 16 anos de diferença entre as idades do adotante e do adotado. Quando é adoção conjunta, o cassados, basta que apenas 1 cumpre o requisito de diferença mínima. 
O pai biológico tem que concordar com a adoção? Pela lei sim. Mas se não concordar é destituído do poder familiar. Na mesma sentença o juiz desconstituir o pode familiar e promove a adoção.
2- estágio de convivência
Art. 46 do eca
É um período em que o juiz vai afixar para que o casal que está adotando conviva por um período para criar afinidade 
Antes, tinha um prazo mínimo de convivência. Hoje não há mais, o juiz fixa um prazo de forma discricionária de acordo com o caso concreto. Um recém nascido pode fixar um prazo menor, é uma adolescente o prazo é maior.
Quando se trata de adoção internacional, em que a pessoa é domiciliada fora do país independente da nacionalidade, o estágio de convivência tem o período mínimo de 30 dias a serem cumpridos no território nacional. 
Família substituta estrangeira não pode ter guarda, o correto seria entregar sob termo de responsabilidade. Mas em bh eles fixam a guarda, o que é errado.
EFEITOS DA ADOÇÃO
1- Pessoal
É feita uma nova certidão de nascimento. Cancela o registro anterior e lavra-se um novo. Os vínculos são estendidos entre todos os parentes do adotante. O irmão do adotante vira tio do adotado, o pai avô.
2- Natural
O único vínculo que perdura com a família natural é o impedimento ao casamento. 
3- Patrimonial
Adotei uma criança e morri. Essa criança pode pedir pensão ao pai biológico?? Não, todo o vínculo patrimonial é com a minha família. 
A morte do adotante não restabelece o vínculo com a família biológico. 
Adoção internacional: 
É exceção. Só ocorre quando não tem nenhum perfil de adoção nacional com o interesse de adotar o menor. É o que sobra. 
ATO INFRACIONAL
Conduta praticada pelo menor de idade que tem previsão como crime ou contravenção penal.
Menor de idade NÃO comete crime, mas ato infracional 
O termo técnico é autor de ato infracional ou adolescente em conflito com a lei.
Criança, de 7 anos, COMETE ato infracional, MAS não responde.
Qualquer menor de idade comete ato infracional, mas a criança não responde pelo ato infracional. O adolescente comete mas responde.
Uma criança (12 anos incompletos) que comete ato infracional recebe medidas protetivas. Estão previstas no art. 101 do eca. Ele será entregue para os pais, encaminhado é obrigado a matricular em escola, tratamento psicológico, programa de assistência à família, etc.
Ele não pode ser nem encaminhado a delegacia como autor.
Já o adolescente está sujeito à medida protetiva + medida socioeducativa 
Então o adolescente já responde. A idade punível para quem comete delito é 12 anos. Medida socioeducativa vai desde advertência até internação. Internação é ficar preso na prática.
TIPICIDADE DELEGADA/LEGALIDADE ESTRITA
O princípio da legalidade estabelece que não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal.
O ato infracional segue esse princípio. Não pode criar fatos e enquadrá-los como ato infracional. 
Tipicidade delgada é um conceito utilizado para explicar que o eca não cria tipo penal para o menor de idade. O eca se vale da legislação pre existente. O menos responde pelos tipos penais já existentes.
CIA: centro integrado de atendimento ao autor de ato infracional.
Lá tem a vara, o MP, a defensoria pública, a prefeitura que aplica às medidas socioeducativas em meio aberto, a depol e a PM.
É um centro integrado, com toda a estrutura integrada no mesmo órgão. 
Competência:
Vara estadual da infância e juventudes do local do fato.
Sempre o juiz da infância e juventude.
Se adolescente cometeu adolescente, crime doloso contra a vida, NÃO é tribunal no júri, mas sempre o juiz da vara e juventude.
Ação penal provada, pública incondicionada é condicionada à representação. 
Se o adolescente cometeu ato de injúria ou lesão corporal leve,que é de ação privada, sempre será público incondicionada.
O ato infracional SEMPRE será público incondicionado, não depende da manifestação do ofendido.
PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DO ATO INFRACIONAL
Criança está fora dele, como já visto
Didaticamente, é dividido em 3 fases
Fase policial
Fase de atuação do MP
Fase judicial 
1- fase policial
Para iniciar essa fase, tem duas hipóteses.
Apreensão em flagrante ou notícia do ato infracional.
A regra é quando o adolescente é apresentado ao delegado, ele será ouvido,e após a oitiva ele vai liberar o adolescente sob um compromisso de comparecer ao MP no primeiro dia útil subsequente.
Mas, dependendo, a liberação do indivíduo será prejudicial a ele e a sociedade. Em crimes praticados com violência ou grave ameaça, e no intuito de proteger a ordem pública e a segurança do adolescente, o delegado não vai liberar. Nesse caso, apresentação do adolescente será realizada dentro das 24 h seguintes. 
O adolescente pode ser algemado nos três da súmula 11 do STF.
A identificação criminal não é a regra nem para o adulto. Mas se não há identidade, não não há indícios que é o adolescente, o delegado pode promover a identificação criminal 
Pode ser transportado pela viatura da polícia? Pode, mas não pode, pela lei, no compartimento fechado traseiro. 
Existem delegacias especializadas. A dopcad apura o ato infracional pelo adolescente quando ele é o autor do ato. A depca diz respeito a criança e adolescente, mas é quando eles são vítimas.
Concurso de pessoas: tem 3 adultos e o menor. Para onde leva a ocorrência policial? A competência sempre será da delegacia especializada. Todos serão encaminhados para lá. Ao final, ele desmembrara. Mas todos serão encaminhados à delegacia especializada quando tiver. 
Art. 172, p. único. Coautoria é a mesma coisa.
2- fase de atuação do ministério público 
Se o adolescente ano comparece ao MP, o promotor pede a busca é apreensão do adolescente. 
O propor, ao receber o menor, nos três da lei, faz uma oitiva informal do adolescente. É uma audiência preliminar. Nela, fica juiz, promotor e defesa. Conversa com o adolescente, e nada do que é dito e tomado a termo, não é redigido em ata.
Após a audiência preliminar, o MP pode fazer 3 coisas:
1- arquivar o procedimento (ele pede o arquivamento para o juiz. Se o juiz não concordar, manda para o procurador geral de justiça, que dá a palavra final.)
2-conceder a remissão.
Remissão: 126 do eca. É um perdão do adolescente, o promotor entende que não há necessidade de dar seguimento ao processo.
Remição: art. 126 da LEP. Remir a pena, o preso que trabalhar 3 dia tem 1 dia remido.
3- dá início ao processo do adolescente. Aqui chama representação, que se assemelha a própria denúncia. 
02/06
Prova:
Matéria mais recente, adoção e final de tutela, e ato infracional 
Remissão:
Perdão. O promotor analisa as circunstâncias do ato infracional. Os antecedentes, a convivência com a família, toda a circunstância fábrica do ato.
O promotor concede a remissão para excluir o processo. Não é extinguir. Onde o promotor atua, nessa fase, ainda não tem processo. Não teve representação. Ele não dá nem possibilidade de iniciar o processo, por isso é excluir.
Existe também a remissão judicial, a concedida pelo juiz. Depois que o promotor representa, o juiz acha que o adolescente é merecedor da remissão. Como já temo processo, o juiz extingue o processo.
A remissão pode ser pura ou com encargo. O puro, o adolescente não tem fazer nada, não sofre nenhuma medida. A com encargo, o juiz concede perdão, mas acumula com medida socioeducativa, desde que não seja restritiva de liberdade. 
LER ARTIGOS 126 e ss do eca 
Não cabe remissão com semi liberdade nem com internação. 
Representação é a peça inaugural do ato infracional assim como a denúncia é do crime 
Deve constar a qualificação do adolescente, da vítima, o local, o fato é as circunstâncias, o tipo penal e o arrolamento de testemunhas.
Não há que se falar até o recebimento da representação é procedimento de apuração de ato infracional. Depois passa a ser um processo judicial. 
Fase judicial:
Ao receber a representação, o juiz designa uma audiência chamada de apresentação. 
É o primeiro contato formal do adolescente com o magistrado 
Não houve testemunha, essa audiência é exclusiva para ouvir o adolescente. 
Nessa audiência o juiz faz perguntas para o adolescente e suas respostas contam na ata. A oitiva é formal. 
O MP faz pergunta e a defesa também. 
Ao final, o juiz abre o prazo de 3 dias para defesa prévia. E designa uma audiência que chama de continuação. 
O momento adequado de arrolar testemunhas é na defesa prévia. 
A testemunhas são ouvidas na audiência de continuação. Nela, serão ouvidas testemunhas da acusação, da defesa e eventual vítima. Se assemelha a de instrução e julgamento.
Ordem de oitiva: testemunhas da acusação primeiro. Quem faz as perguntas primeiro, aqui, é o promotor. 
Abre para os debates orais. Primeiro da acusação, promotor. No prazo de 20 min prorrogáveis por mais 10. Inicia pela acusação. 
Depois tem 20 min para defesa podendo descer prorrogáveis por mais 10. É facultado ao juiz substituir os debates pó memoriais.
Depois, o juiz julga.
O juiz da vara infracional ou julga procedente a ação ou improcedente. 
Dessa decisão, cabe recurso de apelação, e o prazo é de 10 dias. 
Se o juiz julgou procedente, ele pode aplicar medida socioeducativa e acumular com uma protetiva. 
A principal é a medida socioeducativa.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
Todas as medidas estão previstas no artigo 112 do eca. 
Elas estão previstas taxativamente no eca. O juiz manoplas inventar uma medida socioeducativa, princípio da legalidade.
As médias protetivas estão previstas no art 101, e essas sim são exemplificativas
1- Advertência 
Admoestação verbal. Só é aplicável aos atos infracionais mais brandos. Ex. Desacato ao professor
No direito penal, para haver condenação, tem que ter prova da autoria e materialidade do fato. 
Aqui, o fato ocorreu, mas a autoria não precisa estar completamente comprovada. Se houver indício de autoria, 0pode aplicar a advertência. Mas a única exceção que comporta isso é a advertência. 
2- Obrigaria de reparar o dano
Pode ser aplicável aos atos patrimoniais que geram reflexos patrimoniais, e ao adolescente é o dever de reparar o ato injusto que cometeu. Ex. Pixação. 
3- Prestação de serviço à comunidade
Consiste em trabalhos, serviço de natureza gratuita para órgãos públicos ou com finalidade públicas
Ex. Coloca o adolescente para trabalhar em hospital, igreja, varrer praças. Deve ser de acordo com a aptidão do adolescente. 
O prazo máximo dessas medidas é de até 6 meses. E a carga horária máxima é de 8 horas semanais. Pode prestar sábado, domingo e feriado, desde que não atrapalhe seus estudos. 
Não confundir prestação de serviços à comunidade com trabalho forçado. Se ele recusar, o juiz pode outra medida, como internação. Mas não pode forçá-lo a trabalhar.
4- Liberdade assistida
O adolescente está livre. É a última medida que não é restritiva de liberdade 
É uma medida específica do eca em que o adolescente continua livre, mas é acompanhado de perto. 
Há a figura de um orientador, pessoa que acompanha o adolescente de perto no intuito de promovê-lo socialmente. Ex. Acompanhar seu rendimento escolar, buscar a inserção no mercado de trabalho conforme a idade, indicar curso técnico. Na prática, uma vez por semana o adolescente encontra com o orientador e presta contas, ele o acompanha. 
Prazo mínimo de 6 meses.
6- Semi liberdade 
Assemelha-se ao regime semi aberto.
O adolescente fica livre uma parte do dia e é recolhido ao centro a noite. 
Essa medida pode ser socada de início, (o juiz, ao sentenciar, aplica, como forma de benefício ao adolescente), ou como meio de progressão a liberdade.
O prazo máximo é de 3 anos
7- Internação
Se assemelha a prisão.
Mas a linguagem certa é que o adolescente é apreendido. 
É dividida em 3:
Propriamente dita/ por sentença
O juiz estabelece ao julgar processo. 
O adolescente comete homicídio. 
Tem o prazo máximo de 3 anos, ou até completar 21 anos de idade.
Se ele for julgado com 20, ficará só até 21 anos.
Requisitos: ato infracional cometido com violência ou grave ameaça os pessoa; reiteração de atos infracionais (é considerado no 3 ato infracional cometido)
Sum. 492 STJ 
Sanção 
É uma sanção que o juiz aplica em razão do descumprimento injustificado de outras medidas anteriormente aplicadas. Ex.O juiz aplica uma liberdade assistida ao adolescente, ou manda ele reparar o dano. Se ele não cumpre, a forma de punir ou forçar o cumprimento é a internação sanção.
O prazo é de até 3 meses - não confirmar com 90 dias, está errado - PROVA 
O juiz íntima para comparecer à audiência e justificar o porquê. As vezes ele sofreu um acidente e estava impossibilitado. 
Provisória/ antes da sentença 
Ex. Menino de 12 anos que solta uma granada na faculdade. O promotor ouve informalmente e depois, dependendo do caso, libera provisoriamente. Mas nesse caso não é plausivelmente ué se libere. 
Dado a gravidade do ato infracional, o promotor pode pedir que o adolescente aguarde o andamento do processo apreendido.
Se o juiz entender pela internação provisória, o máximo que ele pode ficar internado é 45 dias. Se ultrapassa, o adolescente é liberado. Nos casos manifestos de abuso da defesa, é permitido prorrogar o prazo. Ex. Defesa pega o processo por 45 dias.
SINASE: Sistema nacional de atendimento socioeducativo
Lei 12594/2012
Essa lei regulamenta o cumprimento das medidas. Se assemelha a LEP.
Estabelece que as medidas em meio aberto (advertência, reparação de danos, etc) ficam a cargo de implementação pelo município. Quem fiscaliza o cumprimento é a prefeitura. 
A semi liberdade e a internação são implementadas pelo estado.
A lei possibilitou a visita íntima ao adolescente, desde que seja casado ou viva em uniforme estável. Há uma crítica de ser estranho, mas evita um possível envolvimento entre eles.

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