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Diferença entre PEDIDOS SUCESSIVOS, PEDIDOS ALTERNATIVOS e CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

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Diferenças entre pedidos sucessivos, pedidos alternativos e cumulação de pedidos 
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Jusbook.com.br
Consultem, também, a página sobre processo do trabalho.
Na preparação da petição inicial, entre tantos requisitos para sua correta apresentação em juízo, conforme exige o artigo 282, do Código de Processo Civil, não raro surgem dúvidas sobre as diferenças entre pedidos sucessivos, pedidos alternativos e cumulação de pedidos, notadamente no processo do trabalho, tendo em vista especificidades do contrato de emprego, que, por sua natureza, gera múltiplas obrigações. O tema é árduo, mas, também, não é nenhum enigma. Ei-lo:
Pedido alternativo:
Diz o Código de Processo Civil brasileiro que:
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo. 
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Assim sendo, a própria natureza da obrigação determina a possibilidade de se formular pedido alternativo, caso o devedor possa realizar prestação de mais de um modo. Se, pela lei, ou pelo contrato, a escolha  couber ao devedor, deverá o juiz assegurar respectivo direito, mesmo que o autor não o tenha pleiteado. 
O contexto parece claro: malgrado possa o credor exigir apenas uma prestação, enquanto cumprimento da obrigação, ela pode ser, sob determinadas condições, satisfeita de mais de uma forma.
Mais comum no Direito Civil (notadamente em questões que envolvam Direito das Obrigações e Contratos), esse tipo de pedido tem pouca aplicabilidade na área trabalhista. São raros os exemplos. O mais citado é a disposição, em norma coletiva, que concede, alternativamente, por exemplo, fornecimento de cesta alimentação ou seu pagamento em dinheiro. Na prática, caso o empregador não tenha fornecido o benefício, em espécie ou em dinheiro, é claro que o autor, na ação trabalhista, pedirá somente pagamento em dinheiro, sendo quase cerebrino imaginar que se conceda, embora a lei o permita, após cinco anos de demanda, pagamento à base de “tickets de cesta básica”. Conquanto não seja absurda a hipótese, dependerá de previsão expressa, na convenção ou acordo coletivo, quanto à escolha do devedor. Estamos admitindo a indagação sem adentrar no mérito da aplicabilidade, ou não, do instituto processual, ora em análise, na seara trabalhista, tendo em vista princípios obreiros clássicos. Sim, porque, nesse caso, o direito material é elemento primordial à espécie (como sói acontecer, aliás).
Pedido sucessivo:
Dispõe o artigo 289 do Código de Processo Civil:
Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.
Claríssima a lei. Requisitos básicos: 
1) Devem ter a mesma causa de pedir;
2) Devem ser compatíveis entre si (considerando a previsão do art. 292, § 1º, I, do CPC);
3) O juiz só deve conhecer do segundo pedido, caso não seja possível conhecer do primeiro.
Exemplo: demissão de empregado estável.
- empregado intenta ação pleiteando reintegração no emprego; formula pedido sucessivo:
primeiro pedido: reintegração; pedido sucessivo: pagamento de indenização, com base no artigo 496 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Pois bem, nesse exemplo, onde está a diferença entre pedido sucessivo e pedido alternativo? 
Em verdade, não trata o caso de “escolha do devedor”, nem mesmo do credor, se considerada a natureza da obrigação (requisito exigido pelo art. 288, do CPC). Ora, o pedido, formulado em ordem sucessiva, tem natureza excepcional e não de prerrogativa (leia-se: alternativa). A própria redação do artigo 496 da CLT dá à espécie conotação de excepcionalidade:
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.
(grifamos)
A diferença, então, está, a priori, na natureza da obrigação. Por isso, entendemos que o pedido de fornecimento de guias, para levantamento do Seguro-Desemprego, ou pagamento da respectiva indenização, pelo empregador, é sucessivo e não “alternativo”. Aqui, não cabe ao devedor qualquer escolha, nem se admitiria, obviamente, previsão contratual a tanto.
Por oportuno, consultem o artigo: Indenização do Seguro-Desemprego na Ação Trabalhista
Cumulação de pedidos:
Diz o Código de Processo Civil:
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação:
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento ordinário.
Essa forma processual de pedir em juízo parece ter nascido para o processo do trabalho, pois 99% das ações trabalhistas possuem mais de um pedido. Geralmente, considera-se o próprio contrato de trabalho como elemento de conexão entre os pedidos, dada a sua característica obrigacional múltipla. Por isso, não se questiona, na doutrina ou na jurisprudência, formulação, na mesma ação trabalhista, de vários pedidos cumulados: horas extras, verbas rescisórias, reintegração no emprego, adicionais salariais, direitos coletivos, danos morais e materiais, etc. Medida, aliás, compatível com o princípio da economia processual.
A diferença entre cumulação de pedidos e os dois institutos anteriores é simples: 
Quanto ao pedido alternativo, a diferença reside, outra vez, no quesito obrigação: a alternatividade pressupõe escolha no cumprimento da obrigação; a cumulação baseia-se em multiplicidade de obrigações. 
Quanto aos pedidos sucessivos, a diferença é praticamente a mesma da anterior; na cumulação: vários pedidos, várias causas de pedir; nos pedidos sucessivos, apenas uma causa de pedir, sendo permitido apenas conhecer de um pedido.
A propósito, a aplicabilidade dos referidos institutos do Código de Processo Civil, no processo do trabalho, é autorizada pelo artigo 769 da Consolidação das Leis do Trabalho:
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
Leia mais: http://www.juslaboral.net/2009/08/diferencas-entre-pedido-sucessivo.html#ixzz28rC8Cfl3 
Não autorizamos cópia integral do artigo na Internet ou qualquer outro meio © Marcos Fernandes Gonçalves

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