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Direito Tributário Guiliano Menezes Módulo 1 OAB 1a Fase

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Prof. Giuliano Menezes OS: 0578/8/11-Gil 
 
 
1 
TRIBUTÁRIO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Tributário 
Prof. Giuliano Menezes 
Módulo 1 
OS: 0578/8/11‐Gil
 
 
 
 Prof. Giuliano Menezes OS: 0578/8/11-Gil 
 
 
2
TRIBUTÁRIO DIREITO 
OAB – 1ª FASE  
Direito Tributário – Módulo 1  
 
 
RECEITAS ESTATAIS 
 
 
 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
 
1. Receita/ Despesa 
   
  O Estado  como qualquer pessoa ou empresa 
precisa de uma receita para cumprir com as suas 
despesas. 
 
1.2. Receitas 
 
 ‐ Originárias – São as que decorrem/ defluem 
do  próprio  patrimônio  do  Estado.  O  Estado 
tem  esta  receita  em  função  do  próprio 
patrimônio. O Estado excepcionalmente pode 
exercer  atividade  econômica.  Ex.  Petrobrás 
(sociedade de economia mista), assim como o 
foro anual cobrado de que ocupa terrenos de 
marinha.  É  estudado  no  direito 
Administrativo. 
 
‐  Derivadas  (tributos)  –  Decorrem  do 
patrimônio  do  particular, NÃO  são  obtidas  a 
partir  do  patrimônio  do  Estado  e  sim  do 
Particular. Ex. Tributos  (IPTU,  IPVA,  IR....). No 
Direito  Tributário  nos  preocupamos  com  as 
receitas  derivadas  como  sendo  nosso  objeto 
de estudo (Fisco/Contribuinte). 
 
 **  Cada  vez  mais  o  Estado  depende  das 
receitas  derivadas,  pois  o  Brasil  fez  opção 
pelas privatizações.  
 
 
2. Direito Financeiro x Direito Tributário 
 
 
  O  Dir.  Tributário  na  sua  origem  integrava  o 
direito financeiro. No   entanto,  ganhou  autonomia, 
pois  o  Direito  Financeiro  se  preocupa  com  o 
fenômeno financeiro completo ( receitas e despesas),   
sendo que ao longo do século XX a questão tributária 
  passa  a  ter  relevância  maior.  Esta  relação 
tributária é conflituosa, pois o   particular  quer  pagar 
menos tributo e o Estado quer arrecadar mais. 
      
 
3. Princípios Constitucionais Tributários 
   
  3.1  – Princípio  Federativo    – O Brasil  é uma 
federação,  onde  o  poder  está  descentralizado, 
pois existem várias  instâncias de governo: União, 
Estados/DF  e  Municípios.  O  Brasil  é  uma 
federação sui generis porque o município também 
é  considerado  ente  federativo.  O  princípio 
federativo é uma cláusula pétrea. 
 
Entes  integrantes de uma Federação ( Art. 18 CF) 
–  União.  Estados/DF  e  Municípios  são 
autônomos). 
  ‐ União 
  ‐ Estados/ DF 
  ‐ Municípios 
 
4. Características de uma Federação‐ É possível 
citar  algumas  características  de  uma 
federação. 
 
 ‐  Eleições  próprias  –  No  Brasil,  cada  ente 
federativo  tem  suas  próprias  eleições.  A 
investidura  de  um  Prefeito,  por  exemplo,  não 
depende  da  vontade  do  Governador  ou  do 
Presidente da República. 
 
‐ Competência Administrativa própria para prestar 
serviços públicos – Função principal do Estado. Os 
entes federativos recebem do texto constitucional 
competência  para  prestar  serviços  públicos 
próprios.  O  país  opta  pela  Federação  para 
melhorar a prestação do  serviço público, comum 
em Estados geograficamente grandes. 
 
‐  Autonomia  Administrativa  –  A  organização 
político  administrativa do Brasil  compreende  em 
União,  Estados/DF  e  municípios  com  autonomia 
do ponto de vista administrativo, com capacidade 
de se auto‐administrar.  
 
‐  Competência  Tributária  própria  ‐“Não  existe 
autonomia  sem  dinheiro  –  isto  é  essencial  para 
fazer valer a federação”. IR – União, IPVA‐ Estado, 
 
 
 
 Prof. Giuliano Menezes OS: 0578/8/11-Gil 
 
 
3 
TRIBUTÁRIO DIREITO 
IPTU  – Município.  Para que  seja  autônomo  cada 
ente  que  integre  a  federação  tem  competência 
para tributar. 
 
 A  CF  prevê  impostos  para  cada  ente  – 
essencial para fazer valer a autonomia. 
 A união concentra ainda grande parte dos 
impostos, mas se comparado com o Brasil, 
antes  da  atual  Constituição,  houve  um 
avanço muito grande, principalmente em 
relação  aos  municípios,  que  atualmente 
possuem  uma  situação  financeira  muito 
melhor  do  que  a  que  existia 
anteriormente. 
 
 
IMPORTANTE 
 
Além da  competência  Tributária, qual  seria  a  outra 
forma  através  da  qual  os  Estados  e  Municípios 
podem auferir receitas derivadas?  
 
Através  das  receitas  da  União  que  são  repassadas 
para  os  Estados  e  para  os  Municípios,  e  também 
receitas  do  Estado  que  são  repassadas  para  os 
Municípios. Essas receitas derivadas, são transferidas, 
Ex. O que a União arrecada com IR e IPI grande parte 
será  repassado  (Arts.157.  158  e  159  CF.  O  IPVA 
arrecadado pelo Estado será em parte repassado para 
o município. A CF determina este  repasse, pois além 
da competência própria para tributar os Estados/DF e 
Municípios  também  possuem  essas  receitas  que  lhe 
são transferidas. 
 
DISTRIBUIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
 
Atribuição da Competência Tributária 
 
Outra  Forma:  Receita  Transferidas,  além  da  própria 
competência  tributária,  os  Estados  e  municípios 
recebem receitas transferidas por outro ente. Ex. FPE 
(21,5%)  IR  e  FPM  (22.5%)  FPM.  Quem  fiscaliza  é  o 
TCU. A União e o Estado não ficam com 100% do que 
arrecadam. 
O porquê desse repasse? 
Primeiramente o tributo existe onde estão as riquezas 
ou presunção de riquezas, ou seja onde há consumo, 
onde há poder de compra. Vamos partir da hipótese 
de um município localizado no sertão central do ceará 
com  10.000  habitantes  –  Os  impostos  municipais 
previstos no  art 156 CF  são  (IPTU,  ISS,  ITBI)  – Nesta 
hipótese  não  existirá  muita  transferência  de  bens 
imóveis,  pois  a  quantidade  de  imóvel  vendido  é 
mínima  e  quando  existe  o  valor  é  muito  pequeno, 
chegando a ser irrelevante, desta forma a arrecadação 
através do  ITBI será quase  inexistente. Em relação ao 
ISS  –  sabe‐se  que  o  setor  de  serviços  é  próprio  de 
cidades mais desenvolvidas. IPTU – a arrecadação será 
baixa  devido  ao  valor  do  imóvel  e  parte  desses 
imóveis são  isentos de  IPTU. Nesse caso, o município 
tem  baixa  receita  tributária,  mas  tem  obrigações  e 
competências  constitucionais  de  prestar  serviço 
público.  Em  razão  disso,  é  necessário  receber  essas 
receitas (derivadas) transferidas através do FPM e do 
FPE, existindo municípios que  recebem mais  receitas 
transferidas  do  que  receitas  oriundas  de  sua 
competência tributária. 
 
 
Competência  Tributária  –  Poder  de  Tributar 
juridicamente limitado 
 
“É o poder de  tributar  juridicamente  limitado; O que 
está  limitando?  A  CF  é  quem  limita,  Ex.  União  não 
pode  tributar  IPVA,  um  ente  não  pode  invadir  a 
competência tributária de outro ente. 
 
Formas de Competência Tributária: 
 
‐ Competência Exclusiva – Exs. Arts 153,155,156 CF 
A  Competência  exclusiva  existe  em  relação  aos 
Impostos.  
CTN  –  Imposto  é  um  tributo  independente  de 
qualquer  atividade  estatal  específica  à  pessoa  do 
contribuinte. Não está associado a nenhuma ação do 
Estado, é um tributo não contra‐prestacional. Ex. IPVA 
é  pago  somente  porque  tenho  carro  –  não  é 
necessário o Estado prestar um  serviço. Por  sua vez, 
as taxas e contribuições de melhorias são vinculadas a 
alguma  atuação  do  Estado.  São  tributos  contra‐
prestacionais.  
A  CF  em  seu  art.  145  II  –  “A  União,  os  Estados,  O 
Distrito  Federal  e  os Municípios  poderão  instituir  os 
seguintes tributos:” 
 II – Taxas, em razão do exercício do poder de polícia 
ou  pela  utilização,  efetiva  ou  potencial,  de  serviços 
públicosespecíficos  e  divisíveis,  prestados  ao 
contribuinte ou postos a sua disposição. 
 
 Poder  de  Polícia‐  Restringir  a  esfera 
individual  em  prol  da  coletividade.  Ex. 
Alvará de construção ( o município verifica 
se  o  meu  projeto  respeita  o  espaço  de 
calçada,  se  respeita  a  lei  municipal), 
podendo  cobrar  uma  taxa  para  liberar  o 
alvará. 
 
 
 
 Prof. Giuliano Menezes OS: 0578/8/11-Gil 
 
 
4
TRIBUTÁRIO DIREITO 
 
A  Contribuição  de  melhoria  sempre  existiu,  mas  de 
difícil cobrança. Ex. particular com terreno no Eusébio 
comprado por um preço X (muito barato) e depois das 
melhorias  provenientes  do  Estado  como,  por 
exemplo,  rodovia que valorizou o  terreno. A  rodovia 
beneficia  a  todos, mas  no  caso  em  questão,  a  obra 
gerou  uma  valorização  imobiliária,  podendo  existir 
uma  lei  que  cobre  um  valor  sobre  a  valorização  do 
terreno,  também  é  um  tributo  vinculado/  contra‐
prestacional. 
 
‐ Competência Comum – Art 145  II,  III CF – Existe em 
relação  às  taxas  e  às  contribuições  de  melhorias 
(outras espécies tributárias). 
 
Porque  o  constituinte  resolveu  discriminar  as 
competências dos impostos? 
 
‐ porque se não houver a discriminação como saberia 
a quem pertence os impostos? Não existe outra forma 
de  definir,  pois  em  relação  aos  impostos  não  há 
vinculação / contra‐ prestação, desta forma é preciso 
ser  definido  pela  CF.  Já  no  caso  das  taxas  e 
contribuições  de  melhorias,  por  serem  tributos 
vinculados,  o  ente  que  prestar  será  o  competente 
para cobrar, por estar associado a atuação prévia do 
Ente,  somente  ele  pode  cobrar  –  não  sendo 
necessário discriminar/ previsão clara exclusiva. 
 
***  Imposto  como  não  é  vinculado  é  necessário  a 
discriminação pela CF – com  isso gera a competência 
exclusiva.  Mas,  quando  se  falar  em  competência 
comum (no plano abstrato), é no sentido de que não 
existe  a  pré‐definição  constitucional.  No  entanto, 
quando o ente prestar o  serviço,  será o  competente 
para cobrar. É comum no plano abstrato, pois quando 
a obra é  feita, a competência deixa de  ser comum e 
passa a ser exclusiva. 
 
Competência Residual – Art 154,I CF  
***  Principio  da  legalidade:  Os  tributos  não  são 
criados pela CF. A CF limita‐se a autorizar a tributação 
A  CF  delimita  espaços  de  tributação.  Na  verdade 
quem  cria  o  tributo  é  o  ente  competente  –  União, 
Estados/DF  e  municípios  quando  aprovam  suas  leis, 
como conseqüência lógica do Principio da Legalidade. 
Ex. A CF autoriza a tributação sobre grandes fortunas, 
porém não há lei que regulamente a tributação – a CF 
prevê  a  possibilidade  de  haver  tributo,  porém 
enquanto  não  houver  uma  lei  (podendo  ser  lei 
ordinária em alguns casos) não poderá ser tributado. 
 
“  A  CF  assina  o  cheque,  mas  quem  preenche  os 
valores deste é o Ente competente e este ato é  feito 
através da lei.” 
 
Residual  –  Também  é  exclusiva,  pois  só  quem  pode 
exercê‐la é a União, através de lei complementar, não 
sendo um tributo cumulativo.  
 
Pode  a  União  Federal  criar  imposto  residual  sobre 
renda? Não, pois  já é  tributado através do  I.R –  tem 
que ser fato novo não tributado. 
Para os demais impostos basta a lei ordinária (maioria 
simples dos votos) e para o exercício da competência 
residual é necessário uma  lei complementar  (maioria 
absoluta dos  votos). Qual  a  razão? Quando  a União, 
Estados/DF  e  municípios  aprovam  as  lei  para 
regulamentar os  impostos já previstos na CF, já estão 
limitados materialmente. Ex. Veículo automotor para 
a  cobrança  de  IPVA  –  existe  uma  limitação material 
maior  por  isso  exige‐se  uma  lei  menos  rígida  (lei 
ordinária). No caso de impostos residuais por ser fato 
NOVO  ainda  não  tributado,  e  sem  previsão 
constitucional, a União tem maior  liberdade no plano 
material.  Em  razão  disto,  o  constituinte  restringe 
através  de  uma  lei  mais  formal  (lei  complementar‐ 
maioria  absoluta  de  votos‐  anuência  congresso 
maior). Este formalismo é para compensar a liberdade 
material maior, é uma forma de contrabalancear. “ A 
União nunca exerceu, mas em tese poderá faze‐lo.” 
 
  A  qual  ente  federativo  pertence  à  competência 
Residual em relação as taxas? 
   
  Em  matéria  de  impostos,  a  competência  residual  é 
exclusiva  da  União.  Em  matéria  de  taxas,  a 
competência residual é do Estado (art. 25 p. 1º CF). As 
taxas  estão  vinculadas  aos  serviços  públicos  e  os 
novos  serviços  públicos  que  surgirão  são  de 
competência do Estado (podem surgir serviços novos), 
razão  pela  qual  as  novas  taxas  serão  cobradas  pelo 
Estado Residualmente as  taxas  incubem aos Estados. 
A Doutrina questiona essa  competência entregue  ao 
Estado,  pois  verifica‐se  que  seria  mais  razoável  ser 
entregue  aos  municípios  pois  este  ente  está  mais 
próximo  do  cidadão  e  verifica‐se  mais 
detalhadamente a necessidade de prestação de novos 
serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Giuliano Menezes OS: 0578/8/11-Gil 
 
 
5 
TRIBUTÁRIO DIREITO 
COMPETÊNCIA  EXTRAORDINÁRIA  (ART.154,II  CF)
   
 
Aspecto  semelhante  a  competência  residual  porque 
também é exclusiva da União Federal, nenhum outro 
ente poderá exercer  
 
A  cobrança  de  impostos  de  competência 
extraordinária  só  pode  acontecer  em  períodos  de 
guerra, porém nunca foi exercida, pois o Brasil não se 
envolve  em  conflitos  armados.  Nunca  foi  cobrada, 
mas  poderá  ser.  Evidentemente  quando  se  está  em 
guerra  é  necessário  receita  extraordinária,  mesmo 
porque  a  receita  ordinária  diminui  e  precisa  haver 
uma  compensação,  desta  forma  o  constituinte  viu 
uma maneira de equilibrar o orçamento autorizando a 
união a cobrança de  impostos extraordinários. Neste 
caso,  devido  ao  caráter  de  urgência  basta  ser 
autorizado  através  de  lei  ordinária  Não  exige‐se  lei 
complementar  por  esta  ser  mais  formal  e 
conseqüentemente  mais  demorada,  porque  precisa‐
se  que  a  arrecadação  seja  da  forma  mais  rápida 
possível. O constituinte visualizou  tornar mais  rápida 
sua  criação,  exigindo‐se  apenas  lei  ordinária.  O 
imposto  da  guerra  pode  ser  cumulativo  por  fatos  já 
tributados  (lógico),  pois  a  rentabilidade  é  mais 
imediata,  pode  alcançar  situações  tributadas  por 
imposto  Federal,  Estadual  ou Municipal  (art.  154  II). 
Ambos:  impostos  residual  e  extraordinário  são  de 
competência da união. 
 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
‐  Privatividade  –  Os  impostos  são  outorgados 
privativamente  aos  entes,  mesmo  na  competência 
comum  haverá  a  cobrança  privativa  de  cada  ente, 
porque  é  comum  no  plano  abstrato,  por  não  haver 
pré‐definição  constitucional  mas  quando  houver  a 
prestação  do  serviço,  a  cobrança  passa  a  ser 
privativa/exclusiva. 
 
 
‐ Indelegabilidade – Não pode delegar a competência 
a que lhe pertence, se a Constituição Federal outorga 
à  União  Federal  a  competência  da  cobrança  do  IR, 
esta  não  pode  delegar  ao  Estado  e  assim 
sucessivamente. Ou o ente exerce a competência ou 
não exerce, pois caso contrário, haveria ofensa à CF, 
pois  se  fosse  possível,  poderia  haver  barganhas 
políticas  entre  os  entes  maiores  em  relação  aos 
menores.  O  objetivo  é  preservar  a  autonomia. 
Nenhum ente pode aprovar lei para delegar. 
 
‐  Irrenunciabilidade  –  As  receitas  tributárias  não 
pertencem  aos  gestores  públicos,  por  isso  não 
poderão a elas renunciar. Diferente da esfera privada 
que  o  particular  poderá  dispensar/renunciaras 
questões patrimoniais (dispensar juros, por exemplo). 
Na  esfera  pública,  não  pode  dispensar,  é 
irrenunciável.  
 
‐  Incaducabilidade  – O  fato  da União  Federal  nunca 
ter tributado sobre grandes fortunas não impede que 
passe  a  exercer.  O  Poder  público  pode  a  qualquer 
tempo  cobrar. O exercício da  competência  tributária 
nunca caduca. 
 
‐ Intransferibilidade – Não pode a União aprovar uma 
lei que  chama para  si o  imposto de outro  ente, por 
exemplo,  a  União  não  pode  aprovar  uma  lei  que 
chama  para  si  a  cobrança  de  IPVA  que  é  de 
competência exclusiva do estado. Não pode um ente 
chamar pra  si  tributos de outro ente A  transferência 
só é possível  se  for  feita por emenda  constitucional, 
porém  é  vedada  esta  transferência  através  de 
legislação infraconstitucional. 
 
‐  Facultatividade  –  Os  entes  federativos  recebem 
competência através da CF, mas  só podem exercê‐la 
através de Lei. Existem municípios pequenos que não 
possuem  lei  de  cobrança  de  ISS  (pois  a  arrecadação 
seria  mínima).  A  competência  é  outorgada  pela  CF, 
mas só será exercida através de lei. 
 
               É  fundamental  ressaltar  que  a  Competência 
Tributário  não  se  confunde  com  a  Capacidade 
Tributária, posto que competente é o ente federativo 
que pode criar o  tributo, ou  seja, aquele que  recebe 
da  Constituição  Federal  o  poder  para  instituir  o 
tributo. A capacidade tributária está associada a quem 
pode  cobrar  o  tributo,  a  quem  pode  arrecadar  o 
tributo.  A  competência  tributária  é  indelegável.  A 
capacidade tributária é delegável.  
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
TÍTULO VI 
Da Tributação e do Orçamento 
CAPÍTULO I 
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
Seção I 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
 
 
 
 Prof. Giuliano Menezes OS: 0578/8/11-Gil 
 
 
6
TRIBUTÁRIO DIREITO 
I ‐ impostos; 
II  ‐  taxas,  em  razão  do  exercício  do  poder  de 
polícia  ou  pela  utilização,  efetiva  ou  potencial,  de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição; 
III ‐ contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas. 
§  1º  ‐  Sempre  que  possível,  os  impostos  terão 
caráter  pessoal  e  serão  graduados  segundo  a 
capacidade  econômica  do  contribuinte,  facultado  à 
administração  tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos,  identificar,  respeitados 
os  direitos  individuais  e  nos  termos  da  lei,  o 
patrimônio,  os  rendimentos  e  as  atividades 
econômicas do contribuinte. 
§  2º  ‐ As  taxas não poderão  ter base de  cálculo 
própria de impostos. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I  ‐  dispor  sobre  conflitos  de  competência,  em 
matéria  tributária,  entre  a  União,  os  Estados,  o 
Distrito Federal e os Municípios; 
II  ‐ regular as  limitações constitucionais ao poder 
de tributar; 
III  ‐  estabelecer  normas  gerais  em  matéria  de 
legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de  tributos e de  suas espécies, bem 
como,  em  relação  aos  impostos  discriminados  nesta 
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases 
de cálculo e contribuintes; 
b)  obrigação,  lançamento,  crédito,  prescrição  e 
decadência tributários; 
c)  adequado  tratamento  tributário  ao  ato 
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
d)  definição  de  tratamento  diferenciado  e 
favorecido para as microempresas e para as empresas 
de  pequeno  porte,  inclusive  regimes  especiais  ou 
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, 
II, das contribuições previstas no art. 195,  I e §§ 12 e 
13,  e  da  contribuição  a  que  se  refere  o  art.  239. 
(Incluído  pela  Emenda  Constitucional  nº  42,  de 
19.12.2003) 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata 
o  inciso  III,  d,  também  poderá  instituir  um  regime 
único de arrecadação dos impostos e contribuições da 
União,  dos  Estados,  do  Distrito  Federal  e  dos 
Municípios,  observado  que:  (Incluído  pela  Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
I ‐ será opcional para o contribuinte; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
II  ‐  poderão  ser  estabelecidas  condições  de 
enquadramento  diferenciadas  por  Estado;  (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III ‐ o recolhimento será unificado e centralizado e 
a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos 
respectivos  entes  federados  será  imediata,  vedada 
qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
IV  ‐  a  arrecadação,  a  fiscalização  e  a  cobrança 
poderão  ser  compartilhadas  pelos  entes  federados, 
adotado  cadastro  nacional  único  de  contribuintes. 
(Incluído  pela  Emenda  Constitucional  nº  42,  de 
19.12.2003) 
Art. 146‐A. Lei complementar poderá estabelecer 
critérios  especiais  de  tributação,  com  o  objetivo  de 
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo 
da  competência  de  a  União,  por  lei,  estabelecer 
normas  de  igual  objetivo.  (Incluído  pela  Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Art.  147.  Competem  à  União,  em  Território 
Federal, os  impostos estaduais e,  se o Território não 
for  dividido  em  Municípios,  cumulativamente,  os 
impostos  municipais;  ao  Distrito  Federal  cabem  os 
impostos municipais. 
Art.  148.  A  União,  mediante  lei  complementar, 
poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I  ‐  para  atender  a  despesas  extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência; 
II  ‐  no  caso  de  investimento  público  de  caráter 
urgente e de relevante  interesse nacional, observado 
o disposto no art. 150, III, "b". 
 
 
 
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TRIBUTÁRIO DIREITO 
Parágrafo  único.  A  aplicação  dos  recursos 
provenientes  de  empréstimo  compulsório  será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Art.  149.  Compete  exclusivamente  à  União 
instituir  contribuições  sociais,  de  intervenção  no 
domínio  econômico  e  de  interesse  das  categorias 
profissionais  ou  econômicas,  como  instrumento  de 
sua  atuação  nas  respectivas  áreas,  observado  o 
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo 
do  previsto  no  art.  195,  §  6º,  relativamente  às 
contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão  contribuição,  cobrada  de  seus  servidores, 
para  o  custeio,  em  benefício  destes,  do  regime 
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não 
será inferior à da contribuição dos servidores titulares 
de  cargos  efetivos  da  União.  (Redação  dada  pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
>§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I  ‐ não  incidirão sobre as receitas decorrentes de 
exportação;  (Incluído  pela  Emenda  Constitucional  nº 
33, de 2001) 
II  ‐  incidirão  também  sobre  a  importação  de 
produtos  estrangeiros  ou  serviços;  (Redação  dada 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III  ‐ poderão ter alíquotas:  (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
a) ad  valorem,  tendo por base o  faturamento,  a 
receita  bruta  ou  o  valor  da  operação  e,  no  caso  de 
importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
b) específica, tendo por basea unidade de medida 
adotada.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001) 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações 
de  importação  poderá  ser  equiparada  a  pessoa 
jurídica,  na  forma  da  lei.  (Incluído  pela  Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
§  4º  A  lei  definirá  as  hipóteses  em  que  as 
contribuições  incidirão uma única  vez.  (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
Art.  149‐A  Os  Municípios  e  o  Distrito  Federal 
poderão  instituir  contribuição,  na  forma  das 
respectivas  leis,  para  o  custeio  do  serviço  de 
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, 
I e  III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 
2002) 
Parágrafo  único.  É  facultada  a  cobrança  da 
contribuição  a  que  se  refere  o  caput,  na  fatura  de 
consumo  de  energia  elétrica.(Incluído  pela  Emenda 
Constitucional nº 39, de 2002) 
Seção II 
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
Art.  150.  Sem  prejuízo  de  outras  garantias 
asseguradas  ao  contribuinte,  é  vedado  à União,  aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I  ‐  exigir  ou  aumentar  tributo  sem  lei  que  o 
estabeleça; 
II  ‐  instituir  tratamento  desigual  entre 
contribuintes  que  se  encontrem  em  situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de 
ocupação  profissional  ou  função  por  eles  exercida, 
independentemente  da  denominação  jurídica  dos 
rendimentos, títulos ou direitos; 
III ‐ cobrar tributos: 
a)  em  relação  a  fatos  geradores  ocorridos  antes 
do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; 
b)  no  mesmo  exercício  financeiro  em  que  haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c)  antes  de  decorridos  noventa  dias  da  data  em 
que  haja  sido  publicada  a  lei  que  os  instituiu  ou 
aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
IV ‐ utilizar tributo com efeito de confisco; 
V  ‐ estabelecer  limitações  ao  tráfego de pessoas 
ou  bens,  por  meio  de  tributos  interestaduais  ou 
intermunicipais,  ressalvada  a  cobrança  de  pedágio 
 
 
 
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pela  utilização  de  vias  conservadas  pelo  Poder 
Público; 
VI ‐ instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c)  patrimônio,  renda  ou  serviços  dos  partidos 
políticos,  inclusive  suas  fundações,  das  entidades 
sindicais  dos  trabalhadores,  das  instituições  de 
educação e de assistência  social,  sem  fins  lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a 
sua impressão. 
§ 1º A vedação do  inciso  III, b, não  se aplica aos 
tributos previstos nos arts. 148,  I, 153,  I,  II,  IV e V; e 
154,  II; e a vedação do  inciso  III, c, não se aplica aos 
tributos previstos nos arts. 148,  I, 153,  I,  II,  III e V; e 
154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos 
previstos  nos  arts.  155,  III,  e  156,  I.  (Redação  dada 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 2º  ‐ A vedação do  inciso VI, "a", é extensiva às 
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder  Público,  no  que  se  refere  ao  patrimônio,  à 
renda  e  aos  serviços,  vinculados  a  suas  finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes. 
§ 3º ‐ As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo 
anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos 
serviços,  relacionados  com  exploração  de  atividades 
econômicas  regidas  pelas  normas  aplicáveis  a 
empreendimentos  privados,  ou  em  que  haja 
contraprestação  ou  pagamento  de  preços  ou  tarifas 
pelo  usuário,  nem  exonera  o  promitente  comprador 
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem 
imóvel. 
§ 4º  ‐ As vedações expressas no  inciso VI, alíneas 
"b"  e  "c",  compreendem  somente  o  patrimônio,  a 
renda  e os  serviços,  relacionados  com  as  finalidades 
essenciais das entidades nelas mencionadas. 
§  5º  ‐  A  lei  determinará  medidas  para  que  os 
consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos 
que incidam sobre mercadorias e serviços. 
§  6.º  Qualquer  subsídio  ou  isenção,  redução  de 
base  de  cálculo,  concessão  de  crédito  presumido, 
anistia  ou  remissão,  relativos  a  impostos,  taxas  ou 
contribuições,  só poderá  ser  concedido mediante  lei 
específica,  federal, estadual ou municipal, que regule 
exclusivamente  as matérias  acima  enumeradas  ou  o 
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo 
do disposto no  art. 155, § 2.º, XII,  g.  (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§  7.º  A  lei  poderá  atribuir  a  sujeito  passivo  de 
obrigação  tributária  a  condição  de  responsável  pelo 
pagamento  de  imposto  ou  contribuição,  cujo  fato 
gerador  deva  ocorrer  posteriormente,  assegurada  a 
imediata  e  preferencial  restituição  da  quantia  paga, 
caso não se realize o fato gerador presumido.(Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
Art. 151. É vedado à União: 
I ‐ instituir tributo que não seja uniforme em todo 
o  território  nacional  ou  que  implique  distinção  ou 
preferência  em  relação  a  Estado,  ao Distrito  Federal 
ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o  equilíbrio  do  desenvolvimento  sócio‐econômico 
entre as diferentes regiões do País; 
II  ‐  tributar  a  renda  das  obrigações  da  dívida 
pública  dos  Estados,  do  Distrito  Federal  e  dos 
Municípios, bem como a remuneração e os proventos 
dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores 
aos  que  fixar  para  suas  obrigações  e  para  seus 
agentes; 
III  ‐  instituir  isenções de  tributos da competência 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal 
e  aos  Municípios  estabelecer  diferença  tributária 
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão 
de sua procedência ou destino. 
Seção III 
DOS IMPOSTOS DA UNIÃO 
Art.  153.  Compete  à  União  instituir  impostos 
sobre: 
I ‐ importação de produtos estrangeiros; 
 
 
 
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TRIBUTÁRIO DIREITO 
II  ‐  exportação,  para  o  exterior,  de  produtos 
nacionais ou nacionalizados; 
III ‐ renda e proventos de qualquer natureza; 
IV ‐ produtos industrializados; 
V  ‐  operações  de  crédito,  câmbio  e  seguro,  ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI ‐ propriedade territorial rural; 
VII  ‐  grandes  fortunas,  nos  termos  de  lei 
complementar. 
§ 1º  ‐ É  facultado ao Poder Executivo, atendidas 
as condições e os limites estabelecidos em  
Seção IV 
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO 
FEDERAL 
Art.  155.  Compete  aos  Estados  e  ao  Distrito 
Federal  instituir  impostos  sobre:  (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I  ‐  transmissão  causa  mortis  e  doação,  de 
quaisquer  bens  ou  direitos;  (Redação  dada  pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
II  ‐  operações  relativas  à  circulação  de 
mercadorias  e  sobre  prestações  de  serviços  de 
transporte  interestadual  e  intermunicipal  e  de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações 
se  iniciem  no  exterior;(Redação  dada  pela  Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
III  ‐  propriedade  de  veículos  automotores. 
(Redação  dada  pela  Emenda  Constitucional  nº  3,  de 
1993) 
Seção V 
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS 
Art.  156.  Compete  aos  Municípios  instituir 
impostos sobre: 
I ‐ propriedadepredial e territorial urbana; 
II ‐ transmissão "inter vivos", a qualquer título, por 
ato  oneroso,  de  bens  imóveis,  por  natureza  ou 
acessão  física,  e  de  direitos  reais  sobre  imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a 
sua aquisição; 
III  ‐  serviços  de  qualquer  natureza,  não 
compreendidos  no  art.  155,  II,  definidos  em  lei 
complementar.(Redação  dada  pela  Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
Seção VI 
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS  
Art.  157.  Pertencem  aos  Estados  e  ao  Distrito 
Federal: 
I ‐ o produto da arrecadação do imposto da União 
sobre  renda  e  proventos  de  qualquer  natureza, 
incidente  na  fonte,  sobre  rendimentos  pagos,  a 
qualquer  título,  por  eles,  suas  autarquias  e  pelas 
fundações que instituírem e mantiverem; 
II ‐ vinte por cento do produto da arrecadação do 
imposto  que  a  União  instituir  no  exercício  da 
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
I ‐ o produto da arrecadação do imposto da União 
sobre  renda  e  proventos  de  qualquer  natureza, 
incidente  na  fonte,  sobre  rendimentos  pagos,  a 
qualquer  título,  por  eles,  suas  autarquias  e  pelas 
fundações que instituírem e mantiverem; 
II  ‐  cinqüenta  por  cento  do  produto  da 
arrecadação  do  imposto  da  União  sobre  a 
propriedade  territorial  rural,  relativamente  aos 
imóveis  neles  situados,  cabendo  a  totalidade  na 
hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
III  ‐  cinqüenta  por  cento  do  produto  da 
arrecadação  do  imposto  do  Estado  sobre  a 
propriedade de veículos automotores  licenciados em 
seus territórios; 
IV  ‐  vinte  e  cinco  por  cento  do  produto  da 
arrecadação  do  imposto  do  Estado  sobre  operações 
relativas  à  circulação  de  mercadorias  e  sobre 
prestações de  serviços de  transporte  interestadual  e 
intermunicipal e de comunicação. 
 
 
 
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Parágrafo  único.  As  parcelas  de  receita 
pertencentes  aos Municípios, mencionadas no  inciso 
IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: 
I ‐ três quartos, no mínimo, na proporção do valor 
adicionado  nas  operações  relativas  à  circulação  de 
mercadorias e nas prestações de  serviços,  realizadas 
em seus territórios; 
II ‐ até um quarto, de acordo com o que dispuser 
lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. 
Art. 159. A União entregará: 
I ‐ do produto da arrecadação dos impostos sobre 
renda  e  proventos  de  qualquer  natureza  e  sobre 
produtos  industrializados  quarenta  e  oito  por  cento 
na  seguinte  forma:  (Redação  dada  pela  Emenda 
Constitucional nº 55, de 2007) 
a) vinte e um  inteiros e cinco décimos por cento 
ao  Fundo  de  Participação  dos  Estados  e  do  Distrito 
Federal; 
b) vinte e dois  inteiros e cinco décimos por cento 
ao Fundo de Participação dos Municípios; 
c) três por cento, para aplicação em programas de 
financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, 
Nordeste e Centro‐Oeste, através de suas  instituições 
financeiras  de  caráter  regional,  de  acordo  com  os 
planos  regionais  de  desenvolvimento,  ficando 
assegurada ao semi‐árido do Nordeste a metade dos 
recursos  destinados  à  Região,  na  forma  que  a  lei 
estabelecer; 
d)  um  por  cento  ao  Fundo  de  Participação  dos 
Municípios, que  será entregue no primeiro decêndio 
do  mês  de  dezembro  de  cada  ano;  (Incluído  pela 
Emenda Constitucional nº 55, de 2007) 
II  ‐ do produto da arrecadação do  imposto sobre 
produtos industrializados, dez por cento aos Estados e 
ao  Distrito  Federal,  proporcionalmente  ao  valor  das 
respectivas exportações de produtos industrializados. 
III ‐ do produto da arrecadação da contribuição de 
intervenção  no  domínio  econômico  prevista  no  art. 
177,  §  4º,  29%  (vinte  e  nove  por  cento)  para  os 
Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da 
lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, 
c, do  referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 44, de 2004) 
§  1º  ‐  Para  efeito  de  cálculo  da  entrega  a  ser 
efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir‐
se‐á a parcela da arrecadação do  imposto de renda e 
proventos  de  qualquer  natureza  pertencente  aos 
Estados,  ao  Distrito  Federal  e  aos  Municípios,  nos 
termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 
§  2º  ‐  A  nenhuma  unidade  federada  poderá  ser 
destinada  parcela  superior  a  vinte  por  cento  do 
montante  a  que  se  refere  o  inciso  II,  devendo  o 
eventual  excedente  ser  distribuído  entre  os  demais 
participantes, mantido, em relação a esses, o critério 
de partilha nele estabelecido. 
§  3º  ‐  Os  Estados  entregarão  aos  respectivos 
Municípios vinte e  cinco por  cento dos  recursos que 
receberem  nos  termos  do  inciso  II,  observados  os 
critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e 
II. 
§  4º  Do  montante  de  recursos  de  que  trata  o 
inciso  III  que  cabe  a  cada  Estado,  vinte  e  cinco  por 
cento serão destinados aos seus Municípios, na forma 
da lei a que se refere o  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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