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Aula 01 ADMIN PUBLICA

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CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF 
TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
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Aula 1 
CICLO ORÇAMENTÁRIO 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de
que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o
curso, onde farei imediatamente o possível para atender as suas expectativas,
já que como diria um famoso primeiro-ministro inglês: 
"Iremos fazer imediatamente aquilo que é possível, o impossível irá demorar
um pouco mais de tempo". (Winston Churchill) 
Nesta aula estudaremos o ciclo orçamentário, o qual corresponde ao período
de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público,
desde sua concepção até a apreciação final. 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se
elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios
do setor público nos aspectos físico e financeiro. 
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de
janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art.
34 da Lei 4.320/1964. 
Atenção: o ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro.
Aquele envolve um período muito maior, iniciando com o processo de
elaboração do orçamento, passando por discussão, execução e encerramento
com o controle. 
 
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TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS 
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No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo
orçamentário: 
• elaboração/planejamento da proposta orçamentária; 
• discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; 
• execução orçamentária e financeira; e 
• avaliação/controle. 
1. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO 
1.1 Alocação de recursos e o papel dos agentes no processo 
O primeiro ponto do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta, a qual
consiste nas atividades preliminares relacionadas à alocação de recursos,
considerando o cenário fiscal. Assim, o Manual de Elaboração do PPA, ao
tratar do tema Cenário Fiscal, esclarece como ocorre a alocação de recursos.
A consistência fiscal é elemento central para sua posterior execução, motivo
pelo qual o cenário fiscal é uma das etapas mais relevantes do processo de
elaboração. A compatibilidade entre capacidade de financiamento e dispêndio
dos recursos previstos ocorre em função de um processo de alocação de
recursos que se compõe das seguintes etapas: 
(1°) fixação da meta fiscal; 
(2°) projeção das receitas; 
(3°) projeção das despesas obrigatórias; e 
(4°) apuração das despesas discricionárias. 
Na etapa de fixação da meta fiscal, as metas de resultado fiscal para o
período são definidas. Dada a orientação da política fiscal, de estimular o
crescimento da economia sem que isso represente riscos à sua estabilidade,
as metas fiscais são definidas tendo em vista a produção de resultados
primários positivos compatíveis com a redução da relação dívida pública sobre
o Produto Interno Bruto – PIB. 
 
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O passo seguinte refere-se à projeção das receitas não financeiras. De
maneira geral, as receitas não financeiras são as receitas administradas
(impostos e contribuições em geral), a arrecadação líquida do INSS e as
receitas não administradas (dividendos, receitas próprias, etc.). Para estimativa
da receita líquida disponível para alocação, desconta-se da receita total o
montante das transferências para Estados e Municípios, previstas na
Constituição. 
A etapa seguinte de construção do cenário fiscal refere-se à projeção de
recursos destinados às despesas obrigatórias, as quais constituem
obrigações constitucionais ou legais da União. 
As principais despesas obrigatórias estão associadas ao pagamento de
pessoal e encargos, de benefícios da previdência e assistenciais vinculados ao
salário-mínimo e subsídios e subvenções, entre outros. A alocação das
despesas obrigatórias é realizada posteriormente de forma diferenciada, dado
que, por força de determinação legal, não existe discricionariedade por parte do
gestor público quanto ao montante de recursos a ser associado a essas
despesas. 
Projetada a receita líquida, descontado o montante de recursos correspondente
à meta de resultado primário e da previsão das despesas obrigatórias, tem-se
então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar para
alocação no seu conjunto de programas para o período do plano. Essa etapa é
denominada de apuração das despesas discricionárias. 
O montante de recursos previstos para a realização das despesas
discricionárias será distribuído pelo Ministério do Planejamento entre os órgãos
setoriais, tendo como base para essa repartição o perfil de gasto de cada órgão
e as prioridades de governo. Definido o limite de gasto discricionário para o
período, cada Ministério procederá à alocação desses recursos em seus
respectivos programas, devendo ter como parâmetro para essa repartição a
orientação estratégica de governo e as orientações estratégicas dos
ministérios. 
 
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O Manual Técnico de Orçamento determina o papel dos agentes no processo
de elaboração do Orçamento, individualizando as atribuições da Secretaria de
Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das unidades orçamentárias.
A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os
orçamentos fiscal e da seguridade social. O orçamento de investimentos cabe
ao Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais
(DEST), órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do
Planejamento, sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva. Assim, o
DEST é responsável pela elaboração do Programa de Dispêndios Globais –
PDG – e da proposta do Orçamento de Investimentos das empresas estatais
não dependentes. 
A classificação institucional, estudada em aula sobre Despesas Públicas,
reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está
estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade
orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de
programação em seu menor nível são consignadas às unidades orçamentárias,
que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela
realização das ações. 
Secretaria de Orçamento Federal: o trabalho desenvolvido pela SOF, no
cumprimento de sua missão institucional, como órgão específico e singular de
orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento
Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, compreende: 
• definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; 
• coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de
Diretrizes Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da
União; 
• análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura
programática dos órgãos e unidades orçamentárias no exercício; 
• fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; 
• orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais deCURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF 
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orçamento; 
• fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação
das propostas orçamentárias setoriais; 
• análise e validação das propostas setoriais; 
• consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e 
• coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações
orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do
sistema orçamentário federal. 
Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu
âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos
gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua
atuação no processo de elaboração envolve: 
• estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta
orçamentária; 
• avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das
alterações necessárias; 
• formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da
estrutura programática; 
• coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da
qualidade das informações constantes do cadastro de programas e
ações; 
• fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais
monetários para apresentação das propostas orçamentárias das
unidades orçamentárias; 
• definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados
no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta
orçamentária; 
• coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no
âmbito do órgão setorial; 
• análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das
unidades orçamentárias; e 
 
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• consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. 
• Exemplos: Setorial do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde,
etc. 
Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de
coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu
âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades
administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual
dependerá a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas,
valores e justificativas que fundamentam a programação. 
De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que
serão consignadas dotações próprias. Em casos excepcionais, serão
consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo
órgão. 
As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da
programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação
orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo de elaboração
compreende: 
• estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para
elaboração da proposta orçamentária; 
• estudos de adequação da estrutura programática do exercício; 
• formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura
programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas; 
• coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das
informações constantes do cadastro de ações orçamentárias; 
• fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para
apresentação das propostas orçamentárias das unidades
administrativas; 
• análise e validação das propostas orçamentárias das unidades
administrativas; e 
• consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade 
 
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orçamentária. 
• Exemplos: cada uma das Universidades Federais, cada um dos
Institutos Federais de Educação, etc. 
São muitas atribuições. O mais importante é entender como funciona o
processo, o que facilita a compreensão. 
O que vem a seguir é para facilitar o entendimento de todas as atribuições
acima, não para escrever em uma prova discursiva. É uma explicação bem
simplificada: 
 Ex: Ministério da Defesa, Ministério da Educação 
 Ex: Comando do Exército, Reitoria de Universidade 
 Ex: Batalhão, Campus da Universidade 
SOF: coordenação, diretrizes e consolidações gerais. Todos os órgãos
setoriais seguem a SOF e sugerem alterações a ela. A SOF analisa e valida o
que vem de todos os órgãos setoriais. 
Órgão Setorial: meio-de-campo entre a SOF (geral) e a UO (específica). 
Coordenação, diretrizes e consolidações intermediárias, ou seja, apenas no
seu âmbito. Segue as regras gerais da SOF. O Setorial analisa e valida o que
vem de todas as suas UOs. 
Unidade Orçamentária (UO): é quem efetivamente recebe a dotação
diretamente na LOA. É onde você vê o crédito consignado. Coordenação,
diretrizes e consolidações específicas, ou seja, apenas no seu âmbito restrito.
Segue as regras gerais da SOF e as regras intermediárias do órgão setorial a
que está ligado. A UO analisa e valida o que vem das suas UAs. 
UO 
UA 
SOF 
SETORIAL 
 
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Unidade Administrativa (UA): não tem dotação consignada diretamente na
LOA. Depende da UO, que descentraliza o crédito para a UA. Segue as regras
gerais da SOF, as intermediárias do Órgão Setorial e as específicas da UO a
que está ligada. 
Agora releia as atribuições segundo o MTO tentando relacionar com a
explicação bem simplificada. 
1.2 Iniciativas 
Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do
Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos. 
Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que
a iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente da 
República: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
(...) 
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta
Constituição. 
No entanto, importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva.
A diferença que se faz é que a competência exclusiva é indelegável e a
competência privativa é delegável. O problema é que a CF/88 não é
rigorosamente técnica neste assunto. No caso das leis orçamentárias, seriam 
 
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matérias de competência exclusiva do presidente da república, porque são
atribuições indelegáveis. 
Segundo o art. 85 da CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos
do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária. 
Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos
demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo
final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as
estimativasdas receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente
líquida, e as respectivas memórias de cálculo. 
Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério
Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o
Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da
proposta consolidada ao Legislativo. 
Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada autonomia
administrativa e financeira. O § 1.º ressalta que os tribunais elaborarão suas
propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os
demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
De acordo com o art. 127, ao Ministério Público é assegurada autonomia
funcional e administrativa. O § 3.º ressalta que o Ministério Público elaborará
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias. 
1.3 Prazos e Lei Complementar (art. 165, § 9.º, da CF/1988) 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III,
do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): 
§ 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 
9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
 
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financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa. 
Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar,
respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. 
O prazo de encaminhamento corresponde à data limite para o Executivo enviar
ao Legislativo os projetos dos instrumentos de planejamento. Já o prazo de
devolução corresponde à data limite para o Poder Legislativo retornar os
projetos para a sanção. 
Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar
prevista nos incisos I e II do § 9.o do art. 165 da CF/1988: 
§ 9.º Cabe à lei complementar: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos. 
Repare que desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei
complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi
editada, logo, não existe um modelo legalmente constituído para organização,
metodologia e conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. Assim, é ainda a Lei 
 
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4.320/1964, recepcionada com status de lei complementar, que estatui
Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal. Porém ela não atende mais às nossas necessidades. Desta forma,
quem cumpre esse vácuo legislativo e complementa a Lei 4.320/1964 é a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que todo ano acaba tendo, entre suas
diversas atribuições que veremos a seguir, que legislar como se fosse a lei
complementar prevista na CF/1988, o que a transforma num “calhamaço” de
artigos. 
Cuidado: a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de
preencher as lacunas da Lei 4.320/1964. Ela também não é a Lei prevista no
§ 9.º do art. 165, apesar de tratar de alguns temas comuns. Outra lei
complementar deve ser editada. Atualmente, na ausência dessa lei, naquilo
que a Lei 4.320/1964 não dispõe, é a LDO que preenche esse vácuo
legislativo. 
Vamos montar um quadro para a lei complementar: 
QUADRO DA LEI COMPLEMENTAR 
Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF e ainda não editada: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
PPA, LDO E LOA; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165. 
Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO. 
Porém, na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT. 
 
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Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: a
legislatura, segundo a CF/1988, é o período de quatro anos. Cada legislatura
possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a
22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos
legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1.º de
agosto a 22 de dezembro. Em suma: 
QUADRO: LEGISLATURA 
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. 
Sessão Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. 
Período Legislativo 1.º período: 02 Fev a 17 Jul 2.º período: 1.º Ago a 22 Dez 
A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua
proposta para apreciação do Legislativo: 
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. 
Assim, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento vigente
como se fosse uma nova proposta! Ignora que diversos programas se exaurem
ao longo do exercício, mas essa é a única previsão legal, já que a CF/1988 não
traz nenhuma diretriz. 
Atenção: tal previsão está na Lei 4.320/1964 e não na Constituição Federal. 
Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder
Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem
ser devolvidas para a sanção, ficando afastada a possibilidade de rejeição. 
Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. 
 
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Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8.o do art. 166: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa.O caso do Legislativo não devolver o PLOA para a sanção é tratado apenas
nas LDOs, que estabelecem regras para a realização de despesas essenciais
até que ele seja devolvido ao Executivo. 
A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária –
PLOA não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do
ano corrente, parte da programação dele constante poderá ser executada até o
limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada ação prevista no referido Projeto
de Lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da
respectiva lei. Por exemplo, se o PLOA não for sancionado até o fim de março
(3 meses) do ano que deveria estar em vigor, algumas ações poderão ser
executadas em 3/12 do valor original. 
No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de
algumas despesas, de acordo com o que determinar a LDO daquele ano. Por
exemplo, as despesas com obrigações constitucionais ou legais da União e o
pagamento de bolsas de estudos podem ser dispensadas da regra pela LDO e
serem executadas como se o PLOA já tivesse sido aprovado. Ainda, outro
grupo de ações não poderá sequer ser executado até a sanção da LOA. 
Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias e o não
cumprimento de prazos nos trazem diversos problemas. 
Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei
Complementar sobre o assunto. Temos que no 1.° ano do mandato do
Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E
mais, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA! Veja que
incongruência, pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria 
 
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sempre seguir o planejamento do PPA. 
Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já
houve ano em que a LOA foi aprovada pelo congresso no fim do ano
subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. Para a
LOA-2010 isso não ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento às 23h30 do
dia 22 de dezembro de 2009, meia hora antes do prazo final. A falta de rigor nos
prazos também compromete a integração entre PPA e LOA. 
2. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO 
A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a
proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação
final e proposição em plenário. 
Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual,
às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum. 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o
Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de
encaminhar os projetos do PPA, da LDO e da LOA. A elaboração da mensagem
presidencial referente ao PPA é coordenada pela SPI/MP. Já a elaboração das
mensagens presidenciais referentes à LOA e a LDO é realizada sob a
coordenação da SOF/MP. 
No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e
dos créditos adicionais transitam por uma comissão mista permanente
composta por senadores e deputados, denominada de Comissão Mista de 
 
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Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Nos demais entes é uma
comissão comum, pois possuem apenas uma casa legislativa, composta por
deputados nos estados e vereadores nos municípios. 
Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e
Deputados: 
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo
Presidente da República; 
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais
e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. 
Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que
emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas
casas do Congresso Nacional. 
Cada parlamentar poderá apresentar emendas. As Comissões Permanentes do
Senado Federal e da Câmara dos Deputados, cujas competências estejam
direta e materialmente relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura da
administração pública federal, também poderão apresentar emendas. Ainda, as
Bancadas Estaduais no Congresso Nacional poderão apresentá-las, desde que
relativas a matérias de interesse de cada Estado ou Distrito Federal. Assim, as
emendas podem ser individuais, de comissão e de bancada estadual. 
Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da
despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da
República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou
aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes
orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no
projeto de lei do Plano Plurianual. 
 
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Importante: diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando
ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, os parlamentares se
reúnem no mesmo espaço para apreciarem juntos os projetos, porém, havendo
a fase de votação, a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores
quanto no âmbito dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na
hora da votação, procede-se como se houvesse votação simultânea na
Câmara e no Senado. Na verdade, a sessão é conjunta, porém a votação é
bicameral. 
Ao contrário, na sessão unicameral, a votação é “por cabeça”. Considera-se o
todo, independentemente de o parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada
parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita considerando que há
uma única votação. Por exemplo, se estiverem presentes os 594 congressistas
(senadores + deputados), a maioria será alcançada pela metade +1, não
importando se é voto de senador ou deputado. A votação unicameral
aconteceu na revisão constitucional. 
A aprovação se dá por maioria simples, pois apesar do ciclo diferenciado, as leis
orçamentárias são leis ordinárias.
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias; 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou 
III – sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
 
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b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de
redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso). 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988
(PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
Cuidado: o Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao
Congresso Nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua
vez, as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de
emendas. 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa. 
No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia
tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas
apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1.o do art. 12 da
LRF determina: 
§ 1.º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
Atenção: repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita
pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou
legal. 
A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei
aprovado no Legislativo. Ou seja, corresponde à concordância do Chefe do
Executivo com o que foi discutido e aprovado no parlamento. Já o veto 
 
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corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no
Legislativo. Essa discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou
com todo o projeto (veto total). Pode ocorrer caso o titular do Executivo
considere o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público. De
qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado pelo parlamento,
podendo ser confirmado ou rejeitado. 
A Constituição Federal dispõe que a sessão legislativa não será interrompida
sem a aprovação da LDO. Tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA. 
No que se refere às emendas, é mais comum a cobrança da previsão
constitucional que acabamos de estudar. No entanto, a Lei 4320/64 traz um
artigo sobre o tema. Segundo o art. 33 da Lei 4320/64, não se admitirão
emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a: 
• alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando
provada, nesse ponto a inexatidão da proposta; 
• conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado
pelos órgãos competentes; 
• conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não
esteja anteriormente criado; 
• conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em
resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e
subvenções. 
3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
Atenção: em outras aulas trataremos de execução orçamentária e financeira.
Vamos apenas contextualizar o tema dentro do ciclo orçamentário. 
A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das
receitas e realização das despesas. É a transformação, em realidade, do
planejamento elaborado pelos chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo. 
 
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Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em
duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na
forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada. 
A LRF trata do assunto “execução orçamentária e cumprimento das metas” nos
seus arts. 8.º e 9.º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos
termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. 
Destaca, ainda, que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda
que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder
Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo,
Judiciário e Ministério Público. 
Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento
do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. 
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a
recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de
forma proporcional às reduções efetivadas. 
Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo
demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada 
 
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quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. 
A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos arts. 11 a 13.
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a
instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação. 
Atenção: É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que
não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. 
A previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do
Orçamento, durante o processo de elaboração. Assim, na execução
orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário
limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. 
As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão
os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas. 
Já vimos na elaboração que o Poder Executivo de cada ente colocará à
disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias
antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas
orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício
subsequente, inclusiveda corrente líquida, e as respectivas memórias de
cálculo. 
Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas 
 
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de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações
ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante
dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. 
O § 3º do art. 165 da CF/1988 dispõe que o Poder Executivo publicará, até
trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária. 
4. AVALIAÇÃO E CONTROLE 
4.1 Avaliação 
A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a
eficácia e eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos
de juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas
tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos
colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de
administração orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a
qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um
novo ciclo orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de
eficiência e o de eficácia. 
• Análise da eficiência: é a medida da relação entre os recursos
efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto,
atividade ou programa frente a padrões estabelecidos. O teste da
eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os
resultados em face dos recursos disponíveis. 
• Análise da eficácia: é a medida do grau de atingimento das metas
fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação
ao previsto. Procura considerar o grau em que os objetivos e as
finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de
realizações governamentais. 
 
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Pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos são possíveis as
análises da eficácia e da eficiência. A explicitação das metas físicas
orçamentárias e a classificação por programas e ações (projetos e atividades)
viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos
estimativos no orçamento e custos efetivos durante a execução auxilia as
avaliações da eficiência. 
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os
resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos
esperados) que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de
atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado
programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos
indicadores estabelecidos. Permite verificar se um dado programa produziu
efeitos no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos,
socioculturais, institucionais ou ambientais. Assim, define-se como a
capacidade de se transformar uma realidade a partir do objetivo estabelecido
e sua continuidade ao longo do tempo. 
Para Alexandre Marinho e Luis Otávio Façanha, “no que diz respeito aos
questionamentos, é comum encontrar-se na literatura especializada de
avaliação referências a dimensões desejáveis de desempenho de
organizações e programas avaliados, que se traduzirá aqui por exigências de
efetividade, de eficiência e de eficácia dos programas de governo. No uso
corrente, a efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados
pretendidos; a eficiência denotaria competência para se produzir resultados
com dispêndio mínimo de recursos e esforços; e a eficácia, por sua vez,
remete a condições controladas e a resultados desejados de experimentos,
critérios que, deve-se reconhecer, não se aplicam automaticamente às
características e realidade dos programas sociais.” 
Como exemplo, vamos supor a vacinação em um posto de saúde. Se o
Governo preparou toda a logística (compra de vacinas, transporte, pessoal, 
 
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etc.) com melhor custo-benefício, foi eficiente. Se o percentual de crianças
vacinadas foi atingido, a campanha foi eficaz, cumpriu a meta física. Se
conseguiu erradicar a paralisia infantil, foi efetivo, pois teve o impacto esperado
na sociedade, mudando uma realidade existente. 
4.2 Controle 
O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é
uma forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo
(controle externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e
segundo as leis. Atualmente, além desse controle legal, busca-se o controle
de resultados, em uma visão mais completa da efetividade das ações
governamentais. 
Segundo a Lei 4.320/1964: 
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: 
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens
e valores públicos; 
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e
em termos de realização de obras e prestação de serviços. 
A Lei 4.320/1964 determina a coexistência de dois sistemas de controle da
execução orçamentária: interno e externo. O controle interno é aquele realizado
pelo órgão no âmbito da própria Administração, dentro de sua estrutura. O
controle externo é aquele realizado por uma instituição independente e
autônoma. 
Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade
de: 
 
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I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado; 
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União; 
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da
União, sob pena de responsabilidade solidária. 
Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete: 
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar
de seu recebimento; 
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídase mantidas pelo Poder Público federal, e as
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de
que resulte prejuízo ao erário público; 
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de 
 
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natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e
demais entidades referidas no inciso II; 
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo; 
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer
de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; 
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; 
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos
apurados. 
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas,
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
1) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Assinale a
opção falsa a respeito do ciclo orçamentário no Brasil. 
a) É um processo integrado de planejamento das ações e compreende a
elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei
Orçamentária Anual, bem como a execução e avaliação desses instrumentos. 
b) É o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, que se inicia no
envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional e se encerra na
sanção da lei. 
c) Na elaboração dos instrumentos que compõem o ciclo orçamentário, o
Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas
a ele encaminhadas. 
d) É um processo contínuo, dinâmico e flexível para a elaboração, aprovação, 
execução, controle e avaliação dos programas do setor público. 
e) A Comissão Mista de Orçamento tem papel importante nas etapas de
elaboração e fiscalização. 
a) Correta. O ciclo orçamentário é um processo integrado das ações e
compreende a elaboração dos instrumentos de planejamento e orçamento,
bem como a execução e avaliação deles. 
b) É a incorreta. O ciclo orçamentário envolve um período muito maior, não se
encerra com a aprovação e sanção da Lei. Há ainda mais duas etapas. No
nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo
orçamentário: elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; e ainda execução
orçamentária e financeira; e avaliação/controle. 
c) Correta. O Congresso Nacional tem competência para realizar modificações
nas propostas a ele encaminhadas por meio de emendas parlamentares. 
d) Correta. O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se
processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção
até a apreciação final. É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio 
 
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do qual se elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de
dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro. 
e) Correta. Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de
Senadores e Deputados: 
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo
Presidente da República; 
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais
e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988.
Resposta: Letra B 
2) (ESAF – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009) A compreensão
adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que: 
a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes
orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano
plurianual subsequente. 
b) a função controle precede à execução orçamentária. 
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o
recesso parlamentar. 
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. 
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o
orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano
plurianual. 
a) Errada. É O Plano Plurianual que baliza a elaboração das LDOs em cada um
dos quatro anos de sua abrangência. Ainda, o PPA é elaborado no primeiro
ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua
vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
b) Errada. No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo
ou processo orçamentário: 1ª) elaboração/planejamento da proposta 
 
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orçamentária; 2ª) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; 3ª)
execução orçamentária e financeira; e 4ª) avaliação/controle. 
c) Correta. A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da
LDO, logo a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias
impede o recesso parlamentar. 
d) Errada. As leis dos instrumentos de planejamento e orçamento (PPA, LDO e
LOA) e os créditos suplementares e especiais são leis ordinárias. Não se
exige quorum qualificado para sua aprovação, sendo necessária apenas a
maioria simples. 
e) Errada. O orçamento de investimento das empresasestatais integra a Lei
Orçamentária Anual. 
Resposta: Letra C 
3) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) As condições para a instituição e
funcionamento de fundos devem estar previstas em: 
a) lei ordinária. 
b) Constituição de cada ente federativo. 
c) decreto executivo. 
d) decreto autônomo. 
e) lei complementar. 
De acordo com o art. 165 da CF/1988:
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos. 
Logo, as condições para a instituição e funcionamento de fundos devem estar
previstas em Lei Complementar. 
Resposta: Letra E 
 
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4) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Segundo a
Constituição Federal, um dos instrumentos em que se materializa o processo
de planejamento do Governo Federal é o Plano Plurianual – PPA. Assinale a
opção em que a afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento. 
a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os projetos do
ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em lei. 
b) O PPA tem seu foco nos programas de governo, seu período de
abrangência é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano. 
c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao
Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos
Poderes da República. 
d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como
objetivo definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o
cumprimento das políticas públicas. 
e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está
condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas. 
 
a) Errada. O PPA não abrange todos os projetos, mas o motivo não são
emergências não previstas em lei. O motivo é que por definição constitucional,
a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada. 
b) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de
programas, o qual é o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual
aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. O PPA retrata, em visão
macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos. Quanto
às revisões e alterações do PPA, o art. 15 da Lei 11.653/08 determina que a
exclusão ou a alteração de programas constantes desta Lei ou a inclusão de
novo programa serão propostas pelo Poder Executivo por meio de projeto de
lei de revisão anual ou específico de alteração da Lei do Plano Plurianual. 
 
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c) Errada. Segundo o Art. 84 da CF/88, compete privativamente ao Presidente
da República enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de
lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta
Constituição. Assim, todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o
Ministério Público), elaboram suas propostas parciais e encaminham para o
Poder Executivo (no caso do PPA, para a Secretaria de Planejamento e
Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento - SPI/MP), o qual é o
responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao
Legislativo. 
d) Errada. A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva,
principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou
descentralizados. É definida na Lei Orçamentária Anual. 
e) Errada. Os projetos de lei de revisão anual, quando necessários, serão
encaminhados ao Congresso Nacional até 31 de agosto, e conterão, no
mínimo, para inclusão de programa, diagnóstico sobre a atual situação do
problema que se deseja enfrentar ou sobre a demanda da sociedade que se
queira atender com o programa proposto, bem como a indicação dos recursos
que o financiarão; já para alteração ou exclusão de programa, exposição das
razões que motivam a proposta. Logo, não está condicionada ao cumprimento
das metas anteriormente aprovadas. 
Resposta: Letra B 
5) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Na esfera
federal, o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores públicos: 
a) compete exclusivamente ao Poder Judiciário, tendo em vista que, nos
termos da Constituição Federal, o órgão de controle externo não tem o poder
de julgar, propriamente, mas apenas de apreciar tais contas. 
b) é de competência própria do Poder Legislativo (Congresso Nacional), titular
do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU, que
sobre elas emitirá parecer. 
c) é de competência privativa do TCU. 
 
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d) é de competência própria do TCU, com possibilidade de reforma pelo
Congresso Nacional. 
e) é de competência própria do TCU, que sobre elas emitirá parecer. 
Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e
as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público. 
Resposta: Letra C 
6) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Assinale a
opção correta a respeito do ciclo orçamentário no âmbito da Administração
Federal brasileira. 
a) Em razão das vedações constitucionais, não é possível fazer ajustes no
orçamento sem trâmite pelo Poder Legislativo. 
b) A elaboração das propostas orçamentárias é de responsabilidade exclusiva
da Secretaria de Orçamento Federal. 
c) Na fase de aprovação, as Comissões de Finanças e Tributação das duas
casas do Congresso Nacional têm a palavra final. 
d) Na fase de preparação do orçamento para a execução, a alocação dos
créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária. 
e) A abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade,
somente pode ser feita por lei complementar. 
a) Errada. Há, por exemplo, possibilidade de prévia autorização na LOA para a
abertura de créditos suplementares por Decreto do Executivo, até determinada
porcentagem ou importância. 
b) Errada. A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) tem entre suas
atribuições principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da 
 
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proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da
seguridade social. No entanto, os órgãos setoriais eas unidades orçamentárias
também têm suas atribuições. Além disso, todos os Poderes (Legislativo,
Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas propostas parciais e
encaminham para o Poder Executivo (no caso da LOA, encaminha à SOF), o
qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada
ao Legislativo. 
c) Errada. Após a passagem pela Comissão Mista de Orçamento, os projetos
de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
d) Correta. O art. 6º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/01 dispõe que na
lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á,
no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e
modalidade de aplicação. A discriminação por elementos de despesa é
atribuição da setorial orçamentária na preparação para a execução. 
e) Errada. No âmbito federal, a abertura de créditos extraordinários, em razão
da sua especificidade, somente pode ser feita por Medida Provisória (é
estudado em créditos adicionais). 
Resposta: Letra D 
7) (ESAF – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009) O controle
externo da administração pública federal é exercido: 
a) pelo Senado Federal. 
b) pela Câmara dos Deputados. 
c) pelo Tribunal de Contas da União. 
d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
e) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do sistema de controle
interno de cada Poder. 
Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo está a cargo do
Congresso Nacional e será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas 
 
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da União. 
Resposta: Letra D 
8) (ESAF - Assistente Técnico-Administrativo – Ministério da Fazenda - 2009)
Marque a opção correta. 
a) A lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente. 
b) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação a projeto de lei relativo ao orçamento anual desde que
não finalizada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é
proposta. 
c) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento de investimento das
empresas, fundos e fundações mantidas pelo Poder Público. 
d) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual serão apreciados pelo
Senado Federal. 
e) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na
Constituição Federal serão elaborados em consonância com o plano plurianual
e apreciados pelo Congresso Nacional. 
a) Errada. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. 
b) Errada. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso
Nacional para propor modificação a projeto de lei relativo ao orçamento anual
desde que não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração
é proposta. 
c) Errada. Segundo o § 5.o do art. 165 da CF/1988, a LOA compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
 
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entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
d) Errada. Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum. 
e) Correta. O art. 165 da CF/1988 dispõe que: 
§ 4.º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional. 
Resposta: Letra E 
9) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A respeito
dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano
Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei
Orçamentária Anual – LOA, é correto afirmar: 
a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do
exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a
LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício. 
b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro
meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO
deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa. 
c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis
meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles. 
 
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d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são
encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do
Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo. 
e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso
Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para
sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
a) Errada. O projeto de PPA será encaminhado até quatro meses antes do
término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República,
enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término de
cada exercício. 
b) Correta. A proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até
quatro meses antes do término do exercício financeiro e devolvido para sanção
até o encerramento da sessão legislativa. Já o projeto da LDO será
encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro e deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa. 
c) Errada. O projeto de PPA será encaminhado até quatro meses antes do
término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República. Já o
projeto da LDO será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro. 
d) Errada. Os prazos estão previstos no art. 35 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT). Esses prazos estarão em vigor enquanto
não for editada a Lei Complementar prevista nos incisos I e II do § 9.o do art.
165 da CF/1988. 
e) Errada. O projeto da LDO será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e deve ser devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Já a proposta de LOA
deverá ser remetidaao Congresso Nacional até quatro meses antes do término
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa. 
Resposta: Letra B 
 
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10) (ESAF - Analista - Planejamento e Execução Financeira - CVM - 2010) Nos
termos da Constituição Federal, é correto afirmar que: 
a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar. 
b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade social. 
c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de
cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente. 
e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre outras, a 
função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
a) Errada. Todas as leis orçamentárias são ordinárias. 
b) Errada. A LOA compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento
das estatais e o orçamento da seguridade social. 
c) Errada. O Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
d) Errada. A LDO compreende as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente. 
e) Correta. Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre
suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. 
Resposta: Letra E 
11) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) No decorrer do
primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do
Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária
Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até
as seguintes datas: 
 
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a) 15/04 – 15/04 – 31/08. 
b) 31/08 – 15/04 – 15/04. 
c) 31/08 – 15/04 – 31/08. 
d) 15/04 – 31/08 – 31/08. 
e) 31/08 – 31/08 – 15/04. 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no art. 35 do
ADCT: 
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165,
§ 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa. 
Logo, no decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer,
os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da
Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional,
respectivamente, até as seguintes datas: 31/08, 15/04 e 31/08. 
Resposta: Letra C 
12) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Na
literatura especializada sobre Avaliação, é comum encontrar referências a
dimensões desejáveis de desempenho de organizações e programas
avaliados, que podem ser traduzidas por exigências de efetividade, de 
 
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eficiência e de eficácia dos programas de governo. Identifique a opção correta,
referente ao princípio da eficácia. 
a) A eficácia diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos. 
b) A eficácia denota competência para se produzir resultados com dispêndio
mínimo de recursos e esforços. 
c) A eficácia remete a condições controladas e a resultados desejados de
experimentos. 
d) Inúmeros indicadores são utilizados na avaliação de eficácia, especialmente
aqueles que relacionam produtos finais com seus custos e com os insumos
principais. 
e) A avaliação da qualidade do trabalho é uma questão ligada à eficácia,
principalmente em certos tipos de realizações, como obras públicas. 
O texto utilizado foi o de Alexandre Marinho e Luis Otávio Façanha: 
a) Errada. No uso corrente, a efetividade diz respeito à capacidade de se
promover resultados pretendidos. 
b) Errada. A eficiência denotaria competência para se produzir resultados com
dispêndio mínimo de recursos e esforços. 
c) Correta. A eficácia, por sua vez, remete a condições controladas e a
resultados desejados de experimentos, critérios que, deve-se reconhecer, não
se aplicam automaticamente às características e realidade dos programas
sociais. 
d) Errada. Inúmeros indicadores são utilizados na avaliação de eficiência,
especialmente aqueles que relacionam produtos finais com seus custos e com
os insumos principais. 
e) Errada. A avaliação da qualidade do trabalho é uma questão ligada à
eficiência, principalmente em certos tipos de realizações, como obras públicas. 
Resposta: Letra C 
13) (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG - 2005) Identifique
a opção correta com relação ao papel do Órgão Central como agente no 
 
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processo de elaboração orçamentária do governo federal, segundo o Manual
Técnico do Orçamento 2005. 
a) Formalizar a proposta de alterações na estrutura programática. 
b) Analisar e validar as propostas orçamentárias provenientes das unidades
orçamentárias. 
c) Avaliar a adequação da estrutura programática e mapear as alterações
necessárias. 
d) Definir diretrizes gerais para o sistema orçamentário federal. 
e) Consolidar e formalizar a proposta orçamentária do órgão. 
A questão é baseada no MTO-2005, porém vamos respondê-la pelo atual
MTO. 
a) b) c) e) Erradas. São todas atribuições do órgão setorial: formalização ao
Ministério do Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática;
análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades
orçamentárias; avaliação da adequação da estrutura programática e
mapeamento das alterações necessárias; e consolidação e formalização da
proposta orçamentária do órgão. 
d) Correta. A definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário
federal é atribuição da Secretaria de Orçamento Federal como órgão específico
e singular de orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de
Orçamento Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Resposta: Letra D 
14) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) Com relação
ao ciclo orçamentário no Brasil, pode-se afirmar que ele corresponde ao
período no qual

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