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Parte 4 - Fruteiras

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PARTE III 
 
PRAGAS DAS FRUTÍFERAS E MANEJO 
 
 
MIP DO ABACAXIZEIRO 
 
I. PRAGAS CHAVE -
 
I.1. Broca-do-fruto: Strymon megarus (=Thecla basilides) (Lepidoptera: 
Lycaenidae) 
 
Características: 
Ovos - depositados sobre as escamas da inflorescência, antes ou após a sua 
abertura ou no pedúnculo floral; 
Lagartas - após a eclosão, penetram nos frutos no ponto de formação, 
provocando exsudação. São amareladas com manchas vermelho escura, 
podendo alimentar das folhas do abacaxi; 
Pupas - de coloração marrom, ocorrendo na planta preso por um fio de 
seda; 
Adultos - borboleta de asas anteriores cinza-brilhante e bordos escuros 
com franja esbranquiçada. As asas posteriores possuem manchas claras, 
além de um par de apêndices. 
 
 
 
Injúrias - as lagartas abrem 
galerias no interior do fruto, 
provocando deformações, 
além de cheiro e sabor 
desagradável e presença de 
resina (exsudação), os quais 
perdem o valor comercial. A 
exsudação causada pela 
fusariose se dá no “olho do 
frutinho”, não confundir com 
a exsudação produzida devido 
ao ataque da lagarta. 
 
Lyle Buss
Dysmicoccus brevipes
Castnia icarus
Lagarta
Strymon megarus
Embrapa
Embrapa
Embrapa
Lyle Buss
Dysmicoccus brevipes
Castnia icarus
Lagarta
Strymon megarus
Embrapa
Embrapa
Embrapa
Strymon megarusStrymon megarus
 
 
 
 121
I.2. Cochonilha-do-abacaxi: Dysmicoccus brevipes (Homoptera: 
Pseudococcidae) 
 
Características: 
Adulto recoberto por pulverulência. Sem a pulverulência é de coloração 
rosada e mede cerca de 1 mm de comprimento. Localizam-se nos frutos, 
axilas das folhas e raízes. Vivem em mutualismo com formigas lava-pé 
(Solenopsis) por protocooperação, onde as formigas protegem a colônia da 
cochonilha, cobrindo-as com terra, dificultando o controle e molestando o 
agricultor. Quando o ataque ocorre na parte mais aérea da planta como 
nos frutos, as formigas protegem as cochonilhas do ataque de joaninhas e 
outros inimigos naturais. 
 
Injúrias - sucção de seiva e injeção de toxina. Transmite a “murcha do 
abacaxi”, que causa sérias perdas à cultivar “Smooth Cayene”. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Ácaro alaranjado, Dolichotetranychus floridanus (Acari: Tenuipalpidae) 
 
Características: 
São ácaros planos com o corpo achatado e alongado, coloração alaranjada, 
de ± 0,3 mm de comprimento. Vivem na base das folhas, que a olho nú 
apresentam como pequenas manchas alaranjadas; 
 
Injúrias - quando a infestação é grande as plantas podem apresentar sinais 
de murcha e nessas condições afetam a produção de abacaxi. Causam 
lesões necróticas e, em alta infestações podem causar murcha. 
 
II.2. Broca-do-talo, Castnia icarus (Lepidoptera: Castniidae) 
 
Características: 
Ovos - de forma oval alongado e coloração amarelo a arroxeado próximo a 
eclosão. São depositados isoladamente entre e no interior das bainhas 
foliares (incubação 12 a 15 dias); 
Lagartas - coloração rosa escura após eclosão e, quando, desenvolvidas 
tornam-se branco leitosa e com manchas pardas no dorso. Quando 
desenvolvida podem medir até 70 mm (62 a 106 dias); 
Pupas - próximo à pupação, a lagarta tece um casulo com fibras do própio 
talo, ficando aderida a este (23 a 46 dias); 
Adultos - borboleta de hábito diurno. Possui asas anteriores cinza-parda, 
com manchas transversais branca sombreadas de cinza escuro. Asa 
posterior com mancha alaranjada de bordos escuros tomando quase toda a 
asa, sendo que próximo a borda externa apresenta manchas menores e 
 122
irregulares de mesma coloração. Apresenta dimorfismo sexual com os 
machos sendo menores, mais claros e com manchas na asa posterior 
menores posicionadas na margem externa; 
 
Injúrias - as lagartas danificam as folhas centrais da roseta, 
posteriormente, aloja-se no talo, onde permanece alimentando-se deste, 
que dependendo da idade da planta, pode destruí-lo completamente. 
Quando não ocorre a morte da planta, esta emite uma brotação lateral. 
Também, pode atacar os frutos a partir da base do mesmo. 
 
II.3. Outros insetos associados ao abacaxizeiro: 
 
Pragas Ordem: Família Característica Injúrias 
Broca-do-colo 
(Paradiophorus 
crenatus) 
Coleoptera: 
Curculionidae 
Besouro preto brilhante de até 25 
mm de comprimento e com 
profundos sulcos nos élitros; 
Galerias na região do 
coleto da planta, podendo 
seccionar a planta; 
Percevejo 
(Lybindus 
dichorus) 
Heteroptera: 
Coreidae 
Cabeça vermelha escura. Pronoto 
preto, com margens avermelhadas 
e asas pretas e pernas vermelhas; 
Sucção de seiva no talo, 
afetando a inflorescência 
pelo murchamento; 
Lagarta-das-
folhas (Monodes 
agrotina) 
Lepidoptera: 
Noctuidae 
Mariposas com asas anteriores 
marron-escura e uma faixa clara 
nos bordos. Lagartas pretas. 
Recortam as folhas pelos 
bordos, deixando-as com 
limbo irregular. 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Controle cultural 
 
a. Coleta e destruição de lagartas ou plantas atacadas (broca); 
b. Destruição dos restos culturais logo após a colheita (todas as pragas); 
c. Plantio de mudas sadia e uniforme (florescimento homogêneo) e de 
variedade menos suscetível à doenças; 
d. Limpeza da base da planta e destruição de ninhos de formigas lava-pé 
(favorece o controle biológico da cochonilha); 
e. Controle de plantas daninhas; 
f. Poderá optar-se por plantio em fileira simples para facilitar os tratos 
culturais - limpeza da base da planta e coleta de lagartas da broca 
gigante. 
 
III.2. Controle biológico 
 
a. Uso de Bacillus thuringiensis para controle de broca do fruto, com 
pulverizações desde o florescimento; 
b. C.B. Natural da cochonilha por formigas, joaninhas (Scymnus sp.) e 
outros predadores, além de parasitóides como Anagyrus coccidivorus, 
Anastatus ananastis. Moscas Tachinidae parasitóides da broca-do-fruto e 
broca gigante. 
 123
III.3. Resistência de plantas 
 
a. Optar pelo plantio da variedade Pérola, em áreas com ataque de 
cochonilha (mais tolerante a murcha), que a variedade “Smooth 
Cayenne”. 
 
III.4. Controle químico 
 
a. Deve ser direcionado para o local de ataque da praga alvo; 
b. Uso de produtos sistêmicos para a cochonilha na época das chuvas 
(aldicarb - recomendado pela pesquisa, mas não registrado no 
Ministério da Agricultura); 
c. Os produtos Diazinon, Dimetoato, também, são recomendados para a 
cochonilha, porém não são registrados; 
 
Alguns produtos recomendados para o controle de pragas do abacaxizeiro. 
 
Nome Técnico Nome Comercial 
Carência 
(dias) 
Classe 
Toxicológica
Grupo 
Químico 
 
Pragas 
carbaryl Agrivin 850 PM 
Carbaryl 480 SC 
Sevin 480 SC 
7 II CB broca-do-fruto e 
broca-do-colo 
parathion methyl Bravik 600 CE 15 I F broca-do-fruto 
B. thuringiensis Dipel PM - IV IB broca-do-fruto 
triclorfon Dipterex 500 7 II F broca-do-fruto e 
broca-do-colo 
ethion Ethion 500 15 I F broca-do-fruto e 
ácaro (TM) 
paration metil Folidol 600 15 I F broca-do-fruto e 
do colo, formiga e 
cochonilha 
fenitrothion Sumithion 400 14 II F percevejo e broca-
do-fruto 
CB = carbamato; F = fosforado; IB = biológico; TM = tratamento de 
mudas; 
 
Literatura recomendada: 
Cunha, G.A.P., et al. A cultura do abacaxi: práticas de cultivo. Cruz das 
Almas: EMBRAPA-CNPMF, 1989. 22p. (Circular Técnica, 1). 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Sanches, N.F. Entomofauna do abacaxizeiro no Brasil. Cruz das Almas: 
EMBRPA-CNPMF, 1981. 73p. (Documentos, 10). 
Silva, R. B.Q. Aspéctos biológicos, danos e controle através de fungos 
entomógenos da broca do talo do abacaxizeiro Castnia icarus (Cramer, 
1775) (Lepiodoptera: Castniidae) em Pernambuco. Recife: UFRPE, 
1995. 88p. (Tese de Mestrado). 
 
 124MIP DA ACEROLEIRA 
 
I. PRAGAS CHAVE -
 
I.1. Pulgões, Aphis citricidus (Homoptera: Aphididae) 
Toxoptera citricidus Homoptera: Aphididae) 
Aphis spiraecola (Homoptera: Aphididae) 
 
Características: 
Os pulgões podem ser encontrados nas folhas, brotos e pedúnculo dos 
frutos. As colônias são formadas por ninfas (forma áptera) que 
desenvolvem em três ínstares e por adultos (alados), com principal função 
de dispersão, quando em alta população. A coloração desses insetos podem 
variar de amarelo-claro, verde-escuro e até preto (Toxoptera) 
 
Injúrias - decorrente a sucção de seiva das partes tenras das plantas, 
principalmente, ponteiros, estas tornam-se encarquilhadas. Indiretamente 
pela seiva liberada nas partes infestadas, propiciará o desenvolvimento de 
fumagina. 
 
I.2. Cochonilhas: Orthezia praelonga (Homoptera: Orthezidae) 
Coccus viridis (Homoptera: Coccidae) 
Coccus hesperidium (Homoptera: Coccidae) 
 
O. praelonga - são providas de placas céreas, simetricamente dispostas 
sobre o corpo, constituindo na parte posterior um saco céreo, 
semelhante a uma cauda (“ovissaco”), contendo ovos e ninfas de 1o 
ínstar, as vezes voltado para cima. Tanto as fêmeas como as ninfas 
podem mover-se sobre a planta; 
C. viridis - são de formato oval e achatado. Coloração esverdeada. Alojam 
ao longo da nervura principal da folha e ponteiros. Normalmente 
atraem formigas devido a presença de seiva liberada; 
C. hesperidium - também de formato oval e predomina a colaração de 
marrom-claro, quando jovem e tornando-se marrom-escuro. 
 
Injúrias - diretamente pela sucção de seiva das partes infestadas, estas 
tornam-se encarquilhadas e, indiretamente, pela seiva liberada propicia o 
desenvolvimento de fumagina. As plantas infestadas e sem controle, 
podem definhar e até morrer. Frutos atacadas perdem o valor comercial. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Moscas-das-frutas, Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) 
 
 125
Características (Ver MIP citros): 
Ovos - oviposição dentro do fruto (mesocarpo), em número de 1 a 10 ovos; 
alongado, fusiforme e de coloração branca; 
Larvas - ápodas, branco-amarelada, desenvolvem-se internamente ao 
fruto, atingindo até 8 mm de comprimento; 
Pupas - preste a empupar, as larvas deixam-se cair ao solo, onde forma a 
pupa; 
Adultos - 4-5 mm de comprimento, coloração predominante amarela. 
Tórax na face superior preto, com desenhos simétricos branco. O abdome 
é amarelo com listras transversais acinzentadas. As asas são de uma 
transparência rosada com listras amareladas sombreadas; 
 
Injúrias - as larvas destroem a polpa dos frutos, tornando-os impróprio 
para consumo “in natura” ou industrialização e que de frutos. Infestam 
frutos maduros e verdes. 
 
II.2. Percevejos: Crinocerus sanctus (Heteroptera: Coreidae) 
Leptoglossus stigma (Heteroptera: Coreidae) 
 
Características (Ver figuras MIP Feijoeiro e Citros): 
C. sanctus - adulto de coloração amarelo-alaranjada, ± 15 mm de 
comprimento. Pernas posteriores com fêmur volumoso, possuindo 
espinhos pretos. A fêmea deposita grupo de ovos de coloração marrom-
dourado, nas folhas e brotações; 
L. stigma - adulto de coloração marrom-escuro, ± 20 mm de comprimento. 
Hemiélitro com uma linha amarela transversal em zigue-zague. Tíbias 
posteriores com uma expansão laminar, semelhante à folha e com uma 
mancha na parte interna. Ovos esverdeados e ninfas gregárias nos 
primeiros ínstares. 
 
Injúrias - deformações dos frutos com pontuações salientes decorrente das 
picadas. 
 
II.3. Formigas cortadeiras: Atta spp. e Acromyrmex spp. (Hymenoptera: 
Formicidae) 
 
Características: 
Ver Pragas Gerais 
 
Injúrias - desfolha de mudas e plantas adultas, apresentando maior 
problema na fase de implantação de áreas recém cultivadas. 
 
 
 
 126
II.4. Abelha cachorro ou Irapuá: Trigona spinips (Hymenoptera: Apidae) 
 
Características: 
Adultos preto e asas transparentes, sem ferrão e enrola-se no cabelo 
quando em contato com o homem. Contrói ninhos em árvores nas áreas 
adjacentes. 
 
Injúrias - Cortam os bordos das folhas dos ponteiros, destrói flores e 
frutos novos, além das brotações novas. 
 
II.5. Cigarrinha: Aethalion reticulatum (Homoptera: Aethalionidae) 
 
Características (Ver MIP mangueira): 
Coloração marrom-ferrugínea, com as nervuras das asas verdes e salientes 
com 8 a 10 mm. Deposita massa de ovos em ramos e pedúnculos dos 
frutos, cobertos por secreção. 
 
Injúrias - Decorrente a sucção de seiva, pode provocar redução do 
desenvolvimento do ramo e frutos e, até ocasionar a sua queda, além 
favorecer o desenvolvimento e disseminação da fumagina. 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
Talvez pela sua recente exploração econômica, pouco se sabe sobre as 
perdas e táticas para o manejo de pragas na cultura da acerola bem como, a 
inexistência de agrotóxicos registrado para uso na cultura. Por ser cultivo 
perene, isto “facilitará” à adoção de medidas integradas para à redução 
populacional das pragas. Assim, será relacionado algumas medidas já 
estudas e em estudos passível de utilização. 
 
III.1. Amostragem 
 
Vistorias periódicas no pomar, demarcando plantas ou áreas com 
infestação de pulgões e cochonilhas e formigueiros. 
Uso de armadilhas caça-moscas, contendo isca atrativa como melaço (7%) 
ou outro atraente alimentar. E realizada durante o período de safra, 
adotando-se o controle quando constatar os primeiros adultos. 
 
III.2. Controle cultural 
a. Plantio de mudas sadias e de procedência; 
b. Uso de quebra ventos; 
c. Plantio inicial consorciado com mamão, banana, maracujá, etc. para 
minimizar os custos e favorecer a diversidade local; 
 127
d. Poda e destruição de ramos com alta incidência de cochonilhas e 
fumagina; 
e. Uso de cobertura verde na rua; manejo de plantas invasoras com 
roçadeiras; adubação química equilibrada; 
f. Catação e destruição de frutos caidos; 
g. Destruição de ninhos da abelha “cachorro”; 
h. Evitar plantas cultivadas ou invasoras que sejam hospedeiras das pragas 
da acerola. 
 
III.3. Controle biológico 
O controle biológico natural realizado por joaninhas, bicho lixeiro e outros 
predadores constituem-se importante fator de mortalidade de pulgões e 
cochonilhas, o que deve ser preservado. 
 
III.4. Controle químico 
a. Pulverização seletiva para moscas-das-frutas por benzedura, 
empregando atrativo alimentar; 
b. Dar preferência para pulverização após a poda, com óleos minerais 
emulsionáveis a 1% a tarde; 
c. Inseticidas fosforado como o Diazinon tem mostrado eficiência no 
controle de pulgões e cochonilhas da acerola, embora não seja 
registrado; 
d. A utilização de produtos sistêmicos na modalidade de aplicação via 
tronco, mostra boas perspectivas para o controle das pragas chaves da 
acerola; 
 
Alternativo para cochonilhas e pulgões 
Calda de fumo (100 L de H2O; 100 a 200 g de soda cáustica; 1 a 2 L de 
nicotina a 10%; 200 a 300 g de sabão branco), recomendado para pulgões, 
ou o preparado de fumo (200 g de fumo-de-rolo em 1,0 L de álcool por 24 
h), 200 g de sabão de coco e 200 ml de querosene em 20 L de água. 
Dissolva o sabão em ”banho-maria”, adicione o querosene e, 
posteriormente, no pulverizador, adicione 500 mL do extrato de fumo. 
 
Literatura recomendada: 
Araújo, P.S.R. & K. Minami. Acerola. Campinas: Fundação Cargil, 1994. 
81p. 
Gonzaga Neto, L. & J.M. Soares. Acerola para exportação: aspéctos 
técnicos para produção. Brasília: EMBRAPA, 1994. 43p (Série 
FRUPEX). 
Braga Sobrinho, R. et al. Pragas da aceroleira, p.33-40. In: Braga 
Sobrinho, R.; J.E. Cardoso & F.C.O. Freire. Pragas de fruteiras tropicais 
de importância agroindustrial. Brasília: EMBRAPA, 1998. 209p. 
 
 128
MIP DA BANANEIRA 
 
I. PRAGAS CHAVE -
 
I.1. Moleque-da-bananeira: Cosmopolites sordidus(Coleoptera: Curculionidae) 
 
Características: 
Ovos - brancos e de forma elíptica. São depositados em orifícios feitos 
pelas fêmeas no ponto de inserção da baínha das folhas e rizoma 
(incubação, 4 a 14 dias); 
Larvas - brancas e ápodas com cápsula cefálica e peças bucais marrom. 
Vivem nas galerias confeccionadas nos rizomas (desenvolvimento, 12 a 29 
dias); 
Pupas - amareladas e livres. A pupação ocorre em galerias no rizoma, 
próximo à superfície externa (5 a 10 dias); 
Adultos - coloração preta, élitros estriados longitudinalmente, rostro 
semelhante a um “bico”; 
 
 
 
 
 
 
 
 JB Torres
sanduiche
Telha
JB Torres
sanduiche
Telha
Embrapa
Metamasius
Cosmopolites
JB Torres
Larva
JB Torres
sanduiche
Telha
JB Torres
sanduiche
Telha
Embrapa
Metamasius
Cosmopolites
JB Torres
Larva
 
Injúrias - galerias abertas pelas larvas no rizoma e partes inferiores do 
pseudocaule. Esta abertura funciona como entrada para o agente causal do 
“mal do Panamá”. Devido à abertura de galerias, ocorre o amarelecimento 
das folhas, queda na produção (cerca de 30% no Brasil) e, tombamento das 
plantas devido a ação do vento e peso dos cachos. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Falso moleque: Metamasius spp. (Coleoptera: Curculionidae) 
 
Características: 
Ovos - são depositados no pseudocaule ou, sob tecidos em fase de 
decomposição, em um orifício feito pela fêmea; 
Larva - branca e ápoda. Ataca a base do pseudocaule, onde abrem galerias; 
Pupas - branco amarelado, protegida numa câmara formada de fibras do 
vegetal, onde foram abertas as galerias; 
Adulto - marron-escuro a preto com manchas marron-alaranjadas no 
protórax e élitros; 
 129
 
Injúrias - abertura de galerias na base do pseudocaule, seu ataque ocorre 
mais no final do ciclo. 
 
II.2. Tripes: Caliothrips bicinctus (Thysanoptera: Thripidae) 
 
Características: 
Ovos - são depositados sobre frutos jovens e cobertos por uma secreção 
que adquire cor escura; 
Ninfas - coloração amarelada; 
Adultos - escuros , vivem nas inflorescências, entre as brácteas do 
“coração” e frutos; 
 
Injúrias - sucção de seiva, provocando depreciação dos frutos que tornam-
se manchados (“ferrugem dos frutos”). 
 
II.3. Traça-da-bananeira: Opogona sacchari (Lepidoptera: Oinophilidae) 
 
Características: 
Ovos - brancos, depositados na banana e, em outras partes da planta; 
Lagartas - coloração branco sujo a amarelado, com aspecto do trato 
digestivo verde devido sua alimentação; 
Pupas - ocorre na própria planta, junto as galerias construídas pelas 
lagartas; 
Adultos - pequena mariposa de ± 25 mm de envergadura, de coloração 
castanho amarelado para a asa anterior, sendo mais clara na posterior. 
Ciclo 49 a 55 dias; 
 
Injúrias - as lagartas atacam bananas verdes, principalmente pelas 
extremidades, onde abrem galerias e penetram na polpa, causando seu 
apodrecimento, quando em alta infestação. Em baixa infestação, são 
encontradas, normalmente, no pseudocaule. 
 
II.4. Lagartas desfolhadoras: 
 
Caligo illioneus (Lepidoptera: Brassolidae) 
Opsiphanes invirae (Lepidoptera: Brassolidae) 
 
C. illioneus - borboleta grande de 120 a 140 mm de envergadura (fêmeas) e 
de coloração azul. Na face inferior das asas posteriores, apresentam dois 
olhos pretos com halos brancos. Apresenta hábito diurno e deposita seus 
ovos nas folhas das bananeiras. As lagartas são de coloração parda, 
possui oito apêndices na cápsula cefálica e dois na extremidade do 
 130
abdome e, quatro espinhos no dorso do abdome. A crisálida ocorre na 
própria planta. Ciclo de ± 120 dias; 
O. invirae - adultos de coloração marrom de 70 a 80 mm de envergadura. 
Possui uma faixa amarela transversal no terço apical das asas anteriores 
e duas manchas brancas no ápice. Lagartas verdes e, também, com oito 
apêndices na cápsula cefálica, porém sendo quatro maiores e quatro 
menores e, não apresenta espinho no dorso do abdome. Ciclo ± 80 dias; 
 
Injúrias - destruição do limbo foliar, a partir dos bordos, deixando apenas 
a nervura central. 
 
II.5. Abelha cachorro ou irapuá: Trigona spinepes (Hymenoptera: Apidae) 
 
Características: 
Adulto preto e asas transparentes, 
sem ferrão e enrrola-se no cabelo. 
Constrói o ninho em árvores e 
arbustos nas áreas adjacentes; 
JB Torres
 
Injúrias - ataca as inflorescências e 
cachos, à procura de resina, quando 
causa lesões irregulares, 
depreciando o valor do fruto. 
 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Amostragem 
 
Moleque-da-bananeira: uso de iscas confeccionadas com pedaços do 
pseudocaule, as quais podem ser do tipo sanduíche, 5 cm de espessura 
(colocada sobre a base do pseudocaule) e, do tipo telha, 50 cm de 
comprimento (colocado entre as mudas) ou tipo queijo (dois círculos de 
pseudocaule). Usa-se 20 iscas/ha, renovadas a cada 15 e 20 dias 
NC = 2 adultos/isca/semana 
NC = 5 adultos/iscas/mês 
 
Em relação aos desfolhadores, a planta de banana suporta até 20% de 
desfolha, sem redução de peso dos frutos. 
 
Calligo illioneus → NC = 1,5 lagartas/planta 
Opsiphanes invirae → NC = 3 lagartas/planta 
 
III.2. Controle cultural 
 131
 
a. Seleção de mudas isentas do ataque do moleque e falso moleque; 
b. Limpeza das mudas (raízes, bainhas), eliminando os ovos; 
c. Desbaste, deixando três plantas/cova (moleque e falso moleque); 
d. Eliminação do “coração”, após a formação do cacho (tripes); 
e. Evitar deixar mudas por longo período no bananal, pois poderão ser 
reinfestadas; 
f. Quebra vento, evitando fendilhamento das folhas e tombamento de 
plantas. 
 
III.3. Controle comportamental, químico ou biológico 
 
a. Pedaços do pseudocaule da bananeira de 50 cm, partido ao meio, 
pulverizado com calda inseticida ou Beauveria bassiana, na parte cortada 
e virada para baixo; 
b. Uso de isca tipo queijo, sanduíche ou telha (150 iscas/ha), contendo 
inseticida químico ou biológico. 
 
III.4. Resistência de plantas 
 
a. Variedades mais suscetíveis ao moleque: maçã, terra, São Domingos e 
ouro; 
b. Variedades mais resistentes ao moleque: nanica e nanicão. 
 
III.5. Controle biológico 
 
a. C.B. aplicado com uso de fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e 
Metarhizium anisopliae nas iscas para controle do moleque e falso 
moleque; 
b. C.B. natural realizado por besouros Histeridae. Percevejo predador, 
Alcaeorrhynchus grandis predam lagartas de Calligo e moscas Tachinidae 
e Sarcophagidae, parasitam suas pupas. 
 
III.6. Controle químico 
 
a. Tratamento de mudas com calda inseticida (água + inseticida sistêmico 
durante cinco minutos); 
b. Aplicação de inseticida granulado sistêmico na cova aos 30 dias e 6 
meses após plantio; 
c. Aplicação de inseticida granulado sistêmico no orifício aberto pela 
“lurdinha” na ocasião do desbaste ou, em cobertura (20-30 cm da planta) 
quando o solo estiver úmido; 
d. Pulverizações nos frutos para o tripes. 
 
 132
Alguns inseticidas recomendados para o controle de pragas da bananeira: 
 
Produto Dosagens Carência (dias) Grupo Químico OBS. 
I.Moleque 
Aldicarb: 
Temik 150 G 
Carbofuran: 
Diafuran 50 G 
Furadan 350 SC 
Counter 50 G 
15-20 g/cova 
2 g/isca 
 
3-5 g/isca 
400 ml/100L 
água 
40-60 g/cova 
 
21 
 
90 
90 
03 
Carbamato 
 
Carbamato 
 
 
Fosforado 
.Isca tipo telha com 500 
m2/isca; 
.Isca tipo queijo; 
.Imersão de mudas tipo 
chifrinho por 15 seg. 
II. Tripes 
carbaryl: 
Sevin 75 P 
 
10-15 Kg/ha 
 
14 
 
Carbamato 
 
III. Traça 
triclorfon: 
Dipterex 500 SC 
carbaryl: 
Carbaryl F SC 
 
0,3 L/100 L água 
800-1000 L 
calda/ha 
 
7 
 
Organofosforado 
 
 
Literatura recomendada: 
 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Mesquita,A.L.M. Pragas da bananeira, importância e meio de controle. 
Cruz das Almas: EMBRAPA-CNPMF, 1984. 11p. 
Ostmark, H.E. Banano, p. 445-456. In: Andrews, K.L. & J.R. Quezada. 
Manejo integrado de plagas insectiles en la agricultura, El Zamorano: 
Escuela Agrícola Panamericana, 1989. 623p. 
Reis, P.R. & J.C. Souza. Principais pragas da bananeira. Informe 
Agropecuário, 12: 45-50. 1986. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 133
MIP DOS CÍTROS 
 
I. PRAGAS CHAVE -
 
I.1. Ácaro-da-leprose: Brevipalpus phoenices (Acari: Tenuipalpidae) 
 
Características: 
São ácaros avermelhados com manchas escuras e corpo achatado (plano). 
Ocorrem com maior freqüência no período de baixa precipitação. Os ovos 
são vermelhos e oval. As larvas apresentam 3 pares de pernas e adultos 4 
pares. Preferem frutos com verrugose, pois as lesões conferem abrigo e 
proteção ao ácaro. Ciclo ± 18 dias; 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFRGS
ORSTJB Torres
Leprose
Sintoma inicial
Sintoma avançado Leprose
Sintoma folha
UFRGS
ORSTJB Torres
Leprose
Sintoma inicial
Sintoma avançado Leprose
Sintoma folha
 
Injúrias - causam injúrias em folhas, ramos e frutos, acarretando manchas 
escuras com halo amarelado, sintoma conhecido como leprose dos citros, 
devido a inoculação de vírus. As folhas e frutos atacados caem e os ramos 
apresentam rachaduras e morrem; 
 
I.2. Ácaro-da-falsa-ferrugem: Phyllocoptruta oleivora (Acari: Eriophyidae) 
 
Características: 
São ácaros alongados de coloração amarelo-escura, aspecto vermiforme, 
com 2 pares de pernas (exceção a maioria dos ácaros), de 0,15 mm de 
comprimento. Invisíveis a olho nú. São encontrados com facilidade nas 
faces superior e inferior das folhas, ramos e frutos. Apresentam 
especificidade hospedeira, porém atacam todas as variedades cítricas e, 
encontra-se distribuído em todas as regiões citrícolas do mundo. Ciclo de 7 
a 10 dias (verão) e de 14 a 15 dias (inverno); 
 
 
 
 
 
 
 Texas A&M Univ
U.F.
FFTCTexas A&M Univ
U.F.
FFTC
 134
Injúrias - podem causar injúrias em folhas, ramos e frutos novos. Nas 
folhas provocam a “mancha de graxa” (manchas na epiderme foliar, 
semelhante à mancha de graxa sobre papel). Os frutos tornam-se de 
coloração “ferruginosa” devido à morte de células da epiderme e 
extravasamento do suco celular. Os frutos de lima, limão, etc., ficam com 
coloração prateada. Os prejuízos (qualitativos) são consideráveis quando 
os frutos destinam-se a consumo “in natura”. 
 
I.3. Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae): 
 
Mosca-do-mediterrâneo:Ceratitis capitata 
Mosca-sul-americana: Anastrepha spp. 
 
Características: 
Ovos - oviposição dentro do fruto (mesocarpo), em número de 1 a 10 ovos; 
alongado, fusiforme e de coloração branca; 
Larvas - ápodas, branco-amarelada, desenvolvem-se internamente ao 
fruto, atingindo até 8 mm de comprimento; 
Pupas - preste a empupar, as larvas deixam-se cair ao solo, onde forma a 
pupa; 
Adultos - C. capitata: 4-5 mm de comprimento, coloração predominante 
amarela. Tórax na face superior preto, com desenhos simétricos branco. O 
abdome é amarelo com listras transversais acinzentadas. As asas são de 
uma transparência rosada com listras amareladas sombreadas; 
Anastrepha: 6,5 mm de comprimento, coloração geral amarela, com uma 
mancha amarela, em forma de “S” que vai da base a extremidade da asa 
anterior. No bordo posterior há outra mancha da mesma cor e em forma de 
“V” invertido, sendo as duas manchas sombreadas de preto; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
J. Lotz J. Lotz
Ceratitis
USDA
Anastrepha
FundecitrusJ. Lotz J. Lotz
Ceratitis
USDA
Anastrepha
Fundecitrus
Injúrias - as larvas danificam a polpa dos frutos, os quais apresentam um 
orifício no centro de uma mancha em apodrecimento de consistência mole. 
Posteriormente, ocorre a queda do fruto. As moscas Ceratitis, apresentam o 
ovipositor mais curto, ovipositando em frutos de estágio de maturação 
mais avançado, sendo que Anastrepha ataca frutos verdolengos e maduros; 
 
 135
Observações: após à cópula, as fêmeas possuem um período de pré-
oviposição, quando são ávidas a produtos energéticos. Época ideal para 
fazer uso de iscas tóxicas e “benzedura” com melaço e inseticidas, para o 
controle. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Cochonilhas: 
 
Ortézia, Orthezia praelonga (Homoptera: Orthezidae) 
Pardinha, Selenaspidus articulatus (Homoptera: Diaspididae) 
Parlatoria, Parlatoria cinerea (Homoptera: Diaspididae) 
Cochonilha-escama-farinha, Unaspis citri (Homoptera: Diaspididae) 
 
Características: 
O. praelonga (desprovida de carapaça) - são providas de placas céreas, 
simetricamente dispostas sobre o corpo, constituindo na parte 
posterior um saco céreo, semelhante a uma cauda (“ovissaco”), 
contendo ovos e ninfas de 1o ínstar, as vezes voltado para cima. Tanto 
as fêmeas como as ninfas podem mover-se sobre a planta; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OrtheziaFarinhentas
JB Torres
Fumagina em folha e fruto
JB Torres
JB Torres JB Torres JB Torres
OrtheziaFarinhentas
Fumagina em folha e fruto
♀ ♂Orthezia
Cycloneda
predando
Orthezia
Fotos: JB Torres
OrtheziaFarinhentas
JB Torres
Fumagina em folha e fruto
JB Torres
JB Torres JB Torres JB Torres
OrtheziaFarinhentas
Fumagina em folha e fruto
♀ ♂Orthezia
Cycloneda
predando
Orthezia
Fotos: JB Torres
 
S. articulatus (provida de carapaça) - após a eclosão, as ninfas locomovem-
se sobre as plantas, ramos e frutos. A cada ecdise as pernas atrofiam, 
tornando-se fixa sobre a planta, sugando seiva. Após a ecdise o 
tegumento permanece sobre o corpo, sendo fixo ao novo tegumento, 
formando um escudo (carapaça). Abaixo da carapaça as fêmeas 
depositam seus ovos, de onde eclodem as ninfas móveis; 
P. cinerea (provida de carapaça) - localiza-se nas hastes mais grossas, no 
tronco e nas raízes. A carapaça da fêmea é ovalada e de coloração 
 136
violeta (quando viva). A ninfa no 1o ínstar, é móvel. O macho adulto é 
alado; 
P. aspidistrae (provida de carapaça) - tem preferência por troncos, hastes e 
folhas. Os machos formam aglomerações, nas partes atacadas, como se 
as plantas tivessem sido pulverizadas de branco; 
 
Injúrias - Sucção de seiva, frutos de aspécto deformado, presença de 
fumagina, definhamento das plantas, etc. 
 
II.2. Coleobrocas: 
 
Diploschema rotundicolle (Coleoptera: Cerambycidae) 
Macrocophora accentifer (Coleoptera: Cerambycidae) 
Trachyderes thoracicus (Coleoptera: Cerambycidae) 
Cratosomus reidii (Coleoptera: Curculionidae) 
 
Características: 
D. rotundicolle - larva ápoda (± 60 mm de comprimento quando 
desenvolvida), branco amarelada, presença de “espinhos” no último 
segmento abdominal. Besouro de coloração marrom escura. Deposita os 
ovos nas junções dos ramos finos, após a eclosão, as larvas abrem 
galerias longitudinais em direção ao tronco. Serragem na forma de pó; 
T. thoracicus - larvas semelhante a anterior, porém um pouco menor. 
Adulto de coloração verde. Localização das galerias e serragem 
semelhante a anterior; 
M. accentifer - larva ápoda (± 40 mm de comprimento quando 
desenvolvida), branco-amarelada, com cápsula cefálica marrom. Adulto 
de coloração cinza, tendo em cada élitro duas manchas escuras. Ataca a 
base do tronco, abrindo galerias sub-cortical. Serragem em forma de 
gravetos; 
C. reidii - adultos de coloração preta com faixas amareladas no tórax e nos 
élitros. Ataca a base do tronco com serragem em forma de pelotas; 
 
Injúrias - fazem galerias nos ramos e troncos, podendo destruir 
parcialmente ou totalmente a planta. Os ramos atacados, inicialmente 
murcham com queda dos frutos, secando posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 137
II.3. Cigarrinhas: 
Dilobopterus costalimai, Acrogonia terminalis e Oncometobia facialis(Homoptera: Cicadellidae) 
 
Características: 
D. costalimai - é a mais abundante do grupo, mede ± 8 mm de comprimento. 
Possui corpo e pernas amarelo-alaranjada, com linhas escuras na cabeça. 
Asas escuras com nervuras claras e parte terminal castanha. Postura ao 
longo da nervura central de folhas novas e tenras, sem camada de cera. 
Ninfas amareladas e, no último ínstar com contornos escuros, 
desenvolvem-se em ± 65 dias, passando por cinco ínstares; 
 
 
Oncometobia
Acrogonia
Dilobopterus
Fotos: Fundecitrus
Oncometobia
Acrogonia
Dilobopterus
Fotos: Fundecitrus
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. terminalis - mede ± 9 mm, cabeça alongada e voltada para cima, preta 
com pontos branco na face superior. Parte ventral e pernas amarelas e 
asas marrom com nervuras de tom verde-claro. Postura depositadas 
sobre folhas maduras, sendo os ovos alongados, depositados em mais de 
uma camada e cobertos por cera. As ninfas, após eclosão, são brancas 
com faixas escuras, tonando-se posteriormente, esverdeadas. Fêmeas em 
oviposição, apresentam uma bolsa de cera branca sobre a asa anterior, 
que é utilizada para cobrir os ovos com o auxílio do último par de 
pernas; 
O. facialis - mede ± 11 mm, sendo a maior das três e menos comum. 
Coloração das asas marrom com manchas douradas e parte terminal 
transparente. Apresenta corpo e pernas arroxeada a violeta. Mancha 
escura na parte inferior da cabeça (fronte). Preferem ramos, porém não 
lenhosos. Semelhante a A. terminalis, apresentam bolsa de cera, que 
servirá para cobrir os ovos, que são depositados na face inferior das 
folhas em única camada. A fase de ninfa se dá ± 76 dias; 
 
Injúrias - sucção de seiva a uma taxa de 2 mL/h. Atacam folhas e ramos 
novos, entretanto, a injúria maior se dá por transmitir a bactéria Xylella 
 138
fastidiosa que causa a clorose variegada dos citros (CVC) ou “amarelinho” 
dos citros. 
 
II.4. Bicho-minador: Phyllocnistis citrella (Lepidoptera: Gracillariidae) 
 
Características: 
Ovos - são depositados, preferencialmente, na face inferior das folhas 
novas; 
Lagartas - após a eclosão, as lagartas penetram rapidamente no tecido 
foliar, construindo as minas, onde permanecerão por todo o ciclo, 
ocorrendo em ambas faces das folhas, em alta infestação, porém preferem a 
face superior da folha. Desenvolve-se em três ínstares; 
 
 
 
 
 
 
 Bayer Bayer Bayer JB Torres
Phyllocnistis
Bayer Bayer Bayer JB Torres
Phyllocnistis
 
Pupas - ocorre dentro da mina, na margem da folha em uma porção 
enrolada desta. Apresenta coloração marrom clara; 
Adultos - microlepidóptero com envergadura da asa de ± 4 mm. 
Coloração branca e prata-brilhante, com inúmeras manchas pretas e 
marrom nas asas e uma mancha preta bem definida na região apical da asa 
anterior. Ciclo ovo adulto de 11 a 33 dias. 
 
Injúrias - redução da área foliar causado pela confecção de minas, em 
consequência do ataque, as folhas enrolam-se. Como o ataque concentra-se 
nas folhas novas, reduz o desenvolvimento das mudas e brotações, além de 
facilitar o estabelecimento e disseminação da bactéria do cancro cítrico. 
 
II.4. Outros insetos associados aos citros 
 
Pragas Ordem: Família Característica Injúria 
Abelha cachorro 
ou irapuá 
(Trigona spinips) 
Hymenoptera: 
Apidae 
Adulto preto e asas 
transparentes, sem ferrão e 
enrola-se no cabelo. Constrói o 
ninho em áreas adjacentes; 
Os adultos destroem folhas, 
brotos novos e flores; 
Bicho furão 
(Ecdytolopha 
aurantiana) 
Lepidoptera: 
Tortricidae 
Adulto marrom-acinzentado 
com uma mancha mais clara na 
asa anterior; 
As lagartas broqueiam os 
frutos, destruindo a polpa. 
Deixa serragem no orifício. 
Ataca frutos verdes e 
maduros e a parte lesionada 
é dura e, apresenta uma 
lagarta por fruto; 
Pulgão preto 
(Toxoptera 
Homoptera: 
Aphididae 
De coloração preta, localiza-se 
preferencialmente nas partes 
Sucção de seiva e 
ocorrência de fumagina, 
 139
citricidus) novas e tenras da planta; retardando o crescimento 
da planta; 
Ácaro da gema 
(Eriophyes sheldoni) 
Provoca deformação nas brotações, havendo superbrotamento, 
encurtamento dos internódios, enrolamento das folhas e mumificação dos 
frutos; 
Percevejo-dos-frutos 
(Leptoglossus stigma) e 
(Leptoglossus gonagra) 
L. stigma - adulto marron-escuro, com hemiélitro apresentando uma linha 
amarela transversal em “zig-zag”. Tíbia posterior com expansão e uma 
mancha na parte interna. L. gonagra - expansão da tíbia estreita e uma 
linha amarela transversal no pronoto. Sugam os frutos, ainda verdes, 
deixando pontuações pretas e, posterior, apodrecimento e, 
consequentemente, sua queda; 
Cigarrinha-das-frutíferas 
Aethalion reticulatum Ver MIP Acerola 
Atta spp. e Acromyrmex Ver Pragas Gerais 
 
 
 
 
 
 
 
Fundecitrus
Bicho furão
LSU
Bayer
Fundecitrus
Fundecitrus
Pulgão
Irapuá
Leptoglossus
Fundecitrus
Bicho furão
LSU
Bayer
Fundecitrus
Fundecitrus
Pulgão
á
Leptoglossus
JB Torres
Fundecitrus
Bicho furão
LSU
Bayer
Fundecitrus
Fundecitrus
Pulgão
Irapuá
Leptoglossus
Fundecitrus
Bicho furão
LSU
Bayer
Fundecitrus
Fundecitrus
Pulgão
á
Leptoglossus
JB Torres
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Planejamento 
 
a. Dividir o pomar em quadras de 1.000 a 2.000 plantas, em função do 
espaçamento, topografia, etc. e, identificá-los por nome ou número; 
b. Inspecionar as pragas-chave, doenças e plantas invasoras; 
c. Inspeção de pelo menos 1% das plantas do talhão por uma pessoa 
treinada; 
d. Recomendações de controle por Engenheiro Agrônomo; 
e. Compra de mudas certificadas, sem ataque de cigarrinhas (CVC) e 
bicho-minador; 
f. Uso de barreira como armadilha de cor amarela, contendo cola adesiva 
nas bordas do pomar e viveiros; 
g. Produção de mudas em estufas plásticas; 
h. “Isolamento” do pomar e galpão de recepção com tratamento das caixas 
e caminhões, bem como uniformes apropriados para os trabalhadores; 
 140
i. Executar as adubações, controle de ervas daninhas e pragas e, demais 
atividades dentro do manejo integrado; 
 
III.2. Amostragem 
 
Amostragem das pragas e inimigos naturais (IN) das pragas dos citros e 
determinação do NC (Talhão ou gleba de 2.000 plantas) 
 
Pragas-chave 
a. Ácaro-da-leprose - amostrar com lente de 10X de aumento 3 frutos ou 
folhas por planta, em 2% das plantas do talhão; NC = 15% com 1 ou 
mais ácaros ou, 5% em talhões que houve infestação na safra anterior; 
NÑA = 1 ácaro predador (Phystoseiidae e Stigmaeidae) em mais de 50% 
das amostras; 
b. Ácaro-da-falsa-ferrugem - também, usar lente de 10X com a contagem 
de ácaros em 1cm2 de fruto. Amostrar 3 frutos/planta em 2% das 
plantas do talhão; NC = 10% dos frutos com 20 ácaros/cm2, para 
consumo “in natura”, e 30 ácaros/cm2 para frutos destinados à indústria; 
NÑA = 1 predador em mais de 50% das amostras ou 3 ácaros 
parasitados por fungos (Hirsutella); 
c. Moscas-das-frutas - uso de frasco caça-mosca com 1 frasco a cada 50 m 
na perifería do pomar; NC = 1 adulto, em média, por frasco; 
 
Pragas secundárias 
a. Parlatória - amostrar 10 plantas (raíz, troncos, ramos e frutos) e 
raspagem com canivete; NC = 2 cochonilhas/cm2; NÑA = 50 joaninhas 
ou 20 bichos lixeiro por tronco; 
b. Pardinha - amostrar 10 folhas por planta, nos focos; NC = 20 
cochonilhas vivas por folha; NÑA = 20 predadores por planta ou 50% 
das cochonilhas parasitadas por fungo (Archersonia); 
c. Cigarrinhas - amostrar 1 a 2% das plantas do talhão com rede 
entomológica, cobrindo todo o ramo; NC = 1 cigarrinha, independente 
da espécie, em 10% das plantas (plantas com até cinco anos); 
d. Bicho minador - amostrar lagartas nasbrotações; 0,74 lagarta por 
folha, já afeta o desenvolvimento das brotações. 
 
Ficha de amostragem sequêncial para ácaro-da-falsa-ferrugem e ácaro-da-
leprose em citros com 90% e 80% de frutos não infestados. 
Amostrar no mínimo 40 plantas, dando preferência para frutos entre 1,5 
cm de diâmetro e início da maturação (amarelecimento). Não existindo 
frutos, deve-se amostrar folhas. A amostra consititui de 3 frutos ou 6 
folhas, localizados na periferia da copa, fazendo uma visada (lupa 10X) em 
cada face da folha ou na parte mediana do fruto. O caminhamento deve ser 
em espiral, iniciando na borda do pomar e caminhando 40 a 50 passos 
 141
entre os pontos de amostragem. Tomar decisão de controle quando o 
somatório cair abaixo do limite inferior (LI), não controlar quando cair 
acima do limite superior (LS). Se o valor for intermediário, continuar 
amostrando até o final da ficha. 
 
 AMOSTRAGEM SEQÜÊNCIAL 
 % de não-infestação 
Amos- Ácaro-da-falsa-ferrugem Ácaro-da-leprose 
tras 90% 80% 90% 80% 
No LI LS LI LS LI LS LI LS 
01 T T 
02 A A 
03 B B 
04 E E 
05 L L 
06 A A 
07 ↓ ↓ 
08 - - 
09 - - 
10 9 12 7 11 9 12 8 12 
11 10 12 7 12 10 12 9 13 
12 11 13 8 13 11 13 9 14 
13 12 14 9 14 12 14 10 15 
14 12 15 10 15 12 15 11 16 
 
≠ ≠ ≠ ≠ ≠ ≠ ≠ ≠ ≠ 
 
30 28 30 23 28 27 30 26 30 
31 29 31 24 29 28 31 26 31 
32 29 32 25 30 29 32 27 32 
33 30 33 26 31 30 33 28 32 
34 31 34 27 31 31 34 20 33 
35 28 32 30 34 
36 29 33 31 35 
37 29 34 32 36 
38 30 35 33 37 
39 31 36 34 38 
40 35 39 
41 35 40 
42 36 41 
43 37 41 
44 38 42 
45 39 43 
OBS.: 0 = presença de ácaros; 1 = ausência de ácaros 
 
III.3. Controle cultural 
 
a. Uso de quebra-vento (controle de ácaros, cochonilhas, cigarrinhas, etc.), 
efetivo em campos e, especialmente, em viveiros; 
b. Catação e destruição de frutos ou colheita profilática (controle dos 
ácaros, mosca-das-frutas, bicho-furão); 
c. Catação e destruição de ramos com ataque de coleobrocas; 
 142
d. Planta-isca: plantio de “maria-preta” (Cordia verbenaceae) para atração de 
Cratosomus; 
e. Deixar plantas de mentrasto (Ageratum conizoides) no pomar. O pólen 
desta planta é alimento para ácaros predadores; 
f. Uso de cobertura verde na rua; herbicida na linha; manejo de plantas 
invasoras com roçadeiras; adubação química equilibrada; 
g. Poda de ramos com sintomas da CVC, na forquilha das plantas com 
mais de seis anos e, aquelas com menos de dois anos, recomenda-se a 
erradicação; 
h. Destruição da planta daninha “Cambará” (Lantana camara), hospedeira 
da cigarrinha O. facialis. 
 
III.4. Controle biológico 
 
a. Uso do fungo Metarhizium anisopliae injetado nos orifícios de 
coleobrocas, com bomba “formicidas”; 
b. Coleta de laranjas caídas e, deixá-las em uma caixa ou vala telada, o que 
permite a emergência e saída dos IN e não das pragas (moscas, bicho-
furão, etc.); 
c. Controle biológico natural: joaninhas, parasitóides Aphytis ..., bicho 
lixeiro, vespas predadoras, etc.; 
 
III.5. Controle químico 
 
a. Para ácaros: 
• uso de acaricidas específicos; 
• rotação do grupo químico (repetir após 1 ano); 
• aplicação seletiva, apenas nas reboleiras e talhões com NC; 
 
b. Para mosca-das-frutas: 
• aplicação seletiva (misturar inseticida com melaço a 10% ou proteina 
hidrolizada de milho a 2%, ou ainda, açúcar a 5%. Aplicar 150 a 200 ml 
da mistura por planta, em “benzedura”, na periferia do pomar (primeiras 
15 ruas), na face voltada para o nascente; 
 
c. Para cochonilha parlatória: 
• aplicação seletiva de aldicarb ou dissulfoton (granulados) no solo, ou 
calda sulfocálcica no tronco; 
• Pulverizações direcionadas aos ramos atacados; 
 
d. Para cochonilha pardinha: 
• aplicação de óleo mineral ou vegetal mais metade da dosagem de um 
inseticida fosforado; 
 143
• aplicação seletiva de aldicarb no solo, no verão; 
 
e. Para cochonilha orthezia: 
• aplicação de vomidothion; 
• aplicação de aldicarb no solo ou diazinon, piretróides ou dimetoato em 
subdosagens; 
 
f. Para coleobrocas: 
• aplicação de fosfina, em pasta a base de 1,0 cm/orifício e fechá-lo; 
 
g. Para cigarrinhas: 
• na produção dos cavalinhos; 
• na formação de mudas; 
• no pomar: efetuar pulverizações ou pincelamento do tronco com 
sistêmico quando no NC. Pomares com mais de cinco anos e com ataque 
de cigarrinhas, pulverizar uma faixa de 30 metros da borda nos talhões 
vizinhos, para evitar a migração. Evitar pulverizações em cobertura 
total para não afetar a população de inimigos naturais. 
 
¾ Alguns produtos recomendados no MIP citros 
 
Praga Nome Técnico Nome Comercial Carência (dias) 
Classe 
Toxicológica 
Ácaro-da-leprose cyhexatin 
propargite 
dicofol 
hexythiazox 
enxofre 
Sipcatin 
Omite 
Kelthane 
Savey 
Thiovit Sandoz 
30 
7 
14 
30 
1 
III 
II 
II 
III 
IV 
Ácaro-da-falsa-
ferrugem 
bromopropilato 
enxofre 
abamectin 
propargite 
lufenuron 
Neoron 
Kumulus ou Thiovit 
Vertimec 18 CE 
Omite 
Match CE 
21 
- 
- 
7 
21 
III 
IV 
IV 
II 
IV 
Moscas-das-frutas diazinon 
triclorfon 
ethion 
fention 
Diazinon 
Dipterex 
Ethion 
Lebaycid 
14 
7 
15 
21 
II 
II 
I 
II 
Parlatória 
Pardinha 
Orthezia 
Pulgão 
óleo mineral 
aldicarb 
vamidothion 
diazinon 
methidathion 
Triona 
Temik 
Dimetoato 
Diazinon 600 CE 
Supracid 400 CE 
- 
- 
3 
- 
28 
IV 
I 
I 
II 
II 
Bicho minador abamectin* 
imidacloprid* 
aldicarb* 
diflubenzuron* 
dimethoate* 
Vertimec 
Confidor 
Temik 
Alsystin 
Dimetoato GR 
- 
? 
- 
- 
? 
IV 
IV 
I 
IV 
I 
Coleobrocas fosfina Gastoxin pasta 4 I 
Cigarrinhas triazofós 
methidathion 
vamidothion 
fenpropathrin 
Hostathion 500 BR 
Supracid 400 CE 
Dimetoato CE 
Meothrin 300 CE 
60 
28 
3 
28 
I 
II 
I 
I 
 144
acephate 
imidacloprid* 
Orthene 750 BR 
Confidor 100 AL 
? 
? 
III 
IV 
*Produtos não registrados para a cultura dos citros, mas alguns deles 
estão em fase de registro. 
 
 
Literatura recomendada: 
 
Consoli, F., R.A. Zucchi & J.R.S. Lopes. A lagarta minadora dos citros. 
Piracicaba: FEALQ, 1996. 39p. 
Franco, J.F. Uso de granulados sistêmicos no MIP citros, p.215-234. In: 
Fernandes, O.A., A.C.B. Correia & S.A. Bortoli. (Eds.). Manejo 
integrado de pragas e nematóides. v.2., Jaboticabal: FUNEP, 1992. 
352p. 
Fundecitrus. Manual de convivência com a CVC. Araraquara: Fundecitrus, 
1997. 15p. 
Fundecitrus. Manual técnico de identificação de cigarrinhas dos citros. 
Araraquara: Fundecitrus, 1997. 11p. 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Gravena, S. Manejo integrado de pragas de citros a atualidade, p.107-126. 
In: Fernandes, O.A., A.C.B. Correia & S.A. Bortoli. (Eds.). Manejo 
integrado de pragas e nematóides. v.1., Jaboticabal: FUNEP, 1990. 
352p. 
Nascimento, A.S. & J.S. Morgante. Táticas de manejo integrado de 
moscas-das-frutas em citros, p. 127-136. In: Fernandes, O.A., A.C.B. 
Correia & S.A. Bortoli. (Eds.). Manejo integrado de pragas e 
nematóides. v.1., Jaboticabal: FUNEP, 1992. 352p. 
Oliveria, C.A.L. Ácaros da ferrugem, branco e púrpureo dos citros, p. 185-
203. In: Fernandes, O.A., A.C.B. Correia & S.A. Bortoli. (Eds.). Manejo 
integrado de pragas e nematóides. v.2., Jaboticabal: FUNEP, 1992. 
352p. 
Zucchi, R.A., Silveira Neto, S. & O. Nakano. Guia de identificação de 
pragas agrícolas. Piracicaba: FEALQ, 1993. 139p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 145
MIP DO COQUEIROI. PRAGAS CHAVE -
 
I.1. Broca-do-olho: Rhynchophorus palmarum (Coleoptera: Curculionidae) 
 
Características: 
Ovos - forma alongada e cor branco-amarelada, com superfície lisa. A 
fêmea deposita o ovo em um pequeno furo feito no tecido tenro da ráquis; 
Larvas - coloração branca e cápsula cefálica escura. Possui duas placas 
escura no protórax. Localizam-se em galerias na gema apical, mas 
também, no pecíolo das folhas novas e estipe mole, atingindo até 7 cm 
quando desenvolvida. Período larval de 24 a 41 dias; 
Pupas - A pupação se dá em um casulo feito de fibras da planta; 
Adultos - é um besouro preto de 3,5 a 5,0 cm de comprimento e com 8 
sulcos nos élitros. Rostro reto, com os machos apresentando pilosidade na 
parte superior do rostro. Os adultos são atraídos pelo odor da 
fermentação de feridas nas plantas ou, plantas em senescência. Possui 
como hospedeiros alternativos: babaçu, cana-de-açúcar, carnaúba, 
dendezeiro e outros; 
 
JB Torres
Rhinostomus
Coraliomela
Rhynchophorus Homalinotus
Fotos: JB Torres JB Torres
Rhinostomus
Coraliomela
Rhynchophorus Homalinotus
Fotos: JB Torres
Planta atacada por larva 
de Rhynchophorus
Planta atacada por larva 
de Rhynchophorus
Planta atacada por larva 
de Rhynchophorus
Planta atacada por larva 
de Rhynchophorus
 
Injúrias - com o ataque as folhas recém abertas ficam amareladas e 
parcialmente destruidas, assim como broto terminal, atacado, fermenta 
causando a morte da planta. Tanto adultos quanto as larvas danificam a 
planta. São responsáveis pela transmissão do nematóide Bursaphelenchus 
cocophylus, causador do anel vermelho. 
 
I.2. Broca-do-pendúnculo floral: Homalinotus coriaceus (Coleoptera: 
Curculionidae) 
 
Características: 
 146
Ovos - brancos e lisos, depositados no pedúnculo floral, em plantas em 
frutificação ou na baínha foliar; 
Larvas - larvas oriundas de ovos da baínha da folha, descem em direção ao 
tronco fazendo galerias de 5 a 10 cm de comprimento. Àquelas 
provenientes de ovos depositados no pedúnculo floral, abrem galerias, em 
direção a base do cacho onde forma a pupa, em um casulo feito com 
material da própria planta; 
Pupas - interna na base do cacho, envolta por um casulo de fibras; 
Adultos - besouro de hábito noturno, preto com o corpo recoberto de 
pequeninas escamas pardas, medindo de 2,5 a 3,0 cm de comprimento. 
Ciclo de 6 a 8 meses; 
Injúrias - a galeria aberta pelas larvas no pedúnculo floral impede a 
circulação de seiva e, consequente, queda parcial ou total de frutos. A 
partir de duas larvas por pedúnculo floral ocasiona a queda total dos frutos 
novos. Calcula-se um prejuízo de cerca de 15 milhões de cocos, na Bahia e 
120 milhões, no Brasil. A produção com o ataque cai mais de 50%. 
 
I.3. Lagarta-do-coqueiro: Brassolis sophorae (Lepidoptera: Brassolidae) 
 
Características: 
Ovos - a borboleta durante a noite deposita os ovos em grupos de 100 a 
300, nas folhas, às vezes, nos frutos e no estipe. São cilíndricos, 
inicialmente amarelados e, posteriormente, acinzentados (incubação, 20 a 
25 dias); 
JB TorresEmbrapa JB Torres JB TorresEmbrapa JB Torres JB Torres JB TorresEmbrapa JB Torres JB TorresEmbrapa JB Torres JB Torres
 
Lagartas - recém-eclodidas, alimentam-se do cório do ovo e, 
posteriormente, localizam-se nas dobras das folhas. Possui cápsula cefálica 
marron-clara com uma faixa fina marron-avermelhada; coloração marron-
escura com quatro listras longitudinais esbranquiçadas. Esta fase dura de 
60 a 100 dias. São gregárias e de hábito noturno. Constroem ninhos, 
juntando os folíolos, onde permanecem durante o dia, sendo que as fezes 
caem por meio de um orifício na parte inferior do ninho; 
Pupas - quando desenvolvidas, as lagartas abandonam a planta e 
procuram local, como ramos secos, paredes, etc., para formar a crisálida 
(18 a 20 dias); 
 147
Adultos - borboleta com 5 a 10 cm de envergadura. Asas anteriores e 
posteriores marrons, atravessadas por uma faixa alaranjada, sendo nas 
fêmeas mais largas e bifurcadas para o bordo superior na asa anterior; 
 
Injúrias - o consumo médio é de 9,7 cm2 de área foliar por noite. As 
plantas desfolhadas reduz o crescimento e, a redução na produção de coco 
pode chegar a 47%. Ataques sucessivos podem ocasionar a morte da 
planta. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Ácaro-da-gema: Aceria guerreronis (Acari: Eriophyidae) 
 
Características: 
Ácaros de coloração esbranquiçada, alongado e cilíndrico com dois pares 
de pernas. Localizam-se nos frutos, protegidos pelas brácteas ou na gema 
apical das plantas, principalmente das mudas. Quando observados a olho 
nu, a colônia apresenta-se como uma fina camada de pó branco. A 
disseminação se dá pelo vento e pelo homem. O ataque concentra nas 
mudas no período de verão; 
 
Injúrias - atacam os brotos, provocando a “necrose do olho do coqueiro”, o 
que causa atraso no desenvolvimento, ou até a morte da muda. O ataque 
na época da frutificação, causa necrose e fendilhamento da casca dos frutos, 
reduzindo a produção. 
 
I.2. Broca-do-estipe: Rhinostomus barbirostris (Coleoptera: Curculionidae) 
 
Características: 
Ovos - são brancos de forma esférica, depositados na parte endurecida do 
estipe; 
Larvas - após eclosão, penetra na estipe e forma uma galeria que se alarga 
e estende para o interior da mesma. Pode atingir 5 cm, porém dependerá 
da alimentação. Tem formato cilíndrico, com os quatro últimos segmentos 
abdominais atrofiados. O período larval é de 4 a 5 meses; 
Adultos - besouros de 1,5 a 5,0 cm de comprimento e possui o rostro de 
0,5 a 0,7 cm, sendo o do macho coberto por pêlos avermelhados. Durante o 
dia fica escondido nas axilas foliares e a noite sai e caminha pelo estipe; 
 
Injúrias - o ataque é constatado pela presença de serragem nos orifícios 
das larvas, e o aparecimento de manchas longitudinais enegrecidas, 
provocadas pelo escorrimento da seiva e, ou aparecimento de resina no 
local atacado. As injúrias (orifícios), determina amarelecimento das folhas 
e, posterior queda e morte da planta e, a fermentação, atrai a broca-do-
 148
olho. O coqueiro atacado, também, fica sensível a quebra pelo vento e a 
redução da produção pode ser de 70% ou até 100%. 
 
II.3. Traça-das-flores e frutos novos Atheloca subrufella (Lepidoptera: 
Phycitidae) 
 
Características: 
Ovos - são brancos quando depositados e tornando-se avermelhados 
prestes a eclosão. São achatados e depositados em grupos. Incubação ± 3 
dias; 
Lagartas - após eclosão, localizam-se nas flores ou abaixo da bráctea dos 
frutos abrindo galerias produzindo excremento e serragem na superfície 
do fruto. São de coloração escura (“roxa”) e quando desenvolvidas atingem 
até 10 mm de comprimento, abandonam os frutos para formar um casulo e 
empupar. O desenvolvimento ocorre em 4 instares e, em média, 14 dias; 
Pupas – São formadas dentro do casulo tecido pelas larvas, são de 
coloração marrom clara e desenvolve em aproximadamente 10 dias. 
Adultos – são pequenas mariposas de coloração cinza medindo 
aproximadamente 10mm de envergadura, de hábito noturno e que pode 
depositar até 200 em 15 dias de longevidade; 
 
 
Injúrias – a 
alimentação da 
lagarta nas flores e 
frutos ocasiona aborto 
destas estruturas 
reprodutivas 
acarretando prejuízos 
diretos na produção. 
 
 
 
 
 
Casulo
Pupa
Postura
Lagarta
Adultos
Fotos: JB Torres
Casulo
Pupa
Postura
Lagarta
Adultos
Fotos: JB Torres
II.3. Outros insetos associados ao coqueiro: 
 
Pragas Ordem: Família Característica Habitat Injúria 
Broca-da-ráquis 
(Amerrhinus ynca) 
Coleoptera: 
Curculionidae 
Besouro amarelo com 
matiz acinzentado; Ráquis; 
Galeria na ráquis 
feito pelas larvas; 
Barata-do-coqueiro 
(Coraliomela brunnea) 
Coleoptera: 
Chrysomelidae 
Besouro avermelhado; 
listra preta no pronoto, 
élitrosrugosos, antenas 
pretas e pernas pretas e 
vermelhas; 
Adultos nas 
folhas e larvas 
nas flechas; 
Perfurações das 
folhas novas e, 
consequente, 
redução do 
desenvolvimento; 
Cochonilha Homoptera: Pequena arredondada; Face inferior Amarelecimento 
 149
(Aspidiotus destructor) Diaspididae amarelo-alaranjado e 
coberta com escama 
serosa ± transparente; 
dos folíolos; das folhas e 
secamento. 
Fumagina; 
Cupins Atacam no viveiro, desenvolvimento inicial e, Nasutitermes sp., na germinação e plantas adultas; 
Gorgulho 
(Parisoschoenus obesulus) 
Desenvolve-se no interior das flores e pequenos frutos, em inúmeras
galerias, provocando queda prematura dos frutos; 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Amostragem 
 
Ainda, não é possível indicar NC e ND, a partir dos quais o controle 
químico devería ser recomendado, o controle deve ser direcionado somente 
as plantas atacadas e, logo, que é detectado o problema. Daí a importância 
da vigilância de todo o coqueiral, a cada dois meses, o que possibilita 
identificar o problema. 
 
III.2. Controle cultural, físico e mecânico 
 
a. Retirada de material em decomposição do plantio (estipes, madeira, 
etc.); 
b. Coleta de adultos e larvas das estipes, ráquis (curculionídeos e barata-
do-coqueiro); 
c. Destruição dos ninhos de Brassolis por esmagamento ou fogo; 
d. Retirada e queima das folhas com a ráquis atacada e queimá-las; 
e. Limpeza da copa por ocasião da colheita e, destruir larvas, pupas e 
adultos presentes; 
f. Evitar ferimentos nas plantas (fermentação, atração de pragas); 
g. Por ocasião da limpeza, pode optar por pincelamento ou pulverização 
com inseticidas no local; 
h. Destruição das plantas com indícios de ataque de insetos ou doentes 
(morrendo), para evitar a colonização de pragas na área. Quando por 
ataque de insetos, pode-se adotar a tática de retirada da área e 
amontoá-las, dispondo iscas ao redor para a captura dos adultos das 
pragas emergidos, e ainda possibilita que inimigos naturais, também, 
completem o ciclo; 
i. Destruição de plantas hospedeiras (palmáceas) nas proximidades do 
pomar de coqueiro. 
 
III.3. Controle por comportamento 
 
a. Atrativos para alimentação (iscas atrativas com pedaços de estipes 
partidos em 6 a 8 partes de ± 80 cm de comprimento e, imerso em calda 
inseticida. Cobrir as iscas com folhas seca, para manter a umidade. A 
distância depende da infestação, mas a mínima distância é de 60 m. 
 150
Pode-se usar iscas não tratadas com inseticidas, então, efetuar revisão 
diária, pela manhã, para coleta e esmagamento dos insetos. Também, 
pode-se utilizar baldes contendo iscas (cana-de-açúcar amassadas), 
misturando com melaço e água (1:4), as quais devem ser vistoriadas a 
cada 15 dias para coleta dos insetos e renovação do material; 
b. Distribuição de iscas ao redor do pomar para monitorar a população. 
c. Uso do feromônio de agregação; 
d. Uso de plantas armadilhas (iscas). 
 
III.4. Controle biológico 
 
a. C.B. Natural - Microhimenópteros parasitóides da barata-do-coqueiro 
(Tetrastichus e Closterocerus) pode atingir 56% de parasitismo. Joaninhas 
como controle natural da cochonilha. Vários parasitóides de ovos (4 
Hymenoptera), de lagarta (5 Diptera) e da crisálida (8 Hymenoptera) de 
B. sophorae; 
b. C.B. Aplicado - Pulverizações com Bacillus thuringiensis e Beauveria 
bassiana para controle de lagartas de B. sophorae; 
c. Associar retirada do engaço, para área adjacente e, permitir a 
emergência de IN. 
 
III.5. Controle químico 
 
Três fatores a considerar: 
¾ Identificação correta da praga (local); 
¾ Escolha do inseticida ou acaricida; 
¾ Aplicação correta. 
 
.Broca-da-estipe - limpeza dos orifícios e aplicação inseticida e, posterior, 
pincelamento do ferimento; 
.Lagarta-do-coqueiro - triclorfon (0,20%), carbaryl (0,28%), na proporção 
de 2 L de calda /planta; 
.Ácaro-da-gema - uso de acaricidas específicos mais espalhante adesivo 
e/ou produtos sistêmicos para mudas. 
 
A indicação de inseticidas sistêmicos tem mostrado resultados 
contraditórios. Mesmo quando indicado, em especial, para coqueiro anão, 
não aplicar no período de frutificação. 
 
Literatura recomendada: 
 
CPATC, Recomendações técnicas para o cultivo do coqueiro. Aracajú: 
EMBRAPA, 1993. 
 151
Ferreira, J.M.S. 1987. Proteção fitossanitária do coqueiro III. Controle de 
pragas no campo. Aracajú: EMBRAPA-CNPCo. 
Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, 
2002. 920p. 
Veiga, A.F.S.L. O controle do ácaro da necrose do coqueiro. Correio 
Agrícola, 1: 234-235. 1980. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 152
MIP DA GOIABEIRA 
 
I. PRAGAS CHAVE -
 
I.1. Mosca-das-frutas: 
 
Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) 
Anastrepha obliqua (Diptera: Tephritidae) 
 
Características: 
Ovos - oviposição dentro do fruto (mesocarpo), em número de 1 a 10 ovos; 
alongado, fusiforme e de coloração branca; 
Larvas - ápodas, branco-amarelada, desenvolvem-se internamente ao 
fruto, atingindo até 8 mm de comprimento; 
Pupas - preste a empupar, as larvas deixam-se cair ao solo, onde forma a 
pupa; 
 
dultos - medem cerca de 6,5 mm de comprimento, coloração geral 
njúrias - a larva ao desenvolver na polpa do fruto, provocando seu 
.2. Gorgulho-da-goiaba
Bayer BayerJB Torres
Anastrepha
Ceratitis
A
amarela, com uma mancha amarela, em forma de “S” que vai da base a 
extremidade da asa anterior. No bordo posterior há outra mancha da 
mesma cor e em forma de “V” invertido, sendo as duas manchas 
sombreadas de preto; 
 
I
apodrecimento, o que torna-o impróprio para consumo in natura. 
 
: Conotrachelus psidii (Coleoptera: Curuculionidae) 
aracterísticas: 
dos em orifícios confeccionados pelas fêmeas nos frutos 
culioniforme, de coloração esbranquiçada e cápsula cefálica 
nece por 3 a 4 meses; 
oração 
I
 
C
Ovos - deposita
ainda verde; 
Larvas - cur
escura, medindo até 10 mm de comprimento; 
Pupas - a pupação ocorre no solo, onde perma
Adultos - mede aproximadamente 6 mm de comprimento, col
pardo-escuro, com rostro cilíndrico e alongado; 
 
 153
 
JB TorresJB Torres UGA2109088JB TorresJB Torres UGA2109088
Injúrias - morte do tecido no local da oviposição, deixando pontuações 
scuras com o desenvolvimento do fruto. A larva alimenta-se da semente, 
UNDÁRIAS 
esenvolvimento do fruto. A larva alimenta-se da semente, 
UNDÁRIAS 
e
o que provoca escurecimento da parte interna atacada e, posterior, 
deterioração. Além disso, decorrente do ataque o fruto pode tornar-se 
“mumificado”. 
 
II. PRAGAS SEC
o que provoca escurecimento da parte interna atacada e, posterior, 
deterioração. Além disso, decorrente do ataque o fruto pode tornar-se 
“mumificado”. 
 
II. PRAGAS SEC
 
II.1. Broca-das-mirtáceasII.1. Broca-das-mirtáceas: Timocratica albella (Lepidoptera: Stenomatidae) 
agartas - coloração violeta com manchas na base das cerdas. 
 no interior de galerias, logo abaixo a casa. Seus 
gadura. Coloração branca e região ventral, 
 galerias em ramos e troncos, ocasionando seca do 
amos mais finos. Em ataques intensos nos troncos, comum em pomares 
 
Características: 
L
Desenvolvem-se
excrementos e serragem ficam presos por fios de sedas, formando uma 
proteção na entrada da galeria; 
Pupas - ocorrem na entrada da galeria, de cabeça para baixo; 
Adultos - 40 a 45 mm de enver
levemente, amarelada; 
 
Injúrias - confecção de
r
velho e mau conduzidos, provoca a morte da planta. 
 
II.2. Psilídeo: Trizoida sp. (Homoptera: Psyllidae) 
 
Características: 
Ovos - coloração branco-pérola, alongado e com uma das extermidades 
o de pendúnculo para sua fixação. São depositadosao dos 
olvidas (29 a 35 
afiladas e servind
ramos, ponteiros e folhas novas (7 a 9 dias de incubação); 
Ninfas - coloração rósea, e coberta por secreção de cera esbranquiçada. 
Formato achatado, antenas curtas e pernas pouco desenv
dias); 
 154
Adultos - coloração verde-amarelada a verde medindo em torno de 2 a 
2,4 mm de comprimento. Os machos possuem a face dorsal do abdome e 
tórax preto. 
 
Injúrias - sucção de seiva e injeção de toxinas nas folhas, provocando o 
enrolamento dos bordos, onde encontra a colônia do inseto protegida por 
cerosidade esbranquiçada. As folhas infestadas tornam-se amareladas, 
quebradiças e com necrose, provocando sua queda. 
 
II.3. Outras pragas da goiabeira: 
 
Praga Ordem: Família Características Injúrias 
Besouro amarelo 
Costalimaita ferruginea 
vulgata Lefevre, 1985 
Coleoptera: 
Chrysomelidae 
Corpo elíptico, amarelo 
brilhante e região ventral 
alaranjada. 
Desfolha pelos 
adultos. 
Coleobroca Trachyderes 
thoracicus Oliv., 1790 
Coleoptera: 
Cerambycidae 
Coloração verde-escura. Parte 
ventral castanha-escura e com 
pilosidade alaranjada. 
Confecção de 
galerias nos 
troncos. 
Ácaro branco 
Polyphagotarsonemus latus 
Banks, 1904 
Acari: 
Tarsonemidae 
Coloração branca a amarelo-
claro. Formato elíptico e 
pouco achatado. 
Infestam folhas 
novas, arqueando 
as folhas. 
Cochonilhas: 
Ceroplastes floridensis 
Comst., 1881 
Homoptera: 
Coccidae 
 
Revestidas de grande 
cerosidade branca e, sem este 
revestimento são pardas. 
Colônias em ramos 
mais finos. Sucção 
de seiva e 
ocorrência de 
fumagina. 
Tripes (Selenothripes rubrocinctus) 
Percevejos (Leptoglossus gonagra, L. stigma e L. fasciatus 
Lagartas desfolhadoras 
Percevejo de renda 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
III.1. Amostragem 
 
Determinada apenas para moscas-das-frutas. É realizada usando frascos 
caça moscas instalados em “zigue-zague” no pomar, a 1,8 m de altura do 
solo, contendo atrativo alimentar (melaço a 7% ou suco de frutas). 
Recomenda-se 4 frascos em áreas até 2 ha, de 2 a 5 ha é recomendado 2 
frascos/ha. Áreas de 5 a 20 ha, usa-se 10 frascos mais 0,5 por ha e, em 
áreas maiores realizar amostragem em pontos com 4 frasco/ponto. 
Embora possa usar este sistema de amostragem, ainda, não é determinado 
o NC. 
 
III.2. Controle cultural: 
 
a. Condução da cultura com podas, adubações e demais culturais dentro do 
MIP de acordo com a cultivar e finalidade da produção; 
b. Ensacamento de frutos; 
 155
c. Catação e enterrio de frutos caidos; 
d. Catação e destruição de frutos infestados pelo gorgulho; 
e. Eliminação de plantas hospedeiras das moscas-das-frutas; 
f. Coleta de frutos temporões (pode ser usado para confecção do suco para 
usar no frasco caça mosca); 
g. Uso dequebra ventos para evitar disseminação de ácaros, cochonilhas, 
etc; 
h. Poda e destruição de ramos infestados pela broca-das-mirtáceas; 
 
III.3. Controle comportamental: 
 
a. Utilizar suco de fruta (cozimento do fruto até demanchar, coá-lo e 
ferver por 10 a 15 min e adicionar açúcar até um Brix de 48 a 50o. Este 
suco pode ser armazenado e usado no monitoramento ou no controle 
com adição de um inseticida como o triclorfon (Dipterex 500): 2 mL/L 
de suco. 
 
III.4. Controle biológico: 
 
a. Controle biológico natural tem sido realizado por diversos predadores e 
parasitóides, dos quais destacam-se formigas, larva da mosca sírfide, 
ácaros predadores, vespas, joaninhas, e os parasitóides de pulgões e da 
mosca-da-fruta (Doryctobracon areolatus, Asobara anestrephae, etc.); 
b. Como controle biológico aplicado foi introduzido o parasitóide, 
Diachasmimorpha longicaudata (Hym.: Braconidae), já mostrando alguns 
resultados com recuperação de parasitismo em diversas espécies de 
moscas-das-frutas. 
 
III.4. Controle químico: 
 
a. Deve-se usar da seletiva ecológica com aplicações em benzedura, fileiras 
alternadas e uso do inseticida no frasco caça mosca, para moscas-das-
frutas; 
b. Uso de Bacillus thuringiensis para a broca-das-mirtáceas e outras larvas; 
 
Produtos registrados para controle de pragas da cultura da goiaba. 
 
Praga Nome Técnico Nome Comercial Carência (dias) 
Classe 
Toxicológica 
Mosca-das-frutas, lagartas triclorfon 
fention 
Dipterex 500 
Lebaycid 500 
7 
21 
II 
II 
Gorgulho, besouro amarelo, 
cochonilhas, lagartas 
paration metílico Folidol 600 15 I 
Lagartas e besouro amarelo fenitrotion Sumithion 500 CE 14 II 
Lagartas B. thuringiensis Dipel PM - IV 
Psilídeo fention 
fenitrotion 
Lebaycid 500 
Sumithion 500 CE 
21 
14 
II 
II 
 156
triclorfon Dipterex 500 7 II 
Cochonilhas óleo mineral* - - IV 
* aplicação a tardezinha. 
 
 
Literatura recomendada: 
 
Pereira, F.M. & S.A. de Bortoli. Pragas da Goiabeira, p. 119-130. In: Braga 
Sobrinho, R.; J.E. Cardoso & F.C.O. Freire. Pragas de fruteiras tropicais 
de importância agroindustrial. Brasília: EMBRAPA, 1998. 209p. 
Pereira, F.M. & S.A. de Bortoli. Pragas da goiabeira - Psidium guajava L., 
p. 117-135. In: Simpósio Brasileiro sobre a Cultura da Goiaba. 
Jaboticabal: FUNEP-Goiabras, 1997. 
Piza Jr., C.T. & R. Kavati. A cultura de goiaba de mesa. Campinas: CATI, 
1994. (Boletim Técnico, n. 219), 29p. 
Zambão, J.C. & A.M.B. Neto. A cultura da goiaba. Campinas: CATI, 1988. 
(Boletim Técnico, n.236), 23p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 157
MIP DA GRAVIOLA E PINHA 
 
I. PRAGAS CHAVE -
 
I.1. Broca-do-fruto: Cerconota anonella (Lepidoptera: Stenomatidae) 
 
Características: 
Ovos - esverdeados, depositados sobre os frutos e, na ausência destes, em 
brotações e flores; 
Lagartas - coloração variando de rosa, marrom a verde-parda. Começam 
alimentar dos frutos, protegendo-se com fios de seda. Posteriormente, 
penetra no fruto, consumindo a polpa até próximo a pupação, quando 
abrem galerias até próximo a casca, juntando fragmentos do fruto para 
proteção da pupa; 
Pupas - coloração marrom, se dá no próprio fruto ou no solo; 
Adultos - coloração branco-acinzentada, com 25 mm de envergadura. 
Possui reflexos prateados nas asas e são de hábito noturno; 
 
 
 
 
 
 
 
 
JB
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re
s
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s
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s
Manual de E.A.
JB
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s
JB
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s
JB
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re
s
Manual de E.A.
 
Injúrias - depreciação do fruto; seu ataque dificulta a extração da polpa e, 
facilita a penetração de fungos como: Colletotrichum gloeosporoides 
(podridão-negra) e Lasiodiplodia theobromae (podridão-seca-do-fruto). 
 
I.2. Broca ou vespa-da-semente: Brephratelloides pomorum (Hymenoptera: 
Eurytomidae) 
 
Características: 
Ovos - depositados na semente, com introdução do ovipositor até esta, em 
frutos com até 10 mm de diâmetro e sementes de 0,8 mm de comprimento 
(8 a 15 dias); 
Larvas - coloração branco-transparente a amarelo-claro, desenvolvem-se 
no interior da semente, não afetando o desenvolvimento do fruto (27 a 45 
dias); 
Pupas - amarelo-escuro a marrom-escuro, ocorrem no interior da semente 
(9 a 21 dias); 
 
 
158
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adultos - ± 6 mm de comprimento, coloração escura e com pintas amarela 
nas laterais. Asas transparentes com uma listra preta transversal em cada 
asa. Ao emergir, o adulto, abre uma galeria até o exterior do fruto. Ciclo 
de 46 a 113 dias; 
 
Injúrias - depreciação do fruto devido aos furos na casca e queda de frutos 
novos, além de facilitar a penetração de microorganismos e umidade. 
 
II. PRAGAS SECUNDÁRIAS 
 
II.1. Broca-do-tronco: Cratossomus bombinus bombinus (Coleoptera: 
Curculionidae) 
 
Características: 
Ovos - depositados abaixo da epiderme da planta em orifícios naturais das 
inserções dosramos; 
Larvas - desenvolvem-se no interior do caule, abrindo galerias, causando 
exsudação nas inserções dos ramos, onde se encontra o orifício feito pela 
praga. Quando desenvolvidas, expelem serragem por estes orifícios; 
Pupas - ± 50 dias no interior dos ramos; 
Adultos - coloração preta a cinza-escuro com faixas amarelas transversais 
pouco pronunciadas, no tórax e élitros; 
 
Injúrias - broqueamento dos ramos, com redução do desenvolvimento da 
planta, queda na produção e, quando em alta infestação pode matar a 
planta. 
 
II.2. Cochonilhas: 
 
Cochonilha-escama-farinha, Pinnaspis sp. (Homoptera: Diaspididae) 
Cochonilha-parda, Saissetia coffea (Homoptera: Coccidae) 
Cochonilha-de-cera, Ceroplastes sp. (Homoptera: Coccidae) 
 
Características: 
Pinnaspis (provida de carapaça) - ± 1,5 a 2,5 mm de comprimento e 
achatada, com a extremidade posterior mais larga e arredondada. Possui 
 159
coloração parda amarelada. Localizam-se na superfície dos frutos e, 
quando em alta infestação, causa a impressão que o fruto foi polvilhado 
com pó branco; 
S. coffea (sem carapaça) - coloração parda, clara a escura. Medem ± 2,0 a 
3,5 mm de comprimento. Achatada, lisa e de superfície eridescente e 
rígida. Ocorrem em aglomerados nos ramos e frutos e, geralmente, 
estão em simbiose com formigas; 
Ceroplastes (sem carapaça) - revestidas de cera branca, medem ± 3 a 4 mm 
de comprimento. São de coloração parda ou branco-roseada, quando 
removida a cera. Atacam várias fruteiras e, em graviola, ataca os ramos 
novos, finos e folhas; 
 
Injúrias - sucção de seiva, reduzindo o desenvolvimento das plantas. 
Atacam os frutos, depreciando-os e provoca queda de frutos novos e 
promove a ocorrência de fumagina. 
 
II.3. Broca-do-coleto, Hellipus catagraphus (Coleoptera: Curculionidae) 
 
Características: 
Besouro preto com duas faixas brancas irregulares, em toda à extensão do 
corpo e cabeça. As larvas são brancas e ápodas e constroem galerias sob a 
casca onde, também, ocorre a pupação, podendo ser encontrado todas as 
fases dos insetos no tronco da planta; 
 
Injúrias - galerias na casca e câmbio, chegando a bloquear toda a 
circulação da seiva. Em consequência, a planta torna-se amarelecida e, 
posteriormente, tomba, seca e morre. As injúrias são confundidas com a 
broca-do-tronco, porém, esta espécie limita-se a região do coleto. 
 
II.4. Outros insetos associados à planta de graviola 
 
Praga Ordem : Família Caracterização 
Lagartas: 
Gonodonta nutrix 
Lepidoptera: 
Noctuidae 
Lagartas cinza-escura ou preta com pontuações contínuas 
vermelha ou amarela no dorso. Adulto é cinza-escuro, 
contendo manchas alaranjadas ou amarela 
Pseudodirphia sp. Lepidoptera: Saturniidae 
Lagartas cinza, com manchas claras ao longo do dorso. 
Possuem cerdas espessas e curtas e medem ± 10 cm de 
comprimento. As lagartas, durante o dia, ficam agrupadas na 
base do tronco e a noite sobem para a copa da planta. O 
adulto é marron-amarelado com abdome amarelo e com anéis 
escuros 
Cigarrinhas 
Aethalion sp. e 
Membracis foliata 
Homoptera: 
Aethalionidae 
Membracidae 
Ver MIP Acerola 
Äcaros 
Oligonychus 
annonae e 
Brevipalpus sp.) 
Atacam os botões florais, frutos e folhas. Nos botões florais podem causar sua queda. 
Nas folhas causam a perda de cor, deixando-as esbranquiçadas e, consequentemente, 
sua deiscência. Os frutos tornam-se com a casca marrom-bronzeada, porém não afeta 
a qualidade da polpa 
Saúvas Ver pragas gerais 
 160
Atta spp. e Acromyrmex spp. 
 
 
Níveis de importância do ataque dessas pragas 
para a graviola e pinha 
 Postura
Adultos
Membracis
Postura
Adultos
Membracis
Praga Graviola Pinha 
Broca do fruto 3 3 
Broca do tronco 3 1 
Vespa da semente 3 - 
Cigarrinha ou soldadinhos 3 1 
Lagartas das folhas - 2 
Cochonilhas 2 2 
1. ataques raros; 2. ataque em 
determinadas condições; 3. ataques 
sempre possível. 
 
III. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE MANEJO E CONTROLE 
 
Embora o MIP tem como filosofia o uso em consonância de uma ou mais 
táticas de redução populacional da praga, quando essas não surtem o efeito 
desejado e, as pragas, atingem o NC, só nos resta, na maioria dos casos a 
aplicação de inseticidas. No entanto, para a cultura da graviola, ainda, não 
encontra-se nenhum inseticida registrado. Tal situação é desconfortável, 
pois torna ilegal a recomendação de inseticidas, exigindo bom senso 
quanto à esta questão. 
Também, como a cultura é, relativamente, recente em exploração 
comercial, pouca atenção tem sido dada para a obtenção de um manejo da 
cultura (fitotecnia, pragas e doenças). Entretanto, espera-se com a 
valorização da polpa, que mais pesquisas sejam desenvolvidas. 
 
III.1. Táticas preventivas 
 
a. Aquisição de mudas certificadas e inspecionadas; 
b. Propagação por enxertia (uniformidade no florescimento, porte, 
produção, etc.); 
c. Identificação das áreas (talhões) e acompanhamento do seu 
desenvolvimento; 
d. Optar por plantio de áreas menores, a qual poderemos conduzir 
cuidadosamente; 
e. Inspeções semanais após a floração; 
f. Plantio misto com outras frutíferas (diversificação-barreiras). 
 
III.2. Controle cultural, mecânico e físico 
 
 161
a. Poda (de formação, limpeza, condução, rejuvenescimento e desbaste de 
frutos), queima dos ramos broqueados e tratamento do local; 
b. Manutenção de vegetação nas ruas, usando capina com roçadeira 
(favorece a população de I.N., controle de erosão, umidade do solo, etc.); 
c. Incialmente, conduzir a cultura consorciada com maracujá, mamão, etc., 
o que facilitará os tratos culturais e inspeção fitossanitária; 
d. Coletar e eliminar frutos infestados; 
e. Ensacolamento dos frutos com sacola de papel parafinado ou encerado; 
f. Usar armadilha luminosa para constatação de mariposas; 
g. Uso de frasco plástico protegendo a base da muda contra formigas 
(garrafas de refrigerante descartáveis); 
h. Utilização de armadilha luminosa no início da floração; 
i. Catação manual de lagartas; 
j. Comercialização da polpa congelada, evitando disseminação de pragas e, 
perda qualitativa do fruto pela injúria da vespa. 
 
III.3. Controle por comportamento 
 
a. Uso de garrafa plástica de refrigerante, com três furos laterais, 
contendo creolina (20-30%) + água (repelente para brocas - dados 
empíricos, porém não comprovados cientificamente). 
 
III.5. Controle químico 
 
a. Injetar nos orifícios da broca-do-tronco, solução inseticida a base de 
monocrotophós** ou endosulfan** a 0,8% (800 ml / 100 L de água) e, 
tampar os orifícios; 
b. Granulados sistêmicos (aldicarb**) no solo, quando úmido e, em plantas 
com até dois anos de idade (período de carência de 90 dias); 
c. Ter cuidado com o uso de óleo mineral para as cochonilhas, para não 
causar queimaduras nas folhas e frutos; 
d. “Pulverizar os frutinhos, semanalmente, com triclorfon (Dipterex), após 
colonização da broca-do-fruto e da vespa-da-semente”**; 
e. Uso de pulverização seletiva (isca atrativa - melaço + inseticidas, em 
1m2 da copa ou pincelado nos ramos da copa). ** produtos não 
registrado para a cultura. 
 
Literatura recomendada: 
 
EMATER, Proposta para um manejo integrado de pragas e doenças da 
anonicultura, Maceió: EMATER-EMBRATER, 41p. 1989. 
Junqueira, N.T.V. et al. Graviola para exportação: aspecto fitossanitários. 
Brasília: EMBRAPA, 1996. 67p. (Série FRUPEX). 
 162
Nuñez, V.R. & J. Dela Cruz. 1982. Reconocimiento y descripción de los 
principales insectos observados en cultivares de guanábano (Annona 
muricata L.) en el Departamiento del Valle. Acta Agronomica, 32: 45-61. 
Oliveira, M.A.S. et al. Pragas da graviola no cerrado. Planaltina: 
EMBRAPA-CPAC, 1992. 11p. (Documento, 14).

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