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ATOS ADMINISTRATIVOS EXTINÇÃO

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EXTINÇÕES
Revogação
Anulação
Cassação
Caducidade
Contraposição ou Derrubada
Renúncia
ANULAÇÃO
- Motivo: ILEGALIDADE
- Vício: SIM (objeto inválido)
- Efeitos: Ex tunc
- Competência da Administração: PRIVATIVA
- Competência do Judiciário: SIM (mediante provocação)
Alguns atos ao serem elaborados podem vir defeituosos no que tange a sua legalidade. Neste caso, a Administração Pública ou o Poder Judiciário são legitimados para declarar a sua extinção por meio da anulação. Por ser um vício verificado desde o seu nascedouro, ao ser declarada a sua anulação os efeitos desta retroagem a data de sua criação, apagando todos as situações determinadas pelo ato extinto. 
ANULAÇÃO - EFEITO RETROAGE
EX TUNC
É o “desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade” (Di Pietro). Como a desconformidade com a lei atinge o ato em suas origens, a anulação produz efeitos retroativos à data em que foi emitido (efeito ex tunc). Pode a anulação ser feita pela própria Administração Pública, com base no seu poder de autotutela sobre os próprios atos
REVOGAÇÃO
- Motivo: CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
- Vício: NÃO (objeto válido)
- Efeitos: Ex nunc
- Competência da Administração: EXCLUSIVA
- Competência do Judiciário: NÃO
Às vezes o ato ao nascer pode estar de acordo com a legislação, mas deixa de ser conveniente e oportuno com o passar do tempo. Desta forma, a sua extinção somente poder ser declarada pela Administração Pública através da revogação.
CARÁTER DISCRICIONÁRIO 
REVOGAÇÃO EFEITO – 
NÃO RETROAGE
EX NUNC
Apesar de inconvenientes, os atos são considerados legais, ou seja, de acordo com a lei vigente. Porém, estes atos não trazem mais benefícios para a coletividade. Assim, os efeitos produzidos são mantidos, já que a revogação passa a valer a partir do momento de sua decretação, não possuindo efeito retroativo. 
Segundo Di Pietro, “é o ato administrativo pelo qual a Administração extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência”. A revogação não retroage, já que o ato foi editado em conformidade com a lei, seus efeitos se produzem a partir da própria revogação – são ex nunc. Isso significa que a revogação respeita os efeitos já produzidos pelo ato, porque o ato é válido
REVOGÃO – TIPOS DE ATOS
A revogação de ato administrativo, que é feita exclusivamente pela administração pública, por critério de oportunidade e/ou de conveniência, só pode ser feita para atos discricionários, ou seja, não se admite revogação de atos vinculados.
 A revogação desse ato não atinge ato consumado e direito adquirido.
REVOGAÇÃO X ANULAÇÃO
Enquanto a anulação pode ser feita pelo Judiciário ou pela própria Administração, a revogação é privativa da Administração, não sendo lícito ao Judiciário conhecer da oportunidade e conveniência. Isso não significa que a revogação deva ser feita fora dos limites da lei. 
PRAZOS ANULAÇÃO/
REVOGAÇÃO
O direito de anular o ato inválido decai em 05 anos, salvo comprovada má-fé. 
---> O direito de revogar o ato válido pode ser exercido a qualquer momento, mesmo que tenha passado anos ou até décadas. 
EXCEÇÕES À REVOGAÇÃO
Não podem ser revogados os atos vinculados, porque nesses casos não há oportunidade e conveniência a apreciar. 
– Não podem ser revogados os atos que exauriram seus efeitos. Ex.: se a Administração concedeu afastamento, por dois meses, à funcionária, a revogação será impossível. 
– A revogação não pode atingir meros atos administrativos, como certidões, atestados, votos, cujos efeitos decorrem da lei.
– Também não podem ser revogados os atos que geram direitos adquiridos, conforme está expresso na Súmula nº 473, do STF. 
– Também não são passíveis de revogação atos que integram um procedimento, pois, a cada novo ato ocorre a preclusão com relação ao anterior
SÚMULAS – ANULAÇÃO DO ATO
“346. A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos.” 
“473. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-las, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”
ANULAÇÃO PELO INTERESSADO
Também o Judiciário pode anular o ato, mediante provocação do interessado, que pode utilizar-se quer de ações ordinárias, quer de remédios constitucionais de controle judicial da Administração Pública (mandado de segurança, habeas data, mandado de injunção, ação popular).
ANULAÇÃO – PELA ADMINISTRAÇÃO
A anulação, feita pela própria Administração, independe da provocação do interessado, já que ela tem o poder-dever de zelar pela inobservância do princípio da legalidade. Discute-se, na doutrina, se a Administração está obrigada a anular o ato ou apenas a faculdade de fazê-lo. A Administração tem, em regra, o dever de anular os atos ilegais, mas pode deixar de fazê-lo, em determinadas circunstâncias, quando o prejuízo resultante da anulação puder ser maior do que o decorrente da manutenção do ato ilegal. O interesse público é que norteará a decisão.
CASSAÇÃO
- Motivo: DESCUMPRIMENTO DE NORMAS IMPOSTAS PELO ADMINISTRADO
- Vício: SIM (objeto inválido)
- Efeitos: Ex nunc
- Competência da Administração: EXCLUSIVA
- Competência do Judiciário: NÃO
É a extinção de um ato administrativo em razão da ocorrência de ilegalidade em sua execução. O ato foi produzido validamente, mas o destinatário, ao usufruir dos direitos decorrentes do ato, incorreu em conduta ilegal, que autoriza a retirada do ato. Um exemplo é a cassação da licença para dirigir, por excesso de multas de trânsito.
Cassação (Recusa a condições) - retirada do ato em virtude do descumprimento pelo beneficiário de uma condição imposta pela Administração.
CADUCIDADE
- Motivo: SUPERVENIÊNCIA DE NORMA INCOMPATÍVEL COM O ATO PRIMÁRIO
- Vício: SIM (objeto inválido)
- Efeitos: Ex nunc
- Competência da Administração: ???
- Competência do Judiciário: ???
Caducidade (Lei superveniente) - Retirada do ato administrativo em razão da superveniência da norma jurídica que impede a sua manutenção. 
CONTRAPOSIÇÃO OU DERRUBADA
- Motivo: SUPERVENIÊNCIA DE ATO INCOMPATÍVEL COM O ATO PRIMÁRIO
- Vício: SIM (objeto válido)
- Efeitos: Ex nunc
- Competência da Administração: ???
- Competência do Judiciário: ???
Contraposição ou derrubada (Ato contraditório) - retirada em virtude da edição de um ato que impede a manutenção do ato até então vigente. 
RENÚNCIA
Renúncia (Rejeição pelo beneficiário) retirada do ato pela rejeição realizada pelo beneficiário do ato. 
CONVALIDAÇÃO
A convalidação – ou aperfeiçoamento ou sanatória – é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos administrativos com vícios superáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte. É admissível o instituto da convalidação dos atos administrativos anuláveis, aqueles que apresentam defeitos sanáveis e no qual se evidencie e não acarreta em lesão ao interesse público nem prejuízos a terceiros.
O instituto da convalidação tem a mesma premissa pela qual se demarca a diferença entre vícios sanáveis e insanáveis, existente no direito privado. A grande vantagem em sua aceitação no Direito Administrativo é a de poder aproveitar-se atos administrativos que tenham vícios sanáveis, o que frequentemente produz efeitos práticos no exercício da função administrativa.
CONVALIDAÇÃO – EFEITO
EX TUNC
Instituto pode ser utilizado em atos vinculados ou discricionários. A Lei 9784/99 prevê a convalidação, e assim prescreve: 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 
Somente poderá ser objeto de convalidação os atos cujos defeitos forem sanáveis, ou seja, se for um vício que recaia no elemento competência (salvo se for exclusiva) ou forma (salvo se esta for substância do próprio ato administrativo). Ao ser convalidado, a correção
do ato retroage a data de sua elaboração, tendo, assim, efeito ex tunc.

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